RAY CUNHA
BRASÍLIA,
18 DE OUTUBRO DE 2022 – O CLUBE DOS ONIPOTENTES é um romance ensaístico com
personagens de ficção e reais, vivas, mortas e mortas-vivas, como no romance de
Rubem Fonseca, Agosto, que tem como pano de fundo o suicídio do ditador
Getúlio Vargas. O CLUBE se debruça na gênese do comunismo e seu principal
agente no Brasil: Lula, que, em uma década e meia, saqueou o país e aparelhou profundamente
o Estado. Lula quer voltar à cena do crime, agora, em 30 de outubro, mesmo
fedendo a carniça. O trecho de O CLUBE, a seguir, traça um perfil avassalador
da história de Lula e sua missão diabólica de destruir o Brasil.
Na América Latina, os comunistas tiveram
inicialmente um obstáculo: a maioria dos trabalhadores era composta de
católicos praticantes, que não aceitavam o ateísmo contido no Marxismo. Assim,
os comunistas foram se infiltrando primeiramente nos países com menor
resistência religiosa: Argentina e Chile, e, em 1922, era fundado o Partido
Comunista do Brasil (PCB), após os PCs da Argentina e do Chile.
Lênin morreu
em 1924 e seu sucessor, Josef Stalin, no fim da Segunda Guerra Mundial,
abocanhou quase todo o Leste Europeu e um terço da Alemanha. Stalin também
viria a criar uma camuflagem para as atividades revolucionárias mundo afora:
cada partido comunista, nos diversos países capitalistas, deve adotar
diferentes nomes, como partido trabalhista, partido marxista etc. Para Stalin,
o nome não era importante, e sim a missão deles, considerando as
características de cada país. Foi quando partidos e outras organizações
comunistas em todo o mundo começaram a se apresentar com outros nomes,
enganando os desavisados. Assim, um partido de trabalhadores, ou um sindicato,
poderia muito bem ser de orientação comunista sem denunciar-se. Era o disfarce
ideal aos lobos comedores de ovelhas, disfarçarem-se de ovelha, caso do Partido
dos Trabalhadores, o PT. A esse tipo de guerra entre comunistas e capitalistas
foi que o escritor George Orwell chamou, em 1945, de Guerra Fria, a guerra não
declarada da URSS contra seus vizinhos europeus e contra os EUA, tencionada
pelo receio de uma Terceira Guerra Mundial, nuclear, o Armagedom. Mas essa
tensão, que se concentrou entre a União Soviética e os Estados Unidos, a partir
de 1947, foi aliviada, em 1991, com o desmoronamento da União Soviética,
simbolizado pela queda do Muro de Berlim, até então com parte da cidade
dominada pelos soviéticos. Mas nesse meio tempo os soviéticos conquistaram
Cuba, no Caribe, a poucos quilômetros dos Estados Unidos, por meio da revolução
comandada por Fidel Castro, que acabou seduzido pelo marxismo-leninismo,
transformando a ilha caribenha em uma ponta-de-lança da União Soviética na
Ibero-América, fomentando revoluções armadas nos países da região. Resultado:
diversos países com forças armadas de formação anticomunista instalaram regimes
autoritários, incluindo o Brasil, para se defender de um exército de milhares
de revolucionários e militantes de organizações marxista-leninistas que pegaram
em armas para instalar a ditadura do proletariado, embora muitos deles aleguem
cinicamente que lutavam pelo retorno da democracia. Alguns poucos desses
militantes comunistas, mais honestos, desmentem essa inverdade e assumem que
seu objetivo era instalar um regime comunista sob orientação da URSS, da China
ou de Cuba, de acordo com a organização a que pertenciam. Assim, existe um
grande engodo por parte de muitos comunistas, que, com receio ou vergonha do
passado assassino de sua ideologia, apresentam-se como se fossem socialistas
fabianos, algo mais palatável.
O argentino
Ernesto Che Guevara criou um pensamento redondo sobre isso: “Nós, socialistas,
somos mais livres porque somos mais perfeitos; somos mais perfeitos porque
somos mais livres”. Disse mais: “Na verdade, se o próprio Cristo estivesse no
meu caminho, eu, como Nietzsche, não hesitaria em esmagá-lo como um verme”.
Os crimes do
comunismo não são segredo para mais ninguém, exceto para quem faz ouvido mouco
e fecha os olhos para a liberdade. Portanto, os que o apoiam ou omitem – seja
por ingenuidade ou ignorância, sentimentalismo, convicção ou pelo genuíno
desejo dos jovens de transformar o mundo – são cúmplices morais desses crimes e
de seus executores. Diz o cientista político Max Weber: a política não é lugar
para quem não tem uma perspectiva adequada da realidade. Muito pior do que
demonizar o bem é santificar o mal.
Em 2 de abril
de 1989, o líder soviético Mikhail Gorbachev desembarcou em Havana, onde disse
para Fidel Castro que a União Soviética não poderia mais pôr no seu bolso os 10
bilhões de dólares que há décadas vinha pagando à Cuba, para manter o enclave
soviético nas costas dos Estados Unidos. A União Soviética agonizava, vítima do
próprio comunismo. Fidel empalideceu, pois se acostumara a mamar, tornando-se,
graças ao comunismo, em um dos maiores playboys do mundo. E agora, como
sustentar seu vidão, com sua máfia sediada em Cuba, a Disneylândia das
esquerdas na América Latina? Fidel Castro não demoraria a descobrir: acobertado
pela celebridade internacional do seu nome, como o revolucionário que desafiou
os Estados Unidos, fez um pacto com traficantes de cocaína da Colômbia para que
Cuba se tornasse o principal entreposto comercial da droga rumo os Estados
Unidos. Mas foi desmascarado pela Drug Enforcement Administration (DEA, órgão
do Departamento de Justiça dos Estados Unidos responsável pelo controle e
combate das drogas); vários cubanos detidos confessaram como o esquema operava.
As investigações da DEA conduziram ao Cartel de Medellín e ao governo cubano.
John Jairo Velásquez, o Popeye, homem de confiança tanto de Fidel como de Pablo
Escobar no Cartel de Medellín, fez um relato minucioso sobre o envolvimento dos
irmãos Castro com a droga de Pablo Escobar à jornalista Astrid Legarda, que
escreveu o livro El Verdadero Pablo. Popeye assegura que Raúl Castro,
irmão do ditador de Cuba e que o sucederia na chefia da ditadura cubana, era
quem recebia os carregamentos de drogas, pois era então o comandante das Forças
Armadas. Eram embarcados de 10 a 15 toneladas de droga em cada operação.
O historiador
britânico Richard Gott, em seu livro Cuba – Uma Nova História, confirma
a razão que levou Fidel e Raúl Castro a se envolveram no tráfico de cocaína com
Pablo Escobar, do Cartel de Medellín. Segundo ele, Cuba estava em crise por
causa do afastamento da União Soviética. Assim, para se livrarem da prisão nos
Estados Unidos, os irmãos Castro acusaram o general Arnaldo Ochoa, herói da
revolução cubana e um dos militares mais condecorados da história do país, além
de ser um dos grandes líderes militares de Cuba, e que temiam ameaçar o
controle total dos cubanos, de ser o comandante das operações de narcotráfico
com Pablo Escobar e condenado por “alta traição à pátria e à revolução”. Assim,
os irmãos Castro matavam dois coelhos com uma só cajadada: livrava a dupla de
uma invasão americana e sua prisão e de afastar o general da sucessão de Fidel.
Ochoa foi preso, em 1989, dois meses depois da visita de Gorbachev, sob a
acusação de comandar as operações de tráfico de drogas do Cartel de Medellín, e
foi fuzilado.
Mario Riva,
ex-tenente-coronel do Exército cubano e que hoje vive em Portugal, afirma que
Arnaldo Ochoa foi usado como bode expiatório, que Fidel aproveitou para se
livrar dele devido às críticas que vinha fazendo ao regime. Arcou com o narcotráfico
autorizado pelo regime possivelmente para salvar a vida de seus familiares.
Riva disse ao jornal Diário de Notícias, de Portugal, em sua edição de
13 de julho de 2009, que Tony La Guardia, também executado, estava envolvido no
tráfico. Tony: “Eu tinha conhecimento dos aviões que aterravam em Cuba vindos
da América Central, mas Ochoa não”. No livro El Magnífico — 20 Ans au
Service Secret de Castro, Juan Vivés, ex-agente do serviço secreto cubano,
afirma que Raúl Castro era o chefe do acordo com Pablo Escobar. Vivés revelou,
também, que Raúl mantinha relações com narcotraficantes das Farc e que os
sandinistas da Nicarágua também estavam envolvidos com o tráfico, por meio do
capitão cubano Jorge Martínez, subalterno de Ochoa e contato entre Raúl Castro,
o ex-presidente nicaraguense Daniel Ortega e Pablo Escobar.
Fidel Castro,
“um homem dominado pela febre do poder absoluto e pelo desprezo ao povo
cubano”, segundo o cubano Juan Reinaldo Sánchez, guarda-costas de Fidel por 17
anos, precisava pensar em novo meio de manter sua boa vida. E que tal sua
própria União Soviética? A solução: o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva,
também ególatra, narcisista e ávido por poder e fama, e que, se bem trabalhado,
tinha potencial para se tornar presidente do Brasil, o celeiro do mundo e maior
país da Ibero-América, um continente que poderia se tornar a União Soviética
tropical, um grande puteiro das esquerdas. Era só criarem um organismo que, a
exemplo do Comintern de Lênin, serviria para apoiar movimentos comunistas em
todo o continente, para o que só precisariam criar uma base de apoio confiável
e com gente confiável: o Brasil de Lula. E assim foi criado o ninho das
serpentes: o Foro de São Paulo.
Disse Winston
Churchill: “A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide
pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas
gerações”. O companheiro brasileiro de Fidel Castro, Lula, e seus principais
assessores do PT, principalmente seu arquiteto político, José Dirceu de Oliveira
e Silva, eram os demagogos perfeitos. Quando Lula foi empossado presidente da
República, em 2003, o chefe da Casa Civil, José Dirceu, deixou escapar que eles
tinham um projeto de poder que iria ser desenvolvido por no mínimo 30 anos,
quando o Brasil já seria, então, uma potência comunista. Fidel não perdeu tempo
e começou a financiar a besta de sete cabeças, dez chifres, nove dedos, o
Anticristo. A besta, que parece um homem comum, é um molusco, lula ou calamar
cefalópode, com nove tentáculos com ventosas. Mestre do mimetismo, muda de cor
como camaleão, camuflando-se e fazendo-se passar por cordeiro. É venenosa. Sua
origem é a miséria e a ignorância, e seu destino, servir, como instrumento sob
medida, para a instalação do comunismo na Pátria do Cristo.
A missão de Grigori Yefimovich Raspútin – o lobo que se escondia na pele
de cordeiro –, lançar as bases para a instalação do comunismo, foi um sucesso.
Despojado do seu corpo, Raspútin reencarnaria no Brasil, onde começaria um
encosto em uma criatura sem caráter.
Luiz Inácio
Lula da Silva, nasceu Luiz Inácio da Silva, mais conhecido como Lula, em 27 de
outubro de 1945, em Caetés, Pernambuco, até 1963 um distrito do município de
Garanhuns. Foi o sétimo dos oito filhos dos lavradores Aristides Inácio da
Silva e Eurídice Ferreira de Melo. A poucos dias para Eurídice dar à luz,
Aristides foi tentar a vida em Santos/SP, levando consigo uma prima de
Eurídice, Valdomira Ferreira de Góis, com quem teve mais 10 filhos, que,
somados aos 12 que teve com Eurídice, são 22 filhos conhecidos.
Lula tinha 7
anos, em dezembro de 1952, quando Eurídice foi atrás de Aristides, que morava
no distrito de Vicente de Carvalho, então denominado Itapema, no município de
Guarujá, onde as duas famílias se acomodaram. Mas Eurídice não aguentou muito
tempo se mudou para um casebre perto de Aristides e, em 1954, mudou-se para a
capital, São Paulo, para um cômodo atrás de um bar na Vila Carioca. Lula e seu
irmão José Ferreira de Melo, o Frei Chico, continuaram com o pai, até 1956,
quando se mudaram também para São Paulo. Lula foi alfabetizado no Grupo Escolar
Marcílio Dias, no Guarujá, apesar de seu pai, analfabeto, achar que seus filhos
não deveriam ir à escola, mas apenas trabalhar. Aristides morreu em 1978 e foi
enterrado como indigente.
Depois de
fazer todo tipo de biscate, em 1961, Lula conseguiu concluir um curso de
tornearia mecânica no Senai Conde José Vicente de Azevedo, no bairro do
Ipiranga. Aos 16 anos, conseguiu emprego em uma siderúrgica que produzia
parafusos, onde, em 1964, esmagou seu dedo mindinho esquerdo em um torno
mecânico. Teve que esperar horas pelo dono da fábrica para levá-lo a um médico,
que optou por amputar o dedo. Foi indenizado com 350 mil cruzeiros e deixou a
empresa com 11 meses de casa. Com o dinheiro comprou um terreno para si e
móveis para sua mãe. Voltou a viver de bicos, até 1966, quando foi admitido nas
Indústrias Villares, metalúrgica em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Em 1968, seu
irmão José Ferreira da Silva, o Frei Chico, militante do Partido Comunista
Brasileiro (PCB) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul,
convenceu Lula a filiar-se ao Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do
Campo e Diadema e, no ano seguinte, a integrar a chapa vitoriosa para a
diretoria do sindicato, como suplente. Em 1972, Lula se elege primeiro
secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema,
assumindo, depois, a Diretoria de Previdência Social e FGTS, cessando, a partir
de então, suas atividades de operário. Em 1973, fez um curso sobre sindicalismo
nos Estados Unidos. Em 1975, é eleito presidente do sindicato e, em 1977, ganha
projeção nacional ao liderar a reivindicação de reposição salarial pelo índice
de inflação de 1973, após o governo reconhecer que aquele índice havia sido maior
do que o inicialmente divulgado. Era a Ditadura dos Generais (1964-1985) e
vigia o Ato Institucional número 5, o AI-5, e o governo não cedeu ao pleito.
Reeleito em 1978, Lula já era conhecido como líder absoluto das negociações
salariais e as greves de metalúrgicos do ABC, que recrudesceram.
Em 1980, no
governo do general João Batista Figueiredo, o Sindicato dos Metalúrgicos de São
Bernardo do Campo sofreu intervenção durante uma greve no ABC paulista e Lula
foi detido por 31 dias nas instalações do Departamento de Ordem Política e
Social (Dops) paulista, e, em 1981, condenado pela Justiça Militar a três anos
e meio de detenção por incitação à desordem coletiva. Recorreu no ano seguinte
e foi absolvido. Nesse meio tempo, ele já pensava em fundar um partido
político. Foi assim que se juntou a sindicalistas, intelectuais e
representantes dos movimentos sociais e católicos militantes da Teologia da
Libertação para criar o Partido dos Trabalhadores (PT), do qual se tornou dono.
Em 1982, Lula
se candidatou ao governo de São Paulo e perdeu. Foi naquele ano que alterou
judicialmente seu nome de Luiz Inácio da Silva para Luiz Inácio Lula da Silva,
pois a legislação vigente proibia o uso de apelidos pelos candidatos. Em 1984,
tornou-se uma figura popular, ao lado de Ulisses Guimarães, Fernando Henrique
Cardoso, Eduardo Suplicy, Tancredo Neves, entre outros, na campanha Diretas Já,
pelo fim da Ditadura dos Generais e eleições presidenciais diretas. Em 1986,
elege-se deputado federal por São Paulo, com a maior votação para a Câmara
Federal até aquele momento, e participa da elaboração da Constituição Federal
de 1988, e para a qual é favorável à estatização do sistema financeiro, à
limitação do direito de propriedade privada, ao aborto, à criação de um fundo
de apoio à reforma agrária e ao rompimento de relações diplomáticas com países
que adotassem políticas de discriminação racial.
Em 9 de
novembro de 1989, um acontecimento abalou o mundo comunista: a queda do Muro de
Berlim, o fim da Guerra Fria e a reunificação da Alemanha, em outubro de 1990.
O muro foi demolido literalmente durante os dias e semanas seguintes a 9 de
novembro, em toda a fronteira das duas Alemanhas. O Portão de Brandemburgo no
Muro de Berlim foi aberto em 22 de dezembro de 1989, ocasião em que o chanceler
da Alemanha Ocidental, Helmut Kohl, atravessou o portão e foi recebido pelo
primeiro-ministro da Alemanha Oriental, Hans Modrow. Em 1 de julho de 1990, a
Alemanha Oriental adota a moeda da Alemanha Ocidental. Em 1992, o muro todo
desapareceu, reunificando as Alemanha.
Também em
1989, foi realizada a primeira eleição direta para presidente da República
desde o golpe militar de 1964. Lula se candidatou e ficou em segundo lugar,
perdendo para Fernando Collor de Mello, do Partido da Renovação Nacional (PRN).
O mais influente jornalista à época, Paulo Francis, chamou Lula de “ralé” e
“besta quadrada”, profetizando que se ele chegasse ao poder o país viraria uma
“grande bosta”. Mas Lula se tornou mais conhecido ainda do povão e solidificou
sua liderança no PT, além do prestígio internacional que granjeou com a
fundação do Foro de São Paulo, em São Bernardo do Campo, em 1990, a galinha de
ovos de ouro de Fidel Castro.
Tudo começou
com o Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe,
organizado pelo PT, de 1 a 4 de julho de 1990, no extinto Hotel Danúbio, na
cidade de São Paulo, com representantes de 48 partidos e organizações de 14
países latino-americanos e caribenhos, visando debater a nova conjuntura
internacional pós-queda do Muro de Berlim e elaborar estratégias face ao
embargo dos Estados Unidos a Cuba. Estava criado o ninho das serpentes. No ano
seguinte, o encontro foi realizado na Cidade do México, com a participação de
68 organizações e partidos políticos de 22 países. Na ocasião, o encontro se
tornou conhecido como Foro de São Paulo. Em 1993, já em Havana, o encontro
reunia 30 países e várias organizações de esquerda. As reuniões são realizadas
a cada um ou dois anos, em diferentes países da América Latina. A Declaração de
São Paulo, documento aprovado no fim do primeiro encontro, ressalta que o
objetivo do foro é avançar na luta anti-imperialista e popular no após queda do
Muro de Berlim.
Reunido em
Havana, em julho de 1993, o Foro de São adotou uma orientação fundamental
naquele momento: a concentração de esforços para eleger Lula presidente da
República, para o Brasil dar suporte à futura União das Republiquetas
Socialistas da América Latina (Ursal), denominação criada pela socióloga Maria
Lucia Victor Barbosa, para criticar a ideia ao fazer uma analogia à URSS. Ou a
Pátria Grande, denominação dada por Manuel Ugarte para designar a união dos
países hispano-americanos com base nas ideias de José de San Martín e Simón
Bolívar, das quais Hugo Chávez se apossou pensando numa América do Sul
comunista. Lula achou tudo isso ótimo. Não lhe interessava como ia se tornar
presidente do Brasil; muito menos o preço que os brasileiros pagariam. Tinha
certeza de uma coisa: estava disposto a tudo; tudo mesmo. Duda Mendonça,
responsável pelo marketing do PT e preso por receber dinheiro do Petrolão,
ensinou: “Em comunicação, gente, o importante não é o que a gente diz, é como
as pessoas compreendem o que a gente diz”. Lula sempre prometeu combater a
corrupção, o desrespeito às leis, mas, enquanto político, jamais respeitou o
que quer que fosse; nunca soube o que é ética. O ex-ministro de Lula e de
Dilma, Antônio Palocci, condenado a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem
de dinheiro na Operação Lava Jato, confirmou à revista Veja de 7 de
dezembro de 2017 que o PT recebeu 1 milhão de dólares do ditador líbio Muamar
Kadafi, morto em 2011, para a campanha de Lula, em 2002. Kadafi foi um dos mais
sangrentos ditadores, e todo mundo sabia disso. “Eu e Palocci somos unha e
carne. Tenho total confiança nele” – disse Lula, em entrevista coletiva, em 29
de abril de 2005. Lula era fá de Kadafi, Fidel Castro e Mao Tsé-Tung. Também a
revista Veja denunciou que a campanha eleitoral de Lula recebeu 3
milhões de dólares de Cuba entre agosto e setembro de 2002. Quando o PT assumiu
o governo, chegou a hora do Brasil se transformar na burra de Cuba. Lula
importou milhares de médicos cubanos, a maioria deles nem médico era, mas quase
todos eram agentes disfarçados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) começou a financiar obras faraônicas em Cuba, que jamais pagou
um centavo sequer ao financiamento do banco. A revista Veja, edição de
12 a 16 de abril de 2002, publicou o artigo “Os tentáculos das Farc no Brasil”,
assinado pelo jornalista Policarpo Junior, o mesmo que denunciou o dinheiro
cubano para a eleição de Lula, em 2002. Policarpo se refere a documentos
produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que mostravam as
ligações das Farc com militantes petistas. Um desses documentos, de 25 de abril
de 2002, informa que no dia 13 de abril de 2002, em reunião de esquerdistas
solidários com as Farc, nos arredores de Brasília (no Clube dos Onipotentes?),
o padre Olivério Medina anunciou que sua organização, as Farc, estava fazendo
uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos do
PT. Ao todo, são seis documentos que comprovam as relações entre as Farc e o
PT; três deles faziam menção à doação dos 5 milhões de dólares, e um deles que
o dinheiro sairia de Trinidad e Tobago e chegaria às mãos de cerca de 300
empresários brasileiros, que repassariam o dinheiro ao PT. Esse assunto rolou
pelos serviços de inteligência, segurança e Congresso Nacional, mas o PT
declarou que a matéria de Veja não passava de um monte de mentira e
ficou por isso mesmo.
O Foro de São
Paulo pretende refundar, na América Latina, o que foi o Comintern, o
responsável pelo Movimento Comunista Internacional de Lênin, na antiga União
Soviética, com o objetivo de coordenar as ações das esquerdas no Continente. Em
um dos encontros daquela entidade, o ditador Fidel Castro, ao lado de Lula,
pronunciou uma frase emblemática: “Vamos reconquistar na América Latina aquilo
que perdemos no Leste Europeu” – o que seria uma resposta ao fim do comunismo
na URSS e nos demais países-satélites.
Enquanto Fidel
via nisso a oportunidade de realizar seu antigo sonho de comunizar toda a
América Latina, o megalômano Lula vislumbrava a sua chance de ser uma
personalidade internacional liderando a América Latina ao lado do seu ídolo e
guia ideológico que, conhecendo sua megalomania, havia lhe inculcado essa ideia
para usá-lo como “idiota útil”.
Mas as maiores
denúncias contra o Foro de São Paulo vieram do filósofo Olavo de Carvalho, um
conservador radical que atacou permanentemente aquela entidade em seus artigos
e vídeos. Anticomunista radical, Olavo de Carvalho escreveu o livro O mínimo
que você precisa saber para não ser idiota, uma coletânea de artigos e
ensaios organizados por Felipe Moura Brasil e que foram publicados em diversos
veículos da imprensa brasileira entre 1997 e 2013, nos quais ele denuncia as
estratégias das esquerdas comunistas para a tomada e manutenção no poder, e o
perigo que elas representam para as democracias.
Lula voltou a
se candidatar à presidência em 1994, quando foi derrotado, ainda no primeiro
turno, pelo candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB),
Fernando Henrique Cardoso, um Fabiano letrado. Em 1998, Lula foi derrotado pela
terceira vez à presidência da República, no primeiro turno, por FHC. Nas
eleições de 2002, Lula praticou um discurso capitalista, e foi apoiado, na
surdina, por FHC, que não pôde mais se perpetuar no poder, e assim foi eleito
presidente, derrotando o candidato do PSDB do próprio Fernando Henrique Cardoso,
o ex-ministro da Saúde e senador paulista, o Fabiano José Serra.
Em 1982, após
anos de militância sindical, se junta a intelectuais e militantes da Teologia
da Libertação para criar o Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi o
primeiro presidente e se tornou dono, entra nas eleições para o governo de São
Paulo e perde. Em 1984, participa ativamente da campanha Diretas Já, pela
redemocratização do país, então sob o regime da Ditadura dos Generais
(1964-1985). Em 1986, elege-se deputado federal por São Paulo com votação
histórica. Na elaboração da Constituição Federal de 1988, é favorável à
limitação do direito de propriedade privada, ao aborto e à estatização do
sistema financeiro. Em 1989, candidata-se a presidente da República e fica em
segundo lugar, perdendo para Fernando Collor de Mello. Em 1994 e em 1998, volta
a concorrer ao cargo de presidente, mas em ambos os pleitos perde para Fernando
Henrique Cardoso. Em 2002, elege-se presidente da República, e, em 2006,
reelege-se. Em 2002, a impressão que ficou é a de que Fernando Henrique
Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), um PT disfarçado,
foi mais cabo eleitoral de Lula do que de José Serra, candidato do PSDB. FHC
foi, ao lado de Lula, um dos idealizadores do Foro de São Paulo.
Lula foi
presidente da República de 1 de janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2011. Assim
que se viu no Palácio do Planalto, ficou claro o plano de Lula: aparelhar o
Estado, desarmar a população e destruir a família, para instalar uma ditadura
comunista, nos moldes do que fizeram Fidel Castro em Cuba e Hugo Chávez e
Nicolás Maduro na Venezuela. Nem a Operação Lava-Jato o fez parar. Em 2008, ao
investigar o doleiro Alberto Youssef, no Posto da Torre, de combustíveis, no
centro de Brasília, a Polícia Federal começou a desenrolar o novelo do maior
esquema já visto no planeta, de roubo, propina, corrupção ativa e passiva,
gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução da
Justiça, operação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida. A
coisa era tão grande que envolvia as mais altas autoridades de todo o país e
repasse de dinheiro até do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) para ditadores em todo o planeta. De Alberto Yousseff, passaram para
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e a outro ex-diretor da estatal,
Nestor Cerveró, que delatou outros quadrilheiros, até chegar às maiores
empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, e a um sujeito que
raspou a burra do estado do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral, e a
seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, além do ex-presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha, e dos ex-ministros da Fazenda, Antonio Palocci e
Guido Mantega, do megapublicitário João Santana, do ex-ministro-chefe da Casa
Civil, José Dirceu, eminência parda de Lula, do bilionário Eike Batista, até
chegar a Lula. Lucas calculava por alto o rombo em cerca de 13 trilhões de
reais, sendo que muito desse dinheiro estava emperrado em paraísos fiscais,
aguardando que Lula, ou o PT, voltasse a dar as cartas no Palácio do Planalto.
O negócio era tão sinistro que o relator das ações da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, morreu em um misterioso
acidente aéreo. Em 7 de abril de 2018, Lula foi preso, acusado de corrupção.
Mas em novembro de 2019 foi solto pelo Supremo Tribunal Federal, que, para
isso, liberou centenas de milhares de bandidos condenados em segunda instância.
Lula é
ignorante e preguiçoso, completamente burro, mas tem intuição para o mal, é
faminto pelo poder e absolutamente deslumbrado. Não chegou ao poder por mérito
próprio, mas sempre foi usado, e se beneficia disso, como agente de pessoas que
sabem manipular o poder, como Fidel Castro. Hoje, Lula é um papagaio que repete
a mesma ladainha que aprendeu como títere, sem se dar conta do quanto é
extemporâneo. Ele é tão alienado que em julho de 1979, ainda presidente do
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista e trabalhando na criação do Partido
dos Trabalhadores (PT), deu uma entrevista à revista Playboy na qual
revelou-se fã de Hitler, o monstro nazista que pretendia dominar o mundo, e de
Khomeini, líder da revolução xiita mulçumana, legando conflitos bélicos que
duram até hoje e atentados terroristas. A Folha de São Paulo de 21 de
abril de 1994 registra também a admiração de Lula pelo assassino em série Che
Guevara, o sanguinário Fidel Castro e o demônio chinês Mao Tsé-Tung.
Atualmente, quando alguém pergunta a Lula sobre essas declarações ele se faz de
mouco. O historiador Marco Antônio Villa, em artigo publicado em 9 de maio de
2017 no jornal O Globo, intitulado “Adeus Lula”, diz: “Na Presidência,
ele adotou como lema ter como princípio não ter princípio, repetindo o método
de dirigente sindical”. Lula é uma construção que se deslumbrou e acabou
acreditando que tem vida própria. Desmoraliza tudo em que põe seus nove dedos,
e, se o ex-presidente José Sarney é tido como o maior patrimonialista do país,
Lula o deixa no chinelo; quando saiu do Palácio da Alvorada furtou o que pode e
levou até as panelas. Discursando em comício no estado do Rio de Janeiro, em 10
de dezembro de 2017, Lula deixou estupefatos até ladrões declarados. Disse,
referindo-se aos ex-governadores fluminenses Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e
Rosinha Matheus, o seguinte: “Eu tô (sic) triste com o que está acontecendo no
Rio de Janeiro. O Rio não merece a crise que está vivendo. O Rio de Janeiro não
merece que governadores que governaram este estado, que foram eleitos
democraticamente pelo povo, estejam presos porque roubaram o povo brasileiro e
o dinheiro do povo. Eu nem sei se isso é verdade, porque não acredito em tudo o
que a imprensa fala”. Para Jorge Bessa, “Lula acredita que o fato de uma pessoa
ter sido presidente da República automaticamente a torna uma pessoa especial e
inimputável. A crença de que os políticos pertencem a uma classe especial de
pessoas é decorrente de uma visão elitista e autoritária, em que ele se
imaginava acima das leis por ser presidente e não o contrário, que era escravo
das leis. É inesquecível a defesa que ele fez do ex-presidente José Sarney, em
2009, por ocasião do escândalo dos atos secretos do Senado, que levou à
condenação pela justiça os ex-diretores daquela casa por improbidade
administrativa. Sarney escondeu atos administrativos que configuravam nepotismo
e a extensão de assistência odontológica e psicológica vitalícia a cônjuges de
ex-parlamentares, violando a Lei 8.429, de 1992, que trata da improbidade no
serviço público, classificando como contrária aos princípios da administração
pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, entre eles o de negar
publicidade aos atos oficiais”. Lula disse que “Sarney tem história no Brasil
suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum”. Antes
disso, Lula saiu em defesa do Congresso Nacional no escândalo da farra das
passagens aéreas, e revelou que usava a cota de seu gabinete, quando era
deputado, para levar sindicalistas para Brasília.
O Ato Falho
revela erros na linguagem escrita, falada e lida, esquecimentos, tropeços e
quedas, erros que, por sua vez, revelam falhas sem significado, como, por
exemplo, Chaves, o da televisão, quando diz: “Foi sem querer, querendo”, ou
seja, é inconsciente, sem querer, e consciente, querendo. Então, o ato falho é
um erro, mas também um acerto. Assim, a mente consciente se abebera na mente
inconsciente, um reservatório de sentimentos, pensamentos, impulsos e memórias,
subjacentes ao consciente. Nas suas investigações, Sigmund Freud notou que o
inconsciente influencia nosso comportamento e experiência, apesar de não
percebermos isso, ao ponto de perder a dimensão do que é realidade e do que é
fantasia, o que pode gerar mitomania, uma compulsão por contar mentiras. Esse
tipo de paciente não consegue se controlar, mentindo até sobre coisas
insignificantes, movido pela necessidade urgente de ser admirado e respeitado.
Por sua vez, isso revela sentimento de inferioridade. Lula é useiro e vezeiro
de atos falhos. Ao analisar a personalidade de Lula, o psicanalista Jorge Bessa
o classifica como narcisista, comportamento associado à vaidade, ao orgulho, à
ganância, à dominação e ao egoísmo. Lula: “Tem hora em que estou no avião e,
quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo,
crescendo... Tem hora que ocupo, sozinho, três bancos com o ego” – disse,
durante a cerimônia de posse de ministros, em 31 de março de 2010. Quando a revista
americana Time o indicou como um dos líderes mais influentes do mundo,
Lula comentou que se continuassem com o assunto seu ego “não iria caber dentro
das calças”.
O perigo é que
o narcisismo está ligado a outras patologias, como a necessidade de dominar os
demais e o sentimento de superioridade, acreditando, piamente, ser superior aos
demais e até que é imortal. É o caso de Lula, que gosta do superlativo “nunca
antes na história desse país”, para autoqualificar-se como o maior estadista
brasileiro e mais honesto até do que Jesus Cristo. Lula: “Cansei de viajar o
mundo falando mal do Brasil, gente”; “Eu mentia mesmo, falava números que não
existiam”. Jorge Bessa: “Em depoimento ao programa Papo de Graça, de 3 de
novembro de 2015, o pastor Caio Fábio faz revelações sobre sua convivência de
quase dez anos e dos muitos encontros que teve com Lula e manifesta a sua
indignação e a tristeza que sente hoje por ter ajudado a elegê-lo, ao convencer
uma parcela considerável da comunidade evangélica de que ele não era o satanás
que todos pensavam, pois, segundo Caio Fábio, 95% dos evangélicos tinham uma
total aversão a Lula, achando que era um homem do diabo. Em certo trecho da
entrevista, Caio diz que, em maio de 1998, foi procurado por Lula para mais um
encontro – eventos que se realizavam amiúde há mais de dez anos – dizendo que
precisava de sua ajuda para trazer um dossiê forjado contra o PSDB de Miami
para o Brasil e um amigo o indicou como alguém que poderia fazer isso. Mas o
mais surpreendente foi quando Lula propôs: “Pelo amor de Deus, eu tenho 35
milhões de dólares pra internar no Brasil, que o Kadafi (o falecido ditador da
Líbia) quer me doar e eu não tenho quem traga o dinheiro pra dentro (do país).
Será que um amigo seu, um empresário, não faria isso por mim, reverendo?” Caio
Fábio: “Foi tão avassalador que cheguei à conclusão, muito antes do Mensalão
acontecer, que eu estava lidando com uma quadrilha totalmente abandidada e que
tinha um discurso pra consumo em determinados nichos de interesse, enquanto tinham
uma articulação de natureza muito mais extensa e que visava um projeto de
dominação e de controle mesmo, a ponto do José Dirceu ter me dito: “No dia que
nós conseguirmos emplacar o Lula pela primeira vez na presidência da república
a gente não sai mais de lá e, se sair com brevidade, sairemos 24 anos depois,
após deixarmos tudo aparelhado”. Aparelhar o Estado significa instalar um
“companheiro” de partido ou ideologia em cargos públicos importantes, com a
exclusiva missão de atender apenas aos interesses do partido, como corromper,
roubar e matar.
Na sua
carreira, Lula não consultava ninguém ao tomar decisões, pois seu objetivo foi
sempre pôr os nove dedos na burra. O PT é sua quadrilha. Destruiu todos os
adversários dentro da própria quadrilha, impedindo que surgissem líderes
autênticos. O resultado é que o PT não tem mais ninguém para concorrer à
presidência da República. Dilma Rousseff, que é uma morta-viva, só se elegeu
presidente pela influência de Lula, e acabou enterrando o próprio Lula, porque padece
de um tipo de loucura diferente à de Lula, o completo caos mental.
E por que um
ser tão primitivo como Lula chega ao poder? – Alex perguntou-se. Bom, ele foi
usado por outras pessoas, como Fidel, mas isso só foi possível por uma razão: a
pobreza política brasileira. Alguns escolheram, para sua própria projeção e
sobrevivência, a subserviência, ou, mesmo que discreta, colaboração com Lula,
pois não tinham coragem de manifestar-se contra ele. Jorge Bessa diz, em Marxismo:
O Ópio dos Intelectoides Latino-Americanos: “Hélio Bicudo, Cesar Benjamim,
Vladimir Palmeira, Fernando Gabeira, Heloisa Helena, Paulo Delgado, Plínio de
Arruda Sampaio, a lista é interminável. Mas esses se deram conta do logro e
dele se afastaram. Mas o que dizer de uma parcela da população brasileira que,
ou por fanatismo, ou por ignorância, continua a apoiá-lo e a tê-lo como o
grande herói nacional?”
Lula lembra
Hitler, que era mais uma representação, uma impostura, do que uma
personalidade, uma realidade, e levou a Alemanha à destruição, assim como Fidel
Castro destruiu Cuba e Hugo Chávez Maduro, a Venezuela. Paul Joseph Goebbels, o
ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, fanático por Adolf Hitler, assumiu
controle absoluto da imprensa, da arte e da informação na Alemanha, e endeusou
Hitler. No Brasil, Lula comprou o filé da imprensa, ensaiou várias vezes
mantê-la sob censura, mas nunca conseguiu comprar nem censurar a banda boa da
mídia, constituída por jornalistas patriotas e competentes.
Mas como é que
um sujeito ignaro, sem a menor expressão, se torna presidente da República?
Seria porque Lula foi também construído pelo general Golbery do Couto e Silva,
o principal pensador do movimento militar de 1964? Se um líder da esquerda
fosse, no futuro, alçado à Presidência da República, desde que não fosse um
Leonel Brizola, líder comunista capaz de levar o país a uma guerra civil, mas
um líder de esquerda igual a uma nulidade, o Brasil, embora com uma
Constituição e um Supremo Tribunal Federal (STF) esquerdistas, estaria livre de
uma guerra civil. Só que a nulidade, no caso, era um ególatra e ladrão, muito,
muito ambicioso. Durante o Ato Institucional número 5, Lula liderava greves à
vontade, sem ser incomodado. Só foi preso anos depois, já sem motivo,
tornando-se “mártir da ditadura”. Leonel Brizola disse no programa Roda Viva,
de 20 de julho de 1994: “O Lula está dentro do sistema; sua mente está dentro
do sistema econômico”. Mas ficou identificado como vítima do antigo regime,
combatente pela democracia. Isso é falso. Lula fazia qualquer negócio. Foi
informante do delegado e depois senador da república Romeu Tuma, quando este
chefiava o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante o governo
militar. No livro Assassinato de Reputações: Um Crime de Estado, Romeu
Tuma Júnior, Tuminha, confirma que Lula foi de fato informante do Dops durante
o regime militar, conhecido pelo codinome Barba. Em entrevista à revista Veja
disse que Lula passava informações para o seu pai, o delegado Romeu Tuma. “O
que conto no livro é o que vivi no Dops. Eu era investigador subordinado ao meu
pai e vivi tudo isso. Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me
contou. Eu vi o Lula dormir no sofá da sala do meu pai. Presenciei tudo. O Lula
era informante do meu pai no Dops.” Na mesma entrevista, Romeu Tuma Jr.
denunciou outra faceta obscura do governo Lula, do qual foi secretário de
Justiça: a fabricação de dossiês contra adversários. Conta que recebeu ordens
para criar dossiês contra vários inimigos políticos do PT, entre os quais o
governador de Goiás, Marconi Perillo, que foi quem avisou Lula sobre o
Mensalão. O senador cearense Tasso Jereissati também foi alvo de Lula, que o
considerou adversário político perigoso. Segundo Tuminha, Lula, e o PT,
instalaram uma fábrica de dossiês. “Sempre refutei essa prática e mandei apurar
a origem de todos os dossiês fajutos que chegaram até mim. Por causa disso,
virei vítima dessa mesma máquina de difamação.” Tuminha virou perseguido quando
descobriu uma “conta do Mensalão” nas Ilhas Cayman, operada pelo então ministro
da Casa Civil, o famigerado José Dirceu. Tuminha denunciou também uma operação
para grampear todos os ministros do STF, denúncia feita anos atrás pelo então
deputado Roberto Jefferson, o homem que denunciou o Mensalão e acusou Dirceu de
chefiar a fábrica de dossiês fajutos. Isso deixa claro que Lula instalou um
estado policial, visando se perpetuar no poder. Também Lula se tornou íntimo de
ladrões famosos, como dos ex-governadores de São Paulo, Paulo Maluf, e do Rio,
Sérgio Cabral.
Em entrevista
ao jornal Folha de São Paulo, publicada em junho de 2005, o então
deputado federal e presidente do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Roberto
Jefferson, revelou a existência de um esquema de pagamento de mesada de 30 mil
reais por mês a deputados de vários partidos, o que ficou conhecido depois como
Mensalão, chefiado por José Dirceu, ministro da Casa Civil, para votarem só o
que Lula quisesse. O esquema era operado pelo então tesoureiro do PT, Delúbio
Soares, dirigentes do Banco Rural e o empresário e publicitário Marcos Valério.
O dinheiro jorrava da verba publicitária das empresas estatais, canalizados
pela agência de publicidade DNA Propaganda, de Marcos Valério. Mas Lula já
tinha comprado também o eleitor, com o programa Bolsa-Família, a mídia, com bilhões
de reais, e mentia sobre a economia da forma mais inacreditavelmente descarada,
e assim foi reeleito em 2006.
Em 11 de abril
de 2006, o procurador Geral da República denunciou 38 quadrilheiros, acusados
de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa,
gestão fraudulenta e evasão de divisas. Em julho de 2008, descobriu-se que uma
das principais fontes de recursos do Mensalão foi o Banco Opportunity, que
repassava o dinheiro para os deputados por meio da Brasil Telecom, controladora
da Telemig e da Amazônia Telecom. A Brasil Telecom injetou 127 milhões de reais
nas contas da DNA Propaganda, de Marcos Valério. Esse era o Valerioduto.
O Supremo
Tribunal Federal (STF) só começou o julgamento dos 38 réus em 2 de agosto de
2012. Na sua acusação, o ex-procurador-geral da República, Antonio Fernando de
Souza, classificou o Mensalão como uma “sofisticada quadrilha”, com a missão de
comprar apoio de partidos para o projeto político do PT e de Lula. O procurador
Geral seguinte, Roberto Gurgel, chamou o Mensalão de “o mais atrevido e
escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no
Brasil”.
Em 12 de
agosto de 2005, em pronunciamento à televisão, Lula colocou a culpa no PT: “Fui
traído. O PT tem que pedir desculpas”.
O julgamento
do Mensalão no Supremo foi de agosto de 2012 a março de 2014. Conclusão:
confirmada a existência de um esquema de compra de votos de parlamentares no
primeiro mandato de Lula; 20 pessoas condenadas à prisão e quatro a prestação
de serviços. A cúpula do PT foi em cana: o deputado federal licenciado e
ex-presidente do PT, José Genoíno; o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu; e
o tesoureiro Delúbio Soares. Em 1 de abril de 2007, durante o Terceiro
Congresso Nacional do PT, o então presidente Lula declarou: “Ninguém neste país
tem mais autoridade moral, ética e política do que o PT”. Em 10 de janeiro de
2010, o jornal O Estado de São Paulo publica em manchete: “Lula desafia
TCU e coloca dinheiro em obras da Petrobras sob suspeita”. A suspeita do Tribunal
de contas da União era quanto a superfaturamento em vários empreendimentos
bilionários em dólares. Em 2013, a Polícia Federal entrou no caso, a Operação
Lava-Jato, que ficou conhecido como Petrolão, que quase leva à bancarrota a
maior empresa brasileiras, a Petrobras. Lula estava pensando na Ursal.
Em 2010, Lula
já havia eleito Dilma Vana Rousseff, que, durante a Ditadura dos Generais, foi
assaltante de banco para os comunistas. Como Dilma era incapaz de formular
sequer uma frase que fizesse sentido, Lula achava que ela seguraria a cadeira
no Palácio do Planalto até ele voltar, em 2014. Só que Dilma começou a
acreditar que fora eleita por competência própria e se recusou a devolver o
trono ao seu tutor, que não teve outra saída senão trabalhar novamente como
cabo eleitoral. Deu certo de novo. Mas foi o início da derrocada do PT e de
Lula. Dilma fez tanta asneira, que, em 2016, acabou defenestrada, levando com
ela o PT. Assume o vice, Michel Temer, político profissional do Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), partido profundamente comprometido com Fernando
Henrique Cardoso e Lula.
– Os
comunistas, desde a criação da União Soviética, estão de olho no Brasil, assim
como qualquer nação hegemônica, pela mesma razão: o Brasil é, de fato, o país
melhor aquinhoado pela natureza em todo o planeta; tem tudo, tudo, do bom e do
melhor. Só que no caso dos comunistas eles agem igual os aliens de filme de
ficção: escravizam o povo e pilham tudo, comem tudo, não produzem nada. Vão
comendo até que tudo se acabe. Aí, procuram os povos que estão se recuperando e
começam tudo de novo. Sua filosofia é a de terra arrasada. No fundo, querem
destruir a obra de Deus. São anticristos – disse Bond. – E há sempre um chefão,
um capo di tutti capi, ou capo dei capi, o chefe de todos os chefes, como se
diz na máfia siciliana, ou na Cosa Nostra americana.
– Um dragão
negro! Eles são muito poderosos e comandam os magos negros encarnados aqui na
Terra – reiterou Alex.
– O regime
político mais, digamos, humano, que conseguimos criar é a democracia, que,
aliás, devemos aos gregos clássicos, e temos hoje na Suíça algo parecido – Bond
continuou. – No Brasil, os comunistas tentam um golpe por meio da democracia,
aparelhando tudo, principalmente o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional,
já que não conseguiram tomar o poder por meio da revolução. Só não combinaram
com as Forças Armadas, a casamata do conservadorismo – Bond aplicou a última
bocada no seu pão. Morava também na Quadra 103, Bloco H. Vivia só, com seus
livros e parafernália eletrônica, em um apartamento de quatro quartos. Sua
ex-mulher, um filho e duas filhas, todos casados, e netos, moravam no Rio.
Lula, no seu
discurso de diplomação: “E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter
um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da
República do meu país”. Estava pronto para tirar a barriga da miséria e dividir
o butim com Fidel Castro. Assim que assumiu a presidência da República, Lula
começou a aparelhar o Estado e a roubar utilizando-se dos mais diversos
expedientes.
– Muita gente
importante foi assassinada no Brasil, neste início de século – disse Alex.
– Sim! E há
mandante! – disse Bond. – Você se lembra do Caso Celso Daniel? Acho que foi a
primeira vítima dessa sequência de assassinatos políticos. Pois bem, trabalhei
nele, como pesquisador da corrupção no Brasil. Como você sabe, Celso Daniel, do
Partido dos Trabalhadores, tinha 50 anos quando foi assassinado, em 18 de
janeiro de 2002, e era prefeito de Santo André/SP pela terceira vez. Ele foi
sequestrado na noite de 18 de janeiro ao sair de uma churrascaria na região dos
Jardins, em São Paulo, a bordo de um Mitsubishi Pajero blindado, dirigido pelo
empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra. Segundo a imprensa, o
carro de Daniel foi perseguido por outros três veículos: uma Blazer, um Santana
e um Tempra. No bairro da Vila Vera, Distrito do Sacomã, Zona Sul de São Paulo,
na altura do número 393 da Rua Antônio Bezerra, o prefeito foi fechado e
dispararam nos pneus e dos vidros traseiro e dianteiro do Mitsubishi. Então
abriram a porta do carro e levaram Celso Daniel. Não tocaram no Sombra – disse
Bond, que tinha memória fotográfica e lembrava-se de tudo o que lia e via, com
nitidez, como se estivesse lendo ou vendo naquele momento. – Na manhã do dia 20
de janeiro, um domingo, o corpo de Celso Daniel foi encontrado na Estrada das
Cachoeiras, na altura do quilômetro 328 da Rodovia Régis Bittencourt, a BR-116,
em Juquitiba, no bairro do Carmo, crivado de bala. Dois meses depois, em 1 de
abril, a Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito sobre a morte do
prefeito. No relatório apresentado pelo delegado Armando de Oliveira Costa
Filho, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), consta que
o crime foi cometido por seis membros de uma quadrilha da favela Pantanal, na
Zona Sul de São Paulo, entre os quais um menor de idade, que confessou ter sido
o autor dos mais de 10 disparos que atingiram o prefeito. Aí, a história começa
a ficar delirante. Segundo os bandidos, Daniel teria sido sequestrado por
acaso, já que a quadrilha teria perdido de vista seu alvo, um empresário, de
identidade não revelada. No dia 19 de janeiro, os bandidos souberam pelos
jornais que tinham sequestrado o prefeito de Santo André, ficaram com medo de
serem descobertos e resolveram se livrar da vítima. Depois que mataram Celso
Daniel, foram assassinadas mais sete pessoas, todas potenciais testemunhas
ligadas ao caso, incluindo Carlos Delmonte Printes, legista que atestou marcas
de tortura no corpo de Celso Daniel, que teria se suicidado por causa do fim de
seu casamento, ingerindo um coquetel de medicamentos no seu escritório, em São
Paulo, em 12 de outubro de 2005. Um dos promotores no caso exibiu uma foto de
Celso Daniel ao menor que alegou ter assassinado o prefeito e o menor não
conseguiu reconhecer a vítima. A família de Celso Daniel, insatisfeita com
tanta fantasia, conseguiu que em 5 de agosto de 2002 o Ministério Público de
São Paulo reabrisse as investigações. Em 2005, os promotores Roberto Wider
Filho e Amaro José Tomé, do Ministério Público de Santo André, pediram a
reabertura das investigações policiais; foram atendidos, mas o caso ficou em
banho maria. Em agosto de 2010, a promotora Eliana Vendramini, responsável pela
investigação, conduzia um veículo blindado em uma via expressa de São Paulo
quando seu automóvel foi atingido várias vezes por outro carro e capotou três
vezes. Foram oito anos de avisos claros. Segundo o oftalmologista João
Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel, o prefeito foi eliminado porque
detinha um dossiê sobre corrupção na prefeitura de Santo André, um esquema de
desvio de dinheiro público para o Partido dos Trabalhadores, envolvendo também
empresários do setor de transportes. Empresários de ônibus da região do ABC
Paulista confirmaram que o Sombra coletava mensalmente nas empresas valores que
variavam entre 40 mil e 120 mil reais, em troca de vantagens, como concessões.
E em 2012, o operador do Mensalão, Marcos Valério, declarou, tentando firmar um
acordo de delação premiada, que o ex-presidente Lula e ex-ministro Gilberto
Carvalho estariam sendo extorquidos por criminosos envolvidos no caso Celso
Daniel. Quem mandou matar Celso Daniel? Quem mandou matar Jair Messias
Bolsonaro? – disse Bond, limpando a boca.
Em 2012, Lula
foi substituído na Presidência por sua marionete Dilma Rousseff, usada na
guerrilha contra os militares para assaltar banco e matar. Dilma, que conta com
apenas um neurônio, como denuncia o jornalista Augusto Nunes, foi eleita para
esquentar a cadeira de Lula, que deveria voltar em 2015, conforme planejado.
Mas em 17 de
março de 2014, a Polícia Federal (PF) dispara a Operação Lava Jato, para
investigar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em
propina. A operação, coordenada, depois, pelo então juiz Sergio Moro, terminou
em 1 de fevereiro de 2021, com final melancólico, mas eviscerou o maior esquema
de corrupção e roubalheira da história do país, envolvendo presidentes da
República, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, governadores de
estados, políticos dos maiores partidos do país, a cúpula da Petrobras e
grandes empresas brasileiras. Segundo levantamento feito por peritos da Polícia
Federal, em janeiro de 2017, todas as operações financeiras fraudulentas
investigadas na Operação Lava Jato somaram oito trilhões de reais.
Lula foi preso
no dia 7 de abril de 2018, condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos
crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz federal de primeira
instância Sergio Moro, no dia 12 de julho de 2017, pena que na segunda
instância foi ampliada para 12 anos e um mês e, em abril de 2019, foi reduzida
pela Quinta Turma do Supremo para 8 anos e 10 meses, por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro. Lula cumpriu pena em Curitiba, no prédio da
Superintendência Regional da Polícia Federal, no Paraná. Mas a prisão não durou
muito tempo. Em 8 de março de 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo,
anulou, singelamente, as condenações de Lula no âmbito da Lava Jato e devolveu
ao mago negro seus direitos políticos. Agora, era só contar com os idiotas
úteis.
Os comunistas
cunharam o termo “idiota útil” referindo-se às pessoas cheias de boa vontade,
mas vazias de conhecimento sobre as cínicas estratégias do marxismo-leninismo
para chegar ao poder. No início da Revolução Russa, quando Lenin buscava
desesperadamente apoio interno e externo para manter a sua revolução, valeu-se
de um grupo seleto de propagandistas, especializados em doutrinar essas pessoas
a pensarem como um comunista. Uma variante desse termo foi cunhada pelo
economista austríaco Ludwig Heinrich Edler von Mises, em seu livro Caos
Planejado, de 1947: “inocentes úteis”, dirigindo-se aos economistas
liberais que se deixavam influenciar pelas propostas comunistas quase que
inconscientemente. O jornalista Roberto Barricceli definia o idiota útil como
“o militante manipulado dos esquerdistas, que age de acordo com uma cartilha
baseada em ideologias coletivistas incoerentes e impraticáveis”. A cartilha:
1 – O idiota
útil utilizará o que acredita serem argumentos irrefutáveis, baseados no
emocional, e que são a base de tudo que ele acredita. Portanto, deve-se estudar
muito a sua ideologia e a dele, pois o idiota útil tem a capacidade de criticar
tudo aquilo que ele não estudou e defender o que não entendeu, mas gostou.
2 – O idiota
útil, quando atacado, tentará ganhar no grito e repetirá chavões e frases até
cansar, cabendo ao interlocutor desconstruir essas frases.
3 – O idiota
útil deverá acusar o interlocutor de ser aquilo que ele mesmo, o idiota útil,
é. Nesse caso, mostre-lhe que o nazismo, o fascismo e o racismo são
característicos da esquerda, demonstrando os semelhantes tipos de governo e
ações.
4 – O idiota
útil vai se enfurecendo devido à desconstrução lógica e clara que você fez do mundinho
perfeito e utópico em que ele acredita. E, nesse caso, partirá para o
contra-ataque, criticando a pessoa com a qual debate e não os argumentos dela,
tentando abalá-lo. Então, mostre-lhe que ele critica o que não conhece e
aproveite para lhe explicar a sua ideologia, refutando-o com argumentos e
exemplos.
5 – Por fim, o
idiota útil desistirá, mas não sem dizer que “não é possível manter um debate
com alguém que mente, calunia e blá-blá-blá”, ao que você responderá que foi
ele, o idiota, quem buscou esse caminho, dizendo-lhe que “mentir é
desonestidade intelectual (esse termo enraivece o idiota útil, pois ele sabe
que é verdade e nenhum deles gosta da verdade)”, e o idiota útil tem
necessidade de enganar a si mesmo o tempo todo, buscando, sem parar, a
aprovação dos outros.
Barricceli é
muito otimista, pois é muito difícil, mesmo para padres e pastores, conseguir
manter por muito tempo uma conversa civilizada e inteligente com esse tipo de
militante. Se alguém conseguir chegar até a fase final por ele preconizada,
parabéns!
Há um tipo de
idiota útil especial, o coitado. No seu livro O Código da Inteligência,
Augusto Cury explica: “O coitadismo é a arte de ter pena de si mesmo. O
coitadismo é o conformismo potencializado, capaz de aprisionar o Eu para que
ele não utilize ferramentas para transformar sua história. Vai além do
convencimento de que não é capaz, entra na esfera da propaganda do sentimento
de incapacidade. Não tem vergonha de dizer: – Sou desafortunado! Sou um
derrotado! Nada que faço dá certo! Não tenho solução! Ninguém gosta de mim!
Todos aqueles
que não conseguem realizar sua ascensão social são transformados pelos lobos em
pobres vítimas inocentes do sistema capitalista explorador e da burguesia
insensível, daí a necessidade do regime de cotas, em relação aos negros, e um
pretenso resgate de uma suposta dívida histórica para com eles, o que acaba por
dar uma justificativa a todas as vitimizações, inclusive desculpa para crimes,
pois toda a culpa é do sistema, razão pela qual deve-se criar políticas de
bem-estar social para amparar esses desvalidos. Uma rápida investigação
mostrará que esses coitados não passam de aproveitadores, avessos ao trabalho;
quanto mais benefícios puderem ter, e pelo mais longo tempo, melhor. Muitos
desses coitados nunca fizeram esforço para superar suas dificuldades, admitindo
serem sustentados pela família. Em muitos casos, funcionam como idiotas úteis e
mimados, preguiçosos, que jogam suas frustrações nas costas largas do Estado e
do sistema capitalista. O coitado é hipócrita, dissimulado, que se diz defensor
dos pobres e advoga revoluções salvadoras, mas que não sabem dirigir nem suas
próprias vidas. Assim, em vez de se empenhar para que a economia crie vagas e
trabalho dignos, os comunistas desenvolvem nas pessoas o sentimento de revolta
contra o sistema, culpando o capitalismo por todas as suas mazelas e
incentivando o parasitismo social, a voracidade pelos benefícios sociais e por
mais e mais direitos, e sem deveres, de modo que o ódio contra a sociedade e a
inveja contra os que construíram algum patrimônio acabam se transformando em
votos para os fabianos.
O historiador
Walter Scheidel, da Universidade de Stanford, apresenta, no seu livro The
Great Leveler: Violence and the History of Inequality from the Stone Age to the
Twenty-First Century (O Grande Nivelador: Violência e a História da
Desigualdade da Idade da Pedra ao Século XXI) estudos comprovando que a
diferença de renda entre ricos e pobres através dos tempos só diminui em caso
de acontecimentos desastrosos, períodos de terror, grandes guerras, revoluções
totalitárias, pragas, desastres naturais, eventos ultraviolentos, que levaram a
sociedade a um nível de destruição e recomeço.
Outra arma do
mago negro, pronta para ser usada, pois afiou-a durante décadas, é o populismo,
implementando, no seu planejado futuro governo, medidas que possam criar e
manter um eleitorado dependente, o voto de cabresto, como o Bolsa-Família,
paralelamente à ampliação, ad infinitum, do cabide de empregos, para
aparelhamento do partido, ampliando os votos para militantes, seus familiares e
idiotas úteis conquistados pelos militantes, com constantes aumentos de
salário.
Segundo o
médium Benjamin Teixeira de Aguiar existem três tipos psicológicos de pessoas
que se veem ou se declaram inferiores. No primeiro grupo estão “aquelas que
apenas parecem humildes, mas que alardeiam limitações pessoais com o intuito de
mascarar a preguiça, a covardia e a irresponsabilidade que as governam,
afastando-as do espírito de serviço e de compromisso com deveres assinalados
por suas consciências. São caracteres defeituosos e prenhes de vícios morais,
cegos pelas ilusões do sentimento de vítima e da presunção, egoísmo e
narcisismo a que se acolhem. No segundo grupo encontram-se os indivíduos que
sofrem com a percepção lúcida da condição humana de falibilidade inexorável,
mas que, dentro de suas possibilidades psicológicas, empenham-se, sincera e
sistematicamente, em oferecer o melhor de si ao mundo. “São personalidades mais
amadurecidas, que se enxergam com mais senso de justiça e integridade, menos
enganadas pelas idealizações malévolas e infelicitantes do ego.” Finalmente,
existem as raras criaturas cuja aguda perspicácia moral, a despeito de seu
avançadíssimo estágio de desenvolvimento, as faz sofrer com complexas e
profundas exigências ético-morais em relação a si próprias. Benjamin alerta
para o cuidado que se deve ter com o cinismo comodista que tudo relativiza, com
apelo a argumentos pseudointeligentes, criando justificativas para a
indesculpável fuga do esforço pessoal urgente, permanente e intransferível de
escolher a sintonia com o bem, ou acabaremos nos tornando, inapelavelmente, um
joguete usado e abusado pelas potestades do mal. Muitos desses aliam-se àqueles
que buscam unicamente o poder e que, para isso, utilizam-se dessas pessoas em
um perfeito casamento de interesses.
Em agosto de
2004, Lula encaminhou ao Congresso um projeto de lei que previa a criação do
Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), que teria poderes para “orientar,
disciplinar e fiscalizar” o exercício da profissão e a atividade de jornalismo,
inclusive com poderes de punir jornalistas. Outra função do CFJ seria a de
“zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe”.
Seria o fim da democracia. Não passou. Mas em 2018, voltou ao tema. O jurista
Ives Gandra alertou que quando o Estado cerceia a liberdade de imprensa estamos
à beira de uma ditadura. Lula ameaça até hoje: “Trabalhem pra eu não voltar.
Porque se eu voltar vai haver uma regulação dos meios de comunicação. A gente
não pode continuar permitindo que meia dúzia de famílias sejam donas dos meios
de comunicação”.
Na questão
financeira, os comunistas brasileiros seguem a orientação do zumbi Fidel
Castro. A TV Record entrevistou a jornalista espanhola Cristina Seguí, que
acusa o Partido dos Trabalhadores e partidos de esquerda na América Latina e na
Espanha de terem ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(Farc) e com o narcotráfico através do Foro de São Paulo, e de terem recebido
dinheiro daquela organização narcotraficante colombiana. Além da Venezuela, o
esquema envolveria o Brasil, Argentina, Portugal e Espanha.
Cristina
explicou como os partidos de esquerda se deixaram infiltrar pelo narcotráfico
latino-americano em busca de financiamento para suas campanhas. Suas afirmações
estão baseadas nas declarações do general venezuelano Hugo Carvajal, antigo
chefe da contrainteligência militar da Venezuela no governo de Hugo Chaves,
preso em Madri/Espanha sob a acusação de envolvimento com o narcotráfico e
tentando um acordo de delação premiada para evitar sua extradição para os
Estado Unidos, onde pesam contra ele as acusações de ter participado de
atividades de narcotráfico com as Farc e, em 2011, ter coordenado o embarque de
5,6 toneladas de cocaína da Venezuela para o México, com destino aos Estados
Unidos. O general era o encarregado de “fornecer segurança armada para proteger
os carregamentos de drogas” da Venezuela para os Estados Unidos. As autoridades
norte-americanas dizem que ele se aproveitava de seu cargo como diretor de
contrainteligência militar para realizar suas atividades criminosas com o
narcotráfico e o crime organizado. Ele também faria parte de uma organização
batizada de Cartel de Los Soles (Cartel dos Sóis), termo usado para descrever
grupos criminosos dentro das forças armadas da Venezuela que traficam cocaína.
Compõe-se principalmente por altos oficiais militares que estão estreitamente
vinculados ao crime organizado internacional, participando em atividades
criminosas como narcotráfico.
Documento
secreto datado de 25 de abril de 2002 dá conta de que no dia 13 de abril de
2002, em reunião com um grupo de esquerdistas solidários com as Farc, realizada
nos arredores de Brasília, o ex-padre Francisco Antônio Cadenas Collazzos,
conhecido como Olivério Medina ou Padre Medina, tido como embaixador das Farc
no Brasil, fez o anúncio de que sua organização guerrilheira estava fazendo uma
doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos do PT.
Isso a seis meses das eleições que acabariam por colocar Lula na presidência da
República. Além da Venezuela, Lula recebeu dinheiro também da Líbia e de Cuba,
segundo o ex-chefe da contrainteligência e contraterrorismo do Brasil, Jorge
Bessa.
Uma fonte de
informações incontestável sobre as Farc e suas relações com partidos e
organizações políticas no exterior são os arquivos do laptop que pertenceu a
Raul Reyes, chefe do Comitê Internacional das Farc (Cominter), que as
autoridades colombianas conseguiram recuperar, durante uma invasão por forças
daquele país em um campo das Farc no Equador, em março de 2008. Em uma
clamorosa falha de segurança, o computador daquele guerrilheiro continha
centenas de arquivos de sua correspondência particular e que foram
decodificados e deixados em texto claro.
Esses arquivos
mostram o perfeito entrosamento entre as forças de esquerda da América Latina e
o verdadeiro pacto de apoio mútuo – inclusive com apoio financeiro – a
candidatos à Presidência da República em diferentes países ligados ao Foro de
São Paulo. Em um deles, há a informação de que o ex-presidente do Peru, Ollanta
Moisés Humala, que conquistou a presidência do Peru em 5 de junho de 2011,
recebeu dinheiro do falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em sua
campanha para a presidência.
Um vídeo
divulgado pela agência Associated Press (AP) e que foi encontrado com um membro
da guerrilha, apontava que as Farc também haviam financiado a campanha
eleitoral do presidente equatoriano Rafael Correa, em 2006. No vídeo, Raul
Reyes lê uma declaração do falecido líder das Farc, Manuel Marulanda, que
confirma as doações à campanha de Correa.
Em seu livro Bumerán
Chávez, Emili J. Blasco descreve como o governo do presidente Hugo Chávez
“expandiu a corrupção a níveis sem precedentes” corrompendo o Ministério
Público, o sistema judicial e as forças armadas. Aquele país seria responsável por 90% da
cocaína enviada para os Estados Unidos e a Europa e Chaves teria outorgado
imunidade legal a oficiais implicados em narcotráfico para manter o poder e sua
lealdade.
Em 2007,
baseados em documentos encontrados nos arquivos de Raul Reys, as autoridades
colombianas denunciaram que Hugo Chávez ofereceu pagamentos de mais de 300
milhões de dólares às Farc para criar “laços financeiros e políticos
respaldados durante anos”. Documentos mostravam rebeldes das Forças Armadas
Revolucionárias de Colômbia solicitando assistência venezuelana para a
aquisição de mísseis terra-ar, demonstrando que Chávez realizou encontros
pessoais com estes líderes rebeldes.
O resultado
disso é exatamente o que denunciou o almirante Craig Faller, chefe do Comando
Sul dos EUA, em um encontro anual com líderes militares sul-americanos
realizado em agosto de 2021, quando citou que a corrupção e a crise na
Venezuela estão entre os maiores desafios da América do Sul. Faller recebeu os
chefes militares de Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname e Uruguai no quartel-general
do Comando Sul, em Doral, próximo a Miami, para discutir os desafios das Forças
Armadas sul-americanas. “Existem organizações criminosas transnacionais que
operam em toda a região e prosperam na corrupção, e, em muitos casos, essas
organizações têm um financiamento maior do que muitas das forças de segurança
que enfrentam” – disse Craig. Sobre a Venezuela, o almirante americano afirmou
que a crise naquele país “afeta inevitavelmente todo o hemisfério”.
Carvajal tem
muito a revelar sobre as relações criminosas entre as esquerdas sul-americanas
e europeias com o crime organizado e o narcotráfico.
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