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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Dr. Furlan prepara os amapaenses para a exploração de petróleo da Margem Equatorial

Furlan está tirando o sono do senador Randolfe Rodrigues 

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 4 DE SETEMBRO DE 2025 – O prefeito de Macapá/AP, Dr. Furlan (MDB), reeleito em primeiro turno com 85,05% dos votos, a maior votação obtida por um candidato a prefeito eleito em todo o Brasil, em 2024, e provável governador do Amapá nas eleições de 2026, vem sendo perseguido pela mídia ligada ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), e ao líder do Governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT/AP).

Furlan vem urbanizando Macapá, inclusive está prestes a implementar sua obra mais importante: a instalação de rede de esgoto na cidade, com 489.676 habitantes. Os eleitores já entenderam que o Amapá precisa de um governador como o Dr. Furlan para administrar o desenvolvimento do Estado a partir da exploração de petróleo na costa amapaense, a Margem Equatorial, que tornará o quadrilátero setentrional um dos Estados mais ricos do país.

A Margem Equatorial é um lençol de 30 bilhões de barris de petróleo na costa entre a foz do Rio Oiapoque, no Amapá, até o litoral do Rio Grande do Norte. A Petrobras prevê investimento de 3 bilhões de dólares nessa região, nos próximos cinco anos, com a perfuração de 15 poços.

Desde agora, Furlan já prepara a população para o boom do petróleo e gás, promovendo cursos gratuitos de qualificação profissional voltada para o setor, visando preparar jovens e profissionais para atuar em áreas estratégicas da cadeia petrolífera, com 80 vagas para cada curso, que são os seguintes: Segurança e Operações Petrolíferas – Protocolos de segurança e boas práticas operacionais no setor de exploração e produção; Monitoramento Ambiental em Áreas de Exploração de Petróleo; Controle e mitigação dos impactos ambientais das atividades petrolíferas; Logística de Transporte do Petróleo; Processos de armazenamento, transporte e distribuição com foco em eficiência e segurança.

Não só o Dr. Furlan é uma ameaça para Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues. Deputado estadual, Furlan concorreu, nas eleições de 2020, a prefeito de Macapá, vencendo Josiel Alcolumbre, irmão do senador Davi Alcolumbre. A esposa do prefeito, Rayssa Furlan (Podemos), e o senador Lucas Barreto (PSD/AP), lideram a disputa para as duas vagas ao Senado, em 2026, sem sequer anunciarem suas candidaturas.

Davi Alcolumbre tem mandato até 2030, mas deverá ser abatido pela Lei Magnitsky, pois é um dos pilares da ditadura da toga e do presidente Lula da Silva, que se aliou ao ditador e narcotraficante Nicolás Maduro, às ditaduras da China e Rússia, e ao Estado terrorista do Irã, e vem tentando derrubar o dólar e os Estados Unidos.

Quanto a Randolfe Rodrigues, as pesquisas de opinião já mostram que os amapaenses não estão mais aguentando seu papo defendendo o indefensável, o “gópi” e os ladrões dos aposentados do INSS.

O Instituto Paraná Pesquisas mostra que se as eleições fossem hoje, Furlan levaria o governo do Estado em primeiro turno, com 73% dos votos contra 27% do atual governador, Clécio Luís (Solidariedade).

Antônio Paulo de Oliveira Furlan nasceu em San José, na Costa Rica, em 9 de julho de 1973. Filho de brasileiros, com 10 meses de idade, sua família mudou-se para Belém, onde cresceu e se formou em medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPa), e fez residência médica em cirurgia cardiovascular na Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência. Foi para o Amapá a convite, onde instalou uma empresa de cirurgia cardiovascular.

No início deste mês, a Polícia Federal cumpriu 13 mandados de busca e apreensão, em Macapá e Belém/PA, investigando suspeita de fraude na licitação da construção do Hospital Geral Municipal de Macapá, no valor de 69,3 milhões de reais; desvio de recursos públicos; e lavagem de dinheiro.

Imediatamente, toda a grande imprensa brasileira soube da investigação e o nome de Furlan, por ser prefeito, foi para as manchetes.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Atolado em corrupção e em guerra contra os Estados Unidos, Lula dará mais um tiro de calibre doze no pé inchado: a COP 30, em Belém

Ver-O-Peso: acrílica sobre tela do pintor Olivar Cunha

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 22 DE AGOSTO DE 2025 – A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, deverá ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém do Pará, por decisão tomada, em 2023, pelo presidente Lula da Silva. Embora o Brasil tenha arrecadado 3,6 trilhões de reais em 2024, mesmo assim teve déficit primário de 47,553 bilhões de reais. Nenhuma obra federal relevante está em curso. Como Lula gastou esse dinheiro? Sabe-se que, em parte, gastou fazendo turismo com a primeira ministra, Janja da Silva.

E por que Lula fez questão, chegou a bater os pés inchados de tanta cachaça, que a COP 30 fosse em Belém?, uma cidade sem a menor condição para um evento desse porte, embora já completamente esvaziado, e o mundo todo já sabe que passar 11 dias, em novembro, em Belém, pode se lascar, pois os aguaceiros, lá, começam a ficar pesadíssimos em novembro e podem durar dias. Além do mais, o trânsito na cidade é caótico e o calor e umidade são infernais. E há bairros inteiros dentro da merda, literalmente.

A rede hoteleira da cidade é pequena, daí que serão alugados dois navios transatlânticos, que ficarão ancorados no porto do distrito de Outeiro, uma ilha próxima a Belém, para hospedar parte dos convidados. Muitos moradores fantasiaram alugar barracos a preço de hotéis cinco estrelas. Apenas 47 países, dos 196 países previstos, confirmaram delegações na COP 30, mas pedem que o Brasil subsidie a hospedagem.

O dono do Estado é o famigerado senador Jader Barbalho, do velho MDB. Com ele, Lula se entende, e a Grande Belém virou um canteiro de obras, de bilhões de reais. Belém recebeu 4 bilhões de verba para as obras, somente em 2024.

Enquanto isso, Lula desafia os Estados Unidos, aliando-se com China, Rússia e Irã, com o objetivo de substituir o dólar e varrer os Estados Unidos e Israel do mapa. A reposta dos Estados Unidos: sanções econômicas ao Brasil e Lei Magnitsky para staf da ditadura da toga.

O grande aliado de Lula, o carniceiro da Venezuela, Nicolás Maduro, capo di tutti capi dos cartéis de drogas da América do Sul, está cercado por forças dos Estados Unidos e deverá ser capturado nas próximas horas. De modo que até nesse aspecto as circunstâncias conspiram contra a COP 30, que, afinal, é apenas uma oportunidade de se desviar verbas e de muita gente ganhar diárias e fazer turismo, inclusive sexual, durante um evento que vem discutindo o sexo dos anjos, decaídos.

O problema é a falta de transparência nos gastos, a fortuna que será gasta pelos cofres públicos para hospedar parte dos visitantes e a falta de investimento em saneamento e mobilidade. No resto, Belém é a cidade perfeita para se ter ideia da cultura amazônica, especialmente a culinária. O Ver-O-Peso, maior feira livre da América Latina, é uma réplica da Amazônia e seu maior cartão postal.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Bibliotecas Elcy Lacerda e da Unifap, em Macapá/AP, contam com livros de Ray Cunha

Ray Cunha em palestra sobre seu romance JAMBU e
os 70 anos da Academia Amapaense de Letras (AAL)

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 15 DE AGOSTO DE 2025 – Com a atual ditadura da toga, com viés comunista, instalada pelo presidente petista Lula da Silva, com ajuda dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), tendo como testa de ferro Alexandre de Moraes, e dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP) e Hugo Motta (Republicanos/PB), respectivamente, a imprensa, a academia e a classe artística do Amapá são, majoritariamente, de Esquerda. Assim, quem é conservador em Macapá, como eu, é alijado.

Sou romancista e contista. Na minha literatura costumo misturar ficção com ensaio, ou seja, personagens de ficção com pessoas reais, vivas ou mortas. Parte dos meus livros é ambientada na Amazônia. Caboco tucuju (de Macapá), trabalhei nos maiores jornais da Hileia e sou leitor compulsivo da literatura científica sobre a Amazônia e de alguns ficcionistas do Trópico Úmido, como Márcio Souza, Benedicto Monteiro, Isnard Brandão Lima Filho, Fernando Canto etc., para citar alguns poucos. Isso me dá respaldo para um mergulho radical na Questão Amazônica.

Assim, Macapá, o Amapá e a Amazônia estão presentes na minha literatura, em toda a sua realidade, desmitificando a Amazônia fantasiosa que os comunistas e ecologistas empedernidos tentam passar para os brasileiros de outras regiões e para o mundo. Apresento o coração das trevas, mas também a Amazônia nuinha, em toda a sua beleza.

Em Literatura das Pedras – A Fortaleza de São José de Macapá como locus das dentidades amapaenses, Fernando Canto fala um pouco do meu trabalho, bem como Francesco Marino em A Literatura do Amapá.

Há alguns títulos nas bibliotecas Elcy Lacerda e da Universidade Federal do Amapá (Unifap), em Macapá, à disposição dos estudantes e leitores em geral.

Também meus livros podem ser encontrados no Clube de Autores e na amazon.com.br

terça-feira, 12 de agosto de 2025

JAMBU: um sabor literário da Amazônia

Marcos Machado*

Ray Cunha nunca decepciona quem busca mais do que paisagens e folclore ao tratar da Amazônia. Em JAMBU, o autor apresenta um romance-documentário que mistura crônica política, denúncia social e pinceladas de realismo fantástico, com o dom raro de transformar a floresta em personagem, cúmplice e testemunha. O título de seu livro (JAMBU) remete a um ingrediente típico da região, mas também sintetiza o efeito do livro: não precisa ter vivido a Amazônia para sentir seu gosto intenso, estranho e viciante.

A narrativa é conduzida com ritmo jornalístico, sem perder a densidade literária. A crítica é clara e corajosa: Ray desmonta discursos oficialistas sobre a causa indígena, expõe o tráfico humano, a exploração sexual de crianças e adolescentes, e o saque institucionalizado das riquezas naturais, com uma crueza que incomoda (e precisa incomodar). Nada escapa à sua lupa: das ONGs supostamente salvacionistas ao descaso das autoridades, o autor revela um cenário em que a floresta serve de biombo para práticas antigas de poder e conivência.

JAMBU não é só denúncia, é também fascínio. Os capítulos sobre a Operação Prato, missão militar brasileira para investigar fenômenos ufológicos no Pará, dão ao livro um tom misterioso e provocador, lembrando que a Amazônia continua sendo um território de enigmas geográficos, humanos e cósmicos. Ray Cunha sabe equilibrar o real e o insólito, sem jamais cair no sensacionalismo barato. Sua escrita é sóbria, certeira, e tem gosto de verdade.

No fim das contas, JAMBU é uma obra para ser saboreada com curiosidade e coragem, como o prato que lhe dá nome: tacacá.

JAMBU, o livro e o prato, não se consomem apressadamente. Ambos exigem tempo, entrega e um certo apetite pelo inusitado. Ray Cunha nos oferece isso com generosidade: uma Amazônia que não cabe em panfletos turísticos nem em mapas oficiais. Uma Amazônia para ser lida, pensada e, por que não, degustada.

Adquira JAMBU no Clube de Autores, amazon.com.br e Uiclap

*Jornalista profissional diplomado, editor do portal Do Plenário, escritor, psicanalista, cientista político ocasional autoproclamado, analista sensorial, enófilo, adesguiano, consultor de conjunturas e cidadão brasileiro protegido (ou não) pela Constituição Brasileira, observador crítico da linguagem e da liberdade

domingo, 27 de julho de 2025

Haverá manifestação pelo impeachment de Alexandre de Moraes em Macapá/AP?

Lula da Silva e Davi Alcolumbre, juntos no comunismo e
contra Israel (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 27 DE JULHO DE 2025 – O Brasil irá às ruas, neste domingo 3 de agosto, exigindo o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que, juntamente com o presidente Lula da Silva, tentam instaurar uma ditadura comunista no Brasil, com apoio da China.

Quem garante a permanência de Alexandre de Moraes é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), que sentou seu traseiro gordo sobre 29 pedidos de impeachment de Moraes. Além de apoiar o atual regime instalado no Brasil, Alcolumbre, que é judeu, apoia Lula, que, por sua vez, apoia o Irã, que prometeu varrer o Estado de Israel do mapa.

A cidade de Alcolumbre, Macapá, a capital do Estado do Amapá, provavelmente não vai acompanhar o resto do país nas manifestações, pelo seguinte: Macapá, uma cidade de porte médio, é a mais isolada do país, pois não tem ligação rodoviária com o resto do Brasil, além de incrustada na selva amazônica, e a família Alcolumbre manda em Macapá, de modo que todo mundo que se manifestar pressionando Alcolumbre a dar início ao processo de impeachment de Moraes será identificada e poderá se tornar preso político, fazendo companhia às centenas dos presos políticos por Alexandre de Moraes.

E depois, Alcolumbre está de quatro para Moraes, pois tem rabo preso no STF, por isso nem muge nem tuge, pois, se mugir, ou tugir, se lascará. Embora, lascado já esteja, pois, além de boa parte dos senadores estarem na sua cola, quem está de olhou nele, também, é o presidente Donald Trump, que deverá tirar seu visto e de seus familiares para os Estados Unidos e aplicar contra ele a Lei Magnitsky, que o tornará um morto-vivo, financeiramente falando.

A partir de 1 de agosto, os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos serão taxados em 50%, o que significa que estamos fodidos. Além disso, Trump poderá romper com as Forças Armadas do Brasil, que já estão sucateadas e virarão ferrugem, além de cortar sinais de satélites para todo o território nacional e proibir aviões brasileiros no espaço aéreo americano.

Ah! Mas então a China tomará conta do Brasil mais facilmente. Não! A China não se mete a rabequista. O que a China quer é mercado, até porque ela não sobrevive sem o mercado americano, sem o dólar, sem as empresas americanas.

Em Macapá, a imprensa é majoritariamente adestrada, ou controlada, balcão de negócios, grande parte da população é de funcionários públicos e há muitos intelectoides, de modo que manifestações jogando Alcolumbre na parede é uma possibilidade remota.

Mas se os amapaenses, que enviaram Davi Alcolumbre para representá-los no Congresso Nacional, não podem se manifestar, pois podem ser massacrados como os manifestantes do 8 de Janeiro, o resto do Brasil patriota se manifestará, com a bênção de Trump e da democracia plena. Essa é a melhor herança que poderemos deixar para nossos filhos e netos.

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Mangueira cantará o Amapá no Carnaval de 2026 no Rio. Antecipe-se e leia JAMBU

JAMBU na edição do Clube de Autores: a Amazônia a partir do Amapá

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 18 DE JUNHO DE 2025 – O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, uma das maiores agremiações do Carnaval do Rio de Janeiro, apresentará, em 2026, o enredo Mestre Sacaca do Encanto Tucuju – O Guardião da Amazônia Negra, assinado pelo carnavalesco Sidnei França,  enaltecendo as tradições afro-indígenas do Estado do Amapá, na Amazônia Oriental. O governo do Amapá já repassou 10 milhões de reais para a Mangueira.

O maior ícone do Amapá é a Fortaleza de São José de Macapá, construída por escravos, negros e índios, sob o domínio português, o cadinho no qual se forjou a etnia macapaense. Os portugueses cruzaram com os africanos e geraram mulatos, e fornicaram com os índios, formando uma população de mamelucos; os africanos fundaram o distrito de Curiaú e o bairro do Laguinho, misturaram-se com os índios e legaram cafuzos; e mulatos, cafuzos e mamelucos misturaram-se, fechando o círculo, numa diversidade étnica viva nas ruas de Macapá, nas nuanças de peles que vão do alabastro ao ébano, passando pelo bronze e jambo maduro, unidos pelo sotaque caboco: a fusão do português falado em Lisboa, doces palavras tupis, línguas africanas, patoá das Guianas, tudo triturado em corruptela.

Os cariocas e os turistas, especialmente os estrangeiros, não entenderão nada do enredo, pois a Amazônia, que é a palavra mais conhecida do Brasil lá fora, é, na cabeça de quem não é da região, uma fantasia, principalmente o Amapá, o Estado mais isolado do país.

Macapaense, cafuzo, Raimundo dos Santos Souza, o Sacaca (1926-1999), famoso curandeiro em Macapá, era tão conhecido na cidade que se tornou folclórico. Tocador de caixa de Marabaixo e artesão de instrumentos, estudioso da cultura indígena Tucuju, os índios que habitavam as terras do município de Macapá até o século 18, era casado com Madalena Souza, a primeira Miss Amapá, com quem teve 14 filhos.

Rei Momo por mais de 20 anos, fundou blocos e escolas de samba e dá nome ao Centro de Pesquisas Museológicas Museu Sacaca, instituição cultural e científica subordinada ao Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), sediado em área de aproximadamente 21 mil metros quadrados no bairro do Trem, em Macapá.

O Museu Sacaca tem enfrentado problemas com a falta de recursos e de manutenção de suas instalações. Dez milhões de reais cairiam bem.

O “doutor da floresta” ou “curador da floresta”, como era chamado, apresentou, nos anos 1990, o programa A Hora do Campo, na Rádio Difusora de Macapá, e escreveu três livros sobre fitoterapia amazônica.

Políticos amapaenses estão assanhados com a notícia do Amapá no Carnaval do Rio e certamente a farra na Sapucaí será grande, com bastante maniçoba, camarão, unha de caranguejo e tacacá, regado a Cerpinha.

Um evento desses é sempre uma oportunidade para se divulgar a Hileia. O Amapá faz fronteira com a Guiana Francesa e Macapá é banhada pelo maior rio do mundo, o Amazonas, e cortada pela Linha Imaginária do Equador. Sua orla tem o encanto do Caribe, devido ao rio-mar, a presença mestiça, música caribenha e a comida nos hotéis e restaurantes, com base em peixes e frutos do mar.

Mas se os cariocas e turistas quiserem conhecer a Amazônia profunda sugiro que leiam o romance JAMBU, deste caboco natural de Macapá. Trata-se de um trabalho de criação, mas ambientado na Amazônia verdadeira, com personagens de carne e osso, vivas ou mortas, como o poeta Isnard Brandão Lima Filha e o artista plástico Olivar Cunha, ambos amapaenses.

A sinopse de JAMBU é a seguinte: durante o Festival Gastronômico do Pará e Amapá, no Hotel Caranã, localizado próximo ao Canal do Jandiá, no Lago do Pacoval, em Macapá, o jornalista João do Bailique caça um traficante de crianças e de grude de gurijuba.

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sexta-feira, 13 de junho de 2025

Leonardo DiCaprio precisa ler JAMBU antes de ir à COP30 e tomar tacacá. Quem sabe Maurício Galante traduz o romance para o grande ator?

Leonardo DiCaprio é bem-intencionado, mas para conhecer verdadeiramente a Amazônia precisa ler o romance ensaístico
JAMBU antes de ir à COP30 em Belém do Pará e tomar tacacá

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 13 DE JUNHO 2025 – Em 2004, Leonardo DiCaprio, então com 30 anos, esteve na Amazônia, no Parque do Xingu, Mato Grosso, juntamente com a então namorada, a modelo gaúcha Gisele Bündchen. Provavelmente foi a partir daí que começou a demonstrar preocupação com o desmatamento e incêndios na Amazônia. Era o segundo ano do governo Lula da Silva, que mergulhou a Hileia na sua fase mais devastadora. Atualmente, no quinto governo, comunista, do PT (Partido dos Trabalhadores), a Amazônia está virando carvão. 

DiCaprio procura se informar sobre a Amazônia. A história de que ele teria dito que há girafas na região é mito. É usada simbolicamente, porque DiCaprio pode ter informações geográficas, geológicas e biológicas sobre a Hileia, mas não sabe nada sobre os 27,8 milhões de habitantes do Trópico Úmido: índios, caboclos, ribeirinhos, quilombolas e descendentes de europeus, especialmente portugueses. 

Para DiCaprio, a Amazônia é uma espécie de pulmão e refrigerador do planeta, produzindo oxigênio e regulando o clima global. É fato que regula o clima global, mas não é o pulmão do mundo. Em 1971, o biólogo alemão Harald Sioli disse em entrevista a um repórter americano que a floresta amazônica absorve cerca de 25% do CO2 da atmosfera. Na sua matéria, o repórter trocou CO2 por O2 e deu a entender que a Amazônia produzia 25% do oxigênio do planeta. As algas marinhas, especialmente fitoplâncton, é que produzem cerca de 98% do oxigênio atmosférico. 

A Amazônia produz oxigênio, por meio da fotossíntese, mas o consome todo. Contudo, absorve grandes quantidades de dióxido de carbono, ajudando a refrigerar o clima global, além de influenciar as chuvas na América do Sul. 

De 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém do Pará, na Amazônia Oriental, será realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30. Os Estados Unidos estão fora, pois o presidente Donald Trump viu que a COP atende à agenda comunista, mantendo os países pobres subdesenvolvidos para instalarem ditaduras e melhor assaltarem e escravizaram suas populações. Mas Caprio prometeu ir a Belém. Talvez prove a mais emblemática iguaria da região: tacacá. 

Segundo o antropólogo Luís da Câmara Cascudo, tacacá deriva de um mingau indígena, mani poi, preparado com goma de tapioca temperada com tucupi, cebola, alho, cheiro-verde, jambu e camarão. Há a teoria de que teria surgido em Itacoatiara/AM, conforme relata o médico e explorador alemão Robert Christian Barthold Avé-Lallemant, autor do livro No Rio Amazonas, e que esteve na Amazônia e visitou a Vila de Serpa, atual Itacoatiara, em 1859. 

Robert classificou o tacacá como “a bebida nacional dos Mura”, uma das etnias que enfrentaram os portugueses e espanhóis com a mesma valentia e crueldade dos ibéricos. O etnólogo Kurt Nimuendaju escreveu: “De todas as tribos da Amazônia, a dos Mura foi a que mais extenso território ocupou, espalhando-se das fronteiras do Peru até o Rio Trombetas”, que limita o Amazonas com o Pará. 

Os Mura habitavam as bacias do Médio Amazonas, Solimões e Madeira, desde cerca de 1.450 a. C., até o século XVIII, quando foram trucidados pelos ibéricos. Seus remanescentes, cerca de mil famílias, habitam os municípios de Autazes e Itacoatiara, no estado do Amazonas. 

O padre jesuíta João Daniel registra no livro Tesouro Descoberto do Rio Amazonas, escrito entre 1757 e 1776, que os “índios do Rio Amazonas… tapuias do Amazonas… povoadores do Amazonas… usam da bebida tacacá… o tucupi é um sumo venenoso extraído da raiz da mandioca... cozido, perde o veneno, e então é servido como tempero de vários guisados e bebidas”. 

A iguaria, tal como é servida, hoje, é composta de goma de mandioca, tucupi, camarão seco e salgado, jambu, sal, alho e pimenta de cheiro a gosto. É servido em cuias. Coloca-se primeiramente um pouco de tucupi e um pouco de caldo da pimenta-de-cheiro com tucupi, a gosto, acrescenta-se goma, arranjam-se ramos do jambu, colocam-se camarões e acrescenta-se mais tucupi. 

Toma-se tacacá (não se diz beber) muito quente, na cuia, assentada em uma pequena cesta, para proteger as mãos. Utiliza-se um palito de madeira para fisgar o camarão e o jambu (Acmella oleracea), este, o tempero por excelência da Amazônia, utilizado em pratos que vão de pizza até bebida como cachaça. Faz os lábios tremerem de prazer. É rico em cálcio, fósforo, ferro, vitaminas C, B1, B2 e B3. 

Mascar jambu adormece o nervo trigêmeo e alivia dores de garganta e de dente. Em forma de chá ou macerado é diurético e ajuda a dissolver cálculos da vesícula biliar. A única contraindicação é para mulheres grávidas, pois provoca contrações do útero. É originário do Brasil, Colômbia, Guianas e Venezuela, e é conhecido também como agrião-do-pará, agrião-do-norte, agrião-do-brasil e jambuaçu. Cresce na várzea, até 30 centímetros de altura, formando uma folhagem densa e bem verde. As flores são amarelas e hermafroditas. 

Em Macapá/AP, minha cidade natal, cresce como mato nos quintais. 

O óleo essencial do jambu, rico em propriedades antioxidantes, diuréticas e anti-inflamatórias, é utilizado nas indústrias farmacêutica, cosmética e de higiene pessoal. Seu princípio ativo mais importante é o espilantol, extraído das flores, folhas e caule do jambu. Este arbusto começou a ser plantado em outras regiões do Brasil, como nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, destinado à indústria cosmética. Cultiva-se jambu também em Madagascar, Índia e China. 

É habitual consumir-se o tacacá no fim da tarde, em torno das bancas das tradicionais tacacazeiras, figura típica das ruas de diversas cidades da Amazônia. As vendedoras de tacacá têm ponto fixo em diferentes locais das cidades, permanecendo muitas vezes por décadas, de avós para netas, com clientela cativa. 

Em Belém, o tacacá é vendido em bancas ou quiosques, do meio da tarde para a noite. A mais ilustre tacacazeira foi dona Maria do Carmo Pompeu dos Santos, falecida em 3 de julho de 2014, aos 75 anos. Seu tacacá é o melhor do mundo; agora, são seus filhos, entre os quais José da Conceição Soero, o  Bito, que levam adiante a banca, na Avenida Nazaré, esquina da Quintino Bocaiúva, onde dona Maria trabalhou por 45 anos. Hoje, a Banca de Tacacá da Avenida Nazaré está presente em guias turísticos e gastronômicos do mundo todo. 

Sugiro a DiCaprio tomar o tacacá da Banca da Avenida Nazaré e levar para o hotel uma fatia de bolo de macaxeira, o autêntico, e mais saboroso do mundo. 

JAMBU, deste escritor, é um romance ensaístico. Tem como trama um enredo fictício, mas é ambientado na Amazônia profunda e trás personagens de carne e osso, vivas ou mortas, além das personagens de ficção. 

Conheço bastante a Amazônia. Nasci em Macapá, cidade banhada pelo maior rio do mundo, o Amazonas, e seccionada pela Linha Imaginária do Equador. Durante uma década e meia, trabalhei nos maiores jornais impressos da Hileia, como repórter, redator e editor. Muitos dos meus romances e contos são ambientados na Amazônia e sou um leitor voraz de livros científicos e literários sobre o Trópico Úmido. 

A Amazônia está à deriva, como se os presidentes da República, e os governadores da região, quisessem se desfazer dela, vendê-la, para gastar o dinheiro na Europa ou nos Estados Unidos. É uma zona de eterna colonização. 

Em entrevista que o coronel Gelio Fregapani concedeu a mim, para o site ABC Politiko, de Brasília, em fevereiro de 2005, ele afirmou que a reserva Ianomâmi, do tamanho de Portugal e na tríplice fronteira, em litígio, Brasil, Venezuela e Guiana, é a maior e mais rica província mineral do planeta, e que já havia manifestação na Organização das Nações Unidas (ONU) de torná-la nação independente do Brasil. 

Fregapani foi o mentor da Doutrina Brasileira de Guerra na Selva e fundou e comandou o Centro de Instrução de Guerra na Selva. No seu livro Amazônia – A Grande Cobiça Internacional (Thesaurus Editora, Brasília, 2000, 166 páginas), Fregapani critica ONGs como a WWF (Wold Wildlife Found). 

– Os Ianomâmi são uma nação verdadeira ou forjada? – perguntei-lhe. 

– Absolutamente forjada. São quatro grupos distintos, linguisticamente, etnicamente, e, por vezes, hostis entre eles. A criação dos ianomâmis foi uma manobra muito bem conduzida pela WWF com a criação do Parque Ianomâmi, para, certamente, criar uma nação que se separe do Brasil. O Parque Ianomâmi é uma região do tamanho de Portugal, ou de Santa Catarina, onde, segundo afirmação da Funai (Fundação Nacional do Índio), há 10 mil índios. A Força Aérea, que andou levando o pessoal para vacinação, viu que os índios não passam de 3 mil. Ainda que fossem 10 mil, há motivo para se deixar a área mais rica do país virtualmente interditada ao Brasil? O esforço deveria ser no sentido de integrá-los na comunidade nacional. Nenhuma epidemia vai deixar de atingir índios isolados. A única salvação, nesse caso, é a ciência médica. A área ianomâmi é imensa e riquíssima, está na fronteira e há outra área ianomâmi, similar, no lado da Venezuela. Então, está tudo pronto para a criação de uma nação. Um desses pretensos líderes, Davi Ianomâmi, orientado naturalmente pelos falsos missionários americanos, já andou pedindo na Organização das Nações Unidas (ONU) uma nação, e a ONU andou fazendo uma declaração de que os índios podem ter a nação que quiserem – respondeu. 

Ianomami é uma palavra criada por antropólogos, com o significado de “ser humano”. No Brasil, os índios que os ingleses denominam de ianomâmi ocupam as montanhas da fronteira com a Venezuela numa área contínua de 9.419.108 hectares, mais de duas vezes o estado do Rio de Janeiro, constituindo-se na região mais rica da Terra em minerais preciosos, e que as potências hegemônicas, com ajuda da ONU, querem transformar em colônia. 

Na Venezuela, os ianomâmis ocupam uma área de 8,2 milhões de hectares. Somando-se as duas áreas, dá um total de 192 mil quilômetros quadrados, abrangendo terras das bacias dos rios Amazonas e Orinoco, território coberto por densa floresta e as serras Parima e Pacaraíma, com solos inadequados à agricultura. O Pico da Neblina, ponto culminante do Brasil, dorme na Terra Indígena Ianomâmi e Parque Nacional do Pico da Neblina, na fronteira do Brasil com a Venezuela. 

O Projeto Radar da Amazônia (Radam), operado entre 1970 e 1985 pelo Ministério das Minas e Energia, coletou imagens aéreas de radar especialmente para análises geológicas, inclusive da Terra Indígena Ianomâmi. Entre 1987 a 1992, a região sofreu invasão de 45 mil garimpeiros, que sempre são acompanhados de todo tipo de aventureiros; queriam principalmente ouro. Cerca de 1.800 ianomâmis sucumbiram à invasão, principalmente vítimas dos microrganismos letais que os garimpeiros conduziam, além da violência. 

Em julho de 1993, garimpeiros invadiram uma aldeia ianomami, fuzilaram e mataram a golpes de facão 16 índios, entre os quais idosos, mulheres e crianças. Pela primeira vez, a Justiça brasileira condenou os réus por genocídio. Em novembro de 2014, uma equipe de pesquisadores visitou 19 aldeias e coletou 239 amostras de cabelo dos indígenas, e 35 amostras de peixes; 92% das amostras apresentaram alto índice de contaminação por mercúrio. 

O livro A Farsa Ianomâmi, do coronel Carlos Alberto Lima Menna Barreto, ex-comandante do Segundo Batalhão Especial de Fronteira, em Roraima, e ex-secretário de Segurança do antigo Território Federal de Roraima, procura provar que os ianomâmis são tribos indígenas espalhadas ao longo da fronteira do Brasil com a Venezuela, e não uma única tribo. 

O almirante Braz Dias de Aguiar, que morreu em 17 de setembro de 1947, dedicou 30 anos à Amazônia, ajudando na demarcação dos 10.948 quilômetros que a separam dos países vizinhos. Relatório de Braz de Aguiar dão conta de que as tribos indígenas do Vale dos Rios Negro e Branco pertencem às famílias aruaque e caribe. 

Segundo Menna Barreto, uma jornalista e fotógrafa suíça, Claudia Andujar, mencionou, pela primeira vez, em 1973, o grupo indígena por ela denominado “ianomâmi”, numa faixa na fronteira entre Brasil e Venezuela. Ela não agiu por conta própria, mas sob a orientação da Christian Church World Council, ou Conselho Mundial de Igrejas, sediada na Suíça, e dirigida por um Conselho Coordenador formado por seis entidades internacionais: Comitê International de la Defense de l´Amazon; Inter-American Indian Institute; The International Ethnical Survival; The International Cultural Survival; Workgroup for Indigenous Affairs; e The Berna-Geneve Ethnical Institute. 

Consta, nas diretrizes da Christian Church World Council: “É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígines, para o seu desfrute pelas grandes civilizações europeias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico”. 

Claudia Andujar promoveu a criação da organização não-governamental Comission for the Creation of the Yanomami Park, que, durante 15 anos, pressionou o governo brasileiro no sentido de criar uma área exclusiva para aqueles índios, que, na época, totalizavam pouco mais de 11 mil indivíduos. Em 1992, a organização foi vitoriosa. Fernando Collor de Mello, ex-presidente defenestrado do Palácio do Planalto, foi quem homologou a reserva Ianomâmi, em 25 de maio de 1992. São 97 mil quilômetros quadrados para um punhado de índios, além de ocupar faixa de fronteira, passando por cima da Constituição. 

A área contém as maiores jazidas de nióbio do planeta. O nióbio é de alto valor estratégico. Mais leve que o alumínio, adicionado ao aço é mais resistente do que aço amalgamado com cromo-niquelado. Além do seu uso na indústria aeroespacial, o nióbio é valioso na indústria bélica. A construção de cosmonaves e satélites depende de nióbio, resistente ao frio cósmico e ao impacto de pequenos meteoritos, além de ser um grande condutor de energia, em celulares, computadores e turbinas de aviões; 98% do nióbio do mundo estão na Amazônia. 

Ongs estrangeiras se amontoam na Amazônia, exatamente sobre gigantescas jazidas de minérios, especialmente nióbio. O presidente Lula da Silva homologou outra reserva, imensa, em Roraima, a Raposa Serra do Sol, onde só vivem índios aculturados. A Raposa e Serra do Sol mede 1.743.089 hectares para abrigar outro punhado de índios aculturados. 

Localizada no nordeste do estado de Roraima, a Raposa e Serra do Sol abrange terras dos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã, entre os rios Tacutu, Maú, Surumu e Miang, e a tríplice fronteira com a Venezuela e a Guiana. Nela, vivem cerca de 20 mil índios, ingaricós, macuxis, patamonas, taurepangues, uapixanas e patamonas. A maior parte da reserva é de cerrado; a porção montanhosa culmina com o monte Roraima, marco na tríplice fronteira Brasil, Venezuela e Guiana; o Monte Caburaí, onde fica a nascente do rio Ailã, ponto extremo do norte do país, também fica na reserva, demarcada no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998, e homologada pelo seu sucessor, Lula da Silva, em 2005. 

Nos anos de 1970, colonos começaram a plantar arroz nas terras, chegando a produzir 160 mil toneladas de grãos por ano, em uma área de 100 mil hectares, às margens do rio Surumu, na borda sul da reserva. Em junho de 2007, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a desocupação da reserva; em março de 2008, a Polícia Federal iniciou a Operação Upatakon III. Houve resistência, sob o argumento de que a área ocupada pelos arrozeiros correspondia a 1% do total da reserva, mas responsável por 6% da economia do estado Roraima. 

Em abril de 2008, o governo de Roraima entrou com representação no STF reivindicando a suspensão da ordem de desocupação. O governo federal enviou tropas da Força de Segurança Nacional, mas a representação foi acatada por unanimidade no Supremo e a Operação Upatakon III foi suspensa. Em 20 de março de 2009, o Supremo confirmou a homologação da Terra Indígena Raposa e Serra do Sol, determinando a retirada dos não indígenas da região. Na época, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, então comandante Militar da Amazônia, perguntou: “Como um brasileiro não pode entrar numa terra porque é uma terra indígena?” 

As reservas indígenas na Amazônia constituem uma inacreditável província mineral, mas é nelas que cerca de 100 mil Ongs estrangeiras deitam e rolam sobre esse tesouro brasileiro, segundo o general Durval Nery, do Centro de Estudos Estratégicos do Exército, e que comandou durante vários anos um Batalhão de Forças Especiais na Amazônia. Essas Ongs teriam a missão de desestabilizar o governo brasileiro e provocar uma intervenção internacional na Amazônia? 

É impensável, hoje, a Inglaterra, ou os Estados Unidos, ou seja lá quem for, tomar na marra a Amazônia, embora seja aparentemente fácil ocupar o próprio Brasil. Bastaria bombardearem Itaipu, Tucuruí e mais duas ou três hidrelétricas para invadir o país quase sem resistência. Não temos navios de guerra, nem submarinos, nem caças, muito menos mísseis. 

A New Steel, mineradora americana que levou de Serra do Navio, no Amapá, 40 milhões de toneladas do manganês mais puro do mundo, deixando um buraco gigantesco. 

Em 1943, o interventor do Território Federal do Amapá, capitão Janary Gentil Nunes, já sabia que na região dos rios Amapari e Araguari havia manganês, que entra na composição de várias ligas de aço, na fabricação de fertilizantes, no clareamento de vidros, no fabrico de pilhas secas e na produção de tintas e vernizes. Janary fora avisado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). 

Em 1945, ofereceu um prêmio em dinheiro para quem identificasse exatamente onde o minério estava. Um comerciante ribeirinho, chamado Mário Cruz, levou pessoalmente ao interventor algumas pedras que usara como lastro para seu barco, escuras e pesadas. O material foi analisado no DNPM, no Rio de Janeiro, pelo engenheiro Glycon de Paiva, que bateu o martelo: tratava-se de manganês de alto teor. 

Glycon foi então à região analisar os depósitos. Ele viu uma profusão de morros cobertos de floresta; um deles era um gigantesco bloco de manganês que lembrava a proa de uma embarcação. Então Janary convenceu o presidente Gaspar Dutra a criar uma reserva nacional englobando a mina de manganês e conferindo ao Território Federal do Amapá a competência para prospectá-la e explorá-la por meio de concessão. 

Três empresas responderam ao convite para explorar a mina: a subsidiária brasileira da United States Steel, Companhia Meridional de Mineração; a Hanna Coal & Ore Corporation; e a Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio de Minérios de Ferro e Manganês (Icomi), fundada em 1942, com sede em Belo Horizonte e atuação em Minas Gerais, que venceu a concorrência. 

Só que depois de ganhar a concorrência, a Icomi se associou à americana Bethlehem Steel, maior consumidora mundial de manganês, formando a holding Caemi Mineração, criada por Augusto Trajano de Azevedo Antunes, paulistano nascido em 1906 e falecido na Cidade Maravilhosa, em 1996, formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica de São Paulo, em 1930. Com a guerra fria, a União Soviética deixou de suprir de manganês o mercado norte-americano, aumentando, assim, a cotação internacional do produto. 

Augusto Nunes, que já explorava o minério de ferro no pico do Itabirito, em Minas Gerais, criou então a Icomi, em 1947, e, em 1948, começou as atividades de mineração no Amapá. O contrato de exploração, assinado em 1947, previa que a Icomi teria de investir no Amapá pelo menos 20% de seu lucro líquido; a exploração de um perímetro máximo de 2.500 hectares, o equivalente a 0,17% do território amapaense, e o pagamento de 4% a 5% da receita totais em royalties ao governo do Amapá. 

Previa, ainda, uma área adicional de 2.300 hectares para a construção de instalações industriais, complexo ferroviário, e duas vilas, que dariam origem às cidades de Santana e Serra do Navio, as quais começaram a ser construídas em janeiro de 1957 e ficaram prontas em 1959. 

A Estrada de Ferro Amapá, inaugurada em 1957, tem 194 quilômetros, ligando Serra do Navio ao Porto de Santana. Em 1980, com o manganês de Serra do Navio, comprado a preço de banana, estocado nos Estados Unidos, a Bethlehem vendeu sua participação para a Caemi, que encerrou a exploração de manganês em 1997, embora, em 1953, no governo de Getúlio Vargas, a concessão para explorar o minério previa o prazo de 50 anos. 

Desde 2003, a Caemi pertence à Companhia Vale do Rio Doce. Em março de 2006, a MMX Mineração e Metálicos, do empresário Eike Batista, assumiu o controle da Estrada de Ferro Amapá, por vinte anos. Em 2008, a MMX foi vendida para a Anglo American. Em 2013, o controle foi repassado para a mineradora inglesa Zamin, e, em 2015, para a Secretaria de Estado de Transportes, quando a linha ferroviária foi também paralisada. Hoje, o governo do Amapá acusa a Icomi de contaminar com arsênio o Porto de Santana e a Vila Elesbão. 

O morro que lembrava a proa de um navio desapareceu e se transformou numa cratera, até acabar o manganês de boa qualidade. “Não se previa que a exploração seria tão intensiva a ponto de esgotar totalmente a reserva” – comentou Aziz Ab’Sáber, titular do Departamento de Geografia e professor emérito do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). As escavações eram feitas 24 horas por dia. Algumas crateras formaram lagos, alimentados pelo lençol freático. O Morro do Navio foi transformado no Lago Azul. 

O fato é que a Icomi cumpriu o contrato, mas o poder público deixou que Santana e Serra do Navio sucumbissem. Os governos que passaram pelo Amapá, durante o reinado da Icomi, nunca aplicaram os royalties com sustentabilidade. Restou também o porto mais estratégico da Amazônia, Santana, de onde se pode exportar matéria-prima e produtos manufaturados e industrializados para todo o planeta. A rodovia Perimetral Norte, que deveria ligar Macapá a São Gabriel da Cachoeira, é hoje a única alternativa de transporte para Serra do Navio. A Anglo American comprou uma área da Icomi para a pesquisa de ouro no município vizinho de Serra do Navio, Pedra Branca do Mapari, e descobriu uma mina gigantesca. 

A Jari Florestal e Agropecuária, fábrica de celulose à margem do rio Jari, foi criada em 1967, pelo bilionário norte-americano Daniel Keith Ludwig e seu sócio Joaquim Nunes Almeida. A fábrica de celulose foi construída no Japão, em Kobe, usando tecnologia finlandesa: duas plataformas flutuantes para a produção de celulose e de energia, 55 megawatts, usina alimentada por óleo de petróleo e cavacos de madeira, tudo ao custo de 200 milhões de dólares. 

A fábrica de celulose e a usina foram rebocadas do Japão, num percurso de 25 mil quilômetros, em 53 dias, até as terras que Ludwig adquiriu, na divisa entre Pará e Amapá, 16 mil quilômetros quadrados, quase o estado de Sergipe, para a instalação do projeto, onde o americano construiu porto, ferrovia, estradas e uma cidade, Monte Dourado, que alcançou, em 1982, ano em que Ludwig se desfez do projeto, 30 mil habitantes. 

Ele planejava plantar gmelina e ampliar as atividades para mineração, pecuária e agricultura. Em 1982, Ludwig já havia desembolsado no Jari 1,15 bilhão de dólares. Em 2000, o Projeto Jari passou a ser controlado pelo Grupo Orsa, e, em 2004, recebeu certificação da Forest Stewardship Council, como um empreendimento viável. Isso poderia ter acontecido com Serra do Navio, ou com Fordlândia, se houvesse interesse político. 

O fato é que a Amazônia já está ocupada. Por exemplo: o Japão não importa mais apenas bauxita, mas alumina, produzida graças à energia de Tucuruí agregada ao produto. 

Para os índios a saída é a aculturação. Estradas, ferrovias, pontes, linhas de transmissão elétrica, represas, minerações, posseiros, garimpeiros, desmatamento, entorno desfigurado, poluído, e todo tipo de aventureiros tornam as terras indígenas colchas de retalhos, um faz de conta. Assim, as reservas indígenas ao norte da Amazônia só servem para garantir o saque estrangeiro. 

Cada vez mais índios procuram a cidade grande em busca de escola, emprego, saúde, de misturar-se e amalgamar-se ao cadinho étnico brasileiro, embranquecendo-se, mesmo expondo-se à discriminação, à prostituição, ao alcoolismo, ao uso de entorpecentes e ao suicídio. Em Manaus, por exemplo, pelo menos 90% da população são indígenas. 

Na Amazônia, crianças ribeirinhas, quando não são devoradas por microrganismos, são capturadas por uma teia de predadores, entre os quais familiares, incluindo os pais, e terminam nas mãos dos seus carrascos, e são estupradas até morrerem. Nas pequenas cidades, povoados no meio da selva, adolescentes são jogadas em prostíbulos dos quais nem o diabo já ouviu falar, mas todos os garimpeiros, caminhoneiros, grileiros, políticos, toda a bandidagem na Hileia sabe onde é. E nesses locais o único universo que conhecem é a escravidão e a dor. 

Relato publicado em JAMBU: “Eu tinha sete anos quando meus padrinhos apareceram em Calçoene (AP) e pediram ao meu pai para eu ir com eles para Macapá. Eu não queria ir, e chorei muito, mas não teve jeito, o meu pai achava que era melhor para mim. Quando chegamos a Macapá, minha madrinha começou a me ensinar a cuidar da casa; era muito trabalho e eu apanhava muito porque demorava a aprender e não dava conta de tudo. Eu dormia em um quartinho no quintal, separado da casa. 

“Logo depois que cheguei, toda noite meu padrinho ia ao meu quarto, com o filho dele mais velho, de 17 anos, e ensinava ao rapaz como ele deveria me estuprar. Eu chorava demais, porque doía muito. Tenho certeza que minha madrinha ouvia meu choro e sabia o que estava se passando, mas fazia de conta que não sabia nada. Vivi naquele inferno durante 9 anos; engravidei cinco vezes, mas a maldita da minha madrinha me dava remédio e eu abortava”. 

Meu site (raycunha.com.br) é mais lido nos Estados Unidos, onde, um dos meus leitores é o vereador em Arlington, no Texas, o paulistano Maurício Galante, primeiro brasileiro eleito vereador nos Estados Unidos, onde trabalha com paraquedismo e golfe, além de ser palestrante sobre empreendedorismo e comentarista político. 

Quem sabe Maurício Galante traduza JAMBU e dê um jeito de enviar a tradução para o famoso ator de Hollywood, Oscar por O Regresso! JAMBU põe a Amazônia nuazinha, ali, à frente do leitor, como um abismo.

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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Greta Thunberg é lucrativa para os comunistas. A Amazônia está fritando enquanto Lula passeia

Os suecos não educaram Greta Thumberg. Não deu outra

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 11 DE JUNHO DE 2025 – Seis e meia de 7 de outubro de 2023, um sábado. O grupo terrorista islâmico Hamas lança mais de 5 mil bombas e invade Israel pela Faixa de Gaza, assassinando mais de mil civis, 275 soldados e 58 policiais israelitas, e sequestram em torno de 250 civis, entre os quais 30 crianças, além de soldados israelenses. Centenas de mulheres são estupradas, torturadas e mortas, bebês são degolados na frente dos seus pais, pessoas são incendiadas vivas e os terroristas incendeiam várias casas durante o ataque. No litoral, militantes palestinos abrem fogo contra barcos israelenses.

No festival de música de Re'im, ao ar livre, os terroristas mataram pelo menos 360 jovens, estuprando as mulheres. Mais de 3.400 israelenses ficaram feridos, 247 soldados e civis foram feitos reféns e mais 200 pessoas desapareceram. Alguns terroristas usavam câmeras corporais para registrar os atos. No corpo de um deles havia a seguinte nota: “O inimigo é uma doença que não tem cura, a não ser decapitar e retirar corações e fígados”. Mesmo assim, países árabes e muçulmanos culpam Israel pelo ataque.

O ataque foi liderado pelos grupos militantes palestinos: Hamas, Jihad Islâmica e Frente Popular para a Libertação da Palestina, com apoio do Irã. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, apoiou verbalmente o ataque.

Hamas quer dizer “zelo”, “força” ou “bravura” em árabe, é o Movimento de Resistência Islâmica, organização política e militar palestina de orientação sunita islâmica, que governa a Faixa de Gaza, parte dos territórios palestinos, com sede na Cidade de Gaza, com presença também na Cisjordânia, o maior dos dois territórios palestinos, controlado pelo rival secular do Hamas, o Fatah.

O presidente brasileiro, Lula da Silva, apoia o Hamas, inclusive com doação de dinheiro dos brasileiros, e acusa Israel de fazer uma limpeza étnica na Palestina, comparando Israel aos nazistas.

9 de junho de 2025. Forças israelenses abordam no Mar Mediterrâneo 12 ativistas pró-palestinos, entre os quais a sueca Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila, a bordo do iate Madleen, para que os ativistas produzissem fotos e vídeos para fazer de conta que estavam levando ajuda humanitária à Gaza. Thunberg foi deportada para a França. O povo que vive em Gaza já recebe a necessária ajuda humanitária de Israel.

Gaza está sob bloqueio para impedir que armas cheguem aos combatentes do Hamas no local. Em 2010, 10 ativistas turcos foram mortos por soldados israelenses durante a abordagem do navio turco Mavi Marmara, que liderava uma flotilha de suposta ajuda humanitária à Gaza.

Greta Tintin Eleonora Ernman Thunberg é uma militante do meio ambiente famosa. Nasceu em Estocolmo, em 3 de janeiro de 2003. Tornou-se conhecida ao liderar o movimento Greve das Escolas pelo Clima, a partir de agosto de 2018, quando Greta começou a matar aulas para protestar próximo ao parlamento sueco, exigindo mais ações para mitigar as mudanças climáticas. Milhares de estudantes de outras comunidades seguiram Greta e realizaram manifestações pelo clima em diversos países, as chamadas Sextas para o Futuro.

Em 2018, Greta foi convidada para discursar na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática. A partir daí, greves estudantis pipocaram todas as semanas em algum lugar do planeta.

Famosa, Greta atravessou o Oceano Atlântico a bordo de um veleiro (para não poluir o planeta) até os Estados Unidos, para participar da Cúpula das Nações Unidas sobre Ação Climática, em 2019.

Greta foi diagnosticada com síndrome de Asperger, o transtorno do espectro autista, obsessivo-compulsivo. Vegetariana, é ativista também pelo direito dos animais.

O efeito estufa é um processo natural na Terra. A natureza mantém a temperatura adequada para a vida. Alegando que a queima de combustíveis fósseis para produção da indústria, transporte e geração de energia, a pecuária e a agricultura, liberam grandes quantidades de gases de efeito estufa na atmosfera, países industrializados não querem, por exemplo, o desenvolvimento da Amazônia, deixando-a subdesenvolvida e ao ponto para ser explorada pelas nações hegemônicas, embora regiões como a Europa já estejam completamente desmatadas e países como a China sejam os maiores poluidores do planeta.

De 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém do Pará, na Amazônia, será realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30. Os Estados Unidos estão fora, pois o presidente Donald Trump viu que a COP atende à agenda comunista, de manter os países pobres para instalarem ditaduras e melhor assaltarem suas populações.

Greta também não se manifestou se irá ou não a Belém. De qualquer forma, o ator americano Leonardo DiCaprio, aquele que faz um discurso defendendo as girafas da Amazônia pulmão do mundo, já anunciou que irá tomar tacacá em Belém.

Quanto à Amazônia, sob o governo declaradamente comunista de Lula da Silva e sua ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, acriana, nunca foi tão desmatada e fritada. Lula e sua consorte, Janja da Silva, vivem batendo perna mundo afora, hospedando-se nos hotéis mais caros do mundo, juntamente com sua comitiva de dezenas e até centenas de desocupados. Marina Silva vive em São Paulo, no bem-bom.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Duas mulheres despontam como favoritas para o Senado no Amapá: Silva Waiãpi e Rayssa Furlan

Silvia Waiãpi luta pelo Linhão de Tucuruí e a Margem
Equatorial, que tirarão o Amapá da pobreza endêmica

RAY CUNHA

Rayssa e seu marido, o prefeito Dr. Furlan
BRASÍLIA, 9 DE ABRIL DE 2025 – Silvia Waiãpi e Rayssa Furlan despontam como favoritas na corrida para o Senado, em 2026, no estado do Amapá. Silvia Waiãpi, do PL, conta com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, líder da Direita. Deputada federal eleita em 2022, Silvia Waiãpi, indígena, é natural de Pedra Branca do Amapari. Foi a única deputada federal pelo Amapá a assinar o projeto de lei de anistia a Bolsonaro. 

Como deputada federal, Silvia Waiãpi está sempre na linha de frente, no Congresso Nacional, lutando pelas pautas da Amazônia, especialmente pelo linhão de Tucuruí e a exploração da Margem Equatorial, que redimirão o Amapá de sua pobreza endêmica. 

Quanto à Rayssa Furlan (Podemos), esposa do atual prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB), é pule de 10 para o Senado. Médica, Rayssa tem se dedicado também às áreas educacional e da família, no âmbito de suas ações como primeira-dama. 

Segundo comenta-se nos meios políticos de Macapá, o senador Randolfe Rodrigues (PT/AP), líder do governo no Senado, é carta fora do baralho. Conterrâneo do presidente Lula da Silva, natural de Garanhuns/PE, Randolfe sofre os respingos da corrupção que perpassa os três governos Lula, a quem tem que defender no Senado. 

Também é repudiado pelo seu apoio à ditadura sangrenta de Nicolás Maduro, na Venezuela, apoio à tentativa de o Supremo Tribunal Federal (STJ) calar a imprensa e censurar as redes sociais, apoio às prisões políticas que abarrotam a Papuda, e ao fato de ser contra a anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. 

Outra acusação que pesa sobre Randolfe é quanto aos pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, acusado de ignorar a Constituição e conduzir processos ao arrepio da lei, segundo a argumentação dos pedidos de impeachment sobre os quais o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), por sinal, também do Amapá, sentou seu corpanzil.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Do manganês mais puro do mundo ao turismo em Serra do Navio. A Margem Equatorial é a redenção do pobre e violento Estado do Amapá

Em JAMBU jornalista investiga traficante de crianças e de grude
de gurijuba durante o Festival de Gastronomia do Pará e Amapá

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 28 DE FEVEREIRO DE 2025 – Leitora pergunta que fim levou o manganês de Serra do Navio, município do Amapá, e o que é a Margem Equatorial. Vamos lá! A mineradora americana New Steel levou de Serra do Navio, distante 208 quilômetros de Macapá, no Amapá, 40 milhões de toneladas do manganês mais puro do mundo, deixando um buraco gigantesco, que se transformou na Lagoa Azul. 

A escavação para extração de manganês alcançou o lençol freático e a mina foi inundada com água cristalina e própria para banho, cor de anil devido à presença de carbonato de manganês. Essa é a Lagoa Azul, com até 80 metros de profundidade. 

Em 1943, o interventor do então Território Federal do Amapá, capitão Janary Gentil Nunes, já sabia que na região dos rios Amapari e Araguari havia manganês, que entra na composição de várias ligas de aço, na fabricação de fertilizantes, no clareamento de vidros, no fabrico de pilhas secas e na produção de tintas e vernizes. Janary fora avisado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Em 1945, ofereceu um prêmio em dinheiro para quem identificasse exatamente onde o minério estava. 

Um comerciante ribeirinho, chamado Mário Cruz, levou pessoalmente ao interventor algumas pedras que usara como lastro para seu barco, escuras e pesadas. O material foi analisado no DNPM, no Rio de Janeiro, pelo engenheiro Glycon de Paiva, que bateu o martelo: tratava-se de manganês de alto teor. 

Glycon foi então à região analisar os depósitos. Ele viu uma profusão de morros cobertos de floresta; um deles era um gigantesco bloco de manganês que lembrava a proa de uma embarcação. Então Janary convenceu o presidente Gaspar Dutra a criar uma reserva nacional englobando a mina de manganês e conferindo ao Território Federal do Amapá a competência para prospectá-la e explorá-la por meio de concessão. 

Três empresas responderam ao convite para explorar a mina: a subsidiária brasileira da United States Steel, Companhia Meridional de Mineração; a Hanna Coal & Ore Corporation; e a Sociedade Brasileira de Indústria e Comércio de Minérios de Ferro e Manganês (Icomi), fundada em 1942, com sede em Belo Horizonte e atuação em Minas Gerais, que venceu a concorrência. 

Só que depois de ganhar a concorrência, a Icomi se associou à americana Bethlehem Steel, maior consumidora mundial de manganês, formando a holding Caemi Mineração, criada por Augusto Trajano de Azevedo Antunes, paulistano nascido em 1906 e falecido na Cidade Maravilhosa, em 1996, formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica de São Paulo, em 1930. 

Com a guerra fria, a União Soviética deixou de suprir de manganês o mercado norte-americano, aumentando, assim, a cotação internacional do produto. Augusto Nunes, que já explorava o minério de ferro no pico do Itabirito, em Minas Gerais, criou então a Icomi, em 1947, e, em 1948, começou as atividades de mineração no Amapá. 

O contrato de exploração, assinado em 1947, previa que a Icomi teria de investir no Amapá pelo menos 20% de seu lucro líquido; a exploração de um perímetro máximo de 2.500 hectares, o equivalente a 0,17% do território amapaense, e o pagamento de 4% a 5% da receita total em royalties ao governo do Amapá. 

Previa, ainda, uma área adicional de 2.300 hectares para a construção de instalações industriais, complexo ferroviário e duas vilas, que dariam origem às cidades de Santana e Serra do Navio, as quais começaram a ser construídas em janeiro de 1957 e ficaram prontas em 1959. 

A Estrada de Ferro Amapá, inaugurada em 1957, tem 194 quilômetros, ligando Serra do Navio ao Porto de Santana. Em 1980, com o manganês de Serra do Navio, comprado a preço de banana, estocado nos Estados Unidos, a Bethlehem vendeu sua participação para a Caemi, que encerrou a exploração de manganês em 1997, embora, em 1953, no governo de Getúlio Vargas, a concessão para explorar o minério previa o prazo de 50 anos. 

Desde 2003, a Caemi  pertence à Companhia Vale do Rio Doce. Em março de 2006, a MMX Mineração e Metálicos, do empresário Eike Batista, assumiu o controle da Estrada de Ferro Amapá, por vinte anos. Em 2008, a MMX foi vendida para a Anglo American. Em 2013, o controle foi repassado para a mineradora inglesa Zamin, e, em 2015, para a Secretaria de Estado de Transportes, quando a linha ferroviária foi também paralisada. 

Hoje, o governo do Amapá acusa a Icomi de contaminar com arsênio o Porto de Santana e a Vila Elesbão. O morro que lembrava a proa de um navio desapareceu e se transformou numa cratera, até acabar o manganês de boa qualidade. “Não se previa que a exploração seria tão intensiva a ponto de esgotar totalmente a reserva” – comentou Aziz Ab’Sáber, titular do Departamento de Geografia e professor emérito do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP). 

As escavações eram feitas 24 horas por dia. Algumas crateras formaram lagos, alimentados pelo lençol freático. O Morro do Navio foi transformado no Lago Azul. O fato é que a Icomi cumpriu o contrato, mas o poder público deixou que Santana e Serra do Navio sucumbissem. Os governos que passaram pelo Amapá, durante o reinado da Icomi, nunca aplicaram os royalties com sustentabilidade. 

Restou também o porto mais estratégico da Amazônia, Santana, de onde se pode exportar matéria-prima e produtos manufaturados e industrializados para todo o planeta. A rodovia Perimetral Norte, que deveria ligar Macapá a São Gabriel da Cachoeira, é hoje a única alternativa de transporte para Serra do Navio. A Anglo American comprou uma área da Icomi para a pesquisa de ouro no município vizinho de Serra do Navio, Pedra Branca do Mapari, e descobriu uma mina gigantesca. 

Após a retirada da Icomi, o poder público abandonou Serra do Navio, hoje, um município do Estado do Amapá, na Amazônia Oriental, com 7.713 quilômetros quadrados e mais de 5,5 mil habitantes, criado em 1 de maio de 1992. A Vila de Serra do Navio foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2010. 

Serra do Navio virou uma cidade fantasma. O que fazer nela? Um empresário descobriu: turismo. O empreendedor Wirley Almeida, natural de Serra do Navio, se especializou como mateiro, guiando amigos e pesquisadores por trilhas que poucos conheciam na floresta que circunda a cidade. 

– Houve uma grande fuga das pessoas daqui indo pra cidade grande procurar emprego. Então, a gente sempre escutou isso: Serra do Navio é uma cidade fantasma. Isso deixava a gente bastante triste, porque não é para quem vive aqui, nasceu aqui, tem sua família aqui. A gente fica até chateado de ouvir um negócio desses – comentou Wirley Almeida. 

Nessa época, ele descobriu a fotografia, com foco na paisagem e nos animais. 

– Comecei a ver que eu tinha um dom, comecei a fotografar e aprendi tudo na internet. Abri a minha primeira rede social e ali eu já comecei a jogar algumas fotografias que eu já tinha e vi que muita gente se interessou – disse. 

As fotos começaram a fazer sucesso nas redes sociais. 

– Quando a minha rede social bateu os 5 mil seguidores, percebi que existiam turistas na minha página, que falavam: Eu quero ir aí, com quem eu falo? Comecei a analisar os dados das fotografias, as pessoas estavam gostando muito do pôr do sol e nascer do sol, da neblina e da nossa Lagoa Azul – e começou a montar um roteiro turístico. 

Wirley Almeida criou uma agência de turismo ecológico e investiu 20 mil reais no negócio, em barracas, mochilas e artigos que aluga e são utilizados nos passeios. Resultado: vem atendendo cerca de mil turistas por ano, nos quatro anos da agência. 

Agora, vamos à Margem Equatorial. Trata-se de um lençol de petróleo em alto mar, entre a foz do Rio Oiapoque, no Amapá, e o Rio Grande do Norte, uma continuação da jazida de petróleo e gás da costa da Guiana, abrangendo cinco bacias: Foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, em uma extensão de 2.200 quilômetros. 

Guiana, Suriname, Guiana Francesa e a Margem Equatorial Brasileira formam a Margem Atlântica Equatorial Sul-Americana (Maesa). A primeira descoberta na Maesa ocorreu em 2011, no campo Zaedyus, com reserva estimada em 11 bilhões de barris, na Guiana Francesa, onde trabalham, atualmente, 24 empresas. Até 2027, instalarão seis plataformas, com produção de 1,2 milhão de barris por dia, superior ao campo de Tupi, maior produtor brasileiro. 

A Guiana, ex-colônia da Espanha, Holanda e do Império Britânico, era um dos países mais pobres do mundo, até 2015, quando descobriram petróleo na sua costa e a ExxonMobil e a Hess, dos Estados Unidos, e a CNOOC, da China, começaram a explorar o óleo, 11 bilhões de barris, a 200 quilômetros do litoral e a uma profundidade de 1.690 metros. Agora, a Guiana cresce 45% ao ano, o maior índice de expansão econômico do planeta, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). 

No lado brasileiro se discute os riscos ambientais na exploração da Margem Equatorial, estimada em 10 bilhões de barris de petróleo. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) disse não à Petrobras para exploração de petróleo a 175 quilômetros da costa do município de Oiapoque/AP e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas. 

O Amapá é um dos Estados mais pobres e violentos e o mais isolado do Brasil, carente de energia elétrica, saneamento básico e infraestrutura tecnológica, em país assolado pela corrupção e narcotráfico. A Margem Equatorial seria sua redenção. 

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil) é do Amapá, mas ele está mais preocupado em blindar de um possível impeachment o ditador Alexandre de Moraes. 

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT), também foi eleito pelo Amapá, mas seu foco, no momento, é defender o presidente Lula da Silva, de quem é conterrâneo, garanhuense/PE.

Condenado por corrupção em três instância e preso, Lula foi descondenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e eleito presidente da República pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em dois anos de desgoverno, o país está afundando em gastança desenfreada, corrupção, inflação e avanço do crime organizado.

Como se não bastasse, Lula vem destruindo a história de parceria entre os Estados Unidos e o Brasil, chamando o presidente americano, o republicano Donald Trump, líder mundial da Direita, de fanfarrão fascista e se aliando a ditadores e terroristas.

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