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| Edição do Clube de Autores: o jambu é alegórico, adormece o povo |
RAY CUNHA
BRASÍLIA, 14 DE
DEZEMBRO DE 2024 – De 30 de outubro de 2022, quando o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) anunciou que Lula da Silva seria o presidente da República a
partir de 1 de janeiro de 2023, até 8 de janeiro, o povo foi para as ruas e
acampou na frente dos quartéis militares, em todo o país, acusando o TSE de
fraude e pedindo aos militares que interviessem, dando a vitória para o
presidente Jair Messias Bolsonaro, que concorria à reeleição.
No 8 de janeiro, o presidente do TSE, o ministro do Supremo
Tribunal Federal (TSE), Alexandre de Moraes, mandou o Exército prender todo
mundo que acampava na frente do quartel general do Exército, em Brasília, e
quem a polícia pode pegar em manifestação na Praça dos Três Poderes, mais de
mil pessoas, entre as quais famílias com anciãos, acusou-os de golpe de Estado,
liderados por Bolsonaro, que se encontrava nos Estados Unidos, e os jogou na prisão,
onde alguns já morreram e outros estão morrendo aos poucos, debilitados, como é
o caso de Bolsonaro, que, a qualquer momento, deverá vir a óbito.
Consolidava-se, naquele momento, a ditadura da toga.
Recentemente, o presidente norte-americano Donald Trump
impôs sanções econômicas ao Brasil e aplicou a Lei Magnitsky a Alexandre de
Moraes e à sua esposa, a advogada Viviane Bastos de Moraes, por violações de
direitos humanos e censura. A Direita brasileira logo elegeu Trump herói
nacional. Poucos meses depois, Trump retirou as sanções e a Lei Magnitsky, em
troca de que Lula da Silva podasse seus negócios com o regime totalitário da
China e cedesse terras raras para Tio Sam. A indignação varreu a Direita. De herói,
Trump caiu para traidor.
O brasileiro é assim: sofre de fé cega. Acredita, como os
evangélicos, que Jesus, ou seja, Deus, é fiel a ele e que vai tomar seu
partido, porque se acha do bem. Deus não se mete na vida de absolutamente
ninguém, pois é Deus para todos; cada qual é responsável pelos seus atos. O
problema é que a estupidez, caracterizada pela impossibilidade de raciocínio, impede
o senso crítico. A ditadura, no Brasil, só acabará se o povo assim o decidir. Não
são as Forças Armadas nem Trump que imporão a democracia plena.
Falta, ao povo brasileiro, uma identidade que lhe desperte
sentimento pátrio. Pelo contrário, há alguns fatores que jogam brasileiros
contra brasileiros. O cadinho da mestiçagem é um deles. Brasileiros europeizados
contra mestiços e negros. O Sudeste e o Sul que se consideram arianos frente
aos nordestinos e amazônidas.
Durante o Império, o imperador unia os brasileiros. Após o
golpe militar da República, os republicanos produziram uma propaganda tão feroz
contra o Império que até hoje a História do Brasil, estudada nas escolas e
universidades, está cheia de mentiras. Nem a propaganda no regime de Getúlio
Vargas os superou. Os republicanos tiraram da História os verdadeiros heróis e
os substituíram por mitos, além de avacalharem com a importância dos lusitanos
na formação do Brasil e com a Família Real.
Desde a Revolução Russa de 1917 que os comunistas ambicionam
tomar conta do Brasil, que é um subcontinente paradisíaco, tanto em beleza e
clima quanto por seu litoral e reservas de água doce de superfície, reservas biológicas
e metais, além da questão geopolítica, pois quem dominar o Brasil pode melhor
se posicionar para destruir os Estados Unidos, o império que garante a Pax
Americana.
Em 32 de março de 1964, os militares aplicaram um golpe, a
Ditadura dos Generais, que durou até 1985. Durante a ditadura, enquanto os
militares tentavam acabar com os comunistas na bala, os comunistas aparelhavam
as universidades, a imprensa e os artistas. Quando acabou a ditadura estava
tudo aparelhado e os militares ainda anistiaram os guerrilheiros comunistas.
Em 1990, o ditador de Cuba, Fidel Castro, e Lula da Silva,
fundaram o Foro de São Paulo, um cartel latino-americano de ditadores
comunistas, narcotraficantes, terroristas, guerrilheiros, militantes de
Esquerda, todos dispostos a varrer os Estados Unidos da face da América.
Em 1 de janeiro de 1995, o comunista Fernando Henrique
Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), braço do Partido
dos Trabalhadores (PT), de Lula da Silva, chega ao poder, de onde só sai oito
anos depois, em 1 de janeiro de 2003, substituído pelo candidato de Cardoso,
Lula da Silva, de extrema Esquerda.
Resultado: Lula da Silva está, até hoje, no poder, agora, em
vias de instalar, definitivamente, uma ditadura nos moldes da China, sua
parceira.
E o povo? O povo vota. Mas há três problemas: vota em urnas
inauditáveis e em bandido. Primeiro, porque o sistema eleitoral brasileiro foi
planejado para cegar o eleitor, e, depois, o eleitor vive sob o cabresto curto
dos coronéis de barranco. O terceiro problema são as migalhas que o Estado
proporciona ao eleitor, garantindo feijão com arroz e cachaça, de modo que não
precise procurar emprego, mas apenas curtir os campeonatos de futebol e o
Carnaval na televisão. Enfim, estimulando a estupidez.
Dei o título de JAMBU a um dos meus romances ambientados na Amazônia, como alegoria. Jambu é um erva largamente usada como tempero na Hileia, principalmente no tacacá. Adormece as papilas gustativas, gerando uma sensação especial no sabor da famosa iguaria amazônica. Os amazônidas continuam entorpecidos por um efeito semelhante ao provocado por jambu, mas seu entorpecimento é o mesmo que sentiam no Brasil colonial, quando foram escravizados pelos portugueses.
Hoje, são escravizados pelos próprios
amazônidas, políticos e empresários, que continuam explorando os povos da Amazônia,
explorando minerais, traficando, inclusive crianças, e incendiando a floresta,
em uma atividade infernal de terra arrasada, típica dos comunistas.
O Sudeste e o Sul não deixam de ter razão quando falam mal
dos nordestinos e amazônidas, pois arcam com as despesas mais pesadas, pagam os
impostos escorchantes e repõem os trilhões que o Estado gasta a rodo, ou,
simplesmente, desvia.
A solução? Esperam por um Dom Pedro I ou por Donald Trump.
Ou seja, dormem em berço esplênido. Não compreendem o exemplo de Dom Pedro I e
Trump retirou as sanções e a Magnitsky, pois Lula da Silva se arreganhou para
ele e deu tudo o que Trump queria. Ainda não se sabe que tudo é esse, mas
desconfia-se que é muito. Sabe Deus o que Lula deu para ele!
Mas só quem pode resolver o nosso problema, a ditadura, é o povo! O povo! Por isso, a solução ainda vai demorar. Vai depender de estratégia. Só quando tivermos uma elite patriótica, com jornalistas, empresários, intelectuais, bilionários, que pensem no Brasil como nação e não como puteiro, e invistam nas crianças e jovens, é que seremos, não digo uma Suíça, ou Dinamarca, ou Suécia, ou Israel, mas, pelo menos, teremos o mesmo sentimento pátrio de um americano.
Tentar arrombar a casa de um americano é pedir chumbo quente no
couro. Um Pearl Harbor, então, é uma declaração de guerra. Sabemos como terminou
a Segunda Guerra Mundial, com os americanos despejando as primeiras bombas
atômicas no Japão.
Os americanos sabem muito bem o que são e o que querem. Uma
coisa é certa, de alguma forma, Trump acaba fazendo o papel de Dom Pedro I,
garantindo a nossa soberania. Aliás, os comunistas tentam confundir o povo
afirmando que Trump quer acabar com a nossa soberania. Soberania só é possível
quando o povo sabe quem é e o que quer, garantindo, assim, uma identidade
nacional, o tutano de uma nação. Quando Trump nos defende da China, amicíssima
de Lula, livra-nos do inferno, literalmente.

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