domingo, 14 de dezembro de 2025

O povo brasileiro precisa de identidade nacional que una o país como pátria e não como puteiro

Edição do Clube de Autores: o jambu é alegórico, adormece o povo

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 14 DE DEZEMBRO DE 2024 – De 30 de outubro de 2022, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que Lula da Silva seria o presidente da República a partir de 1 de janeiro de 2023, até 8 de janeiro, o povo foi para as ruas e acampou na frente dos quartéis militares, em todo o país, acusando o TSE de fraude e pedindo aos militares que interviessem, dando a vitória para o presidente Jair Messias Bolsonaro, que concorria à reeleição.

No 8 de janeiro, o presidente do TSE, o ministro do Supremo Tribunal Federal (TSE), Alexandre de Moraes, mandou o Exército prender todo mundo que acampava na frente do quartel general do Exército, em Brasília, e quem a polícia pode pegar em manifestação na Praça dos Três Poderes, mais de mil pessoas, entre as quais famílias com anciãos, acusou-os de golpe de Estado, liderados por Bolsonaro, que se encontrava nos Estados Unidos, e os jogou na prisão, onde alguns já morreram e outros estão morrendo aos poucos, debilitados, como é o caso de Bolsonaro, que, a qualquer momento, deverá vir a óbito. Consolidava-se, naquele momento, a ditadura da toga.

Recentemente, o presidente norte-americano Donald Trump impôs sanções econômicas ao Brasil e aplicou a Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes e à sua esposa, a advogada Viviane Bastos de Moraes, por violações de direitos humanos e censura. A Direita brasileira logo elegeu Trump herói nacional. Poucos meses depois, Trump retirou as sanções e a Lei Magnitsky, em troca de que Lula da Silva podasse seus negócios com o regime totalitário da China e cedesse terras raras para Tio Sam. A indignação varreu a Direita. De herói, Trump caiu para traidor.

O brasileiro é assim: sofre de fé cega. Acredita, como os evangélicos, que Jesus, ou seja, Deus, é fiel a ele e que vai tomar seu partido, porque se acha do bem. Deus não se mete na vida de absolutamente ninguém, pois é Deus para todos; cada qual é responsável pelos seus atos. O problema é que a estupidez, caracterizada pela impossibilidade de raciocínio, impede o senso crítico. A ditadura, no Brasil, só acabará se o povo assim o decidir. Não são as Forças Armadas nem Trump que imporão a democracia plena.

Falta, ao povo brasileiro, uma identidade que lhe desperte sentimento pátrio. Pelo contrário, há alguns fatores que jogam brasileiros contra brasileiros. O cadinho da mestiçagem é um deles. Brasileiros europeizados contra mestiços e negros. O Sudeste e o Sul que se consideram arianos frente aos nordestinos e amazônidas.

Durante o Império, o imperador unia os brasileiros. Após o golpe militar da República, os republicanos produziram uma propaganda tão feroz contra o Império que até hoje a História do Brasil, estudada nas escolas e universidades, está cheia de mentiras. Nem a propaganda no regime de Getúlio Vargas os superou. Os republicanos tiraram da História os verdadeiros heróis e os substituíram por mitos, além de avacalharem com a importância dos lusitanos na formação do Brasil e com a Família Real.

Desde a Revolução Russa de 1917 que os comunistas ambicionam tomar conta do Brasil, que é um subcontinente paradisíaco, tanto em beleza e clima quanto por seu litoral e reservas de água doce de superfície, reservas biológicas e metais, além da questão geopolítica, pois quem dominar o Brasil pode melhor se posicionar para destruir os Estados Unidos, o império que garante a Pax Americana.

Em 32 de março de 1964, os militares aplicaram um golpe, a Ditadura dos Generais, que durou até 1985. Durante a ditadura, enquanto os militares tentavam acabar com os comunistas na bala, os comunistas aparelhavam as universidades, a imprensa e os artistas. Quando acabou a ditadura estava tudo aparelhado e os militares ainda anistiaram os guerrilheiros comunistas.

Em 1990, o ditador de Cuba, Fidel Castro, e Lula da Silva, fundaram o Foro de São Paulo, um cartel latino-americano de ditadores comunistas, narcotraficantes, terroristas, guerrilheiros, militantes de Esquerda, todos dispostos a varrer os Estados Unidos da face da América.

Em 1 de janeiro de 1995, o comunista Fernando Henrique Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), braço do Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula da Silva, chega ao poder, de onde só sai oito anos depois, em 1 de janeiro de 2003, substituído pelo candidato de Cardoso, Lula da Silva, de extrema Esquerda.

Resultado: Lula da Silva está, até hoje, no poder, agora, em vias de instalar, definitivamente, uma ditadura nos moldes da China, sua parceira.

E o povo? O povo vota. Mas há três problemas: vota em urnas inauditáveis e em bandido. Primeiro, porque o sistema eleitoral brasileiro foi planejado para cegar o eleitor, e, depois, o eleitor vive sob o cabresto curto dos coronéis de barranco. O terceiro problema são as migalhas que o Estado proporciona ao eleitor, garantindo feijão com arroz e cachaça, de modo que não precise procurar emprego, mas apenas curtir os campeonatos de futebol e o Carnaval na televisão. Enfim, estimulando a estupidez.

Dei o título de JAMBU a um dos meus romances ambientados na Amazônia, como alegoria. Jambu é um erva largamente usada como tempero na Hileia, principalmente no tacacá. Adormece as papilas gustativas, gerando uma sensação especial no sabor da famosa iguaria amazônica. Os amazônidas continuam entorpecidos por um efeito semelhante ao provocado por jambu, mas seu entorpecimento é o mesmo que sentiam no Brasil colonial, quando foram escravizados pelos portugueses.

Hoje, são escravizados pelos próprios amazônidas, políticos e empresários, que continuam explorando os povos da Amazônia, explorando minerais, traficando, inclusive crianças, e incendiando a floresta, em uma atividade infernal de terra arrasada, típica dos comunistas.

O Sudeste e o Sul não deixam de ter razão quando falam mal dos nordestinos e amazônidas, pois arcam com as despesas mais pesadas, pagam os impostos escorchantes e repõem os trilhões que o Estado gasta a rodo, ou, simplesmente, desvia.

A solução? Esperam por um Dom Pedro I ou por Donald Trump. Ou seja, dormem em berço esplênido. Não compreendem o exemplo de Dom Pedro I e Trump retirou as sanções e a Magnitsky, pois Lula da Silva se arreganhou para ele e deu tudo o que Trump queria. Ainda não se sabe que tudo é esse, mas desconfia-se que é muito. Sabe Deus o que Lula deu para ele!

Mas só quem pode resolver o nosso problema, a ditadura, é o povo! O povo! Por isso, a solução ainda vai demorar. Vai depender de estratégia. Só quando tivermos uma elite patriótica, com jornalistas, empresários, intelectuais, bilionários, que pensem no Brasil como nação e não como puteiro, e invistam nas crianças e jovens, é que seremos, não digo uma Suíça, ou Dinamarca, ou Suécia, ou Israel, mas, pelo menos, teremos o mesmo sentimento pátrio de um americano.

Tentar arrombar a casa de um americano é pedir chumbo quente no couro. Um Pearl Harbor, então, é uma declaração de guerra. Sabemos como terminou a Segunda Guerra Mundial, com os americanos despejando as primeiras bombas atômicas no Japão.

Os americanos sabem muito bem o que são e o que querem. Uma coisa é certa, de alguma forma, Trump acaba fazendo o papel de Dom Pedro I, garantindo a nossa soberania. Aliás, os comunistas tentam confundir o povo afirmando que Trump quer acabar com a nossa soberania. Soberania só é possível quando o povo sabe quem é e o que quer, garantindo, assim, uma identidade nacional, o tutano de uma nação. Quando Trump nos defende da China, amicíssima de Lula, livra-nos do inferno, literalmente.

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