RAY CUNHA
BRASÍLIA, 17 DE MAIO
DE 2025 – O Brasil já foi uma cópia de Portugal, da França e agora é dos
Estados Unidos. Tudo o que Hollywood inventa o Brasil copia. O Brasil só não
copia a democracia americana. Agora mesmo o presidente Lula da Silva continua
tentando instalar uma ditadura comunista e vive com um pé aqui e outro na China,
e adora bajular ditadores carniceiros (redundante), como Nicolás Maduro. E para
mostrar que é unha e carne com eles, declarou, em alto e bom som, que não tem
medo da carantonha de Donald Trump. Para completar, sua mulher, Janja da Silva,
mandou Elon Musk se foder.
A última, nesta república de bananas tupiniquim, é o bebê
reborn, renascido, em inglês, um boneco hiper-realista adotado por pais
estúpidos, que cuidam deles como se fossem filhos, ou pets. Já vi senhoras
conversando com pets de botinas e roupa. É comum vermos senhoras e senhores
atrás de cachorro juntando merda deles e há quem mantenha pets vivos por
aparelho.
Esse tipo de idiotice, o bebê reborn, começou nos Estados
Unidos, no início da década de 1990. Dependendo do realismo dos bonecos, podem
custar centenas de milhares de dólares. Os bonecos, ou bonecas, são feitos
geralmente de vinil siliconado e pintados à mão, de modo que pareçam mesmo
bebês de verdade. Há casos de esses bonecos serem resgatados de automóveis como
bebês esquecidos ou de serem levados a clínicas para serem vacinados ou tratados
e a igrejas para serem batizados. Há mães que cuidam de um monstro desses para
sufocar luto, outras dão o peito para eles.
No cinema, os bebês, ou crianças reborns, fazem muito
sucesso em filmes de terror, nos quais ganham vida e se tornam assassinos em
série. O cinema também criou robôs sensuais, que levam homens e mulheres à
loucura, na cama. Há também mulheres infladas em tamanho natural com imitação
de vagina.
O que leva uma pessoa a se tornar escravo de um pet, a
cuidar de um bebê de silicone ou a transar com uma boneca inflada?
Provavelmente, o vazio. O vazio é o pior dos fantasmas. Fantasmas são
apavorantes, mas só aparecem, e convivem, com quem é vazio, pois fantasmas
vivem no nada.
Fantasmas não suportam o som do acme, o cheiro do mar, cavalgar
no lombo da luz, o triunfo do silêncio. A vida é um tesão, como diria o pintor
Olivar Cunha. O grande pintor amapaense não pinta bonecas reborns. Pinta gritos
expressionistas, o Trópico, o céu, que, de tão azul sangra.
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