sábado, 5 de julho de 2025

Mitos e verdades sobre acupuntura. Sintonia fina

FOGO NO CORAÇÃO se desenrola no mundo da acupuntura

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 5 DE JULHO DE 2025 – Quando fiz o curso técnico de Medicina Tradicional Chinesa (MTC), na Escola Nacional de Acupuntura (ENAc), em Brasília/DF – de 06/08/2013 a 12/07/2016 –, com 2.080 horas/aula presenciais e 440 horas de estágio no ambulatório da ENAc e no Ambulatório Fernando Hessen, em um total de 2.520 horas/aula, observei que geralmente os alunos viam a Medicina Chinesa como solução para todas as curas.

Certo dia, um de meus professores me confidenciou que utilizou todo tipo de técnica da Medicina Chinesa na sua filha menor para debelar uma gripe, sem conseguir minimizar o sofrimento da criança, então, de madrugada, levou-a a um pronto-socorro, onde ela foi medicada e conseguiu dormir.

A partir desse episódio, comecei a prestar atenção em uma coisa. Imaginemos um povoado sem médico onde uma criança está moribunda. Chega uma senhora com um galinho de arruda e benze a criança. Não demora e o menino está brincando com outras crianças. Nesse caso, benzer foi a melhor terapia, a mais oportuna e eficiente.

A Medicina Tradicional Chinesa é espetacular, mas não debela sintomas agudos que podem levar à morte instantaneamente, não realiza cirurgias ou transplantes, nem detém uma gama de conhecimentos modernos sobre o complexo funcionamento do corpo humano.

Quando a Medicina Chinesa foi codificada, lá pelo século 200 antes de Cristo, o conhecimento anatômico e fisiológico que se tinha do corpo humano era primitivo. Também nada se sabia sobre a química dos alimentos e, muito menos, sobre microrganismos.

A Medicina Chinesa é a terapia da harmonia entre mente e corpo, do funcionamento equilibrado dos sistemas nervoso central e endocrinológico. Compreender isso é, talvez, o conhecimento mais importante da Medicina Chinesa. Além disso, a MTC considera a existência dos corpos sutis, entre os quais a centelha da vida: o espírito.

Tratei, certa vez, do caso de um senhor, idoso, que tivera câncer no intestino grosso e o órgão fora removido. Quando o atendi, ele sofria de diarreia crônica e baixava hospital toda semana. Expliquei a ele que seu intestino grosso continuava incólume, mas no corpo etérico, que ia fazer uma limpeza energética no meridiano do intestino grosso e tonificar energeticamente todo o seu sistema fisiológico.

A vida está na mente, que é um conjunto de corpos, ou campos vibratórios. Existem corpo físico e corpos sutis; estes, formam a aura. O corpo físico é visível porque se trata de energia condensada, a que chamamos de matéria. Os demais corpos são invisíveis porque não refletem a luz. Basicamente, são: corpo etérico, ou fio de prata; corpo astral, ou das emoções; e corpo espiritual, ou consciência.

Meu paciente sem o intestino grosso não baixou mais hospital e três meses depois pediu alta. De modo que para alguns casos a Medicina Chinesa é mais adequada. Mas não faz milagre. Aliás, nenhuma terapia faz milagre. Toda cura tem uma razão de ser. Os pacientes que andam atrás de milagre, que não querem sair da zona de conforto, sofrem, às vezes, a vida inteira.

Outro dia, atendi um paciente com refluxo brabo. Perguntei-lhe se ele já havia identificado os alimentos que lhe causavam refluxo. Respondeu que sabia. Disse-lhe que seu caso estava resolvido: era só não comer os alimentos que lhe faziam mal. Ele me respondeu, meio zangado, que não ia deixar de comer esses alimentos porque gostava muito deles, e me perguntou se não havia um remédio para curá-lo. Sim, há, respondi. É só não comer o que lhe faz mal, ou pelo menos reduzir drasticamente a ingestão deles. Aí o paciente ficou amuado. Mas o que se há de fazer em um caso desses?

Há também os que acreditam em milagre por duas razões: ingenuidade ou mão fechada. Por exemplo: os picaretas proliferam em quase todas as atividades humanas. Uma atividade que é exceção é a corrida espacial, na qual não há lugar para picaretagem, pois é caríssima e qualquer erro pode ser fatal.

Na acupuntura, há clínicas em que o paciente, ou o plano de saúde, paga dez sessões, nas quais o acupunturista apenas pergunta o que a pessoa está sentindo e aplica 10 agulhas, repetindo o protocolo em cada sessão. Isso e nada é a mesma coisa. Só faz bem para o dono do negócio.

Um mito muitíssimo difundido, e perigoso, é o dos fitoterápicos. É comum um paciente perguntar se tal erva faz bem. Explico que tudo em a natureza nem é bom nem ruim, tudo é relativo. Quando um fitoterapeuta prescreve uma erva, ou um chá, para alguém, é porque chegou a um diagnóstico e determinou a dosagem e periodicidade do fitoterápico.

Certa vez, prescrevi açafrão em cápsulas de 500 miligramas três vezes ao dia e água saborizada com hortelã durante um mês para uma paciente, após diagnosticá-la com deficiência energética de baço/pâncreas e fogo no coração. Uma semana depois, atendi-a novamente e ela continuava com fogo no coração, irritadíssima, falando muito, insone, constipada etc.

Fiquei intrigado, sem entender o que estava acontecendo, pois o hortelã já deveria estar fazendo efeito sedativo. Conversa vai conversa vem e ela me diz candidamente que estava tomando o açafrão juntamente com gengibre, porque lhe disseram que o gengibre tornava o efeito do açafrão ainda mais poderoso.

Gengibre é Yang puro e Yang é calor, movimento, agitação, delírio. Expliquei isso da forma mais simples e clara a ela e a adverti que se continuasse fazendo tudo o que qualquer pessoa acha que faz bem que sua data de validade seria antecipada em décadas.

Chás, dependendo da dose, pode se transformar simplesmente em veneno. E se uma pessoa tomar dois litros de água de uma vez os rins entrarão em colapso. Há pessoas que se sentirem cheiro de camarão morrem com a garganta fechada, devido à reação alérgica. Quanto a mim, como duzentos gramas de camarão com o maior prazer. Outros, se beberem leite de vaca ou ingerirem glúten sofrem diarreia grave. Cada pessoa é uma pessoa.

Terapeutas tecnocratas ou doentes não curam. Tecnocratas são aqueles que aplicam apenas técnicas, mecanicamente. Nesse caso, não haverá resposta na busca da cura, por causa de uma lei universal: a da sintonia. A física já esclareceu que tudo o que existe no Universo é energia, que a energia vibra e que a vibração entra em sintonia com vibrações semelhantes. Se não houver ação com propósito não haverá resposta. Preste atenção na sua vida e você vai identificar isso claramente.

Outro dia, um paciente de meia idade e sem recursos financeiros confidenciou a mim que gostaria de ser astronauta, e me olhou como quem está se perguntando se o acharia louco. Respondi com a maior simplicidade e honestidade: começa a ler sobre astronáutica hoje mesmo, a pesquisar, a fazer o necessário para se tornar astronauta. E lhe dei a grande informação: o mais importante é o caminho, a caminhada rumo aos seu objetivo, o Tao. Quem caminha para ser astronauta já é astronauta, pois estudar astronomia torna o estudioso naquilo que ele busca. Então ele percebeu que podia ser astronauta a hora que quisesse. Isso é propósito.

É a mesma coisa que ser rico. Basta nos sentirmos ricos. É isso que atrai dinheiro, prosperidade.

E os terapeutas doentes? Já atendi reikianos bichados, preocupados, angustiados, e me perguntei como é que uma pessoa naquelas condições pode passar energia para alguém? Conheço reikianos que me pediram para pegar suas mãos: eram quentes, agradáveis ao contato. Conheço um que me disse que quando está atendendo sente suas mãos pegarem fogo. São pessoas morais e amorosas.

Essa moralidade, que é mental, se reflete no corpo físico. De vez em quando, no trabalho voluntário, acontece de senhoras idosas me pedirem para deixá-las me abraçarem, e se demoram em abraços calorosos, sentindo-se amadas; ou senhores baterem longos papos, felizes apenas por isso. Acho que é porque lhes reservo meu melhor sorriso e utilizo todos os meus conhecimentos para o encontro. É isso que eles procuram: sintonia fina, um estado de harmonia com as leis do Universo, as quais garantem a existência da vida.

Mencionei fogo no coração. Este é o título do meu trabalho de conclusão de curso. Trata-se do único TCC, pelo menos que eu saiba, que é um romance. O curso de Medicina Tradicional Chinesa que eu fiz exigia TCC. Aí, cogitei vários temas, mas todos já haviam sido explorados em livros. No meu entendimento, TCC tem que explorar um ângulo novo do objeto estudado, ou fazer uma abordagem por um caminho novo.

Ensaio parecia a mim muito mecânico e restritivo. Foi aí que pensei: sou escritor, ficcionista, escrevo romances, por que não escrever um romance como TCC? Aí, apresentei a ideia para o meu orientador, professo Ricardo Antunes. Ele me deu sinal verde na hora. Então, escrevi FOGO NO CORAÇÃO, um thriller policial, mas com estudo de caso e debate filosófico sobre Medicina Tradicional Chinesa.

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quinta-feira, 3 de julho de 2025

Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho, paraíso para onde são enviadas almas estúpidas

Rio de Janeiro, a eterna e emblemática capital do Brasil,
paraíso das máfias e dos
 espíritos em busca de redenção 

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 3 DE JULHO DE 2025 – Estupidez é falta de capacidade de discernimento, raciocínio crítico ou compreensão. Discernir é compreender, distinguir com clareza e sensatez. É perceber, entender, avaliar situações, pessoas ou informações com profundidade, e considerar as consequências. Essas qualidades dão capacidade de julgamento.

É impossível influenciar indivíduos estúpidos. São como máquinas. E também como câncer: multiplicam-se rapidamente, matam o hospedeiro e a si mesmos. Em determinadas situações, a estupidez pode ser contagiosa, com indivíduos sendo influenciados pelo comportamento de outros e agindo de forma irracional. Não sofrem influência do que é sensato, mas se influenciam entre si, como se operassem em rede.

“Estúpido”, do verbo latino “stupere”, tanto substantivo quanto adjetivo, significa estar entorpecido ou atônito, ou com estupor. O historiador e medievalista italiano Carlo Cipolla (1922-2000), autor das Leis Fundamentais da Estupidez Humana, afirma que a estupidez pode ser mais perigosa do que a maldade.

Segundo Cipolla, “os esforços das pessoas estúpidas são contraproducentes para os seus próprios interesses e para os dos outros”. Segundo ele, “pessoas razoáveis ​​não podem imaginar ou compreender o comportamento irracional que torna as pessoas estúpidas perigosas e prejudiciais, mesmo potencialmente mais perigosas do que um bandido, cuja ação tem pelo menos um objetivo racional, nomeadamente o seu benefício”.

Cipolla formulou cinco leis, que aqui serão apresentadas de forma resumida: 1 – Sempre subestimamos o número de pessoas estúpidas. 2 – A probabilidade de alguém ser estúpido independe de qualquer outra característica. A estupidez não está ligada à inteligência, nível social, escolaridade, gênero ou qualquer outro atributo.

 3 – Uma pessoa estúpida causa prejuízos a outras pessoas ou à sociedade sem obter qualquer benefício próprio, ou até mesmo sofrendo prejuízos no processo. 4 – Pessoas não-estúpidas subestimam o potencial de dano de pessoas estúpidas. 5 – Uma pessoa estúpida é mais perigosa do que um bandido. Enquanto um bandido pode ter como objetivo o próprio ganho, a pessoa estúpida pode causar danos indiscriminadamente, sem nenhum ganho próprio.

Assim, a estupidez é potencialmente destrutiva e opera independentemente de outros fatores que não a estupidez, e é sempre subestimada.

Em Uma Breve Introdução à História da Estupidez (1932), Walter B. Pitkin alerta sobre a estupidez: “Em primeiro lugar, o número de pessoas estúpidas é enorme. Em segundo lugar, a maior parte do poder nos negócios, nas finanças, na diplomacia e na política está nas mãos de indivíduos mais ou menos estúpidos. Finalmente, altas habilidades estão frequentemente associadas a uma estupidez grave”.

Para o pensador Dietrich Bonhoeffer a estupidez é um inimigo perigoso porque não há defesa contra ela: “Nem o protesto nem a força podem atingi-la. O grande perigo da estupidez manifesta-se quando afeta grupos maiores. Em um grupo maior, o estúpido também será capaz de qualquer mal e ao mesmo tempo incapaz de ver que é mal”.

Em todo o mundo hodierno a estupidez avança. As artes, por exemplo, estão cada vez mais rasas, mais destituídas de suas bases filosóficas e equivocadas na sua natureza. Poetas que não sabem o que é poesia, profundidade, métrica, ritmo, melodia, gramática, criação; pintores que desconhecem até perspectiva; autointitulados romancistas que escrevem causos; cantores que guincham e cantam com a bunda etc. Mas fazem sucesso estrondoso, numa prova de que a população de estúpidos é cada vez maior.

No Brasil, a política partidária mostra que o curral de estúpidos é monstruoso. O eleitor brasileiro, é claro, com exceções, elege tudo o quanto não presta. O resultado é um país que não sai da merda.

O livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, psicografado por Chico Xavier e atribuído ao espírito do escritor Humberto de Campos, publicado em 1938 pela Federação Espírita Brasileira (FEB), faz uma interpretação teológica da história do Brasil. Uma das interpretações que se dá ao livro é que o Brasil foi selecionado pelo mundo espiritual para abrigar espíritos de porco, tipo Hitler.

No espiritismo, a Terra é um planeta de expiação e provas, onde o mal ainda predomina sobre o bem, contudo, onde espíritos reencarnam para expiar seus erros e passar por provas que os auxiliem em sua evolução espiritual, alcançando progresso moral e intelectual. O Brasil seria o paraíso dessa redenção.

Com efeito, uma leva de verdadeiros diabos encarnou e está no auge da sua maldade no Brasil de hoje, tentando, a todo custo, enviar para o além presos políticos, acusados de “crime de opinião”, e instalar uma ditadura comunista, como em Cuba, Venezuela, China, Coreia do Norte, ou uma ditadura como a de Putin ou a do Irã.

A desgraça, para quem mora no paraíso geográfico da Terra, mas infestado de dragão-de-komodo, mamba negra, jararaca, sucuri, jacaré-açu e outras feras rastejantes, é que esses diabos não entendem de democracia, razão, argumento, quatro linhas, liberalismo, porra nenhuma. Só entendem de grana fácil, são egudos (ego grande). Estúpidos.

O que fazer? Rezar! Pois nem Donald Trump está dando conta.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Segundo Eduardo Bolsonaro a Lei Magnitsky está na mesa de Donald Trump, um B-2 Spirit

Por que Donald Trump e Bolsonaro apontam para Eduardo?

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 2 DE JULHO DE 2025 – Os termos “política de direita” e “política de esquerda” surgiram durante a Revolução Francesa (1789-1799). Referiam-se ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês. Os que se sentavam à direita da cadeira do presidente eram favoráveis ao antigo regime, à monarquia absolutista, à hierarquia, à tradição, ao clero, enquanto que os que se sentavam à esquerda queriam igualdade social via intervenção do Estado.

Modernamente, a Direita é liberal, democrática, defende o Estado pequeno, a família, as religiões, a livre iniciativa, livre mercado, iniciativa individual, enquanto que a Esquerda defende Estado paquidérmico, partido único, censura, o fim da família, a negação do espírito e de Deus, totalitarismo.

– Os homens são iguais perante Deus e as leis, mas desiguais em tudo o mais; a hierarquia é a ordem da natureza e o privilégio é a recompensa do serviço honroso – escreveu o conservador britânico R. J. White.

– Os homens são criados diferentes e um governo que ignora esta lei torna-se um governo injusto porque sacrifica a nobreza em favor da mediocridade – observou o conservador norte-americano Russell Kirk, para quem o igualitarismo é a imposição da mesmice. – A sociedade civilizada exige ordens e classes.

Os liberais rejeitam a igualdade coletiva ou imposta pelo Estado, o que leva à mediocridade; estimulam o mérito pessoal, a iniciativa e o espírito empreendedor – segundo Russell Kirk.

O Brasil é de Direita desde a colônia. A monarquia e a Igreja marcaram sua história. Atualmente, a Direita brasileira se organizou no Bolsonarismo, desde o fim da década de 2010, tendo como características conservadorismo moral, defesa do liberalismo econômico, redução do Estado, combate ao marxismo cultural, defesa da tradição, da ordem social, da família e dos valores religiosos, defesa da liberdade individual, do livre mercado e da propriedade privada.

O principal pensador da Direita brasileira é o jornalista e ensaísta Olavo Luiz Pimentel de Carvalho (Campinas, São Paulo, 29 de abril de 1947 – Richmond, Estados Unidos, 24 de janeiro de 2022). Carvalho influenciou vários jornalistas brasileiros, alguns dos quais estão refugiados nos Estados Unidos, fugindo do atual regime do país, comandado pelo comunista declarado Lula da Silva. Foi criado o crime de opinião no Brasil, onde há vários jornalistas e políticos presos.

Os esquerdistas desdenham de Olavo de Carvalho argumentando que a academia torce o nariz para ele. A academia no Brasil está entupida de comunistas; a Esquerda é uma seita. O verbete “Olavo de Carvalho” na Wikipédia é uma sequência de granadas contra o pensador.

O grande líder da Direita é Jair Messias Bolsonaro (Glicério, São Paulo, 21 de março de 1955), capitão do Exército reformado, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro (1991-2018) e ex-presidente do Brasil (2019-2022). Durante sua campanha para presidente foi esfaqueado por um militante da Esquerda, Adélio Bispo de Oliveira, que enfiou um facão em Bolsonaro q          ue o atingiu nos intestinos grosso e delgado.

Atualmente, Bolsonaro é acusado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de golpe de Estado e pode ser preso a qualquer momento. Se for preso, do jeito que sofre de sequelas da facada, deverá morrer na prisão.

No seu governo, Bolsonaro estancou a roubalheira a que o país vinha sendo submetido e compôs um ministério técnico e enxuto. As estatais, que padeciam de déficit crônico, começaram a dar lucro, a inflação foi debelada e o país começou a crescer, apesar da pandemia da covid-19.

No cenário global, a Direita domina, liderada pelo presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, que está de olho no Brasil, por duas razões: Lula da Silva se alinhou às ditaduras, especialmente o Irã, que abriga terroristas e está em guerra contra os Estados Unidos e Israel; e porque Alexandre de Moraes censurou cidadãos americanos.

O deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, e que está refugiado nos Estados Unidos porque, segundo ele, Moraes quer tomar seu passaporte e prendê-lo, o decreto aplicando a Lei Magnitsky já está na mesa de Trump, contra Moraes e familiares e auxiliares dele. A Lei Magnitsky tem o poder de tornar seus alvos mortos-vivos, financeiramente.

Quanto a Lula, é apupado aonde quer que vá, seja no interior do Nordeste ou em Paris. Até o Datafolha mostra que Lula teria dificuldade de se eleger até prefeito de São Bernardo do Campo/SP. Além disso, o líder máximo da Esquerda no Brasil está no radar de Hugo El Pollo Carvajal.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Já imaginaram carros com os faróis acesos durante o dia em todo o país contra a corrupção?

O jornalista José Aparecido Ribeiro acende a lanterna de Diógenes

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 1 DE JULHO DE 2025 – Em agosto de 2011, José Aparecido Ribeiro, jornalista, editor do Blog Conexão Minas, bacharel em Turismo, licenciado em Filosofia e MBA em Marketing, com pós-graduação em Gestão de Recurso de Defesa, sugeriu, em artigo, que cidadãos em todo o país mantivessem os faróis dos seus carros acesos durante o dia como protesto contra a corrupção.

– Os paulistanos querem mobilizar um milhão de cidadãos usando a internet para uma passeata na Avenida Paulista contra a corrupção. A ideia é excelente e louvável, especialmente para uma cidade que consegue mobilizar dois milhões de gays ou de religiosos em passeatas gigantescas. Porém, a indignação não é só dos paulistanos, mas dos brasileiros de todos os cantos, níveis sociais, sexo, religiões, cores e gêneros, de norte a sul e de leste a oeste. Então, ao invés de um milhão, vamos mobilizar 78 milhões de cidadãos em um simples gesto: vamos acender os faróis dos carros no Brasil todo e mostrar que o país está indignado com a corrupção e com o modelo eleitoral que faliu e só atende aos oportunistas. Acenda os faróis do seu carro durante o dia e passe essa ideia para frente em uma corrente pela ética e pela decência na política – conclamou.

Essa ideia é mais atual do que nunca. Já imaginaram 123,9 milhões de carros com os faróis acesos durante o dia em declarada manifestação contra a corrupção que assola o país? Nunca tivemos arrecadação de impostos tão alta, bem como déficits orçamentários tão estratosféricos. Para onde esse dinheiro vai? O que estão fazendo com o dinheiro dos brasileiros? Até os aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram assaltados e as estatais estão cada vez mais atoladas.

– Comece agora mesmo e faça a sua parte. Em breve o país inteiro vai estar aceso cobrando atitudes dos políticos de um modo nunca antes visto. Se a imprensa quiser, uma revolução pode ser provocada no Brasil, com criatividade e eficácia, através de um gesto simples, o de acender os faróis dos carros, silenciosamente – dizia José Aparecido Ribeiro, em 2011, para quem “o tamanho da corrupção é proporcional ao da letargia do povo”. – Nunca na história deste país a imprensa prestou tantos serviços, cumprindo a sua missão ao retratar a realidade nos bastidores do poder, trazendo à tona o lamaçal que virou a política. Parece um novelo e, quanto mais puxamos, mais absurdos são revelados em um ciclo que está longe de ter fim.

Observava o jornalista mineiro, em 2011: “Escândalos se sucedem todas as semanas e nada é capaz de tirar o povo do sono profundo em que ele se encontra. Casa Civil, Transporte, Turismo, Agricultura… E qual será o próximo? O modelo eleitoral faliu, os partidos são agremiações de aluguel que trocam até a mãe por cargos no governo. Não existe oposição capaz de mobilizar a sociedade para uma reação à altura. Triste realidade”.

Nada mudou. Tudo como dantes no quartel de Abrantes.

– A Sociedade prefere o espetáculo midiático, não quer ou finge não ver o que está explícito debaixo do seu nariz. Parece entender inconscientemente que ela é a responsável por tudo isso ao não fazer o bom uso do voto. Como juiz da democracia, o povo colhe o resultado das suas escolhas, ao preço de um rombo incalculável nos cofres públicos e contrapartida perto de zero. Impostos nas alturas e serviços precários em quase tudo – escreveu José Aparecido Ribeiro, em 2011.

– O fato é que não tem como ficar alheio ao que se passa. Por mais ignorante que seja, o cidadão lê jornais, revistas, ouve rádio ou assiste a programação da TV aberta. E o noticiário traz uma grade farta de denúncias e escândalos que mudam apenas de endereço em um espetáculo que nos faz lembrar a Roma dos Césares. A mesma do “pão e do circo”… Diante deste cenário sombrio e da passividade, a sugestão para os que ainda não perderam a capacidade de se indignar e não sabem o que fazer é que acendam os faróis dos carros em protesto. Acender os faróis e mantê-los acesos durante o dia, até que alguma coisa aconteça para tirar o povo da letargia…

A ideia de José Aparecido Ribeiro remete ao filósofo grego Diógenes de Sinope, que viveu no século IV a.C. Ele andava pelas ruas de Atenas, durante o dia, com uma lanterna acesa, procurando um homem honesto. A busca do filósofo continua representando um ato de esperança.

domingo, 29 de junho de 2025

Ana de Armas: Baba Yaga e Jessica Rabbit

Ana de Armas: tipo da mulher misto de Baba Yaga e Jessica Rabit

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 29 DE JUNHO DE 2025 – Em 007 – Sem Tempo Para Morrer, despedida de Daniel Craig da pele de James Bond, Ana de Armas faz uma aparição de 12 minutos, mas todo mundo prestou atenção nela. Agora, Ana de Armas é Eve, Eve Maracarro, uma assassina do nível de John Wick, o mais letal de todos os assassinos, em Bailarina, filme que já inscreveu seu nome na história do cinema de ação, e com uma personagem feminina. Tão densa quando Keanu Reaves na pele de John Wick.

Mas por que a franquia John Wick é tão fascinante? Pelas razões que seguem: o universo de John Wick lembra o de Harry Potter, um universo paralelo, mágico, que convive com nosso universo comum. O de John Wick é um submundo, com sua organização, leis e até moeda própria, que existe paralelamente ao mundo honesto, legal. As personagens são sofisticadas e vividas por grandes atores. Os roteiros são redondos e, finalmente, a produção é impecável.

O personagem John Wick (Keanu Reeves) nasceu Jardani Jovonovich, na Bielorrússia. Órfão, é sequestrado pela máfia russa Tarasov e treinado para ser assassino. Torna-se um assassino tão implacável que ficou conhecido como Baba Yaga. No folclore eslavo Baba Yaga é uma bruxa. Uma pessoa a quem se deve temer. Certa vez, John Wick matou três homens em um bar com um lápis. Mas apaixona-se por uma mulher e se aposenta, porém logo fica de luto. Só que assassinos profissionais não se aposentam, porque quem entra em certos negócios não pode sair, e John Wick sempre esteve dentro, desde criança.

O universo John Wick, noir (estão usando o termo neo-noir americano, mas acho que isso é só para ver se dá mais charme ainda), é uma criação do roteirista Derek Kolstad e estrelado por Keanu Reeves, franquia de propriedade da Lionsgate. O primeiro filme é de 2014, De Volta ao Jogo, seguido por três sequências: Um novo dia para matar (2017), Parabellum (2019) e Baba Yaga (2023). Vem aí um quinto filme.

A franquia produziu também uma minissérie, The Continental: From the World of John Wick (2023) e o spin-off Ballerina (2025), Bailarina, dirigido por Len Wiseman, a partir do roteiro de Shay Hatten, é a história de Eve Macarro (Ana de Armas), assassina treinada nas tradições da máfia dos Ruska Roma.

Ana Celia de Armas Caso nasceu em Havana, em 30 de abril de 1988, onde começou sua carreira no cinema com Una rosa de Francia (2006). Aos 18 anos, mudou para Madrid, Espanha, onde estrelou El Internado, por seis temporadas, de 2007 a 2010. De Madrid, mandou-se para Los Angeles, onde, a partir de 2015, começou a trabalhar no cinema americano. Em 2022, interpretou a Bond girl Paloma no filme No Time to Die e em 2022 encarnou Marilyn Monroe em Blonde, papel pelo qual foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

Ana lembra um caso que eu tive, em Manaus/AM, com uma ruiva de 18 anos, de ascendência espanhola. Ana tem olhos verdes e minha garota, às vezes verdes e às vezes azuis; os cabelos de Ana são marrons claros, os da minha garota, ruivos; Ana tem 1,68 metro e minha garota era da minha altura, 1,64 metro; só o peso de ambas é o mesmo: 55 quilos. Mais uma característica: as duas têm o mesmo olhar angelical e perigoso de Jessica Rabbit.

sábado, 28 de junho de 2025

A língua portuguesa agoniza. Quem matou o português? A Academia Amapaense de Letras precisa de uma sede. Alcolumbre apoia a censura

Marcos Machado investiga o assassinato do português

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 27 DE JUNHO DE 2025 – A última flor do Lácio, a língua portuguesa, uma das mais ricas manifestações da Humanidade, tornou-se instrumento da elite da elite. O povão, a patuleia, não lê mais. Se lê, só entende bilhete. Livro é para a fina flor intelectual da Humanidade. Até porque agora temos áudio e vídeo no telefone celular. Há livros falados. Também poucos sabem escrever. Escrevem garranchos estilo Paulo Freire: “Nós vai receber 10 real”.

É no meio da escuridão que o jornalista carioca Marcos Machado lança, pela Editora Clube de Autores, QUEM MATOU O PORTUGUÊS? (200 páginas: “Em uma morte lenta, agonizou o português até o último suspiro” – informa. Mas dá uma esperança: “Calma – ainda há uma luz no fim do túnel”.

– Este livro não entrega culpados de imediato. Antes disso, nos obriga a parar, olhar e, principalmente, reconhecer: a língua portuguesa está sendo corroída aos poucos – graças às más escolhas pedagógicas, aos modismos disfarçados de modernidade e à avalanche das redes sociais, que antes eram simples espaços de expressão pessoal, hoje moldam opiniões e também contribuem para a degradação da linguagem. É um convite a encarar de frente a verdadeira tragédia que atravessamos – diz Marcos Machado.

Para o jornalista, veterano das redações de jornais impressos, a pergunta quem matou o português? “deveria ecoar nas salas de aula, nas manchetes mal escritas, nas campanhas publicitárias, nos roteiros de cinema e nos posts de redes sociais”.

A pergunta é simples, mas devastadora. Contudo, a resposta é tudo, “menos simples”. QUEM MATOU O PORTUGUÊS? é um alerta urgente e necessário, e propõe uma reflexão provocadora: o que fizemos com a nossa própria língua?

Com efeito, “um terço da população brasileira é considerado analfabeto funcional, ou seja, não consegue interpretar textos simples ou se expressar por escrito com clareza. E o mais grave: essa estatística inclui estudantes que concluíram o ensino médio. Eles saem da escola sem a mínima competência para escrever uma redação coerente, redigir um e-mail profissional ou compreender uma instrução básica”.

A verdade é ainda mais grave. Boa parte da população brasileira tem curso superior, mas não sabe ler nem escrever. Exagero? Não! Há advogados que não sabem redigir uma petição, jornalistas que escrevem jacaré com “g”, médicos que escrevem em hieróglifo, escritores que amontoam palavras a esmo.

Saber ler, e compreender, é fundamental para a existência da Humanidade. A escrita é o maior invento da Humanidade, de longe, pois é o instrumento da memória da raça. Toda a criação humana está contida na linguagem escrita. A vida é criada no pensamento, que se torna linguagem e é materializado. A língua é fundamental no dia a dia.

Por exemplo: sou acupunturista. Para investigar as causas das doenças diagnosticadas, além dos exames de língua (o órgão) e pulsologia, mantenho uma anamnese com o paciente. Quanto mais eu souber utilizar o idioma, mais rapidamente, e com mais clareza, saberei o procedimento a ser adotado.

Se você quer destruir a identidade de um povo destrua sua língua. É isso que os comunistas fazem com essa história de “tode”! “O idioma é mais do que um instrumento: é a própria expressão da cultura, da lógica e da memória de uma nação” – ensina Marcos Machado.

De modo que “QUEM MATOU O PORTUGUÊS? não é apenas um diagnóstico – é um convite à resistência” – Diz Marcos Machado, que propõe “uma leitura crítica sobre o desprezo generalizado pela norma culta, sem perder de vista a importância da clareza, da comunicação eficaz e da preservação do idioma como patrimônio coletivo”.

– Se você acredita que escrever bem é privilégio de poucos, ou que o Português está mudando “naturalmente”, este livro é para você. Se acredita que é preciso defender o idioma para defender o país, este livro é indispensável – adverte.

Em junho de 2023, o então presidente da Academia Amapaense de Letras (AAL), Fernando Canto, convidou-me para proferir uma palestra nos 70 anos da academia, em Macapá/AP. Na minha fala, disse que a academia é o órgão mais importante da cultura tucuju (do Amapá), porque ela guarda, por meio de registros bibliográficos, a cultura, o sotaque, a identidade amapaense. A identidade de um povo é sua alma.

Disse também que a Academia Amapaense de Letras, pela sua importância, merece uma sede. O Fernando me dissera que o governador do Amapá e o prefeito de Macapá prometeram uma sede para a academia. Adverti, no meu discurso, que a diretoria da AAL não deveria chegar a eles com pires na mão, pois cultura não rende voto. Que deveriam tratar, sim, com eles, mas com a mídia acompanhando e, sobretudo, pressionando-os dia e noite.

Não deu outra, estavam somente cozinhando o Fernando Canto, um dos maiores escritores e ensaístas do Amapá. O Fernando faleceu e não se fala mais nisso.

Emblemático: Davi Alcolumbre é do Amapá. Presidente do Senado, aplaude a censura às redes sociais, que acaba de ser imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão que passa por cima do Congresso Nacional.  Aplaude também o presidente Lula da Silva, que acusa os judeus de holocausto dos palestinos e se aliou ao estado terrorista do Irã. Ainda: é contra a Anistia aos presos do 8 de Janeiro de 2023.

Alcolumbre é judeu.

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Cúpula do Brics no Rio já é um fracasso

Paes e Lula são os anfitriões do clube que desafia os EUA
no próprio quintal do Tio Sam (Ricardo Stuckert/EBN)

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 26 DE JUNHO DE 2025 – Se a cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, prevista para os dias 6 e 7 de julho, acontecer, será sem a presença do ditador da Rússia, Vladimir Putin, que seria preso pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), devido à deportação de centenas de crianças da Ucrânia. Já o ditador da China, Xi Jinping, avisou que não virá para o quintal de Donald Trump. Quanto à ditadura do Irã, enviará representantes. A lista do resto dos líderes do clube ainda não foi divulgada.

O Brics é formado por onze países. Inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, daí o acrônimo Brics. E depois por Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Atualmente, o clube é presidido pelo Brasil.

O clube discutirá no Rio “a reforma da governança global”. O que isso quererá dizer? O Brasil, por exemplo, é um antro de corrupção. Até os aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já foram assaltados em massa.

O Brics foi fundado com o mesmo propósito do Foro de São Paulo: foder com os Estados Unidos e instalar uma ordem internacional totalitária, sem dólar, com censura total e escravização do povo.

Também seria objetivo promover o desenvolvimento do Sul Global, o que não pode acontecer por decreto, mas naturalmente. O Hemisfério Sul só se desenvolverá com o fortalecimento das democracias e livre mercado. O comunismo, que é com que o clube sonha, é uma das mentiras mais bem-contadas e nefastas impostas ao ser humano, e que idiotizou, estupidificou, brutalizou meio mundo.

A cúpula pretende discutir ações para reduzir desigualdades sociais e econômicas. Porra, o governo de Lula da Silva afunda o Brasil cada vez mais em um atoleiro social e econômico de onde nem Paulo Guedes conseguirá tirá-lo.  

Já o prefeito do Rio, Eduardo Paes, quer apresentar a cidade como um centro de eventos internacionais. Bem, a cidade já é conhecida como a Meca da bandidagem.

Em 2014, o Brics criou seu banco, conhecido como Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), com capital inicial de 50 bilhões de dólares e sede em Xangai, China (não são bestas de sediá-lo no Brasil), com o objetivo de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável aos seus associados.

O banco vai ter muito que financiar na própria China. Jornalistas ingleses e a inteligência de alguns países dão conta de que a poluição na China é amazônica. No Brasil, até os rios colossais da Amazônia são poluídos, pois sanitário tratado na região é desconhecido.

Segundo o Brics, seu banco contribui para com o crescimento econômico e a redução da pobreza. Como assim?

E sabem quem é a presidenta (sic) do Banco do Brics? Dilma Rousseff. Ex-assaltante de banco e impeachada da presidência do Brasil.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Lula receberá representantes do Irã, país em guerra contra Israel e Estados Unidos, na cúpula do Brics, dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, Meca da bandidagem e agora sede do Brics

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 23 DE JUNHO DE 2025 – A próxima cúpula do Brics (clube de países que se alinham contra os Estados Unidos, formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, daí a sigla Brics) está marcada para os dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro, onde reunirá líderes de 20 países, incluindo o Irã, que está em guerra contra Israel e os Estados Unidos.

No Rio, os representantes da ditadura terrorista do Irã estarão tranquilos, pois o presidente Lula da Silva declarou que está do lado do Irã e até já andou arreganhando os dentes para o presidente americano, Donald Trump, a quem enviou um recado: “Não tenho medo da tua cara feia”.

Se, até agora, o Foro de São Paulo, fundado por Lula e Fidel Castro, com o objetivo de afundar os Estados Unidos, não conseguiu seu objetivo, o Brics veio para tentar também. Já tentaram melar o dólar; não conseguiram.

 – Vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento, para a cooperação e para a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países (20) – disse o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Como assim? O Brasil, por exemplo, está descarrilando e indo diretamente para um atoleiro amazônico, com as estatais dando prejuízos históricos, assalto até do dinheiro dos aposentados pelo INSS, inflação, violência desenfreada e corrupção generalizada. China e Irã são ditaduras totalitárias, onde o povo não tem acesso à internet; na china, até religião é proibida. A Rússia é liderada por um louco, Vladimir Putin. No Irã, mulher é escravizada e homossexual é torturado antes de ser morto.

Julho de 2004 – A Polícia Federal apreende, no interior do Amapá, uma caminhonete com 18 sacas de urânio e tório, com destino à Rússia, Coréia do Norte e, provavelmente, o Irã. A polícia detectou um nome: Haytham Abdul Rahman Khalaf, libanês, elo com o grupo extremista islâmico Hamas.

Foram identificados o empresário João Luís Pulgatti, dono de um pool de empresas de mineração; e John Young, 58 anos, irlandês naturalizado canadense, que tentava comprar uma área de mil hectares, no Amapá, com pelo menos 50 mil toneladas de minério radioativo. As terras seriam compradas por 1,2 milhão de dólares. Também Robson André de Abreu, dono de madeireiras e de uma mineradora, estava envolvido no negócio.

Grampos da Polícia Federal revelaram ainda o envolvimento do geólogo José Guimarães Cavalcante, conhecido como Zé do Mapa, ex-diretor do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) no Amapá, braço direito de João Pulgatti, e o ex-senador Papaléo Paes, então do PSDB do Amapá, além de outros políticos.

A revista IstoÉ foi fundo na caso. Segundo ela, o quilo de torianita era vendido entre 200 e 300 dólares. As minas localizam-se na região central do Amapá, nos municípios de Porto Grande, Serra do Navio e Pedra Branca. O minério era levado para Porto Grande e de lá para Macapá, de onde seguia para Oiapoque, na fronteira com a Guiana
Francesa, de onde era despachado geralmente para a Rússia e Coréia do Norte. A polícia detectou também um estoque de oito toneladas de torianita no interior de São Paulo.

23 a 30 de janeiro de 2023 – Dois navios de guerra do Irã atracam no Rio de Janeiro. Na época, a embaixadora dos Estados Unidos, Elizabeth Bagley, declarou: “Esses navios, no passado, facilitaram o comércio ilícito e atividades terroristas e já tiveram sanções da ONU (Organização das Nações Unidas). O Brasil é um país soberano, mas acreditamos fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar”.

Julho de 2023 – Somem duas ampolas com material radioativo das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende/RJ.

Julho de 2024 – O vice-presidente, Geraldo Alckmin, é despachado por Lula para representar o Brasil na posse do presidente eleito do Irã, Masoud Pezeshkian, em Teerã, em cerimônia com a presença de Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, morto horas depois pelos israelenses.

Junho de 2025 – Israel e os Estados Unidos pulverizam o programa nuclear iraniano. Lula, antissemita até a medula, se revolta.

Curiosidade: O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do Amapá, é judeu, mas adora Lula.

Teoria da conspiração ou não, a CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) vem investigando de onde saiu o urânio enriquecido para a construção da bomba atômica dos aiatolás. Quanto a Donald Trump, está de olho no seu quintal.

domingo, 22 de junho de 2025

A vida é como saltar de paraquedas. Mas, e se ele não abrir? O que existe no outro lado da queda?

Maurício Galante mostra o que existe do outro lado da queda

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 22 DE JUNHO DE 2025 – Uma das definições mais profundas que já ouvi da vida é a do artista plástico Olivar Cunha: “A vida é um tesão”. Com efeito, a vida tem sido um tesão para mim, que DE TÃO AZUL SANGRA. Comparo-a às rosas colombianas  vermelhas: a vida é extraordinariamente poética, perfumada, delicada, imortal na sua delicadeza, na sua beleza abismal. Misteriosa, é um oceano de possibilidades. É como montar a luz.

Caso o paraquedas não se abra começará outro ciclo da vida, além da matéria. Médiuns e cientistas veem, cada vez mais com maior clareza, que a matéria apenas abriga a consciência, que se localiza na mente; por isso, quanto mais ampliamos a mente mais curtimos a vida.

Assim, a vida é feita de aventuras, de possibilidades, de oportunidades, de poesia. Nosso corpo é apenas um escafandro com data de validade que a mente utiliza para a experiência da vida material, no mar da atmosfera terrestre.

Dessa forma, uma das pessoas que mais curtem a vida é meu amigo Maurício Galante, um brasileiro que já passou inúmeras vezes por esta situação: seu paraquedas não se abriu, mas ele sobreviveu. Brasileiro, empresário, se viu, de repente, sem-teto e com apenas um dólar nos Estados Unidos. E deu a volta por cima, voltou a ser empresário, lá, e se tornou um dos mais premiados instrutores de paraquedismo dos Estados Unidos e vereador na Câmara Municipal de Arlington, Texas, além de comentarista político no YouTube.

Galante conta isso no seu E SE O MEU PARAQUEDAS NÃO ABRIR? (Editora Albatroz, Rio de Janeiro, 2022, 190 páginas).

“Tudo o que você pode fazer, ou sonhar que pode, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia. Comece agora” – escreveu Johann Walfgang von Goethe. “O pessimista vê a dificuldade em cada oportunidade, o otimista vê a oportunidade em cada dificuldade” – escreveu Winston Churchil. “Encontre a sua paixão. Eu penso que talvez não tenhamos escolha de como vamos morrer, mas, sem dúvida, podemos escolher como viver. O savoir vivre, ou saber viver, é fazer aquilo que te faz feliz e te coloca cada dia mais próximo dos seus sonhos” – escreveu Maurício Galante.

“Das três certezas que temos na vida, uma é que não se muda o passado; outra, que tudo muda todo dia e o tempo todo; e, por último, que todos nós um dia vamos ter um fim. Salte no escuro, sim! Ouse voar voos mais altos. Cabe somente a você escolher a melhor maneira de viver. Procure buscar alegria na viagem e não no destino final. O meio da viagem pode e deve ser mais prazeroso que o destino; curta e valorize o processo. Afinal, o destino não está lá te esperando, inerte e passivo, ele vai ser construído todos os dias com sua visão, otimismo, ação e resiliência. E, por último, não se surpreenda se o seu destino for totalmente diferente do que você imaginava, pois ele pode, e deve, ser ainda melhor!

“Mas... e se o seu paraquedas não abrir? Eu tenho o instinto de que você vai saber lidar com a situação, seja ela qual for... Então essa pergunta não pode mais ser a desculpa para não começar a fazer a sua parte, para mostrar ao mundo o seu talento, sua vocação e sua paixão. Deixe a sua luz brilhar também!” – ensina Maurício Galante.

A trajetória deste paulistano é extraordinária. De origem humilde, ele enfrentou dificuldades que fariam até Batman desistir, mas foi vencendo obstáculos inimagináveis ao longo do caminho, desde criança, pois era movido pela determinação de conseguir o que queria: ser paraquedista. Chegou lá no alto e, em vez de descer, subiu mais ainda. Ele sabia que os paraquedas podem não se abrir, emaranharem-se, mas sabia também que só podemos ir além se enfrentarmos o desconhecido.

Cristóvão Colombo só descobriu a América porque ousou ir além do conhecido, bem como Albert Einstein não se contentou com a genialidade de Isaac Newton. Da mesma forma, Olivar Cunha busca no expressionismo se orientar no abismo labiríntico da vida. Recebemos avisos quando o nosso paraquedas está prestes a falhar. Aí, é mudar de rumo.

Aos 26 anos de idade, separei-me da minha primeira mulher e simultaneamente perdi o emprego, andava de pés quilômetros diariamente e passei uma fome brutal, mas não larguei a faculdade de Jornalismo e consegui me formar, sem perder a sensibilidade de cair para cima no abismo do azul. Naquele momento da minha vida o paraquedas não abriu, mas sobrevivi à queda, e do outro lado encontrei o triunfo da luz.

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Israel e EUA caçam líderes terroristas e destroem instalações nucleares no Irã

Mulher israelense arrastada para estupro coletivo do Hamas

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 19 DE JUNHO DE 2025 – Israel e Irã se davam bem, até 1979, ano da Revolução Iraniana, liderada pelos aiatolás, líderes supremos da religião islâmica. A revolução instalou um regime totalitário com dois objetivos: suprimir o Estado de Israel e criar o Estado da Palestina; e derrubar a ordem mundial liderada pelos Estados Unidos, começando por expulsar a presença americana no Oriente Médio. Para isso, precisam da bomba atômica.

Judeus vivem no Irã há 500 anos antes de Cristo. O Irã era uma monarquia, governada pelo xá do Irã, aliado do Ocidente e de Israel, e foi um dos países que concordaram com a Organização das Nações Unidas (ONU) ao criar um Estado judeu e outro palestino, em novembro de 1947, com 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções.

Mas os países que cercam Israel, de etnia árabe, nunca aceitaram a criação de um Estado judeu, e assim vêm atacando os israelenses desde a declaração de independência de Israel, em maio de 1948, que teve que se defender naquele mesmo ano e em 1967 e 1973. Em 1948, Israel foi atacado pelo Egito, Síria, Jordânia, Iraque e Líbano. Botou todos para correr e ainda ocupou 77% do antigo território palestino que estivera sob mandato britânico, incluindo grande parte de Jerusalém.

A Revolução Iraniana derrubou o xá Mohammad Reza Pahlavi e foi instaurado o regime do aiatolá Ruhollah Musavi Jomeini, que esteve 14 anos no exílio. O xá foi derrubado porque queria modernizar o país, porém os aiatolás, não. Além disso, o xá era aliado de Israel contra o presidente egípcio Gamal Abdel Nasser e sua ideologia de Pan-Arabismo, bem como era contra a influência da União Soviética no Oriente Médio.

No afã de destruir o Ocidente, o Irã se tornou um Estado terrorista e vem tentando construir a bomba atômica para destruir Israel, única democracia no Oriente Médio.

A história da República Islâmica do Irã é bíblica. Foi no Irã que surgiu uma das civilizações mais antigas do mundo, o reino de Elam, em 2.800 a.C. O Irã atingiu o auge de seu poder no Império Aquemênida, fundado por Ciro, o Grande, no ano de 550 a.C., e um dos maiores impérios do mundo, até 330 a.C. após as conquistas de Alexandre, o Grande. Em 224 d.C., o país alcançou uma nova era de prosperidade com o estabelecimento do Império Sassânida, durante quatro séculos. Árabes muçulmanos invadiram o Irã em 633 e o conquistaram em 651.

Irã quer dizer “terra dos arianos”; da etnia do povo ariano. Era conhecido como Pérsia, do povo persa, aquele dos tapetes persas, até 1935, quando o xá Reza Pahlavi mudou o nome para Irã. Em 1953, após um golpe de Estado apoiado pelo Reino Unido e Estados Unidos, o Irã se tornou autocrático, até a Revolução Iraniana, em 1 de abril de 1979.

Localizado na Ásia Ocidental, fazendo fronteira com nove países, entre os quais a Rússia, o Irã tem 1.648.195 quilômetros quadrados e 77 milhões de habitantes. É rico em gás natural e petróleo, mas, como a Venezuela, é uma ditadura totalitária. Lá, a lei é o ditador. O povo não tem acesso à internet, as mulheres são escravas e os homossexuais são torturados até a morte. É o paraíso dos terroristas, assim como o Rio de Janeiro é a Meca da bandidagem internacional.

O presidente do Brasil, Lula da Silva, comunista declarado, apoia o Irã e se tornou persona non grata em Israel. Lula acusa Israel de ser um Estado fascista, que está realizando o holocausto da Palestina, quando todos sabem que terroristas apoiados pelo Irã, homiziados na Palestina, vêm invadindo Israel e assassinando inclusive bebês, donas de casa e velhos, aos milhares.

Neste momento o Irã é invadido por Israel e os Estados Unidos, que estão caçando um a um os líderes da ditadura terrorista iraniana e destruindo as instalações nucleares do país, em resposta aos ataques terroristas que ambas as democracias vêm sofrendo a mais de meio século, com a morte de milhares de civis.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Mangueira cantará o Amapá no Carnaval de 2026 no Rio. Antecipe-se e leia JAMBU

JAMBU na edição do Clube de Autores: a Amazônia a partir do Amapá

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 18 DE JUNHO DE 2025 – O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, uma das maiores agremiações do Carnaval do Rio de Janeiro, apresentará, em 2026, o enredo Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra, assinado pelo carnavalesco Sidnei França,  enaltecendo as tradições afro-indígenas do Estado do Amapá, na Amazônia Oriental. O governo do Amapá já repassou 10 milhões de reais para a Mangueira.

O maior ícone do Amapá é a Fortaleza de São José de Macapá, construída por escravos, negros e índios, sob o domínio português, o cadinho no qual se forjou a etnia macapaense. Os portugueses cruzaram com os africanos e geraram mulatos, e fornicaram com os índios, formando uma população de mamelucos; os africanos fundaram o distrito de Curiaú e o bairro do Laguinho, misturaram-se com os índios e legaram cafuzos; e mulatos, cafuzos e mamelucos misturaram-se, fechando o círculo, numa diversidade étnica viva nas ruas de Macapá, nas nuanças de peles que vão do alabastro ao ébano, passando pelo bronze e jambo maduro, unidos pelo sotaque caboco: a fusão do português falado em Lisboa, doces palavras tupis, línguas africanas, patoá das Guianas, tudo triturado em corruptela.

Os cariocas e os turistas, especialmente os estrangeiros, não entenderão nada do enredo, pois a Amazônia, que é a palavra mais conhecida do Brasil lá fora, é, na cabeça de quem não é da região, uma fantasia, principalmente o Amapá, o Estado mais isolado do país.

Macapaense, cafuzo, Raimundo dos Santos Souza, o Sacaca (1926-1999), famoso curandeiro em Macapá, era tão conhecido na cidade que se tornou folclórico. Tocador de caixa de Marabaixo e artesão de instrumentos, estudioso da cultura indígena Tucuju, os índios que habitavam as terras do município de Macapá até o século 18, era casado com Madalena Souza, a primeira Miss Amapá, com quem teve 14 filhos.

Rei Momo por mais de 20 anos, fundou blocos e escolas de samba e dá nome ao Centro de Pesquisas Museológicas Museu Sacaca, instituição cultural e científica subordinada ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), sediado em área de aproximadamente 21 mil metros quadrados no bairro do Trem, em Macapá.

O Museu Sacaca tem enfrentado problemas com a falta de recursos e de manutenção de suas instalações. Dez milhões de reais cairiam bem.

O “doutor da floresta” ou “curador da floresta”, como era chamado, apresentou, nos anos 1990, o programa A Hora do Campo, na Rádio Difusora de Macapá, e escreveu três livros sobre fitoterapia amazônica.

Políticos amapaenses estão assanhados com a notícia do Amapá no Carnaval do Rio e certamente a farra na Sapucaí será grande, com bastante maniçoba, camarão, unha de caranguejo e tacacá, regado a Cerpinha.

Um evento desses é sempre uma oportunidade para se divulgar a Hileia. O Amapá faz fronteira com a Guiana Francesa e Macapá é banhada pelo maior rio do mundo, o Amazonas, e cortada pela Linha Imaginária do Equador. Sua orla tem o encanto do Caribe, devido ao rio-mar, a presença mestiça, música caribenha e a comida nos hotéis e restaurantes, com base em peixes e frutos do mar.

Mas se os cariocas e turistas quiserem conhecer a Amazônia profunda sugiro que leiam o romance JAMBU, deste caboco natural de Macapá. Trata-se de um trabalho de criação, mas ambientado na Amazônia verdadeira, com personagens de carne e osso, vivas ou mortas, como o poeta Isnard Brandão Lima Filha e o artista plástico Olivar Cunha, ambos amapaenses.

A sinopse de JAMBU é a seguinte: durante o Festival Gastronômico do Pará e Amapá, no Hotel Caranã, localizado próximo ao Canal do Jandiá, no Lago do Pacoval, em Macapá, o jornalista João do Bailique caça um traficante de crianças e de grude de gurijuba.

Adquira JAMBU no Clube de Autores, amazon.com.br e amazon.com

terça-feira, 17 de junho de 2025

A doença está na mente. Artrite é causada por atrito mental. A solução é pintar rosas azuis

As rosas azuis nascem em nossos corações, e são eternas

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 17 DE JUNHO DE 2025 – Resolvi escrever sobre artrite, do ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), por duas razões: atendo pelo menos uma dezena de pacientes sofrendo de artrite todos os meses. A outra razão é Paloma, uma paciente de 92 anos, pintora, que ficou curada do que os médicos chamam de “artrite reumatoide degenerativa”.

Tenho colegas que praticam MTC clássica, a medicina chinesa baseada nos clássicos fundamentais da acupuntura, sistematizados em torno do século 200 antes de Cristo. Sou hodierno, utilizo conhecimentos anatômicos e fisiológicos atuais, levo em consideração o Trópico e imergi em uma linha metafísica de trabalho.

Artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica e autoimune, que pode degenerar as articulações; autoimune porque o próprio sistema imunológico ataca as articulações, provocando inchaço, dor crônica, rigidez, desgaste, deformações com alterações ósseas, dificuldade de movimento e incapacitação nas mãos, pés, joelhos, cotovelos, ombros e quadris.

As causas são as mais variadas possíveis, como genética, sobrepeso, impacto, movimentos repetitivos, falta de reposição de água, estilo de vida, hábitos alimentares, atrito mental etc.

Paloma é uma mulher elegantíssima, 1,75 metro, 65 quilos. A região que mais a incomoda são as mãos e ombros. Fumante. Rica, tem atrito com um filho e três netos, que, segundo ela, estão só aguardando-a ir desta para melhor. É nostálgica e melancólica. Conversei longamente com Paloma, artista extraordinária e culta; no fim da conversa o diagnóstico estava mais claro do que o Sol.

Quando falo em diagnóstico refiro-me a causas. A causa “artrite reumatoide degenerativa” de Paloma era mental, ou melhor, espiritual. Ou vibracional, como queiram. Nosso sistema imunológico é um exército de células especializadas em eliminar do nosso organismo tudo o que representa perigo. Quando o sistema imunológico enlouquece, ele se volta contra o próprio organismo e começa a degenerá-lo. É isso doença autoimune.

Paloma foi uma mulher lindíssima e teve uma vida muito romântica. Com a velhice, esse ambiente se foi e ela acabou estacionando no passado. Como o passado não existe, viver em um lugar que não existe trás, é claro, medo. A nostalgia lhe evocava emoções de outras épocas, seguidas de vazios, medo. O medo é mortal.

Como sair disso? Viver no passado ou no futuro gera emoções e expectativas de alguma coisa que não existe e o que não existe gera medo. Só existe o agora. A eternidade é agora. Paloma é pintora. Sugeri-lhe pintar a eternidade. Ela gosta de gatos e do azul. Ela poderia pintar um gato azul. Segredei-lhe que os gatos azuis são eternos. E lhe disse que ela não estava se amando, que ela não estava se olhando no espelho e vendo o brilho dos seus olhos castanhos, nem prestando atenção no seu sorriso.

Quanto aos seus filho e netos, nas suas orações, deveria lembrar-se que os ama e que eles, não importa o que pensem, são maravilhosos. Isso não quer dizer que vá ceder aos caprichos deles, mas que são pessoas amadas. Assim, o lado esquerdo dela, o masculino, que é o que mais dói, parará também de doer.

Quando não nos amamos, quando não vivemos o agora, nosso sistema imunológico confunde sua missão e começa a atacar tudo. E quando temos atrito mental com alguém o corpo reflete o que se desenrola na mente e surge artrite.

Aí, passei ao tratamento físico. Expliquei a Paloma que o alento vem do alto, em forma de oxigênio, entra nos pulmões e é distribuído ao corpo todo, e que o cigarro endurece os alvéolos, impedindo-os de absorverem oxigênio. Que oxigênio era o principal combustível para que ela tivesse forças para criar. Que a nicotina não poderia matar as rosas colombianas vermelhas que Paloma pintava azuis, nem poderia estagnar a luz que emana das suas telas.

Setenta por cento do nosso corpo são compostos por água. Uma pessoa adulta perde cerca de dois litros de água diariamente. Essa água precisa ser reposta. Uma pessoa desidratada de forma aguda se não tomar soro morre instantaneamente e uma pessoa desidratada de forma crônica morre aos poucos e dolorosamente.

Paloma estava bebendo apenas um litro de água por dia. Resultado: constipação intestinal, insônia, cefaleia, retenção de líquido e artrose. Ensinei-lhe um truque: de manhã, após o café, separar dois litros de água e monitorar no fim do dia o consumo dessa água, até que o cérebro crie uma memória de dois litros de água por dia. Também ministrei-lhe, durante um mês, água saborizada com hortelã. Já salvei uma paciente com água saborizada com hortelã. Aviso: é necessário saber fazer a mistura.

Ela comia salada crua, frutas e derivados de leite à noite, bem como tomava um pouco de álcool. Esse tipo de alimento é proibitivo entre 18 horas e 6 da manhã. Energeticamente falando. Estagnam a energia Qi, ou energia vital. Lendo isso, um nutricionista me despachará para o Pinel. À noite, só se deve comer o que vai ao fogo. É uma questão do Yin-Yang, que eu não vou explicar, aqui.

Ministrei-lhe também açafrão, ou cúrcuma, mas tem que ser em cápsula, de 500 miligramas, três vezes ao dia, durante um mês, após o qual fazer pausa de uma semana e, se for o caso, voltar a tomá-lo. Trata-se do mais potente anti-inflamatório em a natureza. Desinflama todo o corpo e depura o sangue.

Com as agulhas e auriculoterapia, tratei as articulações inflamadas, tonifiquei energeticamente os órgãos afetados e promovi relaxamento, duas vezes por semana, durante cinco semanas. Aqui, dois acupontos são fundamentais: VG20 e Yintang, ou Terceiro Olho, além do VC17, o ponto emocional mais importante.

Também ministrei tuiná, a massagem terapêutica chinesa, massageando Paloma principalmente na nuca, testa e no chacra do peito, o timo.

A última notícia que tive de Paloma foi que estava curtindo sua casa na Ilha Grande, em Angra dos Reis, juntamente com seu filho e netos, e pintando marlins-azuis.

sexta-feira, 13 de junho de 2025

O diabo mora nos detalhes

O OLHO DO TOURO na edição da amazon.com: sequência
da trilogia que começou com O CLUBE DOS ONIPOTENTES.
O terceiro volume será publicado no ano eleitoral de 2026 

MARCOS MACHADO*

Por vezes, a verdade política se insinua com mais precisão pela ficção do que pelos noticiários. O OLHO DO TOURO, de Ray Cunha, é uma dessas obras raras que, ao se valer de personagens fictícios fortemente inspirados em figuras reais, pinta com tintas vivas os bastidores da política nacional, não com panfletarismo ou caricatura, mas com minúcia, ritmo e inteligência. É um romance que prova o velho ditado: o diabo mora nos detalhes.

A força da obra reside justamente nesse olhar atento aos pequenos vestígios que escapam aos desatentos. Um olhar torto, um gesto fora de tempo, uma escolha de palavras mal calculada, e toda uma arquitetura de mentira desmorona. É nesse ponto que a trama se ergue: como uma rede de intrigas políticas, onde a vaidade, a corrupção, o jogo de poder e as alianças escusas não são o pano de fundo, mas o próprio enredo. Cada detalhe é uma chave, e cada chave abre portas que o leitor talvez preferisse manter trancadas.

Ray Cunha traça um retrato firme e dinâmico da política brasileira contemporânea, jogando luz sobre os bastidores, os conchavos e as conspirações que moldam não apenas governos, mas também a percepção pública. Em meio a esse emaranhado, o autor constrói uma narrativa que não cede ao maniqueísmo barato, mas que sabe reconhecer — ao final — a necessidade moral do triunfo do bem sobre o mal, e o faz com naturalidade, sem didatismo nem soluções mágicas.

O OLHO DO TOURO é, também, uma alegoria sobre vigilância, sobre o olhar que tudo vê, que tudo grava, que tudo deduz. A metáfora do “olho” que observa, detecta e denuncia, é uma ode à inteligência e à sensibilidade, atributos muitas vezes deixados de lado em narrativas políticas. Aqui, eles são protagonistas invisíveis.

O romance acerta ao unir ação, análise política e psicologia dos personagens, num equilíbrio que evita tanto o sensacionalismo quanto a frieza. O leitor se vê envolvido por uma trama que, ainda que ficcional, ressoa com a história recente do Brasil, e talvez por isso, seja tão inquietante quanto real.

Ao final, como todo bom thriller político, o mal é desmascarado, mas mais do que isso: O Olho do Touro mostra que, na política como na vida, não é o barulho que denuncia a verdade, mas o sussurro. E que o menor dos detalhes — um simples olho fora do lugar — pode revelar a mais profunda das fraudes.

Em um tempo de narrativas rasas e análises apressadas, a obra de Ray Cunha se impõe como leitura necessária. Um lembrete literário de que, na arte de compreender o poder, os pequenos vestígios são, muitas vezes, as únicas pistas confiáveis.

O OLHO DO TOURO pode ser adquirido no Clube de Autores, amazon.com.br e amazon.com

*Jornalista profissional diplomado, editor do portal Do Plenário, escritor, psicanalista, cientista político ocasional autoproclamado, analista sensorial, enófilo, adesguiano, consultor de conjunturas e cidadão brasileiro protegido (ou não) pela Constituição Brasileira