domingo, 16 de fevereiro de 2025

A identidade carioca. O Rio é uma ilha de fantasia e Eduardo Paes é perito em circo

Distração da violência no dia 3 de maio: circo com a
cantora e atriz americana Lady Gaga em Copacabana

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 16 DE FEVEREIRO DE 2025 – As cidades são como as mulheres: misteriosas, uterinas, portos seguros, absolutamente necessárias. Existem as cidades natais, as cidades onde moramos, levados pelas circunstâncias, e as que amamos. Quando podemos morar na cidade que amamos é como viver com a mulher amada. Não importa, porém, onde moremos, devemos ser sempre gratos à cidade que nos acolhe. E por mais que não moremos na cidade que amamos, ela estará sempre lá, feérica, maravilhosa. 

Cada país tem uma cidade que todos amam, ou que, ao menos, ninguém possa ignorá-la. Por exemplo, os Estados Unidos têm Nova York; a França, Paris; a Itália, Roma; a Espanha, Madrid; a Amazônia, Belém do Pará; o Brasil, Rio de Janeiro. O fio da meada do meu romance histórico A IDENTIDADE CARIOCA é que o Rio de Janeiro foi o epicentro histórico e geográfico da formação do Brasil, da identidade brasileira. Antes dele, dizia-se que fulano era da província da Bahia, ou da província de São Paulo, ou do Grão-Pará; a partir dele, começou-se a usar o gentílico brasileiro. E para lá convergiram os grandes artistas nacionais, e continuam convergindo. 

Situado na paradisíaca Baía de Guanabara, no Atlântico, o Rio de Janeiro é o maior destino turístico brasileiro, da Ibero-América e do Hemisfério Sul. Trata-se da cidade brasileira mais conhecida no exterior, assim como um de seus bairros e praia: Copacabana. É a segunda maior metrópole do Brasil, com mais de 6 milhões de habitantes, atrás somente de São Paulo. O Rio é conhecido como Cidade Maravilhosa. Quem mora nele são os cariocas, naturais ou por adoção. 

O Rio exerce influência nacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Por ser geograficamente tão paradisíaca e culturalmente tão rica e tão difundida pelos meios de comunicação, a cidade atrai artistas, bilionários e políticos de todo o país. Seus maiores ícones – o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, Copacabana, o Maracanã, o Carnaval carioca, o samba e a bossa nova – são conhecidos mundialmente. 

Fundada pelo capitão português Estácio de Sá, em um istmo entre o Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, em 1 de março de 1565, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi, sucessivamente, capital da colônia portuguesa (1763-1815), do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), do Império do Brasil (1822-1889) e da República dos Estados Unidos do Brasil (1889-1960). 

Em 1808, o imperador Napoleão Bonaparte invade Portugal e o príncipe regente dom João foge com a rainha Carlota Joaquina de Bourbon, demente, para o Rio de Janeiro, que se converte na corte do Império Português. É aí que começa a nascer o Brasil moderno. 

De meados do século passado para cá, além de políticos corruptos, o Rio atrai também narcotraficantes e toda espécie de bandido. Hoje, mata-se turista à facada, na rua. Copacabana está tomada por moradores de rua e assaltantes. Essa é a cidade atual. 

O prefeito Eduardo Paes foi eleito quatro vezes para governar a cidade do Rio de Janeiro. Por que? Será ele o prefeito ideal para esta que é a cidade mais emblemática do país? 

Recentemente, Paes (PSD) bateu boca na internet com o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ), uma das mais lúcidas vozes da Direita, sobre segurança no Rio. Paes disse que o senador era o “rei da rachadinha” e que a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem “dedo podre”, e desafiou Flávio Bolsonaro a concorrer ao governo do Estado do Rio, em 2026. A acusação de rachadinha contra Flávio Bolsonaro foi arquivada pela Justiça. 

– Acho que você devia largar essa proteção do mandato de senador e vir disputar o governo do Estado. Para de terceirizar e vem enfrentar a disputa contra o candidato que vou apoiar. Tá com medo? Duvido você ter coragem. Já pensou se fica sem mandato, hein? – disse Paes. 

O senador havia postado uma foto do prefeito ao lado do ex-governador Sergio Cabral e do presidente Lula da Silva. Sérgio Cabral quase assalta o Estado do Rio Inteiro e o leva para um paraíso fiscal. Foi condenado a 425 anos de cadeia, mas foi solto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Quanto a Lula, calcula-se que desviou trilhões de reais. 

– Está no quarto mandato e não conseguiu resolver os problemas básicos do Rio. Só lorota! A Guarda Municipal tá largada, orientada pra dar porrada em trabalhador e multar motorista, ao invés de qualificá-la e armá-la para atuar em complemento às polícias estaduais. Quanto você investiu em segurança pública nos seus 13 anos de governo? – disse Flávio Bolsonaro. 

Pesquisa do instituto Prefab Rio dá Eduardo Paes liderando a corrida para governador, com 37,2%, em levantamento feito entre os dias 8 e 11 de fevereiro, com 2 mil eleitores em 35 cidades. Seguem-no Wladimir Garotinho (5,2%), também do PSD de Eduardo Paes, e filho dos notórios ex-governadores do Rio, Anthony e Rosinha Garotinho. Mas a pesquisa mostra alto índice de indecisos (25,2%) e votos brancos e nulos (18,6). 

Para presidente, em 2026, a pesquisa dá Jair Messias Bolsonaro na cabeça, com 41,2% das intenções de voto, enquanto o presidente Lula aparece com 21,8%. 

Segundo a pesquisa, o maior problema que o Estado enfrenta é falta de segurança pública (48,3%). A capital reflete isso. 

Voltemos a Eduardo da Costa Paes, carioca de 1969, prefeito do Rio de Janeiro de 2009 a 2017 e de 2021 até agora. Filho de pai advogado e mãe professora, formou-se bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com especialização em Políticas Públicas e Governo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Iniciou sua carreira política no início dos anos 1990, pelas mãos de Cesar Maia, prefeito do Rio durante 12 anos. Paes foi nomeado subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Em 1996, é eleito vereador pelo Partido da Frente Liberal (PFL), com a maior votação obtida por um candidato ao cargo no Brasil, 82.418 votos. Dois anos depois, elege-se deputado federal, com 117.164 votos. Filia-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); em 2001, retorna ao PFL e é nomeado secretário do Meio Ambiente da cidade do Rio durante a gestão Cesar Maia. Em 2002, é reeleito deputado federal, com 186.221 votos, e no ano seguinte filia-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). 

Em 2006, concorre ao governo do Estado, mas obtém pouco mais de 5% dos votos, no primeiro turno, e declara apoio ao peemedebista Sérgio Cabral Filho, no segundo turno. Cabral ganha e acomoda Paes na Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer. Em 2007, Paes deixa o PSDB e filia-se ao PMDB, partido pelo qual é candidato a prefeito do Rio de Janeiro, em 2008; é eleito, derrotando o ex-guerrilheiro Fernando Gabeira, do Partido Verde (PV). 

Em 2012, reelege-se no primeiro turno com 64% dos votos; em 2026, o Rio sedia  os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos. A cidade passa por profundas transformações, como a instalação de BRT e a criação do Porto Maravilha. 

Paes é sucedido por Marcelo Crivella. Em 2018, Paes é novamente candidato ao governo do estado do Rio de Janeiro, mas é derrotado por Wilson Witzel, que sofreu impeachment, em 30 de abril de 2021, por improbidade administrativa. 

Em 22 de dezembro de 2020, a Justiça decreta o afastamento e prisão de Marcelo Crivella. Assume, interinamente, Jorge Miguel Felipe. Paes concorre novamente à Prefeitura do Rio, agora pelo DEM, e vence com 64.07% dos votos (1.629.319 votos). 

Em 2024, Paes concorre ao quarto mandato e vence no primeiro turno com 60,47% dos votos válidos o candidato de Jair Bolsonaro, o deputado federal, delegado da Polícia Federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Informação (Abin), Alexandre Ramagem (PL/RJ). 

Alexandre Ramagem tinha tudo preparado, se ganhasse, para instalar uma central de inteligência para ajudar as polícias federal e estadual a combater o crime organizado no Rio, mas o carioca não quer saber disso; prefere circo. E circo é o que Eduardo Paes melhor sabe fazer. A última será a apresentação de Lady Gaga em Copacabana, no dia 3 de maio. 

– Madonna, ano passado. Este ano tem Lady Gaga – comentou Eduardo Paes. – Vai gastar dinheiro público com Lady Gaga? Vou. Com a Madonna gastei também. Sabe por quê? Porque enche todos os hotéis, enche todos os restaurantes, gera emprego. 

E a segurança? Que se foda. O Rio é isso mesmo; continua sendo a capital de um país governado por um condenado pela Justiça, a qual vem soltando bandidos perigosos, manietando as polícias e amordaçando os políticos da Direita. 

Paes precisará, para chegar ao comando do Estado, do dobro de votos para prefeito do Rio. Os fluminenses quererão Paes como governador? Ou Paes optará pelo Senado? Muita água vai rolar, até 2026. Que o digam Donald Trump e Elon Musk.

sábado, 15 de fevereiro de 2025

COP 30 em Belém do Pará mostrará ao mundo que Lula da Silva está cagando para o Brasil

Feira do Ver-O-Peso, em Belém do Pará: a Amazônia em
escala reduzida (Foto: Janaína Arielo/Ascom 
 Belemtur)

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 15 DE FEVEREIRO DE 2025 – Em evento, quinta-feira 13, em Belém do Pará, o presidente Lula da Silva declarou que para a realização da trigésima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá de segunda-feira 10 de novembro a sexta-feira 21 de novembro, em Belém, não vai “enfeitar” a cidade, não tirará moradores de rua das ruas, será “do jeito que for”. E, se não houver hotel suficiente, que as delegações durmam sob as estrelas. Segundo ele, Belém será mostrada como é. 

Disso o presidente americano, Donald Trump, está livre. Ele não irá à COP 30, pois os Estados Unidos se retiraram do Acordo de Paris. 

Lula escolheu Belém para o evento durante a COP 27, no Cairo. Segundo ele, a COP 30 em Belém permitirá que os participantes tenham uma experiência na floresta tropical e colocará Belém e o Brasil em destaque no cenário internacional. 

“Vista de madrugada, a bordo de um jato prestes a pousar no Aeroporto de Val-de-Cães, Belém emerge da baía de Guajará como uma península de luzes, cada vez mais tangível à medida que o avião se aproxima do chão, até tocá-lo, num choque no concreto, amortecido pela borracha maciça dos gigantescos pneus da aeronave. Aparentemente a cidade dorme, mas seu ventre ferve na madrugada, e escorre, cedo, na manhã, espalhando sua podridão no meio-fio das ruas e quedando-se, morto, à medida que o sol surge e os belenenses começam a se mover e a expelir dejetos. 

“Almas penadas, andarilhos da madrugada, vendedores ambulantes, mendigos, caminhantes, comerciários, povoam o Ver-O-Peso, o calçadão da Praça da República, o Terminal Rodoviário Hildegardo da Silva Nunes, a Praça do Operário, o Mercado de São Brás, a Praça Batista Campos, a Doca de Souza Franco, todos os pontos preferidos dos exilados na noite, porque, de uma forma ou de outra, esses locais lhes proporcionam luz, segurança e esperança. A periferia se move como piolho no caldeirão da manhã, a caminho do centro da cidade, nas avenidas atulhadas de carros, sob a fumaceira dos ônibus, que empesta o ar. 

“Ambulantes vendem de tudo nas suas bicicletas de padeiro, estacionadas em esquinas e calçadões estratégicos. Uma índia velha, obesa, seminua, dorme, bêbeda, sobre um banco decrépito, protegida pelas mangueiras gigantescas que pontilham a Praça da República, e pela indiferença da manhã ao triunfo do sol. O odor mefítico se espalha pela cidade, adocicado, de cavalo morto exposto ao sol e à chuva, anestesiando o olfato. Os dias amanhecem calorentos e, à tarde, chove sempre. É outubro” – assim começa o romance A CONFRARIA CABANAGEM, deste escriba. 

Belém tem bairros inteiros dentro de pântanos, trânsito infernal, é arborizada somente nos bairros centrais, seu sistema de esgoto está em colapso e suas ruas estão coalhadas de mendigos. Quem manda no Pará é a família Barbalho, que governa o Estado, a capital, tem ministro e representantes no Congresso Nacional e no Tribunal de Contas, e é dona do maior grupo de comunicação social do Estado. 

Violenta como qualquer capital do país, em 2018, Belém foi a capital brasileira com mais assassinatos do país: 77 casos para cada 100 mil habitantes. 

Fundada em 12 de janeiro de 1616, Belém já foi conhecida como capital da Amazônia, pela sua posição geográfica estratégica e economia, mas foi ultrapassada por Manaus/AM. Com um milhão e meio de habitantes, já foi chamada, no fausto da borracha, de Paris Tropical, e foi a mais urbanizada cidade brasileira. Mas, hoje, é um fantasma, se comparada ao que foi. 

Mesmo assim é uma metrópole com influência em toda a Amazônia Oriental, sobretudo em Macapá/AP, outra cidade importante da região. Também, por sediar órgãos com influência em toda a Amazônia, não perdeu o status de capital do Trópico Úmido. 

Abriga dois ícones amazônicos: o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a maior festa católica do planeta, e o Ver-O-Peso, a maior feira livre da Ibero-América, uma representação reduzida da Hileia. Quanto ao Estado do Pará, é o mais devastado da Amazônia. 

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro vinha estancando os incêndios na Amazônia, valorizando o trabalho das Forças Armadas no Calha Norte e varrendo as ONGs que vinham mamando recursos para a região. Mas Lula, que foi tirado da prisão e posto novamente no comando do país pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tirou o Calha Norte das mãos das Forças Armadas e deu sinal verde novamente para as ONGs. A Amazônia queima. E isso os doutores da COP 30 não vão ver. Pelo contrário, comerão muito camarão pitu, pirarucu, filhote ao molho de castanha-do-pará e outras iguarias que só o Pará tem.   

Dos 216 milhões de habitantes do país, 30 milhões de pessoas não têm acesso a água tratada e 109 milhões não têm acesso a instalações sanitárias domésticas. Levantamento do Instituto Trata Brasil mostrou que, em 2019, mais de 2,3 mil pessoas morreram por não terem acesso à água tratada. O Brasil despeja em a natureza 5.700 piscinas olímpicas de esgoto in natura por dia. Em Belém, Manaus e Macapá, por exemplo, há favelas em cima da merda. Macapá não tem rede de esgoto. A região Norte tem a menor cobertura de esgotamento sanitário do país. 

Todos os anos, no Brasil, descartam-se 30 milhões de toneladas de lixo a céu aberto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 15 mil pessoas morram e 350 mil sejam internadas todos os anos no Brasil devido a doenças causadas pela precariedade do saneamento básico. 

Com toda essa desgraça Lula escolheu Belém para seu circo. É verdade que o homem vem poluindo tudo, mas qualquer cientista medíocre sabe que mudança climática é natural e cíclica. Aí, a questão não é reunir todos esses doutores para comer camarão pitu, mas que os países se reúnam para amarrar um acordo jurídico-policial para pressionar gente como Lula, que não está nem aí para a Amazônia, ou para saneamento básico; está mais preocupado em fazer turismo com a primeira-dama, Janja, e em bajular ditadores e países terroristas, como o Irã. 

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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Lula não chegará ao fim do seu mandato. Se chegar, não será candidato à reeleição. Se for, com urnas auditáveis, será esmagado como rato

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 13 DE FEVEREIRO DE 2025 – O presidente Lula da Silva (PT) não chegará ao fim do seu mandato, em 2026. Se chegar, não concorrerá à reeleição. Se concorrer, e as urnas foram auditáveis, perderá até para um cachorro. Por sete razões. 

1 – Lula está com 79 anos de idade, bebeu muita cachaça e teve câncer na garganta. Isso o debilitou. 

2 – O Estado paralelo comunista que o mantinha foi estourado por Elon Musk, gênio das telecomunicações e corrida espacial, o homem mais bem-informado do planeta, braço direito do presidente americano, Donald Trump, líder supremo da Direita mundial. 

O dinheiro que vinha mantendo a Esquerda internacional, inclusive o Foro de São Paulo, era desviado da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development - Usaid), trilhões de dólares, pelos comunistas ocultos no Partido Democrata, que aparelhou a Usaid. Trump fechou a torneira. Agora, os comunistas estão sem teta para mamar, em todo o planeta, incluindo o Brasil. 

3 – Lula e sua esposa, Janja, gastam muito, e já rasparam a burra do país. Não há mais dinheiro. A inflação está batendo na porta dos brasileiros e ele está cagando para a patuleia, não está nem aí se estão comendo ou não. 

4 – Quando Lula participa de eventos públicos, em vez de povo só aparecem seguranças e funcionários públicos. 

5 – Até as ratazanas do PT, partido do presidente, estão abandonando o barco. Sintomático. 

6 – Cada vez mais aparecem provas de que quem elegeu Lula foi o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Donald Trump, Elon Musk e a Direita brasileira já colheram provas que lotariam até o Maracanã.

7 – Lula não foi inocentado dos seus crimes, mas liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de modo que poderá voltar para a jaula. Mas, se isso acontecer, já tem uma cuidadora treinada. Embora, nessas alturas, só restem os despojos dele.

Lula acha que o Amapá ainda faz parte do Pará. Mas o estado continua sendo território federal

A Margem Equatorial é a saída do Amapá do precipício petista

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 13 DE FEVEREIRO DE 2025 – O presidente Lula da Silva (PT) chega, hoje, às 11 horas, em Macapá, no Amapá. Ele acha que a OCP30 seria em Macapá e não em Belém, no Pará. De Macapá, seguirá para Belém, ainda hoje, para inspecionar, amanhã, obras da COP30, a trigésima Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém. 

Em Macapá, Lula participa da cerimônia de doação da Gleba Cumaú, em Macapá, para regularização fundiária e urbanização; inauguração do Conjunto Residencial Nelson dos Anjos; e assinatura da ordem de serviço de início das obras do Instituto Federal de Tartarugalzinho, município a 230 quilômetros de Macapá, pela BR-156. 

Acompanham Lula os ministros Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional; Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil; Esther Dweck, dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil; Jader Filho, das Cidades; Camilo Santana, da Educação; e Silvio Costa Filho, dos Portos e Aeroportos, e dos senadores Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), presidente do Senado, e Randolfe Rodrigues (PT/AP), além do governador Clécio Luis (Solidariedade/AP). 

A Lula, que não sabe distinguir o Amapá do Pará, aqui vai um breve perfil geopolítico do Amapá, meu estado natal. No meu romance ensaístico JAMBU há um breve estudo geopolítico do Amapá. Criado com terras desmembradas do Pará, em 13 de setembro de 1943, o Território Federal do Amapá, elevado a estado em 1 de janeiro de 1991, emerge do Platô das Guianas com seus 142.828.521 quilômetros quadrados, limitado a oeste e sul pelo Pará; ao norte pela Guiana Francesa; a noroeste pelo Suriname; a nordeste pelo Oceano Atlântico; e a leste pela foz do Rio Amazonas. 

Em tupi, “amapá” significa “o lugar da chuva”, ou “terra que acaba”; em nheengatu, “ilha”; em aruaque, pode se referir a “amapá” (Hancornia amapa), árvore típica da região, pertencente à família das apocináceas. 

O amapazeiro produz um fruto roxo, em formato de maçã, comestível, e a seiva do caule, conhecida como leite de amapá, é utilizada na medicina popular como fortificante e no tratamento de doenças respiratórias, anemia e gastrite; é também cicatrizante e fortificante para debilidades em geral. Árvore de até 35 metros de altura, rende madeira branca, utilizada no fabrico de caixotes. 

Os primeiros habitantes da região eram índios waiãpi, palikur, maracá-cunani e tucuju, dos troncos linguísticos aruaque e caribe. Vestígios de ocupação pré-colombiana foram registrados nos sítios arqueológicos de cerâmicas maracá-cunani e no Parque Arqueológico do Solstício, no município de Calçoene, e que data de pelo menos 2 mil anos. 

Há duas rodovias federais no Amapá: a BR-210 e a BR-156. A BR-210 é, na verdade, um embrião; conhecida como Perimetral Norte, tem pouco mais que 471 quilômetros. Começa em Macapá e vai até Serra do Navio, terminando na divisa com o Pará. Mas a rodovia que realmente tem importância para o estado é a BR-156, que começou a ser pensada em 1932. Até 1945, somente nove quilômetros foram construídos. 

Ela começa no município de Laranjal do Jari, vai até a capital do estado, Macapá, e termina no município de Oiapoque, no extremo norte. São 595 quilômetros entre Macapá e Oiapoque, e 369 quilômetros entre Macapá e Laranjal do Jari, totalizando 964 quilômetros. Jamais foi concluída, mas é trafegada, desde sempre. 

Em 2011, foi construída uma ponte binacional sobre o rio Oiapoque, ligando Macapá a Caiena, a capital da Guiana Francesa. 

Com 84 mil quilômetros quadrados, a Guiana Francesa é limitada ao norte pelo Oceano Atlântico, a leste e a sul pelo Amapá e a oeste pelo Suriname. Foi colônia francesa até 1947, quando passou a departamento ultramarino francês, com representação no Senado e na Assembleia Nacional da França, e seus cidadãos participam das eleições para presidente da França. Como integrante da União Europeia, a moeda local é o euro. O Centro Espacial de Kourou serve à Agência Espacial Europeia desde 1968. Ou seja, a Guiana Francesa é o principal território da União Europeia na América do Sul. 

Vizinho da Guiana Francesa e fazendo fronteira com um pedacinho do Amapá, fica o Suriname, antiga Guiana Holandesa, e que tem como capital Paramaribo. Com pouco menos de 165 mil quilômetros quadrados, é o menor país da América do Sul. Em 25 de novembro de 1975, deixou o Reino dos Países Baixos para se tornar um estado independente. 

Limitado a norte pelo oceano Atlântico, a leste pela Guiana Francesa, ao sul pelo Brasil, é vizinha da Guiana, antiga Guiana Inglesa, a oeste, que, por sua vez, se limita com o Brasil ao sul e sudoeste, com a Venezuela a oeste, e com o Oceano Atlântico ao norte. A Guiana, capital Georgetown, conquistou sua independência do Reino Unido em 26 de maio de 1966, constituindo-se o único estado-membro da Commonwealth na América do Sul. 

Macapá é cortada pela Linha Imaginária do Equador e banhada pelo Canal do Norte do Rio Amazonas. Enquanto o Equador é só uma linha imaginária, o Rio Amazonas é a substância da cidade. Com descarga hídrica tão gigantesca que reduz a salinidade superficial do mar, pois despeja em média 180 mil metros cúbicos de água por segundo no Atlântico, dos quais 65% via Canal do Norte – 16% da água doce vazada para os oceanos do mundo. 

Assim, o rio invade o mar com 8,6 baías de Guanabara e espantosos 3 milhões de toneladas de sedimento a cada 24 horas, ou 1,095 bilhão de toneladas por ano. O resultado disso é que a costa do Amapá continua crescendo. 

A boca do Canal do Norte, escancarando-se do arquipélago do Marajó, no Pará, até a costa do Amapá, mede em torno de 240 quilômetros, onde o Amazonas penetra cerca de 320 quilômetros no mar, atingindo o Caribe nas cheias, e, juntamente com outros gigantes do Pará e Amapá, e extensos manguezais, contribui para que a Amazônia Azul setentrional seja a costa mais rica do planeta em todo tipo de criaturas marinhas. 

Além de ser naturalmente a porta sul-americana para a Europa, via Guiana Francesa, o Amapá tem um dos mais estratégicos portos brasileiros, o Porto de Santana, na região metropolitana de Macapá. Porém o governo brasileiro, os governadores da Amazônia e a bancada amazônica no Congresso Nacional jamais observaram a importância do Porto de Santana. 

Começa que o porto é municipal, quando deveria ser federal. Trata-se de um porto com calado para qualquer tipo de navio e mais próximo dos mercados dos Estados Unidos, Europa e China. No caso da Ásia, os navios cortam caminho pelo Canal do Panamá. Mas levar o que do Amapá? O Porto de Santana pode escoar commodity e produtos industrializados de toda a Amazônia e da Região Centro-Oeste. 

Macapá possui também o aeroporto internacional brasileiro simultaneamente mais próximo dos Estados Unidos e da Europa. 

A Margem Equatorial é um campo petrolífero de 500 mil quilômetros quadrados, do litoral do Rio Grande do Norte até o Amapá, com cerca de 16 bilhões de barris de petróleo no subsolo. A exploração desse petróleo no Amapá ampliará seu PIB em 10,7 bilhões de reais, (61,2%) e gerará 53.916 postos de trabalho, de acordo com estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

O senador Lucas Barreto, do PSD, de Gilberto Kassab (Centrão/SP), dos três senadores pelo Amapá é o que mais entende de geopolítica do estado, e vem defendendo, em Brasília, a imediata exploração do petróleo do Setentrião. Juntamente com Randolfe Rodrigues, o mandato do senador Lucas Barreto (PSD) vai até 2027. 

Mas o presidente Lula da Silva e seu partido, o PT, atolaram o país em um precipício econômico maior do que a Margem Equatorial, ou da Amazônia, e o Amapá, que de fato continua sendo um território federal, aguarda, calmamente, uma oportunidade para sair desse precipício.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Não houve golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Ou melhor, houve, mas foi da Esquerda

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 12 DE FEVEREIRO DE 2025 – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB); o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho; o jurista Ives Gandra Martins; um dos mais respeitados jornalistas brasileiros, Augusto Nunes, são algumas das pessoas com legitimidade que afirmaram que não houve golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Para a Direita, houve, sim, um complô para tirar o agora presidente Lula da Silva da cadeia, condenado por 10 juízes e três desembargadores, colocá-lo de volta no Palácio do Planalto e tentar prender e, segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), assassinar na cadeia o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, líder mundial da Direita, ao lado do presidente americano Donald Trump. 

O senador Marcos do Val (Podemos/ES) tem provas robustas de que o então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, abriu a porta do Palácio do Planalto para baderneiros no 8 de Janeiro. O general sumiu. 

O complô da Esquerda tem pegadas do ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, do Partido Democrata, que abriga os comunistas americanos, e foi financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development – Usaid), aparelhada por esquerdistas. 

Representantes da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) estão no Brasil desde segunda-feira 10, até sexta-feira 14, para investigar a censura no país, presos políticos e a ditadura da toga. Vão embora daqui com um raio-X completo da situação. Não ficará só nisso, porque Donald Trump, que sabe perfeitamente o que está havendo no Brasil, quer um relatório na sua mesa, com urgência, e vai exigir sanções para desmantelar a ditadura ora instalada no Brasil. 

O passo a passo do verdadeiro golpe, ou complô: A Usaid é a maior agência oficial de ajuda humanitária do planeta, despeja trilhões de dólares para ajudar mais de 100 países em dificuldade. Criada em 1961, pelo presidente democrata John F. Kennedy, os comunistas americanos, aninhados no Partido Democrata, foram, aos poucos, aparelhando o órgão para usarem o gordo orçamento da instituição, repassando verba para ONGs e agentes, em todo o planeta, visando à lavagem cerebral e ideologização nas escolas e universidades, compra de jornalistas, censura, promoção de identidade de gênero para crianças, aborto, desarme da população, destruição da família e das religiões, criar anarquia e instalar ditaduras comunistas, o Estado totalitário. 

A coisa começou a engrossar no governo dos democratas Bill Clinton (1993-2001), Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025), que intercedeu por Lula da Silva nas eleições à Presidência da República, em 2022, no Brasil. Os comunistas se infiltraram nos três poderes, tiraram Lula da Silva da prisão e limparam sua ficha. 

Em 16 de agosto de 2022, Alexandre de Moraes assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 3 de junho de 2024, quando foi substituído pela ministra Cármen Lúcia. Lula da Silva já estava com passe livre para disputar a presidência da República contra Bolsonaro, que tentaria a reeleição. Joe Biden deu sinal verde no Brasil para a censura e prisões políticas. 

O TSE costurou a boca de Bolsonaro e dos bolsonaristas. A imprensa, principalmente a TV Globo, fez campanha cerrada a favor de Lula, inventando tudo o que não presta contra Bolsonaro, que estava proibido de se defender. Para calar a Direita, Biden usou até a Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência – CIA), apoiando o establishment da Esquerda. Alexandre de Moraes se tornou, então, acusador, policial, carcereiro, juiz e carrasco de jornalistas, parlamentares, dona-de-casa, morador de rua etc. 

Quando Lula foi diplomado presidente, no TSE, em 12 de dezembro de 2022, o ministro Benedito Gonçalves disse para Alexandre de Moraes: “Missão dada é missão cumprida”. 

Agora, Moraes acusa Bolsonaro de golpe de Estado, uma manifestação pró-Bolsonaro, em 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro estava, na ocasião, nos Estados Unidos. Nessa data, invadiram as sedes dos três poderes e promoveram um quebra-quebra. Para Moraes, foi golpe de Estado. Mandou prender mais de mil pessoas, incluindo donas de casa, velhinhas, que passaram pela Praça dos Três Poderes para ver de perto o protesto contra a posse de Lula. Moraes vem condenando essas pessoas a 17 anos da cadeia, donas de casa octogenárias. 

No 8 de Janeiro só não foi preso cachorro que porventura estivesse na Praça dos Três Poderes, pois não poderia depor contra Bolsonaro. 

Em entrevista ao jornal O Globo de 4 de janeiro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a Polícia Federal desvendou três planos contra ele.       

– Após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão – declarou Alexandre de Moraes. 

Segundo o ministro, participantes da manifestação de 8 de janeiro planejavam prendê-lo e matá-lo. 

– O primeiro plano previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição – declarou, candidamente, Alexandre de Moraes, a O Globo. – Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem – declarou. – Se tivéssemos deixado mais pessoas em frente a quartéis, poderia gerar mais violência, com mortes e distúrbios civis no país todo. Se não houvesse a demonstração clara e inequívoca de que o Supremo Tribunal Federal não iria admitir nenhum tipo de golpe, afastaria qualquer governador que aderisse e prenderia os comandantes de eventuais forças públicas que aderissem, poderíamos ter um efeito dominó que geraria caos no país. 

– Quem planejou matar Moraes e quais são as provas desse plano? – questionou o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. A Lava Jato foi uma operação do Ministério Público e Polícia Federal que esviscerou o establishment, mostrando que estava podre, mas o Supremo repôs as vísceras no lugar e costurou. – Se o ministro era a vítima desses crimes, ele não deveria se declarar suspeito de julgar quem queria matá-lo? Essas novas informações não colocam o ministro sob suspeição para julgar todos os réus do 8 de janeiro, já que, segundo entendimento do próprio STF, todos estavam ali em turba com um único objetivo de dar um golpe? Como o ministro responde às críticas de que os réus do 8 de janeiro estão sofrendo abusos judiciais, como violação do juiz natural, ausência de conexão com pessoas com foro privilegiado, prisões preventivas alongadas, ausência de provas e de individualização de condutas e penas exageradas? Aliás, até hoje o STF não apresentou uma única pessoa com foro privilegiado que tenha participado dos atos do 8 de janeiro, a fim de justificar a conexão com os demais réus sem foro privilegiado. O ministro saberia dizer quem são as pessoas com foro privilegiado que atraem a competência da corte para julgar os demais réus do 8 de janeiro? Por que o ministro não apreciou em tempo o pedido de soltura de Clezão, que tinha parecer favorável da PGR? Como responde às críticas de que a demora para decidir acarretou na morte de Clezão? Por que, logo após a morte de Clezão, o ministro soltou vários réus presos do 8 de janeiro que também tinham parecer favorável de soltura da PGR? Isso não é uma prova de que essas pessoas ficaram presas de forma excessiva e ilegal? Quando serão encerrados os inquéritos ilegais que tramitam no Supremo há mais de 5 anos? Como o ministro justifica a existência dos inquéritos após o fim dos prazos legais? E, por fim, dar entrevistas sobre casos em julgamento não gera a suspeição do juiz? Como o ministro responde a essa questão? – indagou Deltan Dallagnol. 

“Por que você está determinando tanta censura no Brasil?” – publicou, em 6 de abril de 2024, Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), dirigindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, que vem determinando, desde 2021, o bloqueio de jornalistas e políticos nas redes sociais, como os jornalistas Allan dos Santos, Paulo Figueiredo Filho, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Oswaldo Eustáquio e Monark; os deputados federais Daniel Silveira (PL/RJ), Carla Zambelli (PL/SP) e Marcel Van Hattem (Novo/RS), e o vereador Carlos Bolsonaro (PL/RJ); e o pastor evangélico André Valadão. 

Musk restabeleceu no X todas as contas suspensas por Alexandre de Moraes. No dia seguinte, um domingo, Moraes o incluiu no inquérito das milícias digitais, com multa diária de 100 mil reais para cada reativação de perfil bloqueado por decisão judicial, e procurou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para eventual bloqueio do X no Brasil, mesmo sabendo que isso acarretaria prejuízo bilionário às empresas, jornalistas e usuários em geral. 

Resposta de Musk: sugeriu a Alexandre de Moraes “renunciar ou sofrer impeachment” e ameaçou, ele mesmo, a tirar o X do Brasil. 

– Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar o acesso ao X no Brasil; como resultado, provavelmente, perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório de lá, mas os princípios são mais importantes do que o lucro – declarou Musk. 

Para Musk, Alexandre de Moraes é um “ditador que tem Lula na coleira”. 

– Precisamos levar nossos funcionários no Brasil para um local seguro ou que não estejam em posição de responsabilidade, então faremos um dump completo de dados – ameaçou. – A lei se aplica a todos, incluindo Alexandre de Moraes. Ele deveria ser julgado por seus crimes. 

– A regulamentação das redes sociais e da Inteligência Artificial é inevitável – intrometeu-se o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), acanalhado como sempre. 

Terça-feira 13 de agosto de 2024. O jornalista norte-americano Glenn Greenwald começa a publicar no jornal Folha de S. Paulo 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados por meio do WhatsApp, entre agosto de 2022 e maio de 2023, durante e depois da campanha eleitoral que levou à vitória de Lula da Silva, entre o ministro Alexandre de Moraes e seus assessores Airton Vieira, juiz instrutor no Superior Tribunal Federal (STF), e Eduardo Tagliaferro, então chefe de uma tal de Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tagliaferro foi exonerado em maio de 2023, após ser preso, acusado de violência doméstica contra a esposa. 

As mensagens mostram que Alexandre de Moraes usou o TSE de forma criminosa para investigar bolsonaristas no Supremo, inventando relatórios que incriminassem investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, para ferrar com simpatizantes de Bolsonaro. 

O ex-procurador da República (2003-2021), Deltan Martinazzo Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, que investigou crimes de corrupção na Petrobras e em outras estatais, esclareceu: “As mensagens vazadas de Alexandre de Moraes comprovam as suspeitas, que existiam desde 2019, de que o ministro Alexandre de Moraes atua como investigador, procurador e juiz, usando a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE como laranja para encomendar relatórios sobre o que gostaria de decidir, em que a iniciativa do ministro era ocultada ou disfarçada, o que pode caracterizar falsidade ideológica”. 

Moraes já tentou de tudo para justificar a prisão de Bolsonaro, inclusive de importunar baleia. Segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), Moraes quer prender o ex-presidente para o assassinarem mais facilmente na prisão. 

Em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump, do Partido Republicano, reassumiu a presidência dos Estados Unidos e empossa o gênio das telecomunicações Elon Musk no recém-criado Departamento de Eficiência Governamental, com jurisdição sobre a Usaid. Elon Musk já sabia onde estava a força da máfia comunista mundial, inclusive patrocinadora da censura no Brasil. Os trilhões de dólares que os Estados Unidos reservam para ajudar países em dificuldade, por intermédio da Usaid, eram usados pela Esquerda internacional, por meio de instituições dominadas por comunistas. 

À rede de televisão CNN, Donald Trump declarou que a Usaid é administrada “por um banco de lunáticos radicais”. Para Elon Musk, a Usaid se transformou em uma “organização criminosa”, um “ninho de vermes”. Musk acusou o órgão de apoiar “causas radicais da Esquerda ao redor do mundo, incluindo coisas que são antiamericanas”. Inclusive Musk ligou a Usaid à pandemia da covid-19. A funcionários do X, rede social da qual é dono, disse: “Vocês sabiam que a Usaid, usando seus impostos, financiou pesquisas sobre armas biológicas, incluindo a covid-19, que matou milhões de pessoas?” 

Donald Trump fechou a Usaid, expatriou imigrantes criminosos e impôs sanções econômicas a ditaduras e a Estados terroristas e narcotraficantes. 

Quanto a Lula, que acusa Trump de fascista e fanfarrão, tem um problema adicional: Hugo Armando Carvajal Barrios, EL Pollo, O Frango. Natural de Puerto La Cruz, Venezuela, onde nasceu em 1 de abril de 1960, tornou-se major-general do Exército Bolivariano da Venezuela e deputado na Assembleia Nacional pelo estado de Monagas e foi diretor geral da Contra-Espionagem Militar (DGCIM) da Venezuela, entre julho de 2004 e dezembro de 2011 e entre abril de 2013 e janeiro de 2014. Criou e dirigiu o Gabinete Nacional Contra o Crime Organizado e o Financiamento do Terrorismo. 

Em 2019, foge para a Espanha, após ter reconhecido Juan Guaidó, que ganhara as eleições contra o ditador, Nicolás Maduro, à Presidência da Venezuela. Maduro, que fraudara as eleições, acusou Pollo de “atos de traição contra o país”. Frango viajou por mar para a República Dominicana e, de lá, via aérea, para a Espanha, sob o nome falso de José Mourinho​. Em 2021, é preso na Espanha e a Venezuela pede sua extradição. Os Estados Unidos também pedem sua extradição, por crime de lavagem de dinheiro, fornecimento de armas e documentos de identidade a membros da guerrilha colombiana, as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e narcotráfico, acusado de traficar cocaína para os Estados Unidos, incluindo um carregamento de 5,6 toneladas, transportado em abril de 2006, da Venezuela para o México e de lá para os Estados Unidos. Em 19 de julho de 2023, é extraditado para os Estados Unidos.​ 

Frango afirma que dinheiro do narcotráfico financiou políticos de esquerda na América do Sul: Néstor Kirchner, da Argentina; Evo Morales, da Bolívia; Fernando Lugo, do Paraguai; Gustavo Petro, da Colômbia; ​Ollanta Humala, do Peru; e Manuel Zelaya, de Honduras, além de Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil.

Estou terminando uma trilogia sobre o momento político recente no Brasil, de forma romanceada. Dois volumes já foram publicados: O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO. O terceiro volume será publicado em 2026.

Os livros estão à venda no Clube de Autores e na Amazon.

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Randolfe Rodrigues anuncia visita de Lula ao Amapá. É a oportunidade de a Direita do Setentrião colocar a hiena velha na parede

Lula da Silva é conterrâneo de Randolfe Rodrigues, de
Garanhuns/PE, mas se uniram, garra e carne, no Amapá

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 9 DE FEVEREIRO DE 2025 – Segundo o G1, o líder do governo no Senado, o garanhuense (PE) Randolfe Rodrigues (PT/AP), anunciou, em rede social, uma visita do presidente Lula da Silva a Macapá/AP, quinta-feira 13, para entregar moradias e transferir terras da União para o Estado. 

Lula está participando até de velório, para ver se escapa de impeachment anunciado, acusado de pedalada fiscal, além da repulsa popular de que é objeto. 

Para piorar, ele xingou o presidente americano Donald Trump de nazista e fanfarrão. Trump vai dar o troco. Mandou investigar Lula para saber se ele está metido na quadrilha da Usaid, órgão americano que desviou centenas de bilhões de dólares para a Esquerda mundial, e no esquema de Hugo Pollo Carvajal, que afirmou que Lula levou dinheiro do narcotráfico. 

Será um bom momento para a Direita do Amapá cobrar da hiena velha de nove garras a alta dos preços, que está solapando a economia, seu apoio a terroristas e ditadores, seus gastos e os gastos estratosféricos da sua esposa, Janja, com dinheiro dos contribuintes, a falência dos Correios e déficit público histórico. 

Provavelmente Randolfe queira levar seu conterrâneo e chefe a Macapá para a imprensa local amiga do senador montar um altar para incensar as mentiras de Lula, já que praticamente em todo o país Lula é recebido com flores-cadáveres, que exalam o mesmo fedor pestilento da velha imprensa, ou imprensa-carniça. 

Mas será também um momento excelente para jornalistas sem rabo preso encurralarem o bicho peçonhento para ele disparar sua metralhadora diarreica e dar mais uma crivada de bala nos próprios pés, apressando, assim, o impeachment anunciado.

Se você, leitor, quiser saber o que é Macapá, o Amapá, a Amazônia e os bastidores da política, leia os seguintes romances deste autor: A CASA AMARELA, JAMBU, O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO, todos à venda no Clube de Autores e na Amazon.

sábado, 8 de fevereiro de 2025

Elon Musk estoura esquema de Alexandre de Moraes. Partido Democrata americano usa dinheiro da Usaid para eliminar Bolsonaro

O OLHO DO TOURO: a tentativa de eliminarem Jair Messias Bolsonaro,
um dos maiores líderes da Direita mundial, ao lado de Donald Trump

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 8 DE FEVEREIRO DE 2025 – Tenho ouvido amiúde que ninguém lê texto longo etc., razão pela qual não se deve escrever matérias laudatórias. Nunca me preocupei com isso. Algumas pessoas me leem, tanto como jornalista quanto como escritor, porque ficam por dentro de determinados assuntos e se divertem. Outras, como em Macapá, minha cidade natal, detestam o que escrevo, ou melhor, detestam qualquer coisa que diga respeito ao meu nome, simplesmente porque sou conservador. 

De qualquer modo, vou falar, neste artigo, sobre uma pessoa que rasgou a Constituição e age, ainda, como agente da Esquerda internacional, e que ultimamente andou pintando e bordando com aval nada menos do que de Joe Biden, ex-presidente americano, do Partido Democrata, que é o partido comunista dos Estados Unidos, usando, para isso, até a Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência – CIA) e dinheiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development – Usaid): Alexandre de Moraes. 

Contextualizando, vamos primeiramente mostrar como Moraes se tornou uma celebridade. Trecho de O OLHO DO TOURO, sequência de O CLUBE DOS ONIPOTENTES: “Porém, Lula já havia armado uma blindagem em torno de si que dificilmente seria rompida, e, novamente com urnas eletrônicas que não poderiam ser auditadas, se reelege, em 2006, e, em 2010, faz sua sucessora, a ex-guerrilheira Dilma Vana Rousseff, reeleita, com as famigeradas urnas eletrônicas, em 26 de outubro de 2014. 

“Em 2016, Dilma é afastada da Presidência da República em processo de impeachment. O PT estava fora do poder, mas Lula já havia aparelhado tudo, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF). Assume o vice-presidente, Michel Temer, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que nomeia como ministro da Justiça e Segurança Pública o professor Alexandre de Moraes, em sinal de gratidão por Moraes ter impedido a publicação de fotos da bela jovem esposa de Temer, Marcela, de lingerie. 

“Em 2016, durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o telhadista e hacker Silvonei José de Jesus Souza comprou, na Rua Santa Efigênia, epicentro do comércio eletrônico de São Paulo, um CD com informações sobre centenas de pessoas, entre as quais Marcela Temer, de quem invadiu o celular e localizou o telefone do irmão dela. Passando-se por Marcela, imitando seu estilo de texto, enviou uma mensagem ao irmão dela pedindo dinheiro emprestado para fechar um negócio. 

“O irmão de Marcela respondeu que não tinha todo o dinheiro, mas que poderia transferir 15 mil reais, e fez a transferência. Aí, Silvonei descobriu que Marcela era a esposa do vice-presidente, prestes a se tornar presidente, e então fez contato diretamente com ela, exigindo 300 mil reais para não divulgar fotos íntimas dela e mensagens comprometedoras. 

“Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública de São Paulo, ordenou ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) que resolvesse o caso para ontem. Foi criada uma força-tarefa sob o comando do delegado especial Rafael Correa. 

“Em 11 de maio de 2016, 40 policiais à paisana em 11 carros cercaram a casa de Silvonei, no bairro de Heliópolis, em São Paulo, e prenderam a mulher dele, no momento em que ela saía para levar o filho para a creche. Pegaram o telefone dela e enviaram uma mensagem a Silvonei, identificando sua localização, e o prenderam também. Ambos foram levados para a cadeia, após decisão do juiz que coordenava o Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), Antônio Carlos Patiños Zorz, que escreveu, no mandado de prisão, que o casal mantinha uma “organização notável”, em uma cidade que é “fértil campo para que marginais da pior espécie disseminem o terror, a violência e a maldade”. 

“O chantagista foi preso em 40 dias e as fotos de Marcela jamais vieram a público. O processo correu a mil por hora e a sentença foi exagerada: 5 anos, 10 meses e 25 dias no presídio de Tremembé, em regime fechado, condenado por estelionato e extorsão. 

“Quando Silvonei foi preso, Michel Temer estava quase para assumir a Presidência da República, e, quando assumiu, foi grato a Alexandre de Moraes, dando-lhe o Ministério da Justiça e, depois, o Supremo Tribunal Federal. Michel Temer e Alexandre de Moraes já eram velhos conhecidos, havia mais de 20 anos. 

“Alexandre de Moraes foi promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, de 1991 a 2002; secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, nomeado pelo governador Geraldo Alckmin, de 2002 a 2005; e secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, de 2014 a 2016, nomeado novamente pelo governador Geraldo Alckmin. 

“Em 12 de maio de 2016, Alexandre de Moraes assume o Ministério da Justiça. Em 2017, Temer indica Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga do ministro Teori Zavascki, que morrera em acidente aéreo desconcertante, em 19 de janeiro de 2017. Em 1 de janeiro de 2019, Temer passa a faixa para o conservador Jair Messias Bolsonaro, que estanca a roubalheira sistemática a que o país vinha sendo submetido”. 

Em 16 de agosto de 2022, Alexandre de Moraes assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 3 de junho de 2024, quando foi substituído pela ministra Cármen Lúcia. Nesse meio tempo, Lula da Silva tinha sido tirado da cadeia com passe livre para disputar a presidência da República contra Bolsonaro, que tentaria a reeleição. Só que o TSE costurou a boca dele e dos bolsonaristas. E a imprensa, principalmente a TV Globo, fez campanha cerrada a favor de Lula, inventando tudo o que não presta contra Bolsonaro, que estava proibido de se defender. 

Quando Lula foi diplomado presidente, no TSE, em 12 de dezembro de 2022, o ministro Benedito Gonçalves disse para Alexandre de Moraes: “Missão dada é missão cumprida”. 

Aqui, faço um parêntese para explicar para que serve o TSE. Durante o Império, no século XIX, quem mandava no Brasil eram oligarcas e eleições eram absolutamente corrompidas por eles, que elegiam quem eles quisessem. Foi assim que começou a florescer a ideia de um órgão com poder suficiente para garantir lisura nos pleitos políticos, basicamente alistando os eleitores, além de julgar processos eleitorais. 

Mas só em 1832 é que foi criado o primeiro Código Eleitoral e a Justiça Eleitoral, responsável pelo alistamento dos eleitores, organização das mesas de votação, apuração dos votos e reconhecer e proclamar os candidatos eleitos. A coisa cresceu, com a cúpula do sistema encastelada no Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, responsável pela organização nacional das eleições, com orçamento, em 2024 (sentem-se para não cair), de 11,8 bilhões de reais. São sete ministros em palácio. 

Alexandre de Moraes se tornou acusador, manda prender, julga e condena. Há até deputado preso por tê-lo criticado, mas tanto o Senado Federal quanto a Câmara dos Deputados estão de quatro para o supertoga. 

Moraes também acusa Bolsonaro de golpe de Estado, em 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro estava, na ocasião, nos Estados Unidos. Nessa data, baderneiros invadiram as sedes dos três poderes e promoveram um quebra-quebra. Para Moraes foi golpe de Estado. Mandou prender mais de mil pessoas, incluindo donas de casa, velhinhas, que passaram pela Praça dos Três Poderes para ver de perto o protesto contra a posse de Lula. Moraes vem condenando essas pessoas a 17 anos da cadeia, donas de casa octogenárias. 

O OLHO DO TOURO: “Em entrevista ao jornal O Globo de 4 de janeiro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a Polícia Federal desvendou três planos contra ele. 

“– Após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão – declarou Alexandre de Moraes. 

“Segundo o ministro, participantes da manifestação de 8 de janeiro planejavam prendê-lo e matá-lo.           

“– O primeiro plano previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição – declarou, candidamente, Alexandre de Moraes, a O Globo. 

“– Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem – disse Alexandre de Moraes. 

“– Se tivéssemos deixado mais pessoas em frente a quartéis, poderia gerar mais violência, com mortes e distúrbios civis no país todo. Se não houvesse a demonstração clara e inequívoca de que o Supremo Tribunal Federal não iria admitir nenhum tipo de golpe, afastaria qualquer governador que aderisse e prenderia os comandantes de eventuais forças públicas que aderissem, poderíamos ter um efeito dominó que geraria caos no país – disse. 

“– Quem planejou matar Moraes e quais são as provas desse plano? – questionou o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. A Lava Jato foi uma operação do Ministério Público e Polícia Federal que esviscerou o establishment, mostrando que estava podre, mas o Supremo repôs as vísceras no lugar e costurou. – Se o ministro era a vítima desses crimes, ele não deveria se declarar suspeito de julgar quem queria matá-lo? Essas novas informações não colocam o ministro sob suspeição para julgar todos os réus do 8 de janeiro, já que, segundo entendimento do próprio STF, todos estavam ali em turba com um único objetivo de dar um golpe? Como o ministro responde às críticas de que os réus do 8 de janeiro estão sofrendo abusos judiciais, como violação do juiz natural, ausência de conexão com pessoas com foro privilegiado, prisões preventivas alongadas, ausência de provas e de individualização de condutas e penas exageradas? Aliás, até hoje o STF não apresentou uma única pessoa com foro privilegiado que tenha participado dos atos do 8 de janeiro, a fim de justificar a conexão com os demais réus sem foro privilegiado. O ministro saberia dizer quem são as pessoas com foro privilegiado que atraem a competência da corte para julgar os demais réus do 8 de janeiro? Por que o ministro não apreciou em tempo o pedido de soltura de Clezão, que tinha parecer favorável da PGR? Como responde às críticas de que a demora para decidir acarretou na morte de Clezão? Por que, logo após a morte de Clezão, o ministro soltou vários réus presos do 8 de janeiro que também tinham parecer favorável de soltura da PGR? Isso não é uma prova de que essas pessoas ficaram presas de forma excessiva e ilegal? Quando serão encerrados os inquéritos ilegais que tramitam no Supremo há mais de 5 anos? Como o ministro justifica a existência dos inquéritos após o fim dos prazos legais? E, por fim, dar entrevistas sobre casos em julgamento não gera a suspeição do juiz? Como o ministro responde a essa questão? – indagou Deltan Dallagnol. 

“Moraes já acusou Bolsonaro de tudo, inclusive de importunar baleia, no afã de prendê-lo. Segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), Moraes quer prender Bolsonaro para que ele morra na prisão”. 

Em 20 de janeiro deste ano, toma posse na Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, do Partido Republicano, que abriga a Direita americana. Trump convidou o gênio das telecomunicações Elon Musk para comandar o Departamento de Eficiência Governamental, com jurisdição sobre a Usaid, porque Elon Musk já sabia onde estava a força da máfia comunista mundial, inclusive patrocinadora da censura no Brasil. 

A Usaid é a maior agência oficial de ajuda humanitária do planeta, atuando em mais de 100 países. Criada em 1961, pelo presidente democrata John F. Kennedy, despeja trilhões de dólares para ajudar países em dificuldades. Os comunistas americanos, aninhados no Partido Democrata, foram, aos poucos, aparelhando o órgão, para usarem o gordo orçamento da instituição, repassando verba para ONGs e agentes, em todo o planeta, visando criar anarquia, instaurar censura, desarmar a população, destruir a família e instalar ditaduras comunistas. 

A coisa começou a engrossar no governo dos democratas Bill Clinton (1993-2001), Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025). Foi Joe Biden que deu sinal verde no Brasil, e Donald Trump já tem provas disso. Durante seu governo, a censura campeou no Brasil e houve prisões políticas, sem provas nem legitimidade. 

O OLHO DO TOURO: “Por que você está determinando tanta censura no Brasil?” – publicou, em 6 de abril de 2024, Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), dirigindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, que vem determinando, desde 2021, o bloqueio de jornalistas e políticos, como os jornalistas Allan dos Santos, Paulo Figueiredo Filho, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Oswaldo Eustáquio e Monark; os deputados federais Daniel Silveira (PL/RJ), Carla Zambelli (PL/SP) e Marcel Van Hattem (Novo/RS), e o vereador Carlos Bolsonaro (PL/RJ); e o pastor evangélico André Valadão. 

“Musk restabeleceu todas as contas suspensas por Alexandre de Moraes. No dia seguinte, um domingo, Moraes o incluiu no inquérito das milícias digitais, com multa diária de 100 mil reais para cada reativação de perfil bloqueado por decisão judicial, e procurou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para eventual bloqueio do X no Brasil, mesmo sabendo que isso acarretaria prejuízo bilionário às empresas, jornalistas e usuários em geral. 

“Resposta de Musk: sugeriu a Alexandre de Moraes “renunciar ou sofrer impeachment” e ameaçou, ele mesmo, a tirar o X do Brasil. 

“– Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar o acesso ao X no Brasil; como resultado, provavelmente, perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório de lá, mas os princípios são mais importantes do que o lucro – declarou Musk. 

“Para Musk, Alexandre de Moraes é um “ditador que tem Lula na coleira”. 

“– Precisamos levar nossos funcionários no Brasil para um local seguro ou que não estejam em posição de responsabilidade, então faremos um dump completo de dados – ameaçou. – A lei se aplica a todos, incluindo Alexandre de Moraes. Ele deveria ser julgado por seus crimes. 

“– A regulamentação das redes sociais e da Inteligência Artificial é inevitável – intrometeu-se o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), acanalhado como sempre. 

“Terça-feira 13 de agosto de 2024. O jornalista norte-americano Glenn Greenwald começa a publicar no jornal Folha de S. Paulo 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados por meio do WhatsApp, entre agosto de 2022 e maio de 2023, durante e depois da campanha eleitoral que levou à vitória de Lula da Silva, entre o ministro Alexandre de Moraes e seus assessores Airton Vieira, juiz instrutor no Superior Tribunal Federal (STF), e Eduardo Tagliaferro, então chefe de uma tal de Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tagliaferro foi exonerado em maio de 2023, após ser preso, acusado de violência doméstica contra a esposa. 

“As mensagens mostram que Alexandre de Moraes usou o TSE de forma criminosa para investigar bolsonaristas no Supremo, inventando relatórios que incriminassem investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, para ferrar com simpatizantes de Bolsonaro. 

“O ex-procurador da República (2003-2021), Deltan Martinazzo Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, que investigou crimes de corrupção na Petrobras e em outras estatais, esclareceu: “As mensagens vazadas de Alexandre de Moraes comprovam as suspeitas, que existiam desde 2019, de que o ministro Alexandre de Moraes atua como investigador, procurador e juiz, usando a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE como laranja para encomendar relatórios sobre o que gostaria de decidir, em que a iniciativa do ministro era ocultada ou disfarçada, o que pode caracterizar falsidade ideológica”. 

Quanto a Lula, que acusa Trump de fascista e fanfarrão, tem um problema adicional. O OLHO DO TOURO: “Hugo Armando Carvajal Barrios, EL Pollo, O Frango, nasceu em Puerto La Cruz, Venezuela, em 1 de abril de 1960. Major-general do Exército Bolivariano da Venezuela e deputado na Assembleia Nacional pelo estado de Monagas, foi diretor geral da Contra-Espionagem Militar (DGCIM) da Venezuela, entre julho de 2004 e dezembro de 2011 e entre abril de 2013 e janeiro de 2014. Criou e dirigiu o Gabinete Nacional Contra o Crime Organizado e o Financiamento do Terrorismo. 

“Em 2019, foge para a Espanha, após ter reconhecido Juan Guaidó como presidente da Venezuela. O ditador, Nicolás Maduro, fraudara as eleições. Maduro acusou Pollo de “atos de traição contra o país”. Frango viajou por mar para a República Dominicana e de lá para a Espanha, via aérea, sob o nome falso de José Mourinho​. Em 2021, é preso na Espanha e a Venezuela pede sua extradição. Os Estados Unidos também pedem sua extradição, por crime de lavagem de dinheiro, fornecimento de armas e documentos de identidade a membros da guerrilha colombiana, as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), e narcotráfico, acusado de traficar cocaína para os Estados Unidos, incluindo um carregamento de 5,6 toneladas, transportado em abril de 2006, da Venezuela para o México e de lá para os Estados Unidos. Em 19 de julho de 2023, é extraditado para os Estados Unidos.​ 

“Frango afirma que dinheiro do narcotráfico financiou políticos de esquerda na América do Sul, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva; Néstor Kirchner, da Argentina; Evo Morales, da Bolívia; Fernando Lugo, do Paraguai; Gustavo Petro, da Colômbia; ​Ollanta Humala, do Peru; e Manuel Zelaya, de Honduras”. 

Esclareço que tudo o que foi dito nesta matéria é fruto de análise do que já foi denunciado e publicado, não pela imprensa-carniça, mas por jornalistas do nível de Augusto Nunes, Paulo Figueiredo, Allan dos Santos etc., e parlamentares com a fibra de Gustavo Gayer (PL/GO), Nikolas Ferreira (PL/MG), Eduardo Bolsonaro (PL/SP) etc.