quinta-feira, 22 de maio de 2025

O Tesouro dos Jesuítas do Morro do Castelo: 67 toneladas de ouro e ninguém sabe, ninguém viu

Ray Cunha em visita ao túmulo de Estácio de Sá  que fundou a cidade
do Rio de Janeiro e 
expulsou os franceses da Baía de Guanabara , na Igreja dos Capuchinhos, no bairro da Tijuca, em 29 de fevereiro de 2024

Marcos Machado*

Um romance que exige do leitor atenção, reflexão e um mínimo de curiosidade histórica. Pois bem, A Identidade Carioca, de Ray Cunha, é isto: uma insurgência literária e um convite para uma caça ao tesouro, literalmente. Não qualquer tesouro, mas um com prováveis 67 toneladas de ouro supostamente escondidas no Morro do Castelo, coração simbólico e sepultado da antiga cidade do Rio de Janeiro. 

O livro mistura com habilidade romance, a lenda urbana e a história não oficial baseada em documentos escritos em português arcaico, aquela história que não entra nos currículos escolares, sabe-se lá por quais convenientes motivos. Enquanto a escola brasileira se limita a repetir a versão dos vencedores, Ray Cunha vai fundo nos subterrâneos do Brasil, revelando os bastidores da nossa formação colonial com um olhar crítico e, por vezes, desconcertante.

O que A Identidade Carioca oferece, no entanto, é o contrário do silêncio: é um grito narrativo. A trama gira em torno da busca por um tesouro jesuíta enterrado – ou talvez nunca enterrado – no antigo Morro do Castelo, demolido em nome do “progresso” no início do século XX. Essa destruição física e simbólica do morro é também a metáfora perfeita da nossa tendência de soterrar a própria memória. Ali, os jesuítas teriam escondido 67 toneladas de ouro antes de serem expulsos pela Coroa portuguesa, em 1759, segundo reza a lenda. Ninguém sabe, ninguém viu, mas Ray Cunha nos faz ver, ainda que seja com os olhos da ficção, qual era, e onde estava, o tesouro.

A Identidade Carioca não é um simples enredo de caça ao tesouro, mas de uma reconstrução crítica da identidade carioca (e, por extensão, brasileira), através de personagens que transitam entre o passado e o presente, entre o real e o possível. A narrativa não dá trégua ao leitor preguiçoso; aquele acostumado a resumos provavelmente não passará do segundo capítulo, e talvez seja melhor assim, porque o livro exige envolvimento, como toda boa leitura deveria exigir.

A narrativa de Ray Cunha é ágil, mas densa. Leve, mas provocadora. Cada capítulo traz uma nova camada de revelações, sempre amparadas por dados históricos pouco ou nunca divulgados, e detalhes urbanos que passam despercebidos: a influência dos jesuítas na formação do Brasil, os interesses por trás da demolição do Morro do Castelo, a omissão deliberada de certos eventos na historiografia oficial. Tudo isso com o ritmo de um romance de aventura, mas com o peso de 67 toneladas de questões mal resolvidas.

O final surpreendente, como todo bom desfecho de trama bem construída, amarra o enredo sem recorrer à obviedade. O leitor sai instigado a investigar mais sobre a cidade que habita. Quantos cariocas sabem que boa parte da sua história foi literalmente demolida com britadeiras? Quantos brasileiros sabem que há mais lendas reais em nossas fundações do que em qualquer ficção estrangeira?

A Identidade Carioca é, portanto, mais do que um romance: é um manifesto contra o esquecimento nacional. Um lembrete de que há muito tesouro escondido por aí, nem sempre no subsolo, mas frequentemente enterrado sob as versões oficiais da nossa história.

O tesouro está reservado apenas para quem tem coragem de escavar, pois muitas famílias cariocas estão, literalmente, sentadas sobre ele.

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*Jornalista, editor do portal Do Plenário, escritor, psicanalista, cientista político, analista sensorial, enófilo, adesguiano, consultor de conjunturas e cidadão brasileiro protegido (ou não) pela Constituição Brasileira

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Davi Alcolumbre se empenha pela prisão de Bolsonaro e dos manifestantes do 8 de Janeiro. Trump estuda aplicar a Lei Magnitsky no Brasil

Hugo Motta, Lula e Davi Alcolumbre: fidelidade canina

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 21 DE MAIO DE 2025 – O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), barrou a proposta que inocenta o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) e os manifestantes do 8 de Janeiro presos, acusados da tentativa de golpe de Estado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que vem aplicando penas de até 17 anos de cadeia imediata e em regime fechado.

Preso, Bolsonaro deverá morrer na cadeia, pois se recupera de uma facada que perfurou seus intestinos e quase o mata, aplicada pelo militante de Esquerda, Adélio Bispo de Oliveira. Segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), Moraes quer prender o ex-presidente para o assassinarem mais facilmente na prisão.

Depois da recente viagem à China, acompanhando o presidente Lula da Silva (PT), ninguém da Direita consegue contato presencial ou telefônico com Alcolumbre, que tem, por sua vez, a conivência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB). Alcolumbre tem sido um verdadeiro cão para o STF e Lula. Em compensação, ganhou um cabide de empregos estupendo.

Solto da cadeia pelo STF, por corrupção, e candidato à Presidência da República pelo Tribunal Superior Eleitoral (STF), em 2021, embora condenado em três instâncias, Lula da Silva voltou à Presidência, em 2022, em uma disputa na qual Bolsonaro, que disputava a reeleição, foi amordaçado.

Alexandre de Moraes assumiu a presidência do TSE em 16 de agosto de 2022, até 3 de junho de 2024, quando foi substituído pela ministra Cármen Lúcia. Lula da Silva já estava com passe livre para disputar a presidência da República contra Bolsonaro. A boca de Bolsonaro foi costurada e a imprensa, principalmente a TV Globo, fez campanha cerrada a favor de Lula, inventando tudo o que não presta contra Bolsonaro, que estava proibido de se defender.

Quando Lula foi diplomado presidente, no TSE, em 12 de dezembro de 2022, o ministro Benedito Gonçalves disse para Alexandre de Moraes: “Missão dada é missão cumprida”, e o então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, do Partido Democrata, declarou que as eleições brasileiras eram inquestionáveis.

Em 8 de janeiro de 2023, houve uma manifestação contra Lula na Praça dos Três Poderes e foi aí que Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos, na ocasião, e os manifestantes, foram acusados de golpe de Estado, em um processo kafkiano. Moraes mandou prender mais de mil pessoas, incluindo donas de casa, octogenárias, que passaram pela Praça dos Três Poderes para ver de perto o protesto contra a posse de Lula.

Em entrevista ao jornal O Globo, de 4 de janeiro de 2024, Alexandre de Moraes afirmou que a Polícia Federal desvendou três planos contra ele.         

– Após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão – declarou Alexandre de Moraes.

Segundo o ministro, participantes da manifestação de 8 de janeiro planejavam prendê-lo e matá-lo.

– O primeiro plano previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição – declarou, candidamente, Alexandre de Moraes, a O Globo.

– Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem – declarou.

– Se tivéssemos deixado mais pessoas em frente a quartéis, poderia gerar mais violência, com mortes e distúrbios civis no país todo. Se não houvesse a demonstração clara e inequívoca de que o Supremo Tribunal Federal não iria admitir nenhum tipo de golpe, afastaria qualquer governador que aderisse e prenderia os comandantes de eventuais forças públicas que aderissem, poderíamos ter um efeito dominó que geraria caos no país.

– Quem planejou matar Moraes e quais são as provas desse plano? – questionou o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. A Lava Jato foi uma operação do Ministério Público e Polícia Federal que esviscerou o establishment, mostrando que estava podre, mas o Supremo repôs as vísceras no lugar e costurou.

– Se o ministro era a vítima desses crimes, ele não deveria se declarar suspeito de julgar quem queria matá-lo? Essas novas informações não colocam o ministro sob suspeição para julgar todos os réus do 8 de janeiro, já que, segundo entendimento do próprio STF, todos estavam ali em turba com um único objetivo de dar um golpe? Como o ministro responde às críticas de que os réus do 8 de janeiro estão sofrendo abusos judiciais, como violação do juiz natural, ausência de conexão com pessoas com foro privilegiado, prisões preventivas alongadas, ausência de provas e de individualização de condutas e penas exageradas? – disse Dallagnol.

– Aliás, até hoje o STF não apresentou uma única pessoa com foro privilegiado que tenha participado dos atos do 8 de janeiro, a fim de justificar a conexão com os demais réus sem foro privilegiado. O ministro saberia dizer quem são as pessoas com foro privilegiado que atraem a competência da corte para julgar os demais réus do 8 de janeiro? – pergunta Dallagnol.

– Por que o ministro não apreciou em tempo o pedido de soltura de Clezão, que tinha parecer favorável da PGR? Como responde às críticas de que a demora para decidir acarretou na morte de Clezão? Por que, logo após a morte de Clezão, o ministro soltou vários réus presos do 8 de janeiro que também tinham parecer favorável de soltura da PGR? Isso não é uma prova de que essas pessoas ficaram presas de forma excessiva e ilegal? Quando serão encerrados os inquéritos ilegais que tramitam no Supremo há mais de 5 anos? Como o ministro justifica a existência dos inquéritos após o fim dos prazos legais? E, por fim, dar entrevistas sobre casos em julgamento não gera a suspeição do juiz? Como o ministro responde a essa questão? – indagou Dallagnol.

Moraes já tentou de tudo para justificar a prisão de Bolsonaro, inclusive de importunar baleia.

Em 20 de janeiro deste ano, toma posse na Presidência dos Estados Unidos o republicano Donald Trump, líder mundial da Direita, e que sofreu um processo semelhante ao de Bolsonaro, inclusive quanto a tentarem assassiná-lo. Trump matou a charada.

A Usaid (United States Agency for International Development, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), maior instituição oficial de ajuda humanitária do planeta, já despejou trilhões de dólares para ajudar mais de 100 países em dificuldade. Criada em 1961, pelo presidente democrata John Fitzgerald Kennedy, os comunistas americanos, aninhados no Partido Democrata, foram, aos poucos, aparelhando o órgão para usarem o gordo orçamento da agência, repassando verba para ONGs e agentes, em todo o planeta, visando a lavagem cerebral e ideologização nas escolas e universidades, compra de jornalistas, censura da Direita, promoção de identidade de gênero para crianças, promoção de aborto, desarme da população, destruição da família e das religiões, criar anarquia e instalar ditaduras comunistas, o Estado totalitário.

A coisa engrossou no governo dos democratas Bill Clinton (1993-2001), Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025, que intercedeu por Lula da Silva.

Donald Trump bloqueou a sangria na Usaid e estuda aplicar a Lei Magnitsky em quem usou verba da Usaid para censurar. A Lei Magnitsky é como é conhecida a Revogação Jackson-Vanik da Rússia e Moldávia, ou Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky, de 2012, projeto de lei bipartidário aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos e sancionado pelo presidente Barack Obama, em dezembro de 2012, destinada a punir autoridades russas responsáveis pela morte do advogado russo Sergei Magnitsky, em uma prisão de Moscou.

Em 2009, o advogado tributário russo Sergei Magnitsky morreu à míngua em uma prisão em Moscou, depois de investigar uma fraude de 230 milhões de dólares envolvendo autoridades russas. Da mesma forma como fazem os comunistas, o próprio Magnitsky foi acusado da fraude e detido. Na prisão, fizeram com que Magnitsky desenvolvesse cálculos biliares, pancreatite e colecistite, e, claro, não proporcionaram o tratamento médico adequado a ele. Após quase um ano de prisão, já bastante fraco, foi espancado até a morte.

Bill Browder, empresário americano amigo de Magnitsky, tornou público e apresentou o caso aos senadores Benjamin Cardin e John McCain, com o objetivo de aprovarem uma legislação que sancionasse os russos envolvidos em corrupção. Em junho de 2012, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos relatou à Câmara o projeto Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky de 2012, visando punir as autoridades russas consideradas responsáveis pela morte de Sergei Magnitsky.

A lei começou a valer em 14 de dezembro de 2012. Em 9 de janeiro de 2017, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos Estados Unidos atualizou sua Lista de Nacionais Especialmente Designados e colocou Aleksandr I. Bastrykin, Andrei K. Lugovoi, Dmitri V. Kovtun, Stanislav Gordievsky e Gennady Plaksin na lista negra.

Desde 2016, a lei autoriza o governo dos Estados Unidos a punir aqueles que violam os direitos humanos. Mas punir como? Proibindo a entrada das pessoas condenadas nos Estados Unidos e o uso de seu sistema bancário, congelando seus ativos. Todo mundo quer fazer negócios ou ir aos Estados Unidos. Assim, quem for atingido pela Lei Magnitsky perderá o visto americano e não poderá movimentar sua grana nos Estados Unidos e nos países aliados dos Estados Unidos, que domina o mercado financeiro mundial.

No caso do Brasil, Alexandre de Moraes já censurou até redes sociais americanas e um dos seus réus, Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, é acusado de ter ido aos Estados Unidos sem ter ido lá, com base em registros fraudulentos, o que é investigado pelo FBI. Se Alexandre de Moraes for incurso na Lei Magnitsky, provavelmente pessoas envolvidas no sistema também o serão.

David Samuel Alcolumbre Tobelem será um deles? Natural de Macapá/
AP, nascido em 19 de junho de 1977, o senador Davi Alcolumbre é comerciante, judeu de ascendência marroquina. Eleito presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional para o biênio 2025-2026, já presidiu ambas as casas, entre 2019 e 2021. Em 2019, assinou, enquanto presidente da República em exercício, o decreto que regulamenta a transferência definitiva das terras da União ao Estado do Amapá.

A família Alcolumbre é a mais influente do Amapá. Começa pelo Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre tio falecido do presidente do Senado e nome aprovado em projeto de lei proposto pelo próprio Davi Alcolumbre, quando ainda era deputado federal, em 2009.

Os Alcolumbre participam dos mais variados negócios no Amapá, que, por sua vez, exporta diversos produtos para os Estados Unidos, como, madeira, açaí, sucos de frutas e soja.

A família, sócia da TV Amazônia, retransmissora do SBT no Amapá, e da TV Macapá, retransmissora da Rede Bandeirantes, é acusada de grilagem de terras públicas, tanto na margem de rios quanto de rodovias, para plantar soja. Em 2021, o primo de Davi, Isaac Alcolumbre, ex-deputado do Amapá e dono de um aeródromo, foi preso na Operação Vikare, da Polícia Federal, contra tráfico internacional de drogas.

Segundo a Polícia Federal, o aeroporto de Isaac Alcolumbre, a 12 quilômetros da área urbana de Macapá, era onde pequenas aeronaves vindas da Colômbia e Venezuela, carregadas de drogas com destino a outras regiões do Brasil, recebiam manutenção e eram abastecidas.

O objetivo de Davi Alcolumbre é aterrissar no Palácio do Setentrião, sede do governo do Amapá. Já tentou. Conseguirá, agora, que está com a colher e o açaí na tigela e o pirarucu assado no prato, juntamente com a reeleição do seu mentor, Lula da Silva, em 2026?

A Fortaleza de São José de Macapá e a identidade amapaense na obra de Fernando Canto. Leonardo DiCaprio na COP30

Baluarte da Fortaleza de São José
de Macapá e a pobreza na Amazônia
na espátula do pintor Olivar Cunha

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 21 DE MAIO DE 2025 – O escritor que mais traduziu a identidade amapaense foi Fernando Canto, poeta, contista, cronista, compositor e sociólogo, mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Amapá (Unifap) e doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Com o objetivo de defender a Amazônia de ataques estrangeiros, o império português ergueu no Amapá o maior forte colonial do Brasil, a Fortaleza de São José de Macapá. Isolados do resto do país pelos rios Amazonas e Jari, os amapaense defenderam o Setentrião da França, que queria ampliar o território da Guiana Francesa.

Assim, a Fortaleza de São José de Macapá se tornou o maior símbolo de que a Amazônia brasileira é do Brasil, e não das potências hegemônicas, como atualmente está acontecendo, quando o presidente Lula da Silva (PT), no seu afã de instalar uma ditadura comunista no Brasil, já cedeu até mina de urânio na Amazônia para a China, uma das mais sangrentas ditaduras no planeta.

A capacidade que os amapaenses demonstraram de expulsar os franceses do Amapá e a resiliência ao isolamento são dois elementos que compõem a identidade amapaense. O terceiro elemento está ligado à construção da Fortaleza, que é a tradução perfeita de Macapá, a capital.

Construída por escravos negros e índios, a Fortaleza foi o cadinho no qual se forjou a etnia macapaense. Os portugueses cruzaram com os africanos e geraram mulatos, e fornicaram com os índios, formando uma população de mamelucos; os africanos fundaram o distrito de Curiaú e o bairro do Laguinho, misturaram-se com os índios e legaram cafuzos; e mulatos, cafuzos e mamelucos se misturaram, fechando o círculo, numa diversidade étnica viva nas ruas de Macapá, nas nuanças de peles que vão do alabastro ao ébano, passando pelo bronze e jambo maduro, unidos pelo sotaque caboco: a fusão do português falado em Lisboa, doces palavras tupis, línguas africanas, patoá das Guianas, tudo triturado em corruptela.

Fernando Canto conseguiu refletir essa realidade para sua torrencial obra literária, sobretudo a ensaística. Sua tese de mestrado, Fortaleza de São José de Macapá – Vertentes discursivas e as cartas dos construtores, publicada pela editora do Senado Federal, é um raio-X do ícone amapaense. Já sua tese de doutorado, Literatura das Pedras – A Fortaleza de São José de Macapá como locus das identidades amapaenses, também publicada pelo Senado, refere-se à “permanência esfíngica da Fortaleza de São José de Macapá, ali na paisagem, à beira do rio”.

Na introdução de Literatura das Pedras, Fernando Canto avisa: “O meu objeto propriamente dito é a Fortaleza de São José de Macapá, a literatura e a identidade, pois trabalhei no processo de como as identidades amapaenses se constroem a partir da literatura de autores que são ou que tenham representado a ordem (o Estado) e os da contraordem e suas oposições ao discurso do Estado, tomando como referência a Fortaleza de São José de Macapá. Essa literatura tem os seus períodos específicos aos quais chamo de temporalidades literárias para situar metodologicamente o tempo de suas criações”.

Na sua pesquisa, Fernando Canto destinou algumas páginas de Literatura das Pedras ao romance A Casa Amarela, deste autor: “O trapiche Eliezer Levy, defronte ao Macapá Hotel, avança no rio Amazonas como o calçadão de uma avenida. As embarcações de passageiros ou de carga que atracam e partem vêm geralmente de Belém, do Marajó e do Baixo Amazonas. Dia e noite passageiros chegam e partem, famílias aguardam entes queridos ou se despedem de parentes, grupinhos passeiam, casais se agarram e pessoas solitárias se sentam ou se encostam no parapeito, e ficam ali, olhando para os outros e perdendo o olhar no rio imenso. Durante o dia o sol queima a pele das pessoas e as cabeças dos moleques fedem a matéria orgânica em combustão. Mas no fim da tarde sopra uma brisa que refresca a cidade e no começo da noite o vento verga os caules dos açaizeiros e agita os galhos das mangueiras, encapelando o estuário do maior rio do mundo. A maré estava subindo e as embarcações dançavam como se fossem soçobrar, mas, bem amarradas ao trapiche, eram mantidas prisioneiras, lembrando cavalos selvagens recém-capturados. A água surrava a muralha da Fortaleza de São José de Macapá, entrava por um canal e ia dar nas masmorras, onde os presos do Golpe de 64 conversavam”.

Outros trechos de A Casa Amarela citados por Fernando Canto: “A Fortaleza soltava-se, aos poucos, na escuridão. À mediada que ia clareando, a fortificação mais se parecia a um navio vagando no inferno”; “A Fortaleza São José de Macapá erguia-se, imensa, na margem seca do rio. Sua existência, de pedras e de sombras, em vez de tranquilizadora, pairava como uma ameaça. E quando o rio avançava e havia vento, a maré chicoteava sua muralha de pedras, assentadas pelos negros, que depois foram para o Curiaú, o Laguinho e os Congós”; “E assim, sitiada pelo rio, a Fortaleza flutuava na água como um navio fantasmagórico. À noite, as luzes da cidade eram testemunhas daquele vagar infernal: uma Fortaleza flutuando no rio Amazonas, ventre inchado, estourando de vermes e berros noturnos. Ali na Fortaleza de São José de Macapá nascia uma nova civilização”.

Diz Fernando Canto sobre o meu trabalho: “O contista Ray Cunha expressa com mais fidedignidade o discurso da contracultura em relação ao tempo da Ditadura Militar. Suas obras são baseadas em casos verídicos, como as prisões de amigos seus nesse período histórico de repressão no Brasil. Ele transgride o discurso oficial e o dissimulado, o texto encomiástico e o aparentemente contrário ao sistema. Dá a eles o trato de reprocessamento da memória coletiva (assim como uma voz de tantos que queriam dizer o que ele diz), quando recupera o passado a partir de uma relação entre o objeto e o leitor, entre o indivíduo e grupo e entre estados temporais que evocam principalmente o passado e o presente de sua construção literária. Ele narra o fato comum aos olhos comuns do embarque e o desembarque de passageiros da Amazônia, deixando nas entrelinhas aflorar gestos, cheiros e movimentos da paisagem humana do território amazônico, tão comuns que nem sempre se percebe. Trata a Fortaleza de São José de Macapá com metáforas regionais, “um navio no inferno”, “um navio fantasmagórico”, uma fortaleza que flutua com o ventre inchado, como se fosse um monstro, talvez uma esfinge que espera ser decifrada no tempo”.

Há um quarto elemento da identidade amapaense, aliás, um elemento comum na Amazônia: o complexo do colonizado. Os amazônidas saíram das mãos dos portugueses e caíram nas mãos de governadores, prefeitos, senadores e deputados, que, com raras exceções, os vêm explorando tanto quanto os colonos lusitanos, e os colonizados dizem amém.

No caso do Amapá, trata-se de um dos estados mais subdesenvolvidos do país, apesar de contar com um dos portos mais estratégicos do Brasil, o Porto de Santana, com calado para cargueiros transatlânticos e o mais próximo dos Estados Unidos, Europa e Ásia (via Canal do Panamá). Macapá está ligada por rodovia à Caiene, a capital da Guiana Francesa, e conta com aeroporto internacional.

Além disso, a costa do Amapá é um santuário de peixes e frutos do mar, pois é banhada, simultaneamente, pelo Atlântico e o Amazonas, além de outros gigantes de água doce. Recentemente, descobriu-se uma gigantesca bacia de petróleo no Amapá, mas a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, não quer nem ouvir falar em exploração de petróleo na Amazônia.

Marina Silva, apesar de ser acriana, mas mora em São Paulo, acha que os amazônidas são quelônios, comem folhas. Deve ser isso que ela defenderá na trigésima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), em Belém do Pará, de 10 e 21 de novembro.

O ator Leonardo DiCaprio é outro que deve pensar que os amazônicas são bichos de casco. Ele estará presente na COP30. Ativista ambiental, irá a Belém para promover a “luta contra as mudanças climáticas”. Cientistas sérios já afirmaram e reafirmaram que mudança climática é natural. É só pesquisar para se chegar à conclusão de que esse negócio de mudança climática é promovido por países que não querem que a Amazônia se desenvolva, para melhor explorá-la. Promovem também a histeria dos militantes ecocomunistas.

Quanto ao Amapá, não conta sequer com energia elétrica firme. Assim, como poderia suportar, por exemplo, estaleiros?

Quanto ao turismo, Macapá, à margem esquerda do Rio Amazonas e cortada pela Linha Imaginária do Equador, é, por si só, um apelo ao turismo, como entrada para o mundo amazônico, com sua culinária paraense. Mas a cidade sofre apagões, não conta com rede de esgoto e, às vezes, de suas torneiras, sai lama, ao invés de água, apesar de a cidade ser banhada pelo maior rio do mundo.

terça-feira, 20 de maio de 2025

Trump manifesta disposição de não deixar pedra sobre pedra do regime ditatorial no Brasil, que começa a desmoronar como peças de dominó

Ray Cunha e O CLUBE DOS ONIPOTENTES, edição do Clube de Autores

RAY CUNHA

BRASÍL, 20 DE MAIO DE 2025 – Quase qualquer jumento tem condições de se esforçar e, sem fundir o cérebro, perceber que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o maior líder da Direita mundial, jamais permitirá que o Brasil, o gigante do seu quintal, se torne comunista, e que está apenas dando corda para Lula da Silva, que, pela terceira vez, está destruindo o Brasil, que descarrila em um abismo de corrupção. Descarrila com destino à China, um dos mais medonhos Estados totalitários do planeta, que sonha em tomar posse do subcontinente tropical paradisíaco que é o Brasil.

Só que as armas de Trump são, em primeiro lugar, financeiras. Como maior economia e o país mais industrializado do planeta os Estados Unidos dão as cartas no comércio mundial. Por isso a China não quer nenhuma guerra convencional contra os Estados Unidos. Quer fazer negócios. Assim, Xi Jinping, o chefe do partido único chinês, apenas sorri das palhaçadas de Lula, mas que já “deu” à China até mina de urânio na Amazônia. É claro que tudo isso é monitorado de perto pela CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, a mais letal do planeta.

Em segundo lugar, Lula e seu governo já se uniram às mais infernais ditaduras do mundo e ao eixo dos países terroristas, o que coloca o Brasil na lista negra de potências democráticas como Inglaterra, França, Israel, Itália, Espanha, além dos Estados Unidos. E depois, máfias brasileiras estão enchendo os Estados Unidos de drogas, o que torna o Brasil um narcoestado, perante os Estados Unidos.

Em terceiro lugar, o Brasil mantém centenas de presos políticos, entre os quais parlamentares e jornalistas, acusados de “crime de pensamento”; o Supremo Tribunal Federal (STF) vem censurando inclusive redes sociais americanas. Trump já está se municiando legalmente para acabar com essa interferência.

Internamente, como o orçamento brasileiro desaparece no ralo, o país está ficando cada vez mais sucateado, a inflação aumentando e o desemprego e a fome começando a bater à porta de milhões de famílias, o que está inquietando a população. Até quando os brasileiros suportarão essa tortura em massa?

O programa Rewards for Justice (RFJ), Recompensas pela Justiça, do Departamento de Estado dos Estados Unidos e administrado pelo Serviço de Segurança Diplomática, está oferecendo 10 milhões de dólares por informações que resultem na identificação e neutralização da organização terrorista Hezbollah, na Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, onde essa organização arrecada recursos por meio de lavagem de dinheiro; tráfico de entorpecentes; comércio ilegal de diamantes; contrabando de dinheiro em espécie, cigarros e produtos de luxo; falsificação de documentos e falsificação de dólares americanos – segundo a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

Mais: o Hezbollah obtém receitas de atividades comerciais em toda a América Latina, incluindo construção civil, vendas de imóveis e importação e exportação de mercadorias.

O Hezbollah, organização terrorista sediada no Líbano, conta com treinamento, armamento e financiamento do Irã, Estado patrocinador do terrorismo mundial. A organização fatura cerca de um bilhão de dólares por ano, somando a verba que recebe do Irã, negociatas e dinheiro de países patrocinadores do terrorismo, além de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas e de escravos.

O programa Rewards for Justice já pagou, desde 1984, pelo menos 250 milhões de dólares a mais de 125 pessoas em todo o mundo, que ajudaram a neutralizar ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos.

Mais informações sobre a recompensa de 10 milhões de dólares estão disponíveis no site do Rewards for Justice, por meio do Signal, Telegram, WhatsApp no número +1-202-702-7843 ou pelo canal de denúncias via Tor. O contato será mantido em sigilo.

De olho no que está acontecendo no Brasil, Donald Trump enviou, em 5 de maio, um representante do Departamento de Estado norte-americano, equivalente ao ministério das Relações Exteriores do Brasil, o chefe interino da coordenação de sanções internacionais, David Gamble, para averiguar a situação do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, maior líder da Direita brasileira, acusado de “golpe de Estado” pelo ministro Alexandre de Moraes e prestes a ser preso; como convalesce de uma facada em tentativa de o assassinarem, se for preso e não receber cuidados médicos deverá morrer na cadeia. O processo contra Bolsonaro é kafkiano, segundo dez entre dez juristas.

Conforme nota da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gamble veio para participar de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutir o combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas.

O comandante do Comando do Sul dos Estados Unidos, almirante Alvin Holsey, desembarca esta semana no Brasil para agendas com o ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas. Segundo a embaixada americana Holsey virá para fortalecer a cooperação internacional no combate ao tráfico de drogas e de armas, especialmente na fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia. O Comando do Sul dos Estados Unidos, sediado na Flórida, é responsável pela segurança do país com relação à América do Sul e à América Central.

Nestas alturas do campeonato não há mais volta para Lula da Silva quanto ao caminho que ele vem trilhando desde que ajudou Fidel Castro a criar o Foro de São Paulo, que tem como objetivo destruir os Estados Unidos. Além de se unir aos piores inimigos dos Estados Unidos, Lula declarou, recentemente, que não sente nem um pouquinho de medo de Trump e a mulher de Lula, Janja da Silva, mandou o mais importante assessor de Trump, o homem mais bem informado do mundo, Elon Musk, se foder.

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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Josiane, eternamente


Quando nos encontramos a identificação foi imediata

Soubemos de pronto que somos feitos um para o outro

Que nada pode nos separar, pois, no meu coração,

Com ferro em brasa, escreveste liberdade

Desde então, sou livre porque teu, e és luz

E luz não prende ninguém, liberta, porque ama

Viver ao teu lado é sentir cheiro de mar permanentemente

Sentir o triunfo no olhar das mulheres amamentando

E no riso de crianças Deus se manifestando

A vida contigo é quântica, abismo azul

Intenso como granada, vulcão, poesia

Como o poema que eu pretendia escrever para ti

Até descobrir que tu és o próprio poema

 

20 de maio

sábado, 17 de maio de 2025

O vazio. Pets e bebês reborns. De tão azul sangra


RAY CUNHA

BRASÍLIA, 17 DE MAIO DE 2025 – O Brasil já foi uma cópia de Portugal, da França e agora é dos Estados Unidos. Tudo o que Hollywood inventa o Brasil copia. O Brasil só não copia a democracia americana. Agora mesmo o presidente Lula da Silva continua tentando instalar uma ditadura comunista e vive com um pé aqui e outro na China, e adora bajular ditadores carniceiros (redundante), como Nicolás Maduro. E para mostrar que é unha e carne com eles, declarou, em alto e bom som, que não tem medo da carantonha de Donald Trump. Para completar, sua mulher, Janja da Silva, mandou Elon Musk se foder.

A última, nesta república de bananas tupiniquim, é o bebê reborn, renascido, em inglês, um boneco hiper-realista adotado por pais estúpidos, que cuidam deles como se fossem filhos, ou pets. Já vi senhoras conversando com pets de botinas e roupa. É comum vermos senhoras e senhores atrás de cachorro juntando merda deles e há quem mantenha pets vivos por aparelho.

Esse tipo de idiotice, o bebê reborn, começou nos Estados Unidos, no início da década de 1990. Dependendo do realismo dos bonecos, podem custar centenas de milhares de dólares. Os bonecos, ou bonecas, são feitos geralmente de vinil siliconado e pintados à mão, de modo que pareçam mesmo bebês de verdade. Há casos de esses bonecos serem resgatados de automóveis como bebês esquecidos ou de serem levados a clínicas para serem vacinados ou tratados e a igrejas para serem batizados. Há mães que cuidam de um monstro desses para sufocar luto, outras dão o peito para eles.

No cinema, os bebês, ou crianças reborns, fazem muito sucesso em filmes de terror, nos quais ganham vida e se tornam assassinos em série. O cinema também criou robôs sensuais, que levam homens e mulheres à loucura, na cama. Há também mulheres infladas em tamanho natural com imitação de vagina.

O que leva uma pessoa a se tornar escravo de um pet, a cuidar de um bebê de silicone ou a transar com uma boneca inflada? Provavelmente, o vazio. O vazio é o pior dos fantasmas. Fantasmas são apavorantes, mas só aparecem, e convivem, com quem é vazio, pois fantasmas vivem no nada.

Fantasmas não suportam o som do acme, o cheiro do mar, cavalgar no lombo da luz, o triunfo do silêncio. A vida é um tesão, como diria o pintor Olivar Cunha. O grande pintor amapaense não pinta bonecas reborns. Pinta gritos expressionistas, o Trópico, o céu, que, de tão azul sangra.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Luís Roberto Barroso deixa escapar que os EUA interferiram nas eleições de 2022 no Brasil

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 15 DE MAIO DE 2025 – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, durante recente evento em Nova York, confessou que houve interferência do STF e dos Estados Unidos nas eleições de 2022 no Brasil.

– O ministro confirma novamente o que todos já sabemos: que houve interferência da Corte no processo eleitoral brasileiro, incluindo pedidos para que os Estados Unidos de (ex-presidente Joe) Biden também interferissem, o que foi feito – comentou o deputado federal Marcel van Hattem (Novo/RS). – Barroso disse que o STF derrotou o bolsonarismo e, a cada entrevista e palestra que dá, apresenta mais provas de que sua fala no evento da UNE (União Nacional dos Estudantes) não foi apenas uma bravata. Foi a confissão dos crimes eleitorais que a própria Corte cometeu contra a campanha de (ex-presidente Jair Messias) Bolsonaro, agora comprovadamente com participação da administração esquerdista de Biden.

Barroso declarou, com todas as letras, que, quando presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu três manifestações públicas de apoio do governo Biden ao que ele chama de “democracia brasileira”. Um dos apelos foi feito ao Departamento de Estado dos Estados Unidos, visando desestimular qualquer “investida antidemocrática” das Forças Armadas durante as eleições de 2022.

– Os militares brasileiros não gostam de se indispor com os Estados Unidos, porque é lá que obtêm seus cursos e equipamentos – justificou Barroso.

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL/SP) ironizou a confissão de Barroso.

– Moraes considerou que eu estaria violando a soberania brasileira e cogitou apreender meu passaporte. Então, o que dizer da confissão do presidente do STF? É atribuição de um juiz da Suprema Corte pedir para o governo Biden intervir em nossa eleição? Isso, sim, é conspiração, margem para impeachment – comentou, lembrando que o ministro Alexandre de Moraes quer apreender seu passaporte e prendê-lo apenas porque está denunciando a ditadura da toga nos Estados Unidos.

Mas impeachment de qualquer ministro do Supremo está fora de cogitação, pois dependeria do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), da guarda pretoriana da toga. O senador amapaense é o pit bull do Supremo.

O fato é que na véspera das eleições presidenciais de 2022 foi registrada uma intensa movimentação de autoridades americanas no Brasil, como do diretor da CIA (Central Intelligence Agency), William Burns; do conselheiro de segurança Jake Sullivan; da subsecretária Victoria Nuland; e do assessor especial Juan González. Eles estariam pressionando o governo Bolsonaro a ficar quieto e engolir a “vitória” da Esquerda.

Com Donald Trump de volta à presidência dos Estados Unidos, Marco Rubio comandando o Departamento de Estado e Elon Musk dando apoio de Inteligência a Trump, a “democracia relativa” do Brasil deverá sofrer uma reviravolta, até porque o governo Lula da Silva está entregando o Brasil para a China, a quem já cedeu até mina de urânio na Amazônia.

Lula da Silva declarou que não tem medo da cara feia de Trump e sua mulher, Janja, mandou Elon Musk se foder. E depois, Lula se uniu a ditadores como Vladimir Putin e Nicolás Maduro, além de Xi Jinping, bem como ao Irã, e é fundador do Foro de São Paulo, que tem como principal missão destruir os Estados Unidos. Só que agora não conta mais com seu amigo Joe Biden, que virou zumbi.

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A eternidade surge aos 70 anos, no outono

Josiane Souza Moreira Cunha, Ray Cunha e Iasmim Moreira Cunha Morya

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 15 DE MAIO DE 2025 – Meu amor e eu tomamos café, hoje, na Biscoitos Mineiros do Sudoeste, na Quadra 304, Bloco C, um local muito distinto. Eu havia tomado café às 4h30, antes de começar a escrever. Atualmente, trabalho no terceiro volume de uma trilogia. Já publiquei O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO. O atual volume será concluído em 2026. De modo que na Biscoitos Mineiros não comi muito, apenas uma empada de camarão, uma torta de nozes e café médio. Tudo de primeira categoria. Meu amor comeu uma empada e um quiche de camarão, uma torta de morango, chá de frutas vermelhas e suco de laranja.

Comemoramos, hoje, 37 anos de namoro. Certa tarde, em 15 de maio de 1988, levei-a ao cinema. Ela tinha 19 anos e eu, 33. Era uma menina. Fomos ver, no cinema que havia no Conjunto Nacional, Cine Márcia, O Último Imperador da China, de Bernardo Bertolucci.

Outro dia, conversando com meu amigo Marcos Machado, na Pães e Vinhos, na 103 do Sudoeste, que é o bairro onde moro, lembramos que quase todos os nossos velhos companheiros de redação e parentes mais próximos estão mortos ou dementes, e lá estávamos nós, conversando sobre os editores virtuais do Clube de Autores e da Amazon, sobre livros que pretendemos publicar, sobre a língua portuguesa, sobre café.

E aí, pensando, hoje, descobri que não envelhecemos, nem morremos. A vida, ou consciência, é eterna. Apenas algumas pessoas demoram a descobrir os caminhos que levam à eternidade. A passagem da infância para a adolescência é um desses caminhos. É preciso que o descubramos, senão viramos Peter Pan, até descobrirmos o caminho, o que é inevitável, mas pode demorar bastante.

Aí, vem a passagem da adolescência para a vida adulta. Outro caminho. Na velhice é que fazemos as maiores descobertas. Mas as descobertas da velhice são, geralmente, mais difíceis. Fáceis quando lemos muito, quando damos asas à nossa criatividade e descobrimos que podemos voar como as aves, e daí para montar a luz é um passo, e mergulhar no azul e viajar no éter, para as estrelas de outras galáxias.

A morte é outra passagem. Na morte, nossa consciência se manifesta em uma dimensão que transcende a matéria e o tempo, até chegar a um estado em que podemos ascensionar para uma dimensão quântica. De modo que nunca morremos. Quem morre são corpos.

A consciência encarnada é composta de espírito e mente. A mente, por sua vez, é composta por corpos. Existe o corpo físico e o ego. O ego é a personalidade do indivíduo. E há os corpos sutis, que compõem a aura, ou campo energético que envolve o corpo físico. O corpo etérico, ou cordão de prata, liga o corpo físico ao corpo astral, que é o corpo das emoções.

Tudo isso descobri neste outono, aos 70 anos, ao lado da minha amada. Como disse, ela era uma menina quando a descobri, e continua sendo uma menina no meu coração. Quando a conheci, eu não enxergava nada além do meu nariz e ao lado dela fiz tantas descobertas que fico tonto só de pensar nisso.

Jamais quis ser dono dela e ela também não é minha dona. Apenas, como toda mulher, como toda mãe, vê seu homem como um filho especial, aquele que precisa de mais cuidados. Basicamente, nós dois apenas gostamos da companhia um do outro, mesmo em silêncio. Gostamos de conversar. Conversamos sobre tudo. E somos leões quando se trata da nossa princesa, de casa.

Este ano, o outono está mais frio do que em outros anos. Quando cheguei a Brasília, em 1987, punha casaco quando fazia 21 graus. Agora, quando faz 17 graus, uma camisa de mangas compridas basta. A gente vai se acostumando. Se a temperatura cai para 14 graus, aí uso meu casaco azul, quente, que comprei a Expotchê, uma feira anual que os gaúchos realizam em Brasília. De madrugada, quando me levanto para escrever, uso um casaco surrado.

Gosto de todas as estações do ano. Observo-as e comparo-as, a cada ano, e, se viajo, observo também as estações do ano em outras localidades. Adoro geografia. Mas, em Brasília, gosto mais do outono e do inverno, quando a temperatura é, quase sempre, agradável. Há invernos mais frios, que exigem que usemos meias grossas em casa.

Adoro a vida. O pintor Olivar Cunha observou que a vida é um tesão. Também acho. O escritor e compositor Fernando Canto, que era como um irmão para o Olivar e eu era outro que vivia intensamente. Viver intensamente é viver agora. O Fernando Canto já partiu para o azul. Segundo o médium e astrofísico Laércio Fonseca a vida no astral é mais sofisticada do que aqui, no mundo físico. É mais poética.

Hoje de manhã descobri, aos 70 anos, que, na minha vida, não há ontem nem amanhã, só agora se eternizando. A música que ouço é o som do éter, azul por toda parte.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Jornalista Allan dos Santos afirma que Michel Temer é o capo di tutti capi da política no Brasil

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 14 DE MAIO DE 2025 – Em matéria de ontem, publicada na revista Timeline, um dos mais famosos jornalistas brasileiros, Allan dos Santos, afirma que o ex-presidente Michel Temer, padrinho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é chefe de todos os chefes. 

– No subsolo da política brasileira, onde a ambição caminha com o silêncio e a corrupção prospera no vaivém das alianças, o nome de Michel Temer volta a emergir. Não como protagonista de manchetes diretas, mas como o maestro invisível de um teatro cuidadosamente coreografado. Enquanto as atenções se voltavam para os escândalos do INSS, com o PDT e o PT no centro da lama, o ex-presidente parecia assistir a tudo das sombras, sorrindo, avaliando, calculando – escreve Allan dos Santos. 

Segundo o jornalista, Temer está por trás da revelação para a imprensa do caso do roubo bilionário de aposentadorias e pensões. 

 – Não como denunciante moral, mas como estrategista; a denúncia, lançada um ano antes das eleições, parecia oferecer-lhe exatamente o que precisava: um flanco aberto na esquerda governista, colocando o PT e o PDT no banco dos réus populares, sem que ele precisasse sujar as mãos diretamente. 

Para voltar ao poder total, Temer precisa tirar de cena duas pessoas: Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Este último, Temer teria entregado o caso a Alexandre de Moraes, que deverá prendê-lo, acusado de golpe de Estado. Como Bolsonaro está com a saúde delicada, devido à facada que tomou, se for preso deverá morrer na cadeia, sem os devidos cuidados médicos, segundo o próprio Bolsonaro. 

Temer é muito mais articulado do que Lula. Enquanto Lula faz viagens espalhafatosas à China, os contados de Temer com a China são muito mais antigos, profundos e econômicos, especialmente nos setores de infraestrutura, energia e portos. Allan dos Santos lembra a ligação de Temer com o Porto de Santos e este ao PCC, uma das mais temidas máfias brasileiras. 

Temer foi preso na manhã de 21 de março de 2019, acusado de receber 1 milhão de reais de propina de José Antunes Sobrinho, dono da empresa de engenharia Engevix, que fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3. Segundo a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Temer é chefe de organização criminosa há 40 anos. 

– Essa é a maior e mais perigosa organização criminosa deste país. Liderada pelo presidente. O Temer é o chefe da Orcrim (organização criminosa) da Câmara. Temer, Eduardo, Geddel, Henrique, Padilha e Moreira. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muito perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles – declarou, na ocasião, o empresário Joesley Batista, da JBS, em entrevista à revista Época. 

Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu no município de Tietê/SP, em 23 de setembro de 1940, de ascendência libanesa. É advogado, professor, escritor e político, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Foi secretário da Segurança Pública e procurador-geral de São Paulo. Em 1995, é escolhido para liderar o MDB na Câmara. Em 2009, é eleito presidente da Câmara, cargo que ocupa mais duas vezes. Em 2001, é eleito presidente nacional do MDB. Em 2011, é empossado como vice-presidente da República, no governo de Dilma Rousseff, acompanhando-a na sua reeleição. Com o impeachment de Dilma, assume a Presidência em 31 de agosto de 2016. 

Segundo a Wikipédia e a mídia, em 2016, durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o telhadista e hacker Silvonei José de Jesus Souza comprou, na Rua Santa Efigênia, epicentro do comércio eletrônico de São Paulo, um CD com informações sobre centenas de pessoas, entre as quais Marcela Temer, de quem invadiu o celular e localizou o telefone do irmão dela. Passando-se por Marcela, imitando seu estilo de texto, enviou uma mensagem ao irmão dela pedindo dinheiro emprestado para fechar um negócio. 

O irmão de Marcela respondeu que não tinha todo o dinheiro, mas que poderia transferir 15 mil reais, e fez a transferência. Aí, Silvonei descobriu que Marcela era a esposa do vice-presidente, prestes a se tornar presidente, e então fez contato diretamente com ela, exigindo 300 mil reais para não divulgar fotos íntimas dela e mensagens comprometedoras. 

Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública de São Paulo, ordenou ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) que resolvesse o caso para ontem. Foi criada uma força-tarefa sob o comando do delegado especial Rafael Correa. 

Em 11 de maio de 2016, 40 policiais à paisana em 11 carros cercaram a casa de Silvonei, no bairro de Heliópolis, em São Paulo, e prenderam a mulher dele, no momento em que ela saía para levar o filho para a creche. Pegaram o telefone dela e enviaram uma mensagem a Silvonei, identificando sua localização, e o prenderam também. Ambos foram levados para a cadeia, após decisão do juiz que coordenava o Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), Antônio Carlos Patiños Zorz, que escreveu, no mandado de prisão, que o casal mantinha uma “organização notável”, em uma cidade que é “fértil campo para que marginais da pior espécie disseminem o terror, a violência e a maldade”. 

O chantagista foi preso em 40 dias e as fotos de Marcela jamais vieram a público. O processo correu a mil por hora e a sentença foi exagerada: 5 anos, 10 meses e 25 dias no presídio de Tremembé, em regime fechado, condenado por estelionato e extorsão. 

Quando Silvonei foi preso, Michel Temer estava quase para assumir a Presidência da República, e, quando assumiu, foi grato a Alexandre de Moraes, dando-lhe o Ministério da Justiça e, depois, o Supremo Tribunal Federal. Michel Temer e Alexandre de Moraes já eram velhos conhecidos, havia mais de 20 anos. 

Alexandre de Moraes foi promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, de 1991 a 2002; secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, nomeado pelo governador Geraldo Alckmin, de 2002 a 2005; e secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, de 2014 a 2016, nomeado novamente pelo governador Geraldo Alckmin. 

Em 12 de maio de 2016, Alexandre de Moraes assume o Ministério da Justiça. Em 2017, Temer indica Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga do ministro Teori Zavascki, que morrera em acidente aéreo desconcertante, em 19 de janeiro de 2017. Em 1 de janeiro de 2019, Temer passa a faixa para o conservador Jair Messias Bolsonaro, que estanca a roubalheira sistemática a que o país vinha sendo submetido. 

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domingo, 11 de maio de 2025

Por que a democracia relativa não quer voto impresso? As urnas são invioláveis? Grana?


RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 11 DE MAIO DE 2025 – Establishment é a elite que dá as cartas no país. Em 2014, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a impressão do voto nas eleições, medida que tinha sido aprovada pelo Congresso Nacional, em 2009. A relatora do processo, ministra Cármen Lúcia, argumentou que o voto impresso aumentaria os gastos públicos em mais de 1 bilhão de reais, um aumento de 140% no custo do voto. Nessas alturas, a roubalheira registrada na burra já estava na casa dos trilhões de reais. 

Já o então decano do STF, ministro Celso de Mello, argumentou que, para que o voto seja autêntico, basta que seja secreto, e, para isso, o voto eletrônico basta. Esse, aliás, foi o argumento do então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que ingressara com a ação contra o voto impresso por considerá-lo quebra de sigilo dos eleitores. Para o então advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, o voto impresso não interfere no sigilo do eleitor, pois que o eleitor sairia da sala de votação apenas com o comprovante de que votou. “O conteúdo do voto não fica com ele.” 

Em 2021, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso, de autoria da deputada Bia Kicis (PL/DF). 

A pergunta que se faz é: por que o establishment não quer voto impresso? Para não aumentar despesas? O orçamento do TSE em 2024 foi a bagatela de 11,8 bilhões de reais. 

Para o ministro Dias Toffoli, o sistema de votação eletrônica dispensa a impressão como meio de fiscalização. Será mesmo que existe sistema eletrônico inviolável? O voto impresso é a garantia física da lisura na escolha do eleitor de quem vai chefiar o país. Nas últimas eleições na Venezuela houve voto impresso, mas quem contabilizou os votos foram assessores do ditador Nicolás Maduro. Em uma democracia, não a relativa, mas plena, todos os partidos participam da contagem de votos. 

Permanece a pergunta: por que não imprimir os votos, se há dinheiro para isso e o voto é a maior garantia da lisura de eleições? Só há duas razões lógicas para se confiar cegamente na máquina: a primeira delas seria como parte de um esquema para instalar uma ditadura ou perpetuar um regime; a outra, grana, muita grana. Ou as duas. 

Nos Estados Unidos, maior democracia do mundo, desde a década de 1930, o Partido Democrata se posiciona à Esquerda, enquanto o Partido Republicano se posiciona à Direita, pregando o liberalismo econômico e o conservadorismo social. O terceiro grande partido estadunidense é o Deep State, estado profundo, ou subterrâneo, ou comunista, que é o aparelhamento e inchaço do Estado, igual Lula da Silva e seu PT (Partido dos Trabalhadores) fizeram no Brasil. 

Assim, o Deep State, ou Estado Paralelo, é um governo secreto, um Estado dentro do Estado. Joe Biden, o democrata que antecedeu Donald Trump na presidência dos Estados Unidos, interferia na política de outros países por meio da Usaid, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development). A Usaid é a maior instituição oficial de ajuda humanitária do planeta e já despejou trilhões de dólares do contribuinte americano para ajudar mais de 100 países em dificuldade. 

Criada em 1961, pelo presidente democrata John Fitzgerald Kennedy, os comunistas americanos, aninhados no Partido Democrata, foram, aos poucos, aparelhando o órgão para usarem o gordo orçamento da agência, repassando verba para ONGs e agentes, em todo o planeta, visando à lavagem cerebral e ideologização nas escolas e universidades, compra de jornalistas, censura da Direita, promoção de identidade de gênero para crianças, promoção de aborto, desarme da população, destruição da família e das religiões, criar anarquia e instalar ditaduras comunistas, o Estado totalitário. 

A coisa começou a engrossar nos governos dos democratas Bill Clinton (1993-2001), Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025), que teria intercedido por Lula da Silva nas eleições à Presidência da República, em 2022. 

Em 16 de agosto de 2022, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 3 de junho de 2024, quando foi substituído pela ministra Cármen Lúcia. Lula da Silva já estava com passe livre para disputar a presidência da República contra Bolsonaro, que tentaria a reeleição. 

Foi aí que começaram no Brasil censura e prisões políticas de jornalistas e parlamentares. O TSE costurou a boca de Bolsonaro e dos bolsonaristas. A imprensa, principalmente a TV Globo, fez campanha cerrada a favor de Lula, inventando tudo o que não presta contra Bolsonaro, que estava proibido de se defender. 

Donald Trump tomou posse na presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro deste ano e convidou Elon Musk para chefiar um órgão temporário, o Departamento de Eficiência Governamental. Musk aceitou. Musk é o homem mais bem informado do planeta. Ele conta com um sistema de telecomunicações que envolve milhares de satélites cercando a Terra, câmaras de leitura facial em toda parte e supercomputadores, e, de quebra, é o homem mais rico do mundo. 

Não deu outra: Musk descobriu que os comunistas do Deep State usavam, desde sempre, a verba destinada à Usaid para derrubar democracias e instalar ditaduras mundo afora. Trump já bloqueou a sangria na Usaid. 

O próximo passo é pegar todo mundo que deixou pegada na bacanal da Usaid, prender os que são cidadãos americanos e aplicar a Lei Magnitsky na bandidagem fora dos Estados Unidos, incluindo o Brasil. 

A Lei Magnitsky é como é conhecida a Revogação Jackson-Vanik da Rússia e Moldávia, ou Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky, de 2012, projeto de lei bipartidário aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos e sancionado pelo presidente Barack Obama, em dezembro de 2012, destinada a punir autoridades russas responsáveis pela morte do advogado russo Sergei Magnitsky, em uma prisão de Moscou, em 2009. Desde 2016, a lei autoriza o governo dos Estados Unidos a punir aqueles que violam os direitos humanos, congelando seus ativos e proibindo-os de entrar nos Estados Unidos. 

Em 2009, o advogado tributário russo Sergei Magnitsky morreu à míngua em uma prisão em Moscou depois de investigar uma fraude de 230 milhões de dólares envolvendo autoridades russas. Da mesma forma como fazem os comunistas, o próprio Magnitsky foi acusado da fraude e detido. Na prisão, fizeram com que Magnitsky desenvolvesse cálculos biliares, pancreatite e colecistite, e, claro, não proporcionaram o tratamento médico adequado a ele. Após quase um ano de prisão, já bastante fraco, foi espancado até a morte.

 Bill Browder, empresário americano amigo de Magnitsky, tornou público e apresentou o caso aos senadores Benjamin Cardin e John McCain, com o objetivo de aprovarem uma legislação que sancionasse os russos envolvidos em corrupção. Em junho de 2012, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos relatou o projeto Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky visando punir as autoridades russas consideradas responsáveis pela morte de Sergei Magnitsky, proibindo a entrada deles nos Estados Unidos e o uso de seu sistema bancário. A lei começou a valer em 14 de dezembro de 2012. 

Em 9 de janeiro de 2017, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos Estados Unidos atualizou sua Lista de Nacionais Especialmente Designados e colocou Aleksandr I. Bastrykin, Andrei K. Lugovoi, Dmitri V. Kovtun, Stanislav Gordievsky e Gennady Plaksin na lista negra, congelando seus ativos e proibiu suas viagens aos Estados Unidos. Todo mundo quer fazer negócios ou ir aos Estados Unidos. É o país mais rico do planeta e a maior democracia do mundo. 

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quinta-feira, 8 de maio de 2025

Erotismo explode em trecho de A GRANDE FARRA, conto ambientado em Manaus/AM

Capa da edição da amazon.com: erotismo em ebulição

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 8 DE MAIO DE 2025 – Morei em Manaus de 1975 a 1977. Tinha 21 anos de idade e foi lá que comecei a trabalhar como jornalista, primeiramente como repórter policial do Jornal do Commercio, passei por A Notícia, como repórter geral e colunista de arte, e, finalmente, por A Crítica, como repórter de Educação e Cultura. Foi uma das fases mais ricas e intensas da minha vida. 

A maior parte do tempo morando em Manaus vivia em uma casa repleta de telas de Hahnemann Bacelar, pertencente ao artista plástico Álvaro Pascoa, amigo do cineasta José Pereira Gaspar, que foi quem conseguiu a casa para eu morar, pois éramos amicíssimos, o Gaspar e eu. Durante quase todo o tempo minha vida se dividia em quatro atividades: o jornal, beber à noite, escrever – principalmente contos – e mulheres. 

Captei esse ambiente para criar A GRANDE FARRA, publicado em 2000 no livro TRÓPICO ÚMIDO – TRÊS CONTOS AMAZÔNICOS e depois em volume próprio, com 81 páginas, em 2021. A história, fictícia, se passa em Manaus, nos idos dos anos 1970. Conforme a sinopse da edição do Clube de Autores, “Reinaldo é jornalista em Manaus. Tem 21 anos, é milionário e aspira a se tornar escritor, mas leva uma vida de dissipações, em uma bacanal sem fim, até que, a bordo do seu iate, no rio Negro, a caminho de um ponto onde pretende caçar onças, tem um encontro com o destino”. 

Segue trecho do livro: 

FRÊNIA tinha retornado de Maués. Reinaldo levantou-se e foi ao banheiro. Frênia entrou pouco depois. “Essa mulher tem o corpo maravilhoso” – pensou Reinaldo, com a excitação que ela lhe causava. Diante do seu corpo diabólico Lívia Maria era angelical; se Lívia Maria era frágil, Frênia transmitia vigor; onde Lívia era complexa, Frênia era simples; enquanto nos aproximávamos com delicadeza de Lívia, Frênia só se contentava se fôssemos rudes. Lívia era fluida, Frênia era carne. Tinha os tornozelos descaradamente belos, as pernas eram longas e um abismo se formava no púbis. Das alvas coxas cor de leite dava-se um mergulho no negror do púbis. A cintura era fina, anormalmente fina, pondo em relevo a bela bunda de potra. Os seios eram duas bolas empinadas, com enormes mamilos rosas. Quando punha os lábios ali era como se Frênia sentisse uma chicotada. Tinha uma coisa em comum com Lívia: o sabor das coxas, da pele, do púbis – um sabor de rosas, que é mais um cheiro, que bebemos, que mitiga nossa sede e nos deixa sedentos. 

Ela o sugava, sugava tudo, até a última gota, e o conduzia ao seu mundo de sensações e de vertigens. Ele a mordia no pescoço, puxava seus cabelos, mordia seus ombros até sentir gosto de sangue, cavalgado por aquele imenso peixe que se sacudia sobre ele, no chão atapetado do hall do banheiro. Reinaldo mergulhava de novo naquela atmosfera sem gravidade, sentindo-se desmanchar nas mãos de Frênia. Incansável, ela se esfregava no rosto dele, na boca, e logo ele estava de novo desejoso de entrar nela, de ouvir seus gemidos. Frênia levantava-se de súbito, deitava-se com o rosto na poltrona e empinava a maravilhosa bunda. Reinaldo punha a mão entre as coxas dela, demorava-se nas curvas, sentindo o cheiro do sexo. Explorava-a com todos os dedos, mordia-a e entrava nela, tentando rasgá-la, sentindo carnes se afastando, até não poder mais entrar dentro dela. Sentia a maciez, firme, das suas nádegas chocando-se contra si. Parava um pouco, agarrado à sua cintura, e procurava vê-la. Às vezes, estava sorrindo. Às vezes, sonhando. 

Procurava fazer durar aquilo uma eternidade. Era uma eternidade que passava logo, diluída em fogo e primavera, em sol e flor, em azul e mar, em carne e abismo, em turbilhões e vertigens, um mundo imerso em sons indistintos, diluindo-se lentamente, até que os sentidos voltavam e ele se sentia dentro de Frênia. 

Ficaram longamente deitados um ao lado do outro. Ela sempre se virava de costas para ele, os cabelos a seus pés. Ele se punha a ver, minuciosamente, as coxas e a bunda de Frênia. Gostava disso. 

– E vovó? – perguntou-lhe. 

– Ficou em Maués. Mandou-me para cuidar de ti. 

Dormiram. Reinaldo acordou. Ficou olhando para a lâmpada. Prestou atenção nos sons que vinham do igarapé. Ouviu o motor de uma embarcação que parecia ir rio afora. A sensação de vazio voltou, como uma dor de cabeça despropositada. Fechou os olhos, querendo espantar a sensação de vazio. Ao reabri-los, notou a presença de Frênia. Ela estava no mesmo lugar e na mesma posição. Era capaz de passar horas deitada sem se mover. A visão de sua carne maravilhosa o excitou e a teve assim mesmo como Frênia estava, de lado. Mantinha-a segura pelos cabelos como se fossem rédeas e lhe mordia as cosas. Ouvia seus gemidos enlouquecedores. Logo se desfez nela. 

– Tenho fome – disse. 

Ainda ficou ali um pouco, até que, em um tremendo esforço, dirigiu-se para o banheiro e tomou uma ducha fria. Massageou-se com a toalha, grande e felpuda, penteou-se cuidadosamente. Ainda tinha o rosto de 21 anos, com aquela seriedade que o envelhecia um pouco. 

– Está na mesa – ouviu Frênia dizer. 

Reinaldo levantou-se da cadeira. Ainda estava nu. Pôs o robe. Frênia vestira uma camisola de seda rosa e rescendia a sabonete. Tomou-a pela cintura e a conduziu consigo. Gostava de fazer as refeições na cozinha, onde podia sentir o cheiro de alimentos e de limpeza, podia gozar da iluminação e pensamentos agradáveis lhe afluíam à memória. 

– Vou sair – disse à Frênia. 

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