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O Rio quer Mourão no comando (Foto: Marcos Corrêa/PR) |
RAY CUNHA
BRASÍLIA, 1 DE DEZEMBRO DE
2021 – Em política tudo pode mudar de uma hora para outra, e tudo é
possível, mas, neste 1 de dezembro de 2021, o cenário parece estável. Desde a
Constituição de 1988, os fabianos, comunistas camuflados, começaram a assediar
o poder com ferocidade. Em 1990, Fidel Castro, Fernando Henrique Cardoso (FHC)
e Luiz Inácio Lula da Silva criaram o Foro de São Paulo, reunindo esquerdistas
de toda a Ibero-América, com a missão de transformarem o Brasil em uma União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) tropical.
Em 2003, FHC elege Lula
presidente da República, e o Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula, permanece
no poder até 2016, aparelhando tudo. Em 2018, surge um candidato conservador, o
capitão do Exército e deputado federal Jair Messias Bolsonaro, ficha limpa e
que promete estancar a roubalheira no país, já então histórica. Nunca se roubou
tanto.
Bolsonaro caiu nas graças do
eleitor. Ainda candidato, aonde ia formava-se logo uma multidão para ouvi-lo e
aplaudi-lo. A esquerda ficou apavorada. Não se sabe ainda quem, mandaram
matá-lo a facada. O ex-Psol Adélio Bispo de Oliveira foi o encarregado de
assassinar Bolsonaro. Aplicou-lhe uma peixeirada no baixo ventre que quase o
transfixa. Quando conseguiram chegar com um moribundo Bolsonaro à Santa Casa de
Misericórdia de Juiz de Fora/MG, ele já tinha perdido metade do seu sangue, mas
sobreviveu, e ganhou as eleições.
Desde que assumiu, em 1 de
janeiro de 2019, a esquerda vem tentando acabar com ele. Se não conseguiram
matá-lo, teria que ser apeado do Palácio do Planalto a qualquer custo, pois
Bolsonaro não rouba e não deixa roubar. Resultado disso: com o dinheiro que não
é roubado ele vem construindo uma infraestrutura básica e de transportes com
velocidade e qualidade nunca vistas no país, apesar da pandemia do vírus
chinês.
Mesmo assim o Supremo Tribunal
Federal (STF) e o Senado se uniram para acabar politicamente com Bolsonaro. Só
que dezenas de milhões de pessoas vão às ruas sempre que o golpe fica
escancarado demais. E depois Bolsonaro tem um trunfo: a Constituição de 1988,
que o protege.
No último 7 de Setembro, a
esquerda quebrou a cara. Dezenas de milhões de pessoas foram às ruas pedindo a
Bolsonaro intervenção das Forças Armadas para frear a ditadura da toga. A
esquerda aguardava ansiosa que Bolsonaro fizesse isso e caísse em desgraça no
cenário internacional, abrindo as portas para uma guerra civil, que é o que os
fabianos querem, pois sabem que no cenário de hoje teriam ajuda da China, o que
poderia dar início até a uma terceira guerra mundial.
Porém o Brasil está destinado a
ser o coração do mundo e pátria do Evangelho, pelos seus recursos naturais e
seu povo ecumênico.
Os fabianos estão desesperados
devido aos seguintes fatores: jejum de grana e impossibilidade de desviarem
verbas públicas e de porem as mãos em centenas de bilhões de reais escondidos
em paraísos fiscais; apoio popular a Bolsonaro; a sagacidade do presidente; a
assessoria que recebe da inteligência da Agência Brasileira de Informação
(Abin) e das Forças Armadas; e a Constituição.
Como eu disse, em política tudo
pode mudar de uma hora para outra, mas a leitura que se pode fazer agora é a de
que Bolsonaro será reeleito presidente em 2022, conduzindo nosso país na reta
final de se tornar uma potência mundial.
Com essa configuração política, o
vice-presidente, Hamilton Mourão, pode se tornar governador do Rio de Janeiro,
o mais importante estado brasileiro do ponto de vista geopolítico. Mesmo
afirmando que não concorrerá ao governo do Rio pesquisas apontam o
vice-presidente como favorito, pois os cariocas sabem do profundo conhecimento
que Mourão tem do Rio de Janeiro, sua competência administrativa e sua
honestidade. E se Bolsonaro apoiar Mourão dificilmente ele não será eleito
governador.
O estado do Rio de Janeiro vem
sendo governado por máfias comandadas até por ex-governadores, década após
década. Em termos de corrupção e má gestão o estado é o pior do país. Se os
cariocas, que estão cansados de gangsters montados na burra, elegerem um
governador honesto e competente (e tem que ser muito, muito competente), capaz
de organizar, e limpar, a polícia, e implementar tolerância zero com o crime,
especialmente o crime organizado, o Rio de Janeiro, com os recursos que tem, do
turismo ao petróleo, se transformará também em vitrine econômica para o Brasil.
Pesquisa do Instituto Gerp para
governador do Rio em 2022 aponta o general Hamilton Mourão (PRTB) liderando a
corrida. Mourão disse que é “pura especulação”. Contudo, foram entrevistadas
1.200 pessoas entre 10 e 17 de agosto, dando Mourão com 18% das intenções de
voto, seguido pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), com 15%; o
deputado federal Marcelo Freixo (PSB), com 12%; o ex-prefeito de Niterói,
Rodrigo Neves (PDT), com 7%; e o atual governador, Cláudio Castro (PL), com 6%.
No cenário sem Mourão na corrida
um dos arqui-inimigos de Bolsonaro, Freixo, passa à liderança, o que pode fazer
com que Bolsonaro apoie Mourão, pois sabe que não se pode dar um passo sequer
em falso, pois poderá ser fatal.
Todos os governadores eleitos do
Rio de Janeiro nos últimos 20 anos foram presos. Sérgio Cabral foi o que mais
mamou. Preso em novembro de 2016, sua pena já ultrapassa 170 anos de cadeia.
Ele era o próprio crime organizado. A lista de políticos presos no Rio é
quilométrica. Além dos governadores, todos os presidentes da Assembleia
Legislativa do estado (Alerj), de 1995 a 2017, foram presos. Há até
conselheiros do Tribunal de Contas do Estado enjaulados.
Mourão nasceu em Porto Alegre/RS,
em 15 de agosto de 1953, mas foi morar no Rio, no bairro da Urca, aos 9 anos.
Conhece o estado e a cidade do Rio tão bem como a Amazônia, pois serviu
amplamente em ambas as regiões, e é um dos oficiais mais brilhantes do
Exército.
Em entrevista na rádio carioca AM
710, ao radialista Antônio Carlos, presidente do PRTB/RJ, Mourão disse que o
Rio ainda tem um grande espaço para continuar sendo uma cidade maravilhosa.
– O Rio de Janeiro é um retrato 3 por 4 do que
ocorre no Brasil como um todo. Ele não foge daquilo que nós viemos enfrentando
no País, além da crise política que vive, não é? Lamentavelmente, no nosso
Estado, os últimos governos foram extremamente controvertidos por praticamente
todos eles estarem envolvidos em atos de corrupção, em desvios de recursos
públicos que deveriam ser utilizados para atender às necessidades da população
e na realidade foram desviados para os bolsos – disse Mourão.
– A primeira coisa que a gente
precisa, vamos dizer assim, é de uma classe política realmente comprometida com
a moralidade, a legalidade, a impessoalidade e com transparência, ou seja, com
os bons princípios da administração pública. Nós precisamos, na questão
econômica, resolver os dois problemas que são iguais aos do Brasil. Um é o
equilíbrio fiscal no Rio de Janeiro. Ele tem que entrar dentro do orçamento que
é capaz de arrecadar e esse orçamento ser utilizado sem desperdícios e sem
corrupção – analisa.
– E, para isso, reformas que vêm
sendo feitas como a questão previdenciária, a questão administrativa, um
enxugamento do estado, é necessário para que ele realmente seja mais moderno,
mais ágil e tenha a capacidade de atender as necessidades da população e também
a questão da produtividade e tributos, que são muito elevados – observa.
E arremata:
– Há cem anos o mundo estava
emergindo da Segunda Guerra Mundial, enfrentando a pandemia da gripe espanhola.
Matou muito mais gente do que essa pandemia da covid-19. Logo depois entrou na
grande depressão, em ascensão do nazi fascismo e do comunismo, esses
totalitarismos que a gente quer ver para sempre banidos da história política do
mundo, e só depois o mundo passou a viver um momento de tranquilidade. Os
nossos avós e bisavós enfrentaram isso aí e agora nos tocou a vez de enfrentar
essa pandemia. Vamos superar. Precisamos estar unidos.
O estado do Rio de Janeiro situa-se
na Região Sudeste, limitando-se com Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo,
além do Oceano Atlântico. Com mais de 17 milhões de habitantes e 43.780,172
quilômetros quadrados, seu litoral, com 635 quilômetros de extensão, é o
terceiro mais extenso do país, atrás da Bahia e do Maranhão.
A cidade do Rio de Janeiro, ou
simplesmente Rio, ou Cidade Maravilhosa, é o maior destino turístico
internacional no Brasil, da Ibero-América e de todo o Hemisfério Sul,
constituindo-se na cidade brasileira mais conhecida no exterior, a grande
vitrine internacional do Brasil.
Com mais de 6 milhões de
habitantes, é um dos principais centros econômicos, culturais e financeiros do
país, identificada por ícones como o Pão de Açúcar, a estátua do Cristo
Redentor, as praias de Copacabana e Ipanema, o Estádio do Maracanã, a floresta
da Tijuca, o réveillon de Copacabana; o carnaval carioca; o samba etc. etc. A
cidade em si é a história viva do Brasil.
Com a legalização do jogo de
azar, o que deverá ocorrer até o próximo ano, e um governador com tolerância
zero com a corrupção, o Rio de Janeiro se tornará uma das cidades com maior
fluxo turístico do mundo. O jogo de azar é uma das principais indústrias na
maior parte das democracias do planeta, principalmente nos países do Primeiro
Mundo, e, em alguns deles, é a principal fonte de recursos.
A clandestinidade do jogo de azar
leva a potencialização do crime organizado, já que essa atividade corre à
margem do Estado, sem fiscalização, sem deveres legais e sem contribuir com sequer
um centavo para com o orçamento do país.
Um dos países onde mais se joga
no mundo é o Brasil, movimentando cerca de 5 bilhões de dólares por ano, sem
fiscalização e sem pagar nenhum centavo de imposto, nem gerar emprego formal.
Só o jogo do bicho movimenta 10 bilhões de reais por ano, segundo estudo do
Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL)/BNLData.
Também de acordo com o
IJL/BNLData, o mercado de jogos no Brasil tem potencial de faturar 15 bilhões
de dólares por ano, deixando para o erário 4,2 bilhões de dólares, além de 1,7
bilhão de dólares em outorgas, licenças e autorizações, isso, sem somar
investimentos e geração de empregos na implementação das casas de apostas. E
geraria mais de 658 mil empregos diretos e 619 mil empregos indiretos.
O jogo de azar é praticado em
muitos países, como, por exemplo, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha,
França, Bélgica, Espanha, Itália, Suíça, Grécia, Portugal, Áustria, Holanda,
Mônaco, Uruguai etc. A Região Administrativa Especial de Macau, na China, é
hoje o principal centro de jogos do mundo, desbancando Las Vegas, nos Estados
Unidos, como capital mundial dos cassinos, e faturando, com apenas 35 cassinos,
38 bilhões de dólares por ano. Os mais de 100 cassinos de Las Vegas faturam 8
bilhões de dólares por ano e só uma de suas maiores redes conta com 50 mil
empregados.
Quando o jogo foi proibido no
Brasil, em 1946, havia 70 cassinos espalhados pelo país empregando mais de 40
mil trabalhadores, incluindo artistas como Carmen Miranda e Orlando Silva; era,
então, a indústria que mais fazia o país prosperar.
Para o presidente do Instituto
Brasileiro Jogo Legal (IJL), o jornalista especializado em loterias e apostas
Magno José Santos de Sousa, professor do curso de pós-graduação em Comunicação
Empresarial da Universidade Candido Mendes (Ucam/RJ) e editor do BNLData, o
Brasil se submete a uma das legislações mais atrasadas do mundo para o setor, e
adverte: “A clandestinidade não anula a prática”.
Contratada pelo portal
BNLData/Instituto Brasileiro Jogo Legal, a Paraná Pesquisas consultou 238
deputados federais, em maio de 2019, com a pergunta: “O Sr. (a) é a favor ou
contra a legalização de todos os jogos de azar no Brasil, ou seja, a
legalização de cassinos, jogo do bicho, casas de bingo, vídeo-jogo e jogo
online?” Resultado: 52,1% dos deputados federais manifestaram-se favoráveis à
legalização dos cassinos, jogo do bicho, bingos, vídeo-jogo e jogo online;
40,8% foram contrários; e 7,1% não responderam.
Pesquisa realizada pela Global
Views on Vices, em 2019, estima que no mundo 70% da população são favoráveis
aos jogos de azar e 25% não. Aqui, 66% dos brasileiros são favoráveis ao jogo,
contra 25%.
A oposição acha que a legalização
dos jogos de azar pode agravar problemas na saúde, com alto custo de tratamento
dos apostadores contumazes, além de aumentar a exploração sexual e a
prostituição, piorar a segurança pública e prejudicar ações de combate à
corrupção, aumentando lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e evasão de
receitas. Ora, tudo isso ocorre agora, precisamente por causa da
clandestinidade do jogo de azar, alimentando a corrupção, propina e chantagem.
Somente no Senado há quatro
propostas de legalização do jogo, a mais adiantada delas pronta para ser votada
em Plenário, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 186/2014, do senador Ciro
Nogueira (PP/PI), que autoriza a exploração de “jogos de fortuna” on-line ou
presenciais em todo o território nacional, incluindo o jogo do bicho,
videobingo e videojogo, bingos, cassinos em complexos integrados de lazer,
cassinos on-line e apostas esportivas e não esportivas. Os demais são o PLS
2.648/2019 do senador Roberto Rocha (PSDB/MA); PLS 4.495/2020, do senador Irajá
(PSD/TO); e o PLS 595/2015, do ex-senador Donizetti Nogueira, que seguem na
mesma linha do PLS do senador Ciro Nogueira.
Por todas essas razões, a
clandestinidade do jogo de azar é um equívoco que já dura 79 anos, urgindo
legalização inadiável e irreversível.