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domingo, 13 de abril de 2025

Vivo ou morto, Bolsonaro conduzirá o Brasil à democracia. A vida fica mais lenta após o infarto

Bolsonaro já se tornou um mito, uma luz rumo à democracia plena

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 13 DE ABRIL DE 2025 – De acordo com o pensamento do codificador do Espiritismo, o francês Allan Kardec, o filósofo japonês Masaharu Taniguchi e o médium e astrofísico paulista Laércio Fonseca, a Humanidade é uma experiência de espíritos na matéria com a finalidade de se aprimorarem moralmente e ascender para planos superiores da vida. O aprimoramento se dá porque, como seres emocionais, manifestamo-nos na matéria por meio dos cinco sentidos, e a matéria muda a todo instante, é impermanente, assim, prazer pode se transformar em sofrimento, fortunas podem desaparecer da noite para o dia e a morte está sempre à espreita. São os desafios que nos aprimoram. 

Como viver, então, em paz? Só exercendo o domínio do espírito sobre o corpo físico. Mas como exercer esse domínio apenas com o livre arbítrio? Começa que não existe livre arbítrio. Para haver o encarne há todo um planejamento no plano astral, que é um mundo superior sutil, que comanda a matéria densa. Depois que encarnamos, perdemos a memória astral e somos monitorados o tempo todo pelos nossos mentores espirituais. 

É aí que entra a segunda missão. Se a primeira é o aprimoramento do espírito, a segunda é pessoal. Acredito que a missão de Jair Messias Bolsonaro seja a de conduzir o Brasil à democracia e a tornar o país uma das nações mais poderosas do planeta, ao lado dos Estados Unidos. Acredito nisso por uma razão: ele sobreviveu a um atentado por milagre, pois era para estar morto. Aplicaram uma facada nele que quase o transfixa na região do abdômen e antes de chegar ao hospital já perdera metade do seu sangue. Mesmo assim, sobreviveu. É verdade que o homem é um verdadeiro búfalo, mas, mesmo assim, aquela peixeirada deveria, normalmente, acabar com ele. 

Bolsonaro é perseguido dia e noite. Como não conseguiram assassiná-lo, estão tentando prendê-lo. Segundo o próprio Bolsonaro, se o prenderem, será para assassiná-lo, deixando-o à mingua para sua saúde piorar e ele morrer, como já estão fazendo com os presos políticos no país, que enfrenta, no momento, um estado de exceção. Querem matá-lo porque no seu governo (2019-2022) ele estancou a roubalheira e a fisiologia política no Brasil, levando o país a um desenvolvimento extraordinário. 

Porém, vivo ou morto, Bolsonaro já difundiu uma mentalidade na maioria do povo brasileiro de que só sairemos da bancarrota em que estamos com a democracia funcionando plenamente e com os bandidos enjaulados. Bolsonaro é acusado de um golpe de Estado que nem os mais delirantes roteiristas de Hollywood seriam capazes de produzir. Mas nessas alturas do campeonato ele sabe que nem todo jogo se dá dentro das quatro linhas. A embaixada dos Estados Unidos em Brasília está de portas abertas para ele. Porém, se o prenderem e ele morrer à mingua, virará mártir. Além do mais, sua revolução já foi desencadeada. 

Ele está hospitalizado; sequela da facada. Tenho observado que, pelo menos na rua, Bolsonaro come muito mal. Coca-Cola e fritura. Ambos são veneno. Uma dica, guerreiro: tome, após as refeições principais, uma cápsula de 500 miligramas de açafrão, também conhecido como cúrcuma, durante um mês, após o qual faça uma pausa de uma semana e volte a tomar, sempre fazendo pausa de uma semana após um mês. Deve ser em cápsula, que só se dissolve no intestino delgado. Em pó, como usamos como condimento, vai para o estômago, onde os sucos gástricos destroem os princípios ativos. 

O açafrão é o mais potente anti-inflamatório natural, tonifica energeticamente o baço, que governa o estômago e os músculos, produz sangue e auxilia o coração na circulação sanguínea, e nos eleva psicologicamente. Também, sr. Presidente, pegue pelo menos 20 minutos de sol diariamente, em qualquer horário, e procure caminhar diariamente pelo menos 40 minutos. Reponha a água que o senhor perde diariamente, pelo menos dois litros, e restrinja alimentos industrializados. À noite, só coma alimentos que vão ao fogo e suprima frutas, saladas e legumes crus, leite e derivados, doces e gelados, pois esses alimentos são Yin e a noite é Yin, gerando excesso de Yin, que estagna a energia Qi, que conduz o sangue. E seria bom o senhor procurar um bom acupunturista. 

Como sei de tudo isso? Sou formado em Medicina Tradicional Chinesa na Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), em curso de 06/08/2013 a 12/07/2016, com 2.080 horas de aulas presenciais e 440 horas de estágio nos ambulatórios da ENAc e do Fernando Hessen, num total de 2.520 horas/aula. A partir de 2014, comecei a clinicar e a procurar uma linha de trabalho que melhor me aprouvesse e a encontrei: é o que chamo de acupuntura dos corpos sutis, que leva em consideração a mente, um conjunto de corpos vibracionais, incluindo o corpo físico. 

A partir daí me tornei um pesquisador, não somente de acupuntura e corpos vibracionais, mas também do espírito, ETs e da matéria. Nessa jornada descobri que a vida tal qual a conhecemos, na matéria, é apenas uma rápida experiência do espírito. A raça humana, que tem aproximadamente 40 mil anos de existência, é limitada por duas prisões: o corpo e o planeta. Somos, basicamente, elétrons, e os elétrons são um mistério para os cientistas. Assim, como controlar a matéria se não podemos controlar os elétrons? A física quântica está apenas engatinhando. 

A outra prisão, o planeta, significa dizer que não podemos viver senão na Terra. Viver em outros planetas só na ficção. Astronautas que passam muito tempo no espaço sideral retornam à Terra com problemas, inclusive mentais. Nosso corpo é um escafandro projetado para a atmosfera terrestre. Os ETs são espíritos evoluídos. Estes, sim, fazem viagens intergalácticas em velocidade quântica e suas naves podem se adensar e desaparecer. Sua tecnologia é de bilhões de anos. 

Voltando à questão de Bolsonaro, os acontecimentos aqui na Terra ocorrem no sentido de cumprirmos nossa missão. Sei disso porque tenho, também, essa experiência. Em 13 de novembro de 2019, sofri um infarto. Meus mentores espirituais me comunicaram que ainda não era a minha hora, pois ainda há alguns livros que preciso escrever e legá-los à Humanidade. Disseram-me que o infarto era para que eu passasse por uma limpeza na artéria do miocárdio. Não sou vidente, de modo que esse tipo de comunicação não é como se eu estivesse conversando com alguém, mas uma informação que se instala na minha memória. 

A vida fica mais lenta após o infarto e sentimos um pé no vazio e no silêncio. Como o coração é o órgão que digere os sentimentos, advém uma sensação de fim de linha, logo superada, quando nos lembramos das rosas e do mar. 

Depois do infarto não há mais urgência e nos apegamos ainda menos a tudo. E quando tudo passa, logo depois daquela dor pungente, nem os livros que escrevemos nos importam mais, até porque eles não são mais nossos; são de quem os ama. Será que alguém ama alguma das histórias que criei? Creio que não. Talvez ame um verso, ou só o título de um conto, quando muito. Mas que importa, agora, depois do infarto? 

As dores começaram há muito tempo, alimentadas por exageros inacreditáveis, mas dos quais não me arrependo, porque o passado não existe. Como, não existe? Alguém pode provar que o passado existe? Só existe o agora, e agora estou escrevendo este texto sobre o passado. Então, o passado é só isto: um texto. A primeira estrela explodiu na madrugada de 12 de novembro. Fui a nocaute. Mas não estava mais raciocinando direito e pensei que fossem prosaicos gases. De manhã, fui caminhar, com minha gata, Josiane, no Parque da Cidade, mas me faltou ar e voltei para casa. Minha gata queria me levar imediatamente para o pronto socorro, mas resisti. 

À tarde, fui ao supermercado, parando no caminho todo. Já não raciocinava mais. Na madrugada do dia 13, uma quarta-feira, as estrelas começaram a explodir, uma a uma. Enquanto minha gata chamava o Uber, peguei uma agulha de acupuntura e furei meus dedos dos pés para sangrá-los, aliviar a tensão e chegar a tempo no Hospital Brasília, no Lago Sul. Quando chegamos, enquanto minha gata cuidava da papelada, entrei na sala do clínico geral para ele preencher a papelada dele. Então gritei, o mais alto que pude: 

– Estou sofrendo um infarto! 

Para ver como são os hábitos. Em vez de usar o neologismo “infartar”, mais direto, rápido, disse que estava sofrendo um infarto. Mas surtiu efeito. O clínico geral renunciou à anamnese, me pôs numa cadeira de rodas e minha gata levou-me para a antessala de cirurgia, onde uma equipe médica se reuniu. Uma enfermeira perguntou o que eu estava sentindo. 

– Infarto! – gemi. 

Eram 5 horas, a mesma hora de quando eu nasci, quando o dr. Fabio Feurharmel Giuseppin começou a intervenção. Apaguei. O dr. Fabio introduziu por meio de um cateter na artéria do braço direito um stent na desembocadura da principal artéria do coração, que estava entupida. Aí, fui levado para a UTI. 

Passei a quarta-feira enjoado. Quase não comi nada e vomitei. No dia seguinte, amanheci com fome, tomei banho e caminhei pelos corredores do hospital ao lado de uma enfermeira bonita como uma modelo, de modo que quando o dr. Fabio foi me visitar me encontrou rindo e inventando que tentei fugir do hospital, de camisola, mas fui identificado e detido no outro lado da rua e conduzido para a UTI. 

Mais tarde, inventei que à meia-noite um paciente internado na UTI arrancou todos os fios ligados a ele e foi à lanchonete, onde pediu 10 quibes e um litro de Coca-Cola, aí, foi agarrado e descobriram que se tratava de um gorila, pet de um sujeito que adorava o gorila e não queria interná-lo numa clínica veterinária. Então me alertaram que os enfermeiros poderiam ouvir aquelas histórias e pensarem que eu estivesse louco, e eu acabasse na ala dos alienados. Fazia sentido. 

Sexta-feira, comecei a sentir tédio e fui informado de que quanto mais eu caminhasse mais cedo receberia alta. Então, na companhia de um enfermeiro tão jovem que parecia um garoto, andamos por todo o jardim, que tem um lago cheio de carpas e tilápias e quatro mangueiras. No mesmo dia, pedi para deixar a UTI e sábado de manhã fui para um apartamento. Domingo, eu estava inquieto. Quando o médico do dia, dr. Samuel Abner da Cruz Silva, chegou, conversei com ele e depois de me examinar e fazer várias perguntas convenceu-se de que eu estava realmente bem e me deu alta. Voltei para casa. 

Aos poucos, volto a sentir os rumores do Sudoeste, do quarto andar do meu prédio, e o cheiro do Parque da Cidade, a sentir a pele da minha gata quando a madrugada é a única coisa que existe no mundo, e voltei a percorrer minha estante, a voltar a trabalhar em um novo livro e a sair de vez em quando. Depois do infarto, basta a lembrança dos que amamos para que nos sintamos o homem mais forte do mundo, o mais rico, mais feliz. 

Depois do infarto, sinto, urgentemente, que nada é mais importante do que amar, pois o amor a tudo aplaca e cura, e que devemos ser felizes, pois o riso e o perdão são pepitas de luz que depositamos no coração dos que nos amam. E é por eles, os que nos amam, que devemos superar o infarto, e, quando for a hora, partir discretamente, sem que ninguém perceba, para as estrelas. 

Para saber mais sobre Bolsonaro, Medicina Tradicional Chinesa e ETs leia O CLUBE DOS ONIPOTENTES, O OLHO DO TOURO, JAMBU e FOGO NO CORAÇÃO, à venda no Clube de Autores e amazon.com.br

sexta-feira, 14 de março de 2025

Em vez de se lamentar, Roberto Carlos se tornou o maior cantor pop e o mais rico do Brasil. Como disse o pintor Olivar Cunha: A vida é um tesão

Ray Cunha e Roberto Carlos (Foto: A NotíciaManaus, 1976)

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 14 DE MARÇO DE 2025 – Venho pesquisando a vida e o espírito há pelo menos dez anos, na condição de terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa. Fiz muitas descobertas e obtive resultados maravilhosos junto aos meus pacientes. Como realizo trabalho voluntário, já atendi mais de mil pessoas, de todas as idades e condições sociais e de ambos os sexos, nesses dez anos. 

Descobri que a vida no corpo físico é apenas uma rápida experiência pela qual passam os espíritos humanos. O corpo humano é impermanente, foi projetado com data de validade. Contudo, somos seres mentais; a mente, ou o pensamento, é que controla o corpo. Quando ficamos ligados a emoções ruins há um descontrole mental e o corpo adoece. Algumas pessoas morrem e pensam que estão materializadas, e assim penam bastante tempo nas mesmas ilusões com as quais conviveram em vida. 

De modo que a vida material é toda ela monitorada pelo mundo astral, ou espiritual, que não enxergamos porque se manifesta em um estado sutil da matéria. Quando não sintonizamos com o mundo espiritual nossa mente se desequilibra e ficamos sujeitos à matéria, que muda o tempo todo, por isso é muito importante orar todos os dias e conversar com nossos antepassados, especialmente os pais, que são o que a Igreja chama de anjos. São os nossos antepassados iluminados que nos orientam na impermanência, até voltarmos ao astral. 

Por que é assim? Não sei! Mas é assim. 

Nas orações, devemos agradecer a todos, e se tivermos vontade de pedir perdão a alguém, peçamos, e digamos que já fomos, também, perdoados. 

No dia a dia, sejamos sempre gratos. O sentimento de gratidão nos ilumina. E jamais devemos reclamar, muito menos xingar os outros. Isso nos sintoniza com o fracasso. 

Devemos, também, nos afastar de pessoas interesseiras, invejosas, raivosas, vulgares, vampiros espirituais; elas nos impregnam de larvas cancerígenas sutis (que não conseguimos enxergar, mas que sentimos). 

Idade e doença só existem na mente. As doenças devem ser tratadas, mas nunca pensadas 24 horas por dia. Elas, na verdade, não são absolutamente nada. Com ou sem elas, vivamos. Roberto Carlos não viveu praticamente a vida toda sem uma perna? Isso não impediu que ele se tornasse o maior cantor popular brasileiro, o mais rico. O pedaço de perna que ele perdeu não levou seu talento. Todos nós temos uma missão que somente nós podemos realizar. Santa Rita de Cássia abençoou Roberto Carlos. 

Devemos mandar o medo desconhecido, que é sempre uma ilusão, para a puta que o pariu, e a depressão para a baixa da égua. 

Há muito a se fazer na vida. Ouvir boa música, ler amplamente, curtir as coisas que estão acontecendo, agora, ao nosso redor, viajar, mesmo que seja em sonhos. A vida é como uma negra de olhos verdes, ruiva, muito linda, tomando tacacá. É real? Pode não ser, mas é maravilhosa. Como disse o pintor amapaense Olivar Cunha: “A vida é um tesão!”

O pintor amapaense Olivar Cunha pintando Santa Rita de Cássia, padroeira do distrito de Conduru, em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, onde o pintor amapaense reside e vem restaurando imagens sacras e históricas da região. Só falta Roberto Carlos recebendo a bênção da santa. E marlins azuis

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Basta de sofrer. Descubra a vida

O primeiro beijo: um mundo de sentimentos e emoções

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 16 DE JANEIRO DE 2025 – Depressão é tristeza persistente e profunda. Assim, os pensamentos da pessoa depressiva são melancólicos. Como terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa e atendendo pelo menos 300 pessoas por ano – a maioria em trabalho voluntário que realizo nos fins de semana na equipe do professor Ricardo André, no Ambulatório Fernando Hessen, no Centro Comunitário da Candangolândia; e na equipe do professor José Marcelo, no Centro Espírita André Luiz (Ceal), no Guará I, ambos em Brasília/DF –, vejo que muitos desses pacientes sofrem de depressão. 

Além de tristeza, depressão gera também indecisão, impotência, sensação de inutilidade, culpa, raiva, mágoa, inquietação, descontrole na alimentação, insônia, vício, fadiga, desespero, loucura, perda de memória e de interesse pela vida. 

As causas são muitas. Frustrações, dificuldades financeiras, desemprego ou problemas no trabalho, luto, baixa autoestima, cataclismo, guerra, chifre, separação, menopausa, sedentarismo, gravidez, parto, drogas lícitas e ilícitas, infecções, traumas, doenças crônicas. 

Mas há uma causa básica da depressão: a solidão, o estado de quem se sente só. Na realidade, nunca estamos sozinhos, mas grande parte da população mundial não sabe disso. Nunca estamos sozinhos porque somos seres espirituais. Como muita gente não ativou a glândula pineal, que nos sintoniza com o plano espiritual, sente-se sozinha. As pessoas que se sentem sós, fazem de tudo para agradar os outros e se sentirem inseridas na tribo, o que gera frustrações e conflitos íntimos. 

Por exemplo, uma pessoa se apaixona por outra e passa a depender emocionalmente da outra para viver, renunciando à sua própria personalidade para contemplar todas as expectativas da outra. Quando sofre uma traição, chifre, o inferno desaba sobre a cabeça do chifrudo. Imaginemos um casal em que um dos dois depende emocionalmente do outro e vira um carrapato na vida do outro; quando o perde, porque caiu fora ou por morte, desaba. 

Certa vez disse a um paciente de depressão que eu gostava, de vez em quando, de ficar sozinho. O paciente se escandalizou. Não me referia ao fato de que sou escritor, e escritores trabalham sozinhos, de preferência isolados. Isso ajuda no processo de criação – pelo menos para mim. Referia-me a ficar sozinho, em casa, um dia ou vários dias. É redentor ouvir o silêncio e conversar com o eu divino e com os mentores espirituais. Se nós somos seres espirituais nunca estamos sozinhos, pois os espíritos estão em todas as partes e são eternos. 

A vida é mental. A matéria é um estado quântico. Assim, a vida acontece no nível dos pensamentos. Somos o que pensamos e o corpo físico é agente e paciente, sofre o efeito do que está acontecendo na sua estrutura física. De modo que os nossos pensamentos, sentimentos e emoções gerarão alegria ou tristeza. 

“Tudo aquilo que o homem ignora não existe para ele. Por isso, o universo de cada um se resume no tamanho de seu saber” – disse o físico Albert Einstein. Sidarta Gautama Buda disse que a ignorância é a causa do sofrimento, mas que o sofrimento pode ser extinto, por meio da iluminação, ou seja, através do conhecimento. 

Já notei que muitos dos meus pacientes adoecem porque não sabem sequer administrar o corpo. Não bebem água suficiente, ou comem demais, ou não seguem à risca a prescrição de um fitoterápico, ou vivem mais a vida alheia do que a sua própria, ou acham que a vida é apenas material, ou, simplesmente, carecem de higiene etc. 

Contudo, para nos mantermos saudáveis o protocolo é simples. Seguem algumas dicas. A primeira delas é o sentimento de gratidão. Na Seicho-no-Ie, modo de vida de mais de um milhão de pessoas, principalmente no Brasil e no Japão, os adeptos agradecem a tudo e a todos, porque o sentimento de gratidão é uma vibração que sintoniza com amor, paz, saúde, sucesso, prosperidade. 

Se você achar que não tem ao que agradecer, agradeça à Terra, ao Sol, à Lua, aos seus pais, mesmo que não os conheça, e não importa o que aconteceu entre você e eles. Se for o caso, perdoe-os, pois o perdão desfaz qualquer nó que nos prende ao passado e nos liberta. É redentor. De modo que nas orações diária, independentemente de crenças, devemos agradecer aos nossos antepassados, especialmente papai e mamãe, pois são eles o que na Igreja chamamos de anjos; são eles que intercedem por nós. 

Muita gente se engana pensando que Deus se mete no desenrolar da Humanidade. Não! Deus é a consciência universal. Está presente em tudo e em todos. É a vida, o Qi, a energia da vida. Logo, somos deuses também. E, como tal, temos o potencial para gerir a matéria. Nosso cérebro é inteligência artificial. À medida que nos espiritualizamos, que nos iluminamos, capacitamo-nos cada vez mais em utilizar nossos conhecimentos. 

É importante, também, para obtermos saúde e a preservarmos, que meditemos. Meditar é dialogar com nós mesmos, conhecermo-nos profundamente, saber quem realmente somos, o que queremos, nossa missão como ser humano. Isso nos dá objetivo, força, entusiasmo. 

Jamais prejudique quem quer que seja. Isso não quer dizer que se você for atacado não vai se defender e, se necessário, atacar. Significa que você não escravizará ninguém, não abusará de ninguém, não roubará ninguém, não infelicitará ninguém. Isso não quer dizer que ao se defender, ou defender os seus, não matará, se for preciso. Se uma mamba-negra pular na minha direção e a única solução for matá-la não pensarei duas vezes. Eu continuarei vivo. 

Não agrida seu próprio corpo. Com drogas, excesso de comida, excesso de exercícios, com porcarias, pornografia, lixo musical, preguiça, apego, vícios, ódio. Não se apegue a nada. Nem à sua família, quanto mais à tribo, amigos, casa, carro, roupa, livros, rua, cidade, país, religião. A nada. 

Todos os dias uma pessoa adulta e comum perde cerca de dois litros de água, que deve ser reposta, do contrário seus órgãos não funcionarão direito. Coma apenas o suficiente para manter sua energia; comer em excesso causa desgaste e reduz o tempo de vida. Não coma alimentos superprocessados – cheios de produtos químicos. Defeque todo dia; se isso não ocorre procure a ajuda de um fitoterapeuta. Lave as mãos sempre que for preciso. Tome sol todos os dias. 

Fuja de pessoas deprimentes. Procure conversar com quem amplia sua mente. Ouça boa música, principalmente Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven. Leia, leia, leia, leia.

Então, você começará a sentir que o azul tem vida, que o cheiro do mar nos dá asas. Sentirá o calor, tépido, do Sol, na sua pele. Ouvirá, de repente, jasmineiros chorando lágrimas de perfume. Sentirá, assim, sem nada, a sensação do primeiro beijo, mesmo sem nunca o ter experimentado. Sentirá que a vida é muito mais do que isto aqui.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Os 13 pombos na Praça dos Três Poderes

Ray Cunha: livros na amazon e no Clube de Autores (Foto Rodrigo Cabral)

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 31 DE DEZEMBRO DE 2024 – Pombo, quando caminha, lembra-me pato, meneando o pescoço. Mas aqueles 13 pombos lembravam urubu. Onze deles disputavam carniça de um cadáver que parecia um feto. O décimo segundo pombo, já bastante descorado e sem um dedo da pata esquerda, rodopiava em torno dos outros, eriçando as penas e tentando montá-los. O décimo terceiro pombo estava escondido. 

Vi isso na Praça dos Três Poderes. Será um agouro? Pombo é o símbolo mundial da paz, da pureza, inocência, amor, esperança, mas também é rato de asas, pois abriga, no seu corpo, diversos parasitas. A Praça dos Três Poderes, a Rodoviária do Plano Piloto, o shopping Conjunto Nacional estão infestados deles. 

Outro dia, eu aguardava uber na ala norte do Conjunto Nacional quando um pombo pousou na cabeça de um senhor, ele deu um sopapo no pombo, que pousou na cabeça da mulher que estava com o senhor, ela também deu uma mãozada nele, aí o bicho pousou na calçada. Estava com o pescoço pelado e meio lerdo. 

Na Rodoviária do Plano Piloto há duas lojas de caldo de cana com pastel, a Pastelaria Viçosa. Já vi pombo tentando pousar no ombro de frequentadores delas tentando participar do pastel que estavam comendo. Há locais, tanto na Rodoviária quanto no Conjunto Nacional, arriscado para se ficar, pois pode-se levar cocô de pombo na cabeça ou na roupa. 

O Columba livia são domesticados desde a Mesopotâmia, em 4.500 a.C. Foi introduzido na América em 1606, oriundo da Europa. Adaptou-se às cidades, onde se abriga em edifícios, casas e estátuas. Não tem predador, reproduz-se rapidamente, em qualquer época do ano, e vive 15 anos. 

Os pombos silvestres têm as penas limpas, mas os da cidade, com o tempo, vão ficando feios, sujos, enegrecidos e com as patinhas aleijadas. Os pombos que servem de alimento são de criatório e certificados. 

O décimo segundo pombo da Praça dos Três Poderes lembrava um pato manco, por causa do dedo que lhe faltava. Seus olhos estavam injetados de sangue e ele soltava um som rouco, ciscando e arrepiando as penas para cima dos onze pombos que pareciam urubus, porque disputavam carniça de um corpo que parecia um feto, mas um feto de nove meses. 

O décimo terceiro pombo era todinho Grigori Yefimovich Raspútin, o mago negro da Rússia. Não pousara, junto com os outros, mas pairava sobre a Praça dos Três Poderes. Como é 31 de dezembro, tive a impressão de que aguardavam o réveillon. Falar nisso, faltam 20 dias para a posse de Donald Trump. 

Sou natural de Macapá. Trata-se de uma cidade fácil de a encontrarmos no mapa, pois é seccionada pela Linha Imaginária do Equador e banhada na margem esquerda pelo Canal do Norte do maior rio do mundo, o Amazonas, no estado mais setentrional da costa brasileira, o Amapá. 

Sou escritor. Romancista, contista, cronista, poeta e jornalista. Parte da minha literatura é ambientada no Amapá, e na Amazônia. Se você sente curiosidade sobre o Amapá, e a Amazônia, e quiser conhecer a região, há vários livros meus que mergulham nesse universo. Não sou conhecido em Macapá porque sou conservador e a cidade está tomada por progressistas. Assim, fui pregado na lista negra da academia (universidade) e da mídia comunistas. 

Mas os comunistas estão às voltas com seu maior problema: a internet. E a coisa vai ficar mais feia a partir de 20 de janeiro. Vai ficar columbina. 

Feliz 2025, com paz, amor, saúde, prosperidade, sucesso total! Muito obrigado! 

Compre meus livros na amazon.com.bramazon – Clube de Autores

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Vampiros existem. Vivos ou mortos. Aprenda a identificá-los, ajudá-los ou afastá-los da sua vida

Espírito procura sentir o torpor do álcool junto a um viciado

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 25 DE DEZEMBRO DE 2024 Drácula é um romance gótico e epistolar do irlandês Bram Stoker, publicado em 1897. O advogado Jonathan Harker faz uma viagem de negócios à Transilvânia e fica hospedado no castelo do conde Drácula, nas montanhas dos Cárpatos, para assessorá-lo na compra de uma casa perto de Londres. Harker descobre que Drácula é um vampiro e foge. O conde vai atrás, até a cidade litorânea de Whitby, na Inglaterra, onde um grupo liderado por Abraham Van Helsing o caça e mata. 

Trata-se de um dos personagens de ficção mais bem acabados, tanto que muita gente pensa que vampiro, como Drácula, existe, mesmo. Drácula é um morto-vivo, ou zumbi, e se alimenta de sangue. 

A noção de vampirismo existe desde a Mesopotâmia, como seres malignos. Em 1819, o médico e escritor inglês John William Polidori publicou o conto O Vampiro, estabelecendo o arquétipo do monstro. Mas o termo vampiro se tornou popular no início do século XIX, na Europa, baseado em lendas sobre vampiros nos Balcãs, Romênia. 

A hematofilia, ou Síndrome de Renfield, parafilia que apresenta obsessão de sugar sangue do parceiro sexual, é um vampirismo clínico. Renfield era assistente de Drácula e se alimentava de insetos. 

Já o vampiro psíquico, ou vampiro energético, alimenta-se da energia vital, energia Qi, na Medicina Tradicional Chinesa, ou força vital, prana, de outras criaturas vivas. No livro Vampiros Emocionais o psicólogo americano Albert Bernstein diz o seguinte: “Os Vampiros emocionais são pessoas que possuem características que os psicólogos chamam de distúrbios da personalidade. Na pós-graduação, aprendi essa diferença básica: quando as pessoas enlouquecem a si mesmas, têm neuroses ou psicoses. Quando levam os outros à loucura, têm distúrbios da personalidade”. 

Os vampiros energéticos deixam os outros com sensação de exaustão, dificuldade de concentração ou em depressão. Por exemplo, pessoas que vivem reclamando ou lamentando. Ou que tomam seu tempo à toa. 

Há os vampiros energéticos mortos, ou espirituais. São os encostos. Pessoas que morreram com pendências neste plano e pensam que ainda estão vivas. No caso de encosto de viciados, procuram satisfazer seus vícios por meio dos vivos. Os prostíbulos, por exemplo, estão sempre cheios de encostos, que, neste caso, praticam vampirismo sexual; assim em qualquer ambiente onde se desenrole a degradação humana. 

Em um ato sexual, se um dos parceiros está nas trevas, deprimido, triste, estressado, com ódio, passará essa energia ruim para o outro. Certos ambientes são tão deprimentes que fazem pessoas mais suscetíveis adoecerem. 

Como terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa encontro muitos vampiros. Quem não sabe lidar com isso chega a se sentir tão mal que fica de cama. Só há uma maneira de fecharmos o corpo para influências ruins vindas de vivos ou mortos. Em primeiro lugar, orar. A oração nos conecta com nossos mentores espirituais, abre nosso terceiro olho. Em segundo lugar, fazer o bem. 

Como terapeuta, cobro pacote de 10 sessões pago à vista mais em conta. Essa modalidade é utilizada para pessoas que se submetem a tratamentos longos, devido a doenças crônicas. Já cheguei a dispensar paciente que pagou antecipadamente e devolvi o dinheiro referente às sessões que faltavam. Do contrário, seriam dois doentes: o paciente e eu. 

Já no trabalho voluntário que realizo nos fins de semana, no Ambulatório Fernando Hessen e no Centro Espírita André Luiz (Ceal), também tenho encontrado vampiros. A alguns deles chamo-os de pacientes de spa; outros, deveriam procurar psicólogos ou psiquiatras, mas se aconselharmos isso ficam ofendidos. E alguns não estão querendo exatamente acupuntura. 

Com todos, porém, procuro ser o mais claro possível, comunicando-lhes que quem cura são eles mesmos, praticando o que lhes é ministrado, razão pela qual devem falar a verdade para descobrirmos a causa dos males relatados. Quando não falam a verdade, ou criam fantasias, contamos com exames de pulso e de língua, que, às vezes, revela uma realidade bem diferente da que nos é contada. 

Então, os vampiros, os parasitas, existem, sim, e podem ser pessoas vivas ou mortas. Se você tentar ser bonzinho com eles, estará lascado. Sugarão até seu tutano. Só há uma maneira de ajudá-los: lançando luz nas trevas em que vivem.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Filosofia da Medicina Tradicional Chinesa

FOGO NO CORAÇÃO, thriller policial de Ray Cunha no qual as
personagens são acupunturistas que trabalham em Brasília/DF

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 3 DE SETEMBRO DE 2024 – Formei-me em Medicina Tradicional Chinesa pela Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), em Brasília/DF, de 6 de agosto de 2013 a 12 de julho de 2016, com 2.080 horas/aulas presenciais e 440 horas de estágio nos ambulatórios da ENAc e Fernando Hessen, em um total de 2.520 horas/aula. Foi um curso técnico, ou tecnológico, então reconhecido pelo Ministério da Educação, tanto que a minha certificação foi publicada no Diário Oficial do DF. Fui preparado, por excelentes professores, para clinicar. Contudo, senti falta de uma disciplina: Filosofia da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Embora eu faça uso, o tempo todo, disto que é exclusivo do espírito: pensar. 

Pensar a Medicina Tradicional Chinesa, para o acupunturista, é fundamental, e muito importante. Alguns fatos, durante o curso, encaminharam-me a pensar a nova profissão que, então, estava abraçando (sou escritor e jornalista). Um dia, ouvi de um professor, um jovem brilhante, muito inteligente, que ele praticava a MTC clássica, ou seja, a acupuntura codificada no século 200 antes de Cristo, na China, país predominantemente frio. 

Obviamente que meu professor se referia à teoria da MTC, que, basicamente, diz o seguinte: o corpo humano, assim como a Terra, é movido à energia Qi, a energia vital, que se manifesta em duas polaridades: Yin e Yang. Essas polaridades são opostas, mas se complementam e se transformam uma na outra, em perfeito equilíbrio, o Tao. Mas o Taoismo é somente a base da acupuntura; quanto ao seu objeto, o homem, essa base é relativa. 

O homem da China clássica era primitivo, comparado ao homem de hoje, de 2024. Seus conhecimentos anatômicos, químicos e físicos eram escassos. De modo que a MTC significava, então, um tremendo avanço na medicina. Mas, raciocinar como um chinês de 2 mil anos atrás, em 2024, no Trópico, é insano. Começa que nos países frios nossos corpos não funcionam como no Trópico, que é uma zona geográfica quente. 

Mas, então, por que continuar praticando a MTC? Porque a base da MTC não muda de região para região; é apenas relativa. A base será sempre a mesma: a relação entra Yin e Yang e o meio ambiente. Mas há outra coisa entre 200 anos antes de Cristo e 2024: o avanço da Medicina Ocidental e tecnológico. Hoje, faz-se até cirurgia intrauterina, começou-se a compreender o mapa genético, sabe-se bastante como nosso corpo funciona, a Psicologia vem avançando na compreensão do comportamento humano e a parapsicologia vem comprovando a existência do espírito. 

Certa vez, um dos meus professores me contou que passara a noite em claro, pois sua filhinha estava gripada e com febre. Fez tudo o que podia no âmbito da MTC, mas, de madrugada, teve que levá-la a um pronto-socorro, onde o problema agudo foi rapidamente equacionado. 

Isso não quer dizer que devamos abandonar a MTC, mas que não existe uma terapia que resolva tudo. Comecei a clinicar em 2014, e, devido ao trabalho voluntário que realizo aos sábados e domingos, já atendi mais de mil pacientes, de todas as idades e com todo tipo de doença, inclusive de ordem espiritual, e o resultado é excelente. E a base do meu atendimento é a energia Qi, em suas polaridades Yin e Yang. Contudo, levo em consideração meus conhecimentos anatômicos, químicos, físicos e espirituais. 

Outra questão a que devemos atentar é para a fitoterapia. A fitoterapia chinesa é complexa; utiliza substâncias vegetais, animais e minerais, levando em consideração as polaridades Yin e Yang e os ciclos de geração e dominação dos cinco elementos: Fogo, Terra, Metal (Ar), Água e Madeira. Estudei fitoterapia chinesa na ENAc, mas apenas para passar na disciplina, pois utilizo fitoterapia brasileira, rica, resolutiva, muito mais simples do que a fitoterapia chinesa e à nossa disposição em qualquer região do país. 

Pensar é inerente ao ser humano, daí que pensamos tudo, ou filosofamos o tempo todo. Há pessoas que são eminentemente burocratas, isto é, seguem uma cartilha, não leem e não estudam, logo, não pensam. Mas nós, acupunturistas, temos o dever de pensar a acupuntura, nas coisas mais simples da profissão. 

Por exemplo, quando acabamos de atender um paciente idoso e muito doente, jamais o deixe levantar-se sozinho, pois ele pode cair da maca e morrer da queda. Aí, o terapeuta será acusado de crime culposo, e se não estiver com os papeis em dia, será acusado também de exercício ilegal da profissão. Apenas porque não pensou. Por isso, exercite-se em um dos fenômenos mais extraordinários da raça humana: pensar. Sem ansiedade. 

A bíblia do Taoismo é o Tao Te Ching, O Livro do Caminho e da Virtude, escrito entre 350 e 250 a.C., atribuído ao lendário Lao Tzi, literalmente, velho mestre. A obra inspirou, além do Taoismo, o Budismo Chan, da China, e sua versão japonesa, o Zen. 

E assim como a cultura judaico-cristã tem seus Dez Mandamentos, o Tao tem seus dez preceitos:

Não matar, mas sempre estar atento ao conjunto de seres vivos.

Não ser lascivo ou ter pensamentos depravados.

Não roubar ou receber riqueza injusta.

Não enganar ou deturpar o bem e o mal.

Não ficar inebriado, mas sempre pensar de conduta pura.

Vou manter a harmonia com os meus antepassados ​​e familiares e nunca desprezar a minha família.

Quando vejo alguém fazer uma boa ação, vou apoiá-lo com alegria e prazer.

Quando vejo alguém triste, vou apoiá-lo com dignidade para recuperar a boa fortuna.

Quando alguém vem fazer-me mal, eu não vou nutrir pensamentos de vingança.

Mesmo que todos os seres não tenham alcançado o Tao, não vou esperar para fazê-lo eu mesmo.

domingo, 18 de agosto de 2024

Qual é a ordem de pôr e retirar agulhas de acupuntura? A estética na arte de inserir

O Tao é o equilíbrio das duas polaridades da energia Qi: Yin e Yang

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 18 DE AGOSTO DE 2024 – Em acupuntura, trabalhamos com a energia Qi, que pode ser chamada também de energia vital, ou Deus. Ela vem sempre do alto. As agulhas são antenas para captar a energia Qi e os acupontos vórtices que absorvem o Qi e o introduzem nos meridianos, ou canais energéticos. 

Assim, diagnosticado o desequilíbrio energético, devemos começar a aplicar o protocolo selecionado sempre do alto para o baixo. Procuro aplicar as agulhas, em qualquer caso, começando pelo VG20 (Vaso Governador 20), ou Chacra Coronário. Vigésimo ponto do Vaso Governador, situa-se no topo da cabeça, constituindo-se, portanto, no ponto mais alto do corpo, ou o ponto mais Yang. 

A energia Qi tem duas polaridades, Yin e Yang, negativa e positiva, que se complementam, amalgamam e se transformam uma na outra, quando atingem seu ponto de equilíbrio. O Tao, a vida plena, é o equilíbrio de Yin e Yang. 

O VG20 é o ponto mais próximo do céu, do espírito. Clareia o tempo nublado, os pensamentos, promovendo fé, esperança, ânimo, entusiasmo. Dissipa depressão e ansiedade, e remete a pensamentos bons; à luz. 

A seguir, acrescento o Yintang, o chacra do Terceiro Olho, um ponto entre as sobrancelhas. Esse ponto abre os olhos da mente. 

Pronto, o paciente está pronto para receber o restante do protocolo, até os pés. 

Para retirar as agulhas, a mesma coisa. Vamos supor que se retire as agulhas do baixo para o alto. Ao se retirar a agulha posicionada na parte mais inferior do corpo a energia Qi se escoa. Agora, vamos supor que o acupunturista comece a retirar as agulhas no meio do corpo. Aí, estará interrompendo o fluxo energético entre o alto e o baixo. 

De modo que se deve retirar as agulhas também do alto para o baixo, pois, assim, o equilíbrio conseguido com o fluxo energético acionado pelo protocolo utilizado será conservado até depois da retirada da última agulha, no baixo. 

Outra questão que perpassa a prática da acupuntura é a posição das agulhas. Lembro que, há muitos anos, um amigo meu, um dos maiores pintores do Pará, José de Moraes Rego, um esteta, por conseguinte, e também proctologista, me contou que teve um professor na universidade que lhe passou um ensinamento o qual seguiu a vida toda. 

Ao costurar um tecido rompido, mesmo no ânus, a costura deve ser correta, deve ter uniformidade e ser feita com o devido cuidado. Em outras palavras, a costura deve ter elementos estéticos: ordem, ritmo, intenção bondosa. O resultado será o ápice estético, nesse caso a cura, o ajustamento das duas bordas do tecido de forma que não surja queloide, que o tecido volte ao normal. 

Assim é com as agulhas, que são antenas afixadas em vórtices para captarem a energia Qi. Na acupuntura bilateral, as agulhas devem ser afixadas em posições semelhantes e na profundidade certa, obedientes à ordem, ritmo e intenção bondosa. 

O corpo é apenas um trajo espacial que o espírito veste para viver na atmosfera terrestre. É a parte material da mente. Mas a mente é composta também de outros corpos, como, por exemplo, o astral, o corpo das emoções.

Se o acupunturista compreende como funciona a energia Qi e obedecer às leis da ordem, sendo fiel ao protocolo e posicionando as agulhas com ritmo e obedecendo às leis da estética, inclusive do alto para o baixo, gerará boas emoções e terá alcançado seu objetivo. O resto é com o paciente.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Um dia de cada vez

Um dia de cada vez - Guia de suporte
emocional da mulher com câncer

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 17 DE ABRIL DE 2024 – Há um monte de livros intitulados “Um dia de cada vez”. Nas reuniões terapêuticas de viciados essa frase é muito lembrada. Alcoólatras, usuários de drogas em geral costumam repeti-la, como mantra, para lembrá-los de que a luta contra o algoz do vício é deflagrada todos os dias. 

A deusa da literatura brasileira, Clarice Lispector, a usou para “não perder as boas surpresas da vida”. Provavelmente ela quis dizer que os dias que virão, por mais rotineiros que se prenunciem, poderão ser surpreendentes, quem sabe, ensolarados como manhã de primavera. A vida é um mistério; um caminho, às vezes bifurcados por carmas. Mas em todo caminho há sempre luz. 

Eu utilizo bastante a frase “Um dia de cada vez” enquanto terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa. Não propriamente a frase, mas seu significado. A grande maioria das minhas pacientes sofre de ansiedade e então eu procuro conduzi-las ao “agora”. A vida só acontece agora. A eternidade é agora. Não podemos viver amanhã, nem ontem, mas somente hoje. Então vivamos completamente, mesmo com câncer! 

Viver, hoje, é preciso; viver, amanhã, não é preciso. Só hoje podemos curtir o sol, a brisa, o canto dos pássaros, o riso das crianças. Só hoje podemos conversar com Deus! Amanhã, não! Porque amanhã não existe. A intensidade da vida só acontece hoje. A intensidade é como o primeiro beijo, como a música de Mozart, como montar na luz. E isso tudo acontece dentro da gente. 

Agora, acaba de ser publicado mais um livro Um dia de cada vez, mas desta vez se trata de um Guia de suporte emocional da mulher com câncer (Editora Aja, Santa Catarina, 203 páginas), escrito por 10 psicólogas oncológicas de todo o Brasil e 10 pacientes oncológicas, organizado por Tatiane Lima. 

O livro “oferece uma luz de esperança em meio ao turbilhão emocional que acompanha o diagnóstico de câncer”. Nele, as psicólogas oncológicas esmiúçam as complexidades emocionais que acompanham o tratamento do câncer, levando luz às pacientes, que também compartilham as suas jornadas pessoais de luta e superação. Trata-se de um livro que promete transformar vidas, “um guia não apenas para mulheres com câncer, mas também para os seus familiares e profissionais da saúde”. 

“Em um instante, a vida muda drasticamente, o medo da morte e do sofrimento se tornam iminentes! É o que acontece quando somos confrontadas com o diagnóstico de câncer. Somos inundadas por um turbilhão de emoções e incertezas sobre um futuro que se revela totalmente diferente do que planejamos. No entanto, mesmo nos momentos mais sombrios, há luz e apoio para nos guiar. 

“Em Um Dia de Cada Vez – Guia do suporte emocional da mulher com câncer, além de histórias inspiradoras de pacientes oncológicas que enfrentaram essa batalha com coragem e resiliência, você encontra direcionamento de psicólogas especialistas em oncologia, com técnicas validadas e orientações para o cuidado emocional. 

“Desde o impacto inicial do diagnóstico até os desafios diários do tratamento, este livro oferece conselhos práticos e reflexões profundas sobre como encontrar esperança e apoio durante a jornada oncológica. Seja qual for a fase em que você se encontra, este livro é um lembrete gentil de que não estamos sozinhas. 

“Esta é uma jornada de um dia de cada vez, cheia de amor, compaixão e uma mensagem de esperança para todas as mulheres que enfrentam o câncer” – diz a apresentação do livro. 

As autoras: Agnes Sewo, Ana Tancredi, Claudia Pinho, Daniele Sousa, Gláucia Flores, Josiane Cunha, Maria Teresa de Bortoli, Paula Barros, Raphaella Pires e Thayane Baroni; e as pacientes: Dalva Lima, Damaris Franco, Enezia Schettini, Fátima Laplaca, Larissa Feitoza, Nayane Quaresma, Nayara Fagundes, Rita Tapié, Suélen Rocha e Thainara Proença.

quarta-feira, 20 de março de 2024

Mediunidade na Acupuntura

Ray Cunha e parte da equipe do Ceal (foto de 2018)

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 20 DE MARÇO DE 2024 – No Ocidente, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) se tornou mais uma terapia da Medicina Alopática, que trata dos órgãos humanos do ponto de vista do funcionamento deles. Na China, para os orientais, a MTC continua sendo uma realidade metafísica. Assim, é comum acupunturistas tratarem apenas sintomas, em vez de intuírem as causas. 

Por exemplo: tira-se dor de ciático, ou da região lombar, ou da região sacral, ou da cabeça, sem sequer cogitar-se o que está causando a dor. O paciente sente-se aliviado, mas, horas depois, ou dias depois, tudo volta a ser como dantes no quartel de Abrantes. 

Integrante da equipe de voluntários do Ambulatório Fernando Hessem, no Centro Comunitário da Candangolândia, coordenado pelo professor Ricardo André, atendemos em torno de 40 pacientes, aos domingos de manhã, utilizando técnicas de Medicina Tradicional Chinesa. Mas pode acontecer de o número de pacientes duplicar e a equipe reduzir-se. 

Aí, ocorre o que eu chamo de “linha de montagem”, que é quando vamos diretamente ao que mais incomoda o paciente naquele momento e utilizamos um protocolo para eliminar a dor aguda que ele está sentindo. Mas mesmo em “linha de montagem” dá tempo para intuir o que está causando aquela dor. 

Tratar só o sintoma é como sentir dor de cabeça, tomar um Anador e a dor ir para o espaço. Mas hora depois a dor está de volta. Vamos supor que a dor seja causada por um fígado castigado por falta de água, ou por alimentação energeticamente incorreta. Podemos, em um ou dois minutos, orientar o paciente e então ele resolverá totalmente o problema. 

Às 9 horas, antes de começarmos a atender os pacientes, que começam a chegar bem mais cedo para pegar senha, fazemos uma oração comum. Às vezes, o Ricardo pede para eu fazer a oração. Repito sempre a mesma ladainha: Em nome de todos, agradeço aos pacientes que vierem aqui, hoje, a oportunidade que estão nos dando de nos exercitarmos no amor; agradeço também aos nossos mentores espirituais, que nos acompanham neste trabalho, contribuindo para que utilizemos os protocolos certos para encerrar, ou diminuir, o sofrimento dos nossos irmãos. Muito obrigado! 

Também integro a equipe de terapeutas em Medicina Tradicional Chinesa que atende nas manhãs de domingo no Centro Espírita André Luiz (Ceal), no Guará I, sob a coordenação do professor José Marcelo. Lá, costumamos atender médiuns do próprio Ceal, e dois deles já viram que sou acompanhado, durante meu trabalho, por um espírito. 

Pacientes também já sentiram a presença de um espírito que me acompanha e me orienta durante o atendimento. Quanto a mim, às vezes me surpreendo com protocolos que utilizo que não foram pensados, com resposta eficiente. É a essa intuição que me refiro. 

Mas como desenvolver a intuição? Todos nós somos médiuns, é claro, pois somos espírito, e médium quer dizer “ponte” entre os planos material e espiritual. Só que algumas pessoas são tão materialistas, tão densas, que essa ponte está intransponível. 

No Brasil, temos a Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), assim como temos associações médico-espíritas em vários estados brasileiros. Por que isso? Porque há médicos, e muitos, que acreditam na existência do espírito. Há inúmeros relatos de médicos videntes que trabalham em hospitais que cruzam com espíritos trabalhando entre eles. 

O astrofísico e médium vidente Laércio Fonseca comenta que o médium Zé Arigó, que realizou milhões de cirurgias espirituais, era só o instrumento para o espírito Dr. Fritz, este sim, é quem realizava as curas, trabalhando com uma equipe espiritual e com tecnologia à frente milhões de anos da nossa medicina atual. Somos como Zé Arigó quando realizamos trabalho voluntário, apenas instrumentos dos nossos mentores espirituais.

Para que o plano espiritual possa descer até a matéria densa é necessário que nos espiritualizemos, isto é, oremos, realizemos atividades em prol do próximo movidos pelo amor, não desejemos mal ao próximo, não reclamemos, nem lamentemos, e agradeçamos a tudo e a todos, seja lá o que for, pois o sentimento de gratidão gera amor, paz, alegria, saúde, prosperidade. É esse o ambiente em que a intuição transita.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

As três maiores causas de doenças e morte. Rir é o melhor remédio contra a ansiedade e o medo

FOGO NO CORAÇÃO é meu trabalho de conclusão de curso na
Escola Nacional de Acupuntura: um thiller policial com estudo
de caso ambientado no dia a dia de acupunturistas em Brasília

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 5 DE FEVEREIRO DE 2024 – Formado em Medicina Tradicional Chinesa pela Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), em curso técnico de 2013 a 2016, de 2.080 horas/aula presenciais e 440 horas de estágio em ambulatório, em um total de 2.520 horas/aula, faço, atualmente, cerca de 400 atendimentos por ano, entre homens e mulheres, crianças e velhos, portadores de todo tipo de doença. 

A maioria desses pacientes é atendida em trabalho voluntário aos sábados, no Ambulatório Fernando Hessen, no Centro Comunitário da Candangolândia, na equipe do professor Ricardo André; e aos domingos, no Centro Espírita André Luiz (Ceal), no Guará I, na equipe do acupunturista José Marcelo. E há os pacientes que atendo na casa deles. 

Minha linha de trabalho é espiritualista. Examino o paciente levando em consideração quatro corpos: o espírito; o corpo astral, ou das emoções; o corpo etéreo, onde se localizam os meridianos de acupuntura; e o corpo físico – um espelho das emoções. E investigo a causa do sofrimento do paciente. É claro que ao atender um paciente chorando de dor trato de anestesiá-lo com acupuntura. Dor é um pedido de socorro, sintoma. Pois bem, nessa jornada observei três causas principais das doenças. 

1 – Falta de água: Da mesma forma que nosso planeta, a Terra, 70 por cento do corpo humano são água. Logo, água é fundamental para nossa existência. Todos os dias, uma pessoa adulta perde cerca de dois litros de água. Tem que haver a reposição dessa água, do contrário o corpo começa a falhar e o tempo de vida dessa pessoa é reduzido drasticamente, com o agravante de que ela contrai as mais diversas doenças e morre com dores. 

2 – Vida sedentária: Somos seres com quatro dimensões – altura, largura, profundidade e movimento, que equivale ao tempo, ou quarta dimensão. Nosso corpo foi projetado para movimentar-se, diferentemente dos vegetais. Assim, temos duas pernas e dois braços. Viver no sofá ou na cama é matar-se lentamente. Deve-se caminhar, todos os dias, pelo menos durante 40 minutos, pois isso mobiliza todos os músculos e oxigena todo o corpo, especialmente o cérebro. 

Sou também escritor. Tenho um romance, HIENA, que foi todo ele criado enquanto eu caminhava. Em casa, apenas passava para o papel o que me vinha à cabeça enquanto caminhava. Sequências de romances, contos inteiros, poemas e artigos jornalísticos me vieram à cabeça enquanto caminhava. E caminhar ao ar livre, tomando sol, é melhor ainda, porque a luz do sol é vital para a vida. 

3 – Ansiedade e medo: Ansiedade é viver no futuro. Como o futuro não existe vive-se uma ilusão, gasto inútil de energia, frustração, estresse. Só existe o agora. E quando a ansiedade é mesclada de medo, que é aquilo que não conseguimos compreender, que não sabemos o que é, aí se instala uma bomba-relógio dentro do coração. 

A coisa funciona assim: a ansiedade produz um jorro de adrenalina na corrente sanguínea. Adrenalina é um hormônio que acelera o batimento cardíaco, chegando a decuplicar a força muscular. Vi um caso, certa vez, de um cachorro de tamanho médio que ultrapassou um muro de dois metros de altura para se encontrar com uma cadela no cio presa no quintal de uma casa. O cheiro do cio provocou a produção de adrenalina no cachorro e ele ficou super-forte. 

Só que a adrenalina vem com fatura. Depois de se sentir super-forte, o sujeito sente-se um lixo e a imunidade cai para quase zero. Imagine uma pessoa cronicamente ansiosa, ou medrosa! Torna-se um morto-vivo, um armazém de microrganismos e doenças, até o coração implodir. 

Nosso corpo é apenas o instrumento que nos permite viver a experiência da matéria. Pode acontecer de se encarnar em um corpo doente por questão cármica. Inclusive há casos de pessoas que nascem parecidas a um pato, ou só com cabeça e tronco etc. Nesses casos, não há o que fazer. Mas se gozarmos de saúde poderemos então curtir os prazeres do darma.

Para manter nossa saúde basta tomar certos cuidados, como não prejudicar os outros e pensar sempre no bem. Todos nós temos noção do que é o bem. Pensar no bem gera vibração de luz. E jamais reclamar ou lamentar-se. Comiseração de si mesmo também é mortal. E deve-se fazer a reposição diária de água e movimentar o corpo. E rir. O riso põe o corpo todo em equilíbrio.

Há três alimentos: oxigênio, sem o qual vivemos apenas alguns minutos; água e comida, sem as quais vivemos apenas alguns dias; e alegria, sem a qual morremos em vida.

domingo, 14 de janeiro de 2024

Psicanalista e acupunturista lança livro sobre as causas espirituais dos vários distúrbios psíquicos


RAY CUNHA

BRASÍLIA, 14 DE JANEIRO DE 2024 – Um dos maiores pensadores espiritualistas do Brasil, Jorge Bessa, publicou, hoje, em e-book, Psiquiatria Espiritual – Uma visão espiritualista dos distúrbios psíquicos (amazon.com.br, 354 páginas, 32,70 reais). Trata-se da mais minuciosa pesquisa sobre as causas dos distúrbios psíquicos, especialmente a esquizofrenia. 

A trajetória de Bessa é curiosa. Ele foi espião brasileiro em Moscou durante a Guerra Fria. Especialista em assuntos relacionados à atividade de inteligência e de planejamento estratégico, em 15 de agosto de 1996, foi nomeado para o cargo de coordenador geral de Contrainteligência da Subsecretaria de Inteligência da Casa Militar da Presidência da República, órgão que deu origem à atual Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Graduado em Economia e pós-graduado em Educação a Distância, formado em Medicina Tradicional Chinesa e em Psicanálise, tornou-se pesquisador de assuntos espiritualistas, tentando estabelecer pontes entre ciência e espiritualidade. É autor de mais de duas dezenas de livros, sobre espiritualidade, Medicina Tradicional Chinesa, geopolítica, política e ETs. 

Em Psiquiatria Espiritual defende a tese de que os distúrbios psíquicos são causados por consciências extracorpóreas, que atuam em outro plano da matéria, os chamados Espíritos. Segundo Bessa, “esses distúrbios da mente podem ter cura e não são uma condenação para toda a vida, diferentemente do que diz a medicina acadêmica”. 

“Baseado em dados da própria ciência e em informações oriundas do campo espiritual, obtidas através da psicografia de respeitáveis médiuns, o autor elucida como se processa a comunicação entre os dois planos da vida e aponta as verdadeiras causas espirituais dos distúrbios psíquicos – em especial a esquizofrenia –, apresentando formas de tratamentos e terapias naturais e espirituais que complementam o tratamento medicamentoso da medicina alopática” – informa a apresentação do livro. 

“Escrito em linguagem simples, este livro pode ser do interesse de médicos psiquiatras, profissionais da saúde física e psíquica, bem como para todas as pessoas que se interessem pelos temas da paranormalidade, cérebro-mente e do Espírito.”

Tive a oportunidade de fazer a revisão de Psiquiatria Espiritual, a pedido de Bessa, razão pela qual li atentamente o livro. Trata-se de mais um passo da ciência no inevitável encontro seu com o Espírito e outros planos da vida.

Jorge Bessa: o mundo espiritual tem total influência sobre a nossa vida

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

O que é a vida, o sofrimento e a iluminação

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 21 DE DEZEMBRO DE 2023 – A vida vem de Deus, a lei que rege o Universo. Como ninguém sabe como começou o Universo, ou se ele não teve início, e como terminará, se terminar, então o Universo pode ser infinito. Se Deus é a lei universal, logo é uma consciência, onipresente, onisciente, onipotente, absoluta e eterna. Incognoscível.

Essa Grande Consciência está presente em todas as coisas do Universo, por meio do éter, ou campo, ou matéria escura, vibração que liga os planos espiritual e físico, mantendo a ordem no Universo. O Universo observável contém mais de um trilhão de galáxias. Se olharmos em qualquer direção, as regiões visíveis mais distantes distam cerca de 46 bilhões de anos-luz da Terra.

As mônadas surgem da Grande Consciência. São individualidades indissolúveis e indestrutíveis, partículas básicas de todas as coisas, únicas, cada uma delas. Absolutas. São consciências. Vida. Espírito. O espírito, quando encarna no corpo de qualquer ser das muitas raças que há no Universo, é uma alma. Encarna para progredir, para se tornar sábio e ascender para planos cada vez mais sutis, eternamente.

Se as mônadas surgem da Grande Consciência, logo são consciências também, começaram a ter ciência da sua existência e a se ampliar. O plano físico, material, foi criado para ampliar a consciência. Nosso corpo físico, os planetas, a natureza, enfim, tudo é artificial, foram criados por agentes de Deus, espíritos de luz, para que espíritos primitivos, em estado cármico, possam ampliar mais rapidamente suas consciências.

Para que, isso, só Deus sabe, mas sabemos que Deus é amor, e sobre o amor sabemos, intuitivamente, que é um sentimento muito, muito bom.

A ligação entre o espírito e o corpo físico, o perispírito, é um corpo vibracional, etéreo, e se conectam por meio da glândula pineal, ou epífise, em forma de pequena pinha, do tamanho de um caroço de laranja, medindo 5 por 8 milímetros nos humanos, com massa de 150 miligrama, uma glândula endócrina, localizada no epitálamo, entre os dois hemisférios, no centro do cérebro dos vertebrados. Produz melatonina, hormônio derivado de serotonina, que controla o ciclo circadiano e sazonal. É o terceiro olho, ou olho espiritual.

O filósofo René Descartes acreditava que a pineal seria a “sede da alma”. Mediunidade, clarividência e telepatia ocorrem via pineal. Em Missionários da Luz, pelo espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier, a pineal é descrita como a glândula da vida espiritual e mental, fazendo a conexão entre os corpos etéreo e físico, o que forma a mente, o pensamento.

Assim, há 40 mil anos, hordas de espíritos começaram a ser transportadas em naves quânticas grandes como cidades para o plano astral da Terra, para encarnarem no plano material. E aí começa a jornada da raça humana, com toda a complexidade do plano físico, e o maior drama do ser humano: o sofrimento.

A essência do budismo são as Quatro Nobres Verdade:

1 – O sofrimento existe. “Esta é a nobre verdade do sofrimento: nascimento é sofrimento, envelhecimento é sofrimento, enfermidade é sofrimento, morte é sofrimento; tristeza, lamentação, dor, angústia e desespero são sofrimento; a união com aquilo que é desprazeroso é sofrimento; a separação daquilo que é prazeroso é sofrimento; não obter o que se deseja é sofrimento; apego é sofrimento” – Buda pregou.

Sofremos porque não temos algo e o desejamos; sofremos porque conseguimos algo e tememos perdê-lo; sofremos porque temos algo que nos parecia bom, mas já não é tão bom assim; e sofremos porque temos algo de que queremos nos livrar e não conseguimos nos desvencilhar dele. As coisas, as ideias, os conceitos, os pensamentos, são impermanentes. Até a felicidade pode se tornar sofrimento.

2 – O sofrimento é causado pela ignorância, ou trevas.

3 – Mas o sofrimento pode ter um fim, por meio da iluminação.

4 – Via Caminho Óctuplo: entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta. O caminho do meio, baseado na moderação e na harmonia, sem cair nos extremos. O equivalente a levar uma vida estoica. Um treinamento que erradica a ganância, o ódio e a ilusão, e leva à iluminação.