sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Independência ou morte de Bolsonaro. Márcio Souza acriano. O escritor mais representativo do Amapá: Manoel Bispo ou Fernando Canto?

Fernando Canto, Ray Cunha e Manoel Bispo (2022)

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 23 DE SETEMBRO DE 2022 – A jornalista Basília Rodrigues, da CNN, afirmou, no ar, ao criticar os milhões de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que foram às ruas no 7 de Setembro, que na Bandeira do Brasil está escrito “independência ou morte”, e não “Ordem e Progresso”. Anteriormente, ela já havia afirmado que o Chile e o Equador não são países da América do Sul. Essas coisas acontecem. O blog de Pâmela Carbonari, hospedado no site da revista mensal Superinteressante, afirmou que o famoso escritor amazonense Márcio Souza é acriano. E ainda que o escritor que melhor representa o Amapá é Manoel Bispo. Bom, aqui a coisa é subjetiva. Acho que o escritor que melhor representa o Amapá é Fernando Canto. 

Pâmela Carbonari publicou um guia com os escritores que melhor representam cada um dos estados brasileiros. Para ela, Márcio Souza, o autor de Mad Maria, é o que melhor representa o Acre. Márcio adora sua cidade natal, Manaus, a capital do Amazonas. Só passou temporadas longas fora de lá em São Paulo, no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos, mas assim que pôde retornou para a terrinha. De certa forma, Pâmela tem razão. Márcio pode representar qualquer Estado da Amazônia. 

Quanto ao Amapá, o pintor e poeta Manoel Bispo é velho amigo meu. De vez em quando pego sua Obra Reunida, um calhamaço de 450 páginas, editado pela Prefeitura de Macapá, em 2019, e leio alguma coisa. Para ler dezenas de poemas, um depois do outro, é preciso ser fanático por poesia, o que não é meu caso. Além disso a poesia do Bispo não é épica, é intimista. Assim, revela mais da alma humana do que do espírito Tucuju, os índios que habitavam Macapá antes da chegada dos portugueses, que os varreram do mapa. 

Poderia ser o poeta e cronista Isnard Brandão Lima Filho, ou Alcy Araújo. Mas acredito que Fernando Canto se encaixe melhor no mapa de Pâmela Carbonari. Ele nasceu em Óbidos, Pará, mas todos nós, amapaenses, somos paraenses, porque o Amapá é um naco do Pará. E todos comemos a mesma comida. Mas Fernando Canto foi para Macapá ainda criança e se tornou macapaense da gema. Poeta, contista e ensaísta, é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará, mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amapá e doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará. 

Seu ensaio Fortaleza de São José de Macapá: Vertentes Discursivas e as Cartas dos Construtores, editado pelo Senado Federal, é uma das mais profundas incursões em busca da identidade Tucuju. Macapá é facilmente identificada no mapa-múndi porque se debruça na margem esquerda do maior rio do planeta, o Amazonas, no ponto em que é seccionada pela Linha Imaginária do Equador. Mas seu maior ícone, como o Cristo Redentor para os cariocas, é a Fortaleza de São José de Macapá. 

Fernando Canto entende que “a Fortaleza desenvolve nos amapaenses uma espécie de sentido de pertencimento, bem expresso na produção literária contemporânea local, nas artes plásticas e visuais e nos discursos políticos”. Com efeito, os artistas plásticos amapaenses vivem recriando a Fortaleza nas suas telas, que é cenário no meu romance A Casa Amarela. Para mim, a maior contribuição da Fortaleza para a identidade amapaense foi sua construção. 

As pedras da Fortaleza foram arrancadas da Cachoeira das Pedrinhas, no rio Pedreira, distante 32 quilômetros de Macapá; descidas para o rio numa rampa em torno de 10 metros de declive, eram transportadas em embarcações pelo Amazonas até Macapá. Cada jagunço tomava conta de quatro escravos, que, fracos pelo trabalho impossível, eram rasgados a chicotadas. Muitos morreram supliciados, famintos, sem energia, e alguns conseguiram fugir para o quilombo do Ambé. Em 19 de março de 1782, dia do padroeiro de Macapá, São José, a Fortaleza foi inaugurada, 18 anos depois do início da sua construção. 

Construída para resistir a uma força semelhante à da marinha inglesa do século XIX, nunca foi atacada, exceto por um dos flagelos da Amazônia, a malária. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foi classificada como fortificação de terceira classe, e abandonada na primeira metade do século XX. 

Assim, a Fortaleza, maior ícone dos macapaenses, é a tradução perfeita de Macapá. Construída por escravos, negros e índios, sob o obsessivo domínio português, foi o cadinho no qual se forjou a etnia macapaense. Os portugueses cruzaram com os africanos e geraram mulatos, e fornicaram com os índios, formando uma população de mamelucos; os africanos fundaram o distrito de Curiaú e o bairro do Laguinho, misturaram-se com os índios e legaram cafuzos; e mulatos, cafuzos e mamelucos misturaram-se, fechando o círculo, numa diversidade étnica viva nas ruas de Macapá, nas nuanças de peles que vão do alabastro ao ébano, passando pelo bronze e jambo maduro, unidos pelo sotaque caboco: a fusão do português falado em Lisboa, doces palavras tupis, línguas africanas, patoá das Guianas, tudo triturado em corruptela.

Além disso, a ficção de Fernando Canto contém aquele tempero que Gabriel García Márquez tão bem preparava no seu cadinho de alquimista: o realismo mágico. Nos seus poemas, crônicas e contos há sons de merengue e de mambo, comida paraense, a presença da floresta, como uma sombra, e muitas, muitas mulheres capazes de levantar defunto.

Bastião da Fortaleza de São José de Macapá e tambores de
marabaxo na espátula do pintor amapaense Olivar Cunha

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O CLUBE DOS ONIPOTENTES, de Ray Cunha, é um passeio revelador pelas trevas do comunismo

O jornalista carioca Marcos Machado: os comunistas se
sustentam da mentira; tentaram desconstruir até Brasília
MARCOS  MACHADO*

O CLUBE DOS ONIPOTENTES,
do escritor amapaense, Ray Cunha,
edição da Editora Clube de Autores
BRASÍLIA, 19 DE SETEMBRO DE 2022 – Quem não conhece a história está condenado a repeti-la. Esqueça por instantes suas convicções religiosas ou filosóficas para não divagar em críticas antes de chegar aos pontos principais do livro e absorver o que é objetivamente fundamental. A trama de O CLUBE DOS ONIPOTENTES, do escritor, jornalista, acupunturista e amigo de longa data, Ray Cunha, começa com uma ocorrência policial sobre exploração de menores, com o envolvimento de importantes figuras do cenário político nacional, e envereda para uma trama macabra, com o fim de assassinar o Presidente da República.
 

Entre uma coisa e outra, a história nos leva a um tour histórico pelo maior flagelo da humanidade, o socialismo/comunismo, e ouso dizer que maior até que o nazismo, guardadas as proporções globais e o necessário respeito às vítimas. No entanto, mais devastador do ponto de vista da abrangência humana por seu tempo de duração e aplicação em mais de 70 nações do mundo, resultando, sempre, em genocídio, exploração, tirania e miséria. 

A narrativa utiliza pseudônimos para guardar a identidade dos personagens reais, que, de certa forma, nos ajudam a fazer a correlação devida da ficção com a realidade. Navegando na esfera do espiritualismo, o livro nos traz detalhes sombrios do poder em Brasília, da guerra de bastidores para a perpetuação de privilégios e funcionamento do tal “sistema” que comandava o Brasil, promovendo a pilhagem indiscriminada do erário e levando o país quase à falência, assim como ocorre com países vizinhos (Venezuela, Argentina e agora Chile), por conta do projeto de poder sobre a América Latina, o famigerado Foro de São Paulo, com o intuito de estabelecer o sonho comunista que ruiu junto com o Muro de Berlim e a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). 

Quase 200 anos dessa ideologia nefasta, nunca deu certo, mas alienados alucinados ainda insistem que o pesadelo vai virar um sonho. É por essa volta ao passado que a leitura se torna ainda mais instigante. Como as escolas e universidades abordam de forma romântica as revoluções socialistas na História, cria-se uma imagem fantasiosa que O CLUBE DOS ONIPOTENTES descontrói, força a visão da realidade e mostra quão devastadora pode ser essa ideologia diabólica. É diabólica porque se sustenta em mentiras. 

Milhões e mais milhões de mortos por simplesmente discordar. Genocídios pela fome, repressão extrema, corrupção e pilhagem das riquezas nacionais, são a realidade dos governos de esquerda que poderão ser conferidas e analisadas em O CLUBE DOS ONIPOTENTES, desde os escritos dos pseudos pensadores de esquerda do século XIX, com todas as suas contradições e devaneios, até a propalada Revolução Russa, no início do século XX, que culminou no assassinato da família real (incluindo mulheres e crianças). Para quem desconhece a História, vale a tomada de conhecimento para não correr o risco de repeti-la. Inacreditável que em pleno século XXI ainda se cogite instalar um regime que só promove desgraça e sofrimento. 

Mas O CLUBE DOS ONIPOTENTES comete uma injustiça, e tenho certeza de que é por crença do autor e não por ciência. A diferença entre inverdade e mentira é que mentira é o que a esquerda dissemina e inverdade é o que as pessoas repetem por desconhecimento da realidade. Assim, também, mentira e irrealidade são coisas distintas. 

No livro, Ray Cunha aborda o programa habitacional do governador Joaquim Roriz como responsável pelo inchaço da capital do país, mas isso é mentira da esquerda, que, à época, lutava para derrubar Roriz, inverdade abraçada pela elite planopilotista e intelectuais unibestados, que proliferou nas redações e mesas de bares ocupadas por pensadores que viam, na maioria, Brasília como uma ilha cuja borda era a quadra do Beirute. Dali para a frente, era tudo Goiás. 

O programa não era do Roriz, mas coisa séria já prevista no memorial descritivo da Capital, de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, com a indicação, inclusive, da área onde foram criadas as regiões administrativas da expansão urbana. O que Ray Cunha fez foi repetir a inverdade criada pela oposição (esquerda). A intervenção de Roriz acelerou o projeto de expansão, que salvou, isto mesmo, salvou a área tombada, a qualidade de vida no Plano Piloto e redondezas, e, ao contrário da narrativa, não, não inchou Brasília. 

Crença versus ciência – a primeira se baseia em nada, só em narrativa de alguém, ou de alguéns, sem qualquer comprovação, dado, fato, estatística, estudo, ou seja lá o que for. É só papo de botequeiro. Bem típico da esquerda, até hoje. Mesmo que se apresentem evidências e provas físicas contrárias, o crente, invariavelmente, as ignora porque contraria sua convicção. A ciência, ao contrário, é a tomada de conhecimento da realidade por meio dos fatos, dados etc. 

No caso do projeto habitacional, começou com o governador Hélio Prates lançando a pedra fundamental de Ceilândia, que depois Aimé Lamaison expandiu; José Aparecido começou Samambaia, o que Roriz tomou a decisão de acelerar a fim de evitar a favelização do centro de Brasília, coisa que Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza etc. não fizeram, e os resultados são visíveis de longe. 

Todo o programa foi profundamente estudado e delineado por técnicos de carreira do governo, não por políticos. O político tomou a decisão de desencadear o processo, e sabe por quê? Só na área tombada foram listadas 64 ocupações irregulares, algumas já tomando corpo de favela, como na área próxima ao que é o Setor Noroeste. Essas favelas se espalharam por todo o Plano Piloto e, não sei se Ray Cunha se lembra, atrás do Correio Braziliense tinha uma. Havia até um boteco carinhosamente chamado de “Boldo”, onde os colegas iam consumir turbinadores de consciência. 

Inchaço? Essa é outra mentira que viralizou em inverdade na boca de muita gente. Não sei se os dados do IBGE ainda estão disponíveis, mas como fiz várias reportagens à época para desconstruir a desconstrução da esquerda ao projeto, ainda lembro que no referido período dito como de inchaço ocorreu o inverso. Nos anos de explosão do programa, 1988 a 1994, ocorreu redução no fluxo migratório para Brasília. O grande volume, retirado o período da construção, ocorreu nos anos 1970. 

Falei das favelas, e nem preciso abordar o volume de cortiços, barracos de fundo de quintal etc., que degradavam a qualidade de vida das pessoas nos bairros de Brasília, chamados de cidades-satélites, apesar de não haver qualquer referência ao termo em qualquer documento, desde o projeto piloto; essa é outra invenção que viralizou. Brasília sofria com grave déficit habitacional, especialmente em razão dos valores impagáveis de seus imóveis. Morar em casa própria era um sonho, realmente. O déficit habitacional resultava não de fluxo migratório, mas do crescimento orgânico da população. Poderia explicar isso mais detalhadamente, mas acho que Ray Cunha entende. 

Claro que Roriz usou politicamente o programa, e qualquer outro faria o mesmo, mas é preciso que a ciência tome o lugar da crença. Não que a crença não possa se sustentar na ciência, aliás é isto o que precisa ser feito. Ocorreram, óbvio, algumas distorções, mas não no nível que a esquerda prega. 

A partir de 1995, ocorreu a proliferação dos condomínios ilegais, com a bênção do PT do governador Cristovam Buarque, em área inadequada para projetos habitacionais (Vicente Pires, Colorado, Jardim Botânico etc.), e invasões absurdas que viraram bairros, como Estrutural e 26 de Setembro, que resultaram em devastação ambiental. Recentemente, o Senado aprovou novos limites para o Parque Nacional a fim de ajustar a área para a regularização da invasão 26 de Setembro. 

Bem, eu estava lá, eu vi, acompanhei, entrevistei, comparei e comprovei os dados, daí minha preocupação com o restabelecimento da verdade. Ah! Sim! Os primeiros assentamentos habitacionais em Brasília foram Gama e Sobradinho, após a inauguração de Brasília, já que Núcleo Bandeirante e Taguatinga surgiram antes da inauguração. 

Se não fosse Roriz, talvez, hoje, você desse de cara com uma Rocinha ao abrir a janela de seu apartamento, de manhã. É isso o que ocorre com moradores de bairros nobres no Rio.

*MARCOS MACHADO é jornalista, psicanalista e cientista, editor do portal Do Plenário 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

O Imperador Amarelo e Os Fundamentos da Medicina Chinesa, de Giovanni Maciocia

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 15 DE SETEMBRO DE 2022 – A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) saiu de um livro chamado Princípios de Medicina Interna do Imperador Amarelo, composto por dois livros: Questões Simples e Eixo Espiritual. Li a edição da Ícone Editora, de 2001, com 829 páginas. Trata-se da Bíblia dos acupunturistas clássicos, ou fundamentalistas, o que não é meu caso. 

O estudo e a consulta do Imperador Amarelo, para quem pratica a Medicina Tradicional Chinesa, são importantes na medida em que leva o estudioso a raciocinar sobre a fisiologia da energia, ou do Qi, levando-o a fazer combinações de pontos de acupuntura. Mas sua leitura corrida, página após página, é extremamente cansativa. 

No meu trabalho de conclusão do curso tecnológico (2.080 horas/aula presenciais e 440 horas de estágio em ambulatório, total de 2.520 horas/aula) de Medicina Tradicional Chinesa na Escola Nacional de Acupuntura (Enac) – um surpreendente romance, FOGO NO CORAÇÃO, mas com estudo de caso real, uma colônia de miomas no útero de uma modelo de moda –, faço uma homenagem ao gênio italiano Giovanni Maciocia. A personagem central do romance, o professor Emanoel Vorcaro, faz uma defesa apaixonada de Maciocia: 

– Como os senhores sabem, leio, falo e escrevo fluentemente em mandarim, inclusive o clássico, e fiz curso superior de Medicina Chinesa na China, onde vivi parte da minha vida e aonde retorno de vez em quando. Posso dizer que três coisas me interessam nesta vida, além do meu país: a China e sua cultura milenar, ternos e rabada (todos riram), especialmente a rabada do Café e Restaurante Dona Neide, na Feira do Guará. Assim, tenho conhecimento suficiente, acredito nisso, para saber o que é adequado ou não a este Instituto Holístico, meu segundo lar. Li toda a obra do professor Giovanni Maciocia, além de ter assistido a uma conferência do grande homem, em Londres, há muito tempo. Giovani Maciocia, no meu julgamento, fez mais pela acupuntura no Ocidente do que todos os professores de medicina chinesa, de todos os países ocidentais, que nunca publicaram um livro, ou que jamais publicarão uma obra como a de Giovani Maciocia; obra fantástica, porque ele leu os clássicos em mandarim, estudou-os à exaustão, compreendeu a filosofia que alicerça a medicina chinesa, e traduziu esse oceano para o inglês, o mandarim do Ocidente, proporcionando a todos, gostem ou não dele, muito embora, às vezes, sem ter a necessária paciência chinesa para o ler, proporcionando a todos, como eu dizia, a oportunidade de entrar nesse mar, seguindo uma hidrovia organizada e sinalizada. Como aqui se trata de uma questão prática, sugiro aos professores Bartolomeu Amado e Maurício Couto que comecem já a ler Giovanni Maciocia, até porque, professores, ensinamos medicina chinesa, porém não estamos na China, mas em Brasília, que, com a China, só tem algo em comum: escorpiões. Com a diferença de que aqui não os comemos – disse. 

Maciocia tem um livro fundamental a todos, no Ocidente, que estudam e pratiam os ensinamentos do Imperador Amarelo, que é seu Os Fundamentos da Medicina Chinesa. Meu exemplar é da Editora Roca, 2005, 967 páginas. Li-o de capa a capa. Comentei isso com um professor da Enac e ele me olhou com preocupação. Os Fundamentos são para consulta. 

Lê-lo, página após página, é como ler o Imperador Amarelo com prazer. Já tentei ler a Bíblia, mas fracassei. Porém, agora, estou conseguindo. Meu amigo Erwin Von-Rommel, que lê em mais de dez idiomas e é especialista em conhecimentos exotéricos, me indicou A Bíblia de Jerusalém. A minha é da Editora Paulus, 1973. Em papel bíblia, tem 2.366 páginas, mas é comentada.

Os Fundamentos é como se fosse o Imperador Amarelo comentado. Com uma vantagem. Uma vantagem imensa. Os acupunturistas clássicos seguem à risca o Imperador Amarelo, escrito 200 anos antes de Cristo, em um país frio e em um tempo em que as pessoas já estavam decrépitas com 30 anos e um terapeuta não podia tocar o corpo de uma paciente da realeza sem perder a cabeça, literalmente. Pois bem, Os Fundamentos transpõe o Imperador Amarelo para o Ocidente, nos dias de hoje. 

A propósito, estudei na Enac a fitoterapia chinesa, que, para mim, homem ocidental, parece impraticável, e até fantasiosa. Prefiro a fitoterapia brasileira, riquíssima e altamente resolutiva. Costumava dizer a meus colegas que estudamos Medicina Tradicional Chinesa, mas estamos no trópico, no século 21. Obviamente que a fisiologia do Qi é a mesma, mas o tempo e a geografia, não. Inclusive, com o conhecimento do espírito que temos, hoje, catalogado por médiuns, e com a tecnologia hodierna, entendemos cada vez mais como funciona a acupuntura.

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

O povo e as Forças Armadas permanecem em alerta máximo, prontos para rechaçarem o próximo golpe contra a Constituição e o Brasil

O grande jornalista José Maria Trindade, de Os Pingos nos Is, da
Jovem Pan, já tem seu exemplar de O CLUBE DOS ONIPOTENTES

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 14 DE SETEMBRO DE 2022 – Pouco antes da Revolução Russa, em 1917, o príncipe Félix Yussupov planejou o assassinato de Grigori Yefimovich Raspútin, o Mago Negro da Rússia, que influenciou o nascimento do Comunismo e o assassinato em massa da família imperial russa. 

Yussupov reencarna no Brasil, como o jornalista Alex, que agora vai combater aquele que aparelhou o país para a segunda Revolução Russa, neste 2022. A missão do novo mago negro, agora contando com nove cabeças e nove ventosas, é transformar a Pátria do Evangelho e Coração do Mundo na União das Repúblicas Socialistas da Ibero-América. 

Tudo começou em 1990, com o foro de São Paulo, que reúne líderes comunistas, guerrilheiros e narcotraficantes ibero-americanos, com a missão de transformarem a região em uma Cuba continental, tendo o Brasil como a cereja do bolo, ou o próprio bolo. 

Mas, para isso, um homem precisa ser eliminado. Aliás, já tentaram eliminá-lo, e quase conseguiram. O CLUBE DOS ONIPOTENTES não revela se Jair Messias Bolsonaro, o homem destinado a tornar o Brasil uma potência hegemônica, será assassinado, até 2 de outubro, mas, como qualquer livro de natureza profética, faz seu alerta.

Você pode adquirir seu exemplar de O CLUBE DOS ONIPOTENTES no Clube de Autores, amazon.com.br e amazon.com.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Meu querido diário

Capa de JAMBU no Clube de Autores: mergulho na Amazônia

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 12 DE SETEMBRO DE 2022 – A tarde morre, suave como a noite. Acabei de ouvir Trini Lopez, Amira Willighagen e Angelina Jordan; Mozart também. A tarde morre boa para um bate-papo, mas não há ninguém com quem conversar. Meus amigos estão longe. Depois que me declarei conservador, houve até quem me demitisse por e-mail. Às vezes, visito Jorge Bessa, escritor, acupunturista, espião em Moscou e chefe da contraespionagem brasileira durante a Guerra Fria. Preciso devolver-lhe o Imperador Amarelo. 

Comecei a ler, novamente, a série Millennium. Os três primeiros volumes – Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar – são de Stieg Larsson e os três últimos – A garota na teia de aranha, O homem que buscava sua sombra e A garota marcada para morrer –, de David Lagercrantz, também sueco. Já venderam mais de 150 milhões de exemplares. 

Considero o trabalho de Larsson o protótipo do romance hodierno. Larsson entregou os originais dos três primeiros volumes, de mais de 500 páginas cada um, ao editor, logo depois da virada do século, e morreu a seguir, bastante jovem ainda. O sucesso foi imediato. Aí, convidaram Lagercrantz, conhecido na Suécia, a escrever mais alguns volumes com as personagens criadas por Larsson. Lagercrantz topou e no terceiro volume deu por encerrada a série. 

Comprei, hoje, Catástrofe – 1914: A Europa vai à Guerra, de Max Hastings. Creio que irá me esclarecer mais sobre o nascedouro do comunismo, pois a dinastia Romanov começou a cair no início da Primeira Guerra Mundial. Meu romance O CLUBE DOS ONIPOTENTES se debruça um pouco sobre esse episódio. Estou lendo amplamente, também, sobre a história do Brasil, já que trabalho, atualmente, em um romance que tem como pano de fundo a construção da personalidade do nosso país. 

Enquanto isso, aguardo a fotografia que o pintor Olivar Cunha me enviará. Ele está pintando uma cafuza ruiva, de olhos verdes e lábios grandes e vermelhos, tomando tacacá, e me enviará a foto para a capa do meu romance JAMBU. 

Minha rotina tem sido levantar-me às 3 horas (disse isso para uma paciente minha e ela me olhou como se estivesse diante do sujeito mais louco que já vira). Preparo um blend de arábica e tapioquinha; depois de tomar café, escrevo até às 8 horas. Então vou caminhar no Parque da Cidade, dou uma parada no shopping Venâncio para ir ao banheiro e outra parada no sebo do Ed, que tem sempre novidade. Dei para o Ed o encalhe do meu livro TRÓPICO ÚMIDO – TRÊS CONTOS AMAZÔNICOS, e ele vem vendendo maravilhosamente. 

À tarde, leio, durmo e rezo. À noite, leio. Às vezes, vejo um filme na Netflix. Ou vou ao cinema. Ontem, fui ver Predestinado, sobre Zé Arigó, que foi um médium extraordinário. Fui com minha gata e milha filha. Comemos pipoca e bebemos CocaCola. É raro eu tomar CocaCola, mas, às vezes, tomo. 

Outro dia encontrei um amigo, jornalista, na sala de espera de uma clínica. Conversamos sobre a pandemia e as mudanças no jornalismo. Lembro-me que até os anos 1990, os jornais tinham a paginação, um departamento com dezenas de paginadores, indispensáveis para o jornal seguir para a impressora. Da noite para o dia essa etapa desapareceu, com a informática. Os paginadores tiveram que fazer alguma outra coisa para sobreviver. 

A partir das redes sociais, o jornalismo também desapareceu. Todos, agora, somos jornalistas, no sentido de transmitirmos informações em tempo real. O leitor tem apenas, como sempre, de ter senso crítico. E é esse tipo de jornalismo que arrasou com as quadrilhas dos políticos bandidos, cada vez mais acuados. 

Isso me fez lembrar, lá atrás, uma colega lamentando que o Supremo Tribunal Federal (STF) houvesse cassado o diploma de jornalista. Eu procurei fazê-la ver que, em qualquer profissão, o diploma é tão-somente um credenciamento. Não quer dizer que a pessoa seja, de fato, um profissional preparado. Vejam o caso da âncora da CNN brasileira, que afirmou, no ar, que na Bandeira Brasileira está escrito “independência ou morte” e que o Chile fica na Europa. Se não foi exatamente isso, foi uma barbaridade ainda pior. Porém não é nada perante o Jornal Nacional. Este, dá engulho.

Assim, a internet promoveu a maior revolução moderna. A próximo grande revolução não será política nem tecnológica, mas espiritual. Os ETs já estão entre nós. Aliás, sempre estiveram. Ou melhor, somos todos nós.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

RAY CUNHA – Terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa, formado pela Enac

FOGO NO CORAÇÃO: inusitado thriller policial como trabalho
de conclusão do curso de Medicina Tradicional Chinesa na Enac

Acupunturista – Massoterapeuta – Fitoterapeuta

WhatsApp: 61 99621-6425

Atendo na casa do paciente e em ambulatório.

Tratamento de: Depressão – Síndrome do Pânico – Ansiedade – Gastrite – Fibromialgia – Estresse – Obesidade – Doenças Autoimunes – Disfunção Sexual – Outros 

Formado em Medicina Tradicional Chinesa pela Escola Nacional de Acupuntura (Enac) – de 06/08/2013 a 12/07/2016 – com 2.080 horas de aulas presenciais e 440 horas de estágio no ambulatório da Enac, em um total de 2.520 horas/aula – Brasília/DF. 

Formado em Massagem Modeladora pelo Senac de Ceilândia/DF, em curso de 40 horas/aula, de 11 a 22 de setembro de 2017. 

Participou do I Workshop Internacional de Osteopatia, Terapias Manuais e TAD (Terapia Anti-Dor), promovido pelo Instituto de Biociências e Instituto Sacrum, e ministrado pelo posturopata Ángel Gil Estévez, do Instituto Sacrum (Espanha) – 24/01/2015, com duração de 10 horas – Brasília. 

Participou como aluno da Escola Nacional de Acupuntura (ENAc) da Semana da Enfermagem do Hospital Sírio-Libanês Brasília, de 9 a 11 de maio de 2016, prestando atendimento num total de 12 horas em Tuiná (massagem terapêutica chinesa) e Auriculoterapia aos funcionários das três unidades do Hospital Sírio-Libanês em Brasília. 

Participou do I Workshop de Cuidados Paliativos, promovido pelo Centro de Oncologia Hospital Sírio-Libanês – Unidade de Brasília, no dia 18/06/2016, com duração de 8 horas. 

Jornalista especializado em Medicina Tradicional Chinesa.

Escritor, autor do romance FOGO NO CORAÇÃO, ambientado no universo da Medicina Tradicional Chinesa em Brasília, e que foi seu trabalho de conclusão do curso de Medicina Tradicional Chinesa pela Escola Nacional de Acupuntura (Enac). O estudo de caso transposto para o romance – uma jovem atacada por uma colônia de miomas – é real.

Realizo trabalho voluntário todos os sábados, das 9 às 13 horas, no Ambulatório Fernando Hessen, no Centro Comunitário da Candangolândia, coordenado pelo professor Ricardo André, e, aos domingos, das 8 horas ao meio-dia, no Centro Espírita André Luís (Ceal), no Guará I, coordenado pelo professor José Marcelo.

domingo, 4 de setembro de 2022

A segunda independência do Brasil

O CLUBE DOS ONIPOTENTES, de Ray Cunha. Ao fundo,
TUIUIÚ CRUCIFICADO, grafite sobre tela de Olivar Cunha

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 4 DE SETEMBRO DE 2022 – Em 1808, o imperador Napoleão Bonaparte invadiu Portugal, mas não pegou a Família Real Portuguesa, que fugiu para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil-Colônia. Em 1815, o príncipe regente Dom João criou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, com capital no Rio, até 1820, quando os portugueses exigiram o retorno do agora rei Dom João VI a Lisboa. Ele foi e deixou no Brasil o príncipe regente Dom Pedro de Alcântara. 

Em 1821, a Assembleia Legislativa portuguesa determinou que o Brasil voltasse à condição de colônia e retorno imediato do príncipe herdeiro do trono português, Dom Pedro, mas o príncipe se recusou. Era 9 de janeiro de 1822. Em 2 de junho, Dom Pedro convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira e em 1 de agosto declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil. 

Em 2 de setembro, um novo decreto exigindo subordinação do príncipe chega ao Rio. Dom Pedro estava em viagem a São Paulo e sua esposa, a princesa Maria Leopoldina, se reuniu com o Conselho de Ministros e decidiu enviar ao marido uma carta aconselhando-o a declarar a independência do Brasil. A carta chegou às mãos de Dom Pedro no dia 7 de setembro. Ele a leu e a seguir declarou às tropas que o acompanhavam a independência do Brasil, pondo fim a 322 anos de domínio colonial. 

Em 12 de outubro de 1822, Dom Pedro era aclamado imperador do Brasil, como Dom Pedro I. Bahia, Maranhão e Pará só reconheceram a independência em 1823, depois de correr muito sangue. Em 20 de março de 1824, Dom Pedro I outorga a Constituição. Portugal só joga o pano em 1825. 

Em 1922, é fundado o Partido Comunista Brasileiro (PCB), filiado à Terceira Internacional. Os comunistas, os novos colonizadores do país, estavam de olho no Brasil, desde 1917, quando derrubaram Nicolau II da Rússia e estabeleceram a República Socialista Federativa Soviética da Rússia, liderada por Vladimir Lênin, que, juntamente com Josef Stalin, criou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). 

A URSS consistia no seguinte: os russos invadiram meio mundo, onde tocaram o terror, até 1989, quando o sistema implodiu. Seu regime era o comunista, isto é, o Estado era Deus, as igrejas foram exterminadas e o povo escravizado. Desde a fundação do inferno russo que os líderes comunistas estão de olho no Brasil, que é a nação com maior potencial econômico do planeta. Em 1922, se instalaram aqui. 

Em 1990, Fidel Castro e Lula criaram o Foro de São Paulo, reunindo comunistas, guerrilheiros e narcotraficantes visando a criação da União das Repúblicas Comunistas da Ibero-América, com financiamento do Brasil, o que Lula, de 2003 a 2016, quando o PT chegou ao poder, não só conseguiu, abrindo o cofre até do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pilhando estatais e até mesmo fundos de pensão, além de aparelhar o Estado. 

De modo que o 7 de setembro de 2022 simboliza a segunda independência do Brasil, agora, das garras do comunismo, e nosso libertador é Jair Messias Bolsonaro, que deverá ser reeleito para terminar sua obra: jogar 200 toneladas de cal na cova do comunismo.

Sobre o assunto, leia O CLUBE DOS ONIPOTENTES.