BRASÍLIA,
11 DE NOVEMBRO DE 2019 – JAMBU (Clube de Autores e Amazon, 190
páginas, 2019), novo romance de RAY CUNHA, mistura ensaio e ficção, personagens
de ficção e personagens reais, vivas ou mortas, e subverte datas históricas. A
sinopse do romance é a seguinte: o Festival de Gastronomia do Pará e Amapá está
acontecendo no luxuoso Hotel Caranã, no bairro do Pacoval, em Macapá, sob os
auspícios do Grupo Fortaleza. João do Bailique, editor da revista Trópico Úmido, patrocinada também pelo
Grupo Fortaleza, prepara uma edição especial sobre a Amazônia, abordando a
chamada Questão Amazônica. Assim, a edição se constitui em um mergulho nas
entranhas da Hileia.
Isso quer dizer que não são investigados apenas questões
como internacionalização da Amazônia, o embuste ianomâmi, corrupção de
colarinho branco e de ONGs, tráfico de crianças para escravidão sexual etc.,
mas também o lado esotérico da coisa: o que foi a Operação Prato, quando a
Força Aérea Brasileira investigou a presença de Ovnis e ETs na costa do Pará; o
que virá após a Data-Limite, predita por Chico Xavier? Existe um comando no
mundo espiritual monitorando a história da humanidade, e, nesse contexto, a
história do Brasil? JAMBU responde a todas essas perguntas.
RAY CUNHA, que hoje reside em Brasília/DF, nasceu na cidade
mais emblemática da Amazônia, Macapá/AP (o romance diz por que Macapá é tão
emblemática assim), e, durante mais de uma década, trabalhou e viajou como
repórter por toda a Hileia, além de, há décadas, pesquisar a história, a
geografia e a geopolítica da região. Também é estudioso da questão espiritualista
e da existência de alienígenas, detentores de tecnologia a anos luz à frente
dos conhecimentos da ciência humana.
Segue trecho de JAMBU, no qual João do Bailique entrevista
Jorge da Silva Bessa, um dos maiores pesquisadores e escritores brasileiros das
questões espiritualista e ufológica:
“Para João do Bailique, quem esclareceu o mistério foi Jorge
da Silva Bessa, autor do livro Discos
Voadores na Amazônia – Operação Prato, belenense, residente em Brasília.
Pesquisador, autor de 17 livros, graduado em Economia e pós-graduado em
Educação a Distância, formado em Medicina Tradicional Chinesa e em Psicanálise,
especialista em assuntos relacionados à atividade de inteligência e de
planejamento estratégico. Em 15 de agosto de 1996, foi nomeado para o cargo de
coordenador geral de Contrainteligência da Subsecretaria de Inteligência da
Casa Militar da Presidência da República, o órgão que ficou encarregado pela
área de Inteligência do Governo Federal após a extinção do Serviço Nacional de
Inteligência, e que deu origem à atual Agência Brasileira de Inteligência.
Tinha entre suas responsabilidades a condução da contraespionagem, do
contraterrorismo, a segurança das comunicações e a salvaguarda dos documentos
sigilosos que ao Estado cumpria preservar. Anos mais tarde, Bessa abraçou o
estudo de assuntos metafísicos e espiritualistas, tentando estabelecer pontes
entre ciência e espiritualidade, tema abordado em alguns dos seus livros.
Acompanhou in loco a Operação Prato. Ao entrar em contato com ele e
entrevistá-lo, Bailique pensava nas eternas perguntas existenciais dos
filósofos, teólogos e cientistas: “Quem somos nós? Qual a finalidade da vida?
Por que o Universo foi criado? Se de fato foi criado, quem o criou e com qual
finalidade? Estamos sozinhos no Universo? Caso contrário, que tipo de vida
existe além do nosso planeta? Qual a constituição física dos outros seres?”
Além disso, pensava também sobre o registro de objetos voadores não
identificados desde o início da nossa civilização, concluindo que os ETs tentam
apenas, e, por enquanto, discretamente, auxiliar a Humanidade. Embora no livro Discos Voadores na Amazônia – Operação Prato
Bessa tenha defendido a tese de que os ETs que apareceram em massa em Colares
estivessem apenas pesquisando a Amazônia, ocorreu a João do Bailique, ao ler o
livro, que a Amazônia Oriental, ou Atlântica, que abarca os estados do Pará e
Amapá, é a região que melhor representa o Trópico Úmido, por apresentar todos
os ecossistemas amazônicos, inclusive o mar.
“Aventamos anteriormente a possibilidade de que os
alienígenas tivessem interesse em colher dados relativos a um dos mais
importantes ecossistemas do planeta, a Amazônia, para fins de estudos. A mesma
necessidade de informações sobre possíveis doenças a serem enfrentadas na
hipótese de um futuro contato, justificaria a presumida coleta de sangue humano
verificada em diversas oportunidades” – escreve
Jorge Bessa, em Discos Voadores na
Amazônia – Operação Prato. Mas o pesquisador foi além, na entrevista
exclusiva para a Enfoque amazônico.
“Jorge Bessa – A questão, hoje, não é mais saber se os
extraterrestres existem, mas sim como aproveitar melhor a sua presença, à luz
das últimas descobertas da ciência e dos conhecimentos espiritualistas. Muitos
pesquisadores dão um grande destaque à Operação Prato apenas porque o coronel
Hollanda levou o caso a público, revelando que a Aeronáutica tinha investigado
o fenômeno, o que motivou um especial do Canal History, mas, pelos parcos
resultados palpáveis ou esclarecedores obtidos, o brigadeiro comandante do
Comar, Protásio Lopes, mandou encerrar a operação; e as autoridades do SNI, em
Brasília, não deram a mínima. Minhas hipóteses para o fenômeno continuam as
mesmas que apresentei no livro Discos
Voadores na Amazônia – Operação Prato. Quanto ao sangue, temos que destacar
que não houve comprovação clara de extração de sangue, apenas pequenas marcas
nos seios de algumas mulheres, que, acreditava-se, era resultado do foco de luz
emanado. Já fui convidado para participar como palestrante de três congressos
de ufologia para tratar do caso e sempre respondo que não há o que acrescentar
ao que o coronel Hollanda disse e que tudo o que sei foi expresso no meu livro,
nada mais acrescentando, a não ser a visão espiritualista do fato.
“Trópico Úmido – Quem são os ETs?
“Jorge Bessa – Seres
como nós, com um nível mais avançado de desenvolvimento tecnológico, mas que
nem sempre têm o mesmo nível de desenvolvimento espiritual. Filhos do mesmo
Deus, e que habitam as diversas casas na Morada do Pai, muitas vezes auxiliando
no processo de evolução antropo-espiritual daqueles que se encontram ainda nas
primeiras classes das diferentes escolas de evolução da consciência.
“Trópico Úmido –
Teria a presença dos ETs na Amazônia a ver com a defesa da Hileia frente à
ambição dos europeus, e agora também dos americanos e chineses, pelas riquezas
que o subcontinente guarda, considerando-se que os ETs querem ajudar a
Humanidade, e a Amazônia é o regulador da temperatura do planeta, evitando,
assim, cataclismos com potencial para exterminar a raça humana?
“Jorge Bessa – Os
cataclismos vão acontecer inelutavelmente, como acontecem ciclicamente, porque
fazem parte do planejamento superior daqueles que têm a responsabilidade pela
evolução em nosso planeta e em nosso cantinho no Universo. Como existem
cientistas que já discordam da tese de ser a Amazônia o pulmão do mundo, e que
os ETs não estão preocupados com as riquezas materiais que interessam aos
europeus, americanos e chineses, é possível que suas pesquisas façam parte de
um levantamento de ordem global, já que se realiza em diversas partes do globo,
e que tenha por objetivo a realocação dos habitantes do Hemisfério Norte para
essa região, depois da ocorrência dos eventos apocalípticos que deverão se
processar com mais intensidade naquela região do planeta.
“Trópico Úmido – Por que os ETs ficaram mais de dois
meses em Colares? O que eles queriam naquela ilha na costa do Pará?
“Jorge Bessa – Busco
até hoje resposta para essa questão. Não podemos descartar, também, a
possibilidade de se tratar de viagens de estudos e pesquisas que muitos grupos
de extraterrestres realizam em diferentes regiões do sistema solar, segundo
informações oriundas do plano espiritual.
“Trópico Úmido –
Para que os ETs coletariam amostras de sangue da população local?
“Jorge Bessa – Essa
é outra questão não respondida. Poderíamos arriscar, como hipótese, que seria
uma pesquisa para ver se aquela população fazia parte do mesmo grupo que sofreu
mutações genéticas realizadas por ocasião da vinda dos degredados de Sirius ou
de Capela, conforme afiança Emmanuel em seu célebre A Caminho da Luz, psicografado por Chico Xavier.
“Trópico Úmido –
Comente a tecnologia utilizada nos discos voadores.
“Jorge Bessa – A
única afirmação permitida é que se trata de uma tecnologia muito superior à
existente em nosso planeta, considerando a velocidade e a energia que movia as
naves.
“Trópico Úmido – A
raça humana teria sido projetada pela espiritualidade?
“Jorge Bessa – Segundo
as informações provenientes de centenas de obras espíritas e espiritualistas,
toda a vida que enxameia o Universo é criação de Deus, que se utiliza de seus
auxiliares – consciências cósmicas de conhecimento e capacidade de difícil
entendimento pelo ser humano no atual nível de evolução –, os chamados
Jardineiros Cósmicos, ou Siderais, e que são responsáveis pela realização da
panspermia, ou seja, o plantio e cultura dos Filhos de Deus, que nascem simples
e ignorantes, mas que, partindo do átomo mais simples se desenvolvem até chegar
aos chamados Tronos de Deus, no nível de arcanjos cósmicos. Apesar de todo o
planejamento cósmico, esse processo evolutivo segue por diferentes caminhos,
mas todos os Filhos de Deus um dia chegarão ao ápice da evolução espiritual.
“Trópico Úmido – O
corpo humano seria um computador biológico, projetado para que espíritos que
estão nas trevas possam evoluir mais rapidamente, por meio do sofrimento,
principalmente o apego à matéria?
“Jorge Bessa – É
claro que o corpo físico é o instrumento, ou farda, que permite aos espíritos
em evolução a ingressar nas salas de aulas das diferentes escolas de evolução,
que servem a todos, indistintamente. Para os espíritos renitentes no egoísmo,
no orgulho, na vaidade, na exploração do próximo, no desamor, e uma série de
outros sentimentos e condutas consideradas nocivas à comunidade e que
atrapalham a evolução, o corpo físico é o que lhes permite atuar em planetas
materiais e atrasados. O amor do Pai permite que esses seres, chamados trevosos
– pois negra é a sua consciência – e que se tornam um entrave à evolução de seus
companheiros de jornada, sejam exilados em planetas primitivos, cujo ambiente
seja mais afim com suas inclinações. Essa reencarnação em planetas primitivos é
uma dádiva que lhes permite realizar a reforma moral e aliviar suas
consciências atormentadas pelos desvios pretéritos, ao mesmo tempo em que
auxiliam aqueles que se encontram nos primeiros passos na longa escalada da
evolução.
“Aqui termina a curta entrevista de Jorge Bessa à revista Trópico Úmido”.