quinta-feira, 26 de maio de 2022

O que fizeram de ti, Rio de Janeiro?

Cristo Redentor. Foto de Tânia Rego/Agência Brasil

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 26 DE MAIO DE 2022 – O comunismo, teoria político-econômica de Karl Marx, poeta e dramaturgo fracassado, foi posta em prática durante sete décadas na Rússia e outros países invadidos pela Rússia. O resultado foi uma das maiores catástrofes da História, repetida pelos chineses, coreanos do norte, Cuba e agora pela Venezuela, Argentina e Chile. 

Mataram mais de duas centenas de milhões de pessoas, seus próprios conterrâneos, pela fome. Em Cuba, famílias colocam suas meninas nos puteiros para não morrerem de fome. Na Venezuela, logo, logo começarão histórias de canibalismo. Na Argentina, que já foi um dos dez países mais ricos do mundo, muita gente já está comendo lixo. 

No comunismo, a população vira escrava dos líderes revolucionários, que se tornam os donos do Estado. A população perde o direito à propriedade de suas casas e crianças são escolhidas a dedo para serem estupradas em propriedades secretas dos líderes comunistas. Não há Legislativo nem Judiciário, mas somente partido único, e os narcotraficantes passam a agir livremente, desde que deixem uma espécie de imposto para o Estado. 

É o que está acontecendo no Rio de Janeiro, vitrine do Brasil, a cidade mais linda do planeta. A pedido de um dos partidos comunistas do país, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu que a polícia combata o crime no Rio. O resultado é que os chefões de todo o país foram para lá e a tornaram a capital do crime. 

O Rio começou a virar a Meca da bandidagem em 15 de março de 1991, quando o comunista Leonel Brizola assumiu como governador, até 2 de abril de 1994. Brizola fez vista grossa aos chefões do narcotráfico. Aí a bandidagem foi ampliada em velocidade quântica. 

De 1 de janeiro de 1995 a 1 de janeiro de 2003, outro comunista, Fernando Henrique Cardoso, assumiu a presidência da República, e, em 2003, até 2016, entrou o Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Lula, que pretendia instalar uma ditadura nos moldes de Cuba. 

Em 2019, assumiu o capitão do Exército Jair Messias Bolsonaro, que desde então vem impedindo a roubalheira capitaneada por Lula e procura reduzir a criminalidade nas ruas em todo o Brasil. Mas Lula conseguiu aparelhar o Estado. Já até tentaram matar Bolsonaro, que só não morreu à facada porque é forte como um leão e conseguiu sobreviver. Mas continuam tentando. 

Quanto ao Rio, a Cidade Maravilhosa está em guerra. Não demora e as máfias tomarão conta do Palácio da Guanabara. Está claro aos patriotas brasileiros que não nos livraremos dos comunistas pela paz, mas pela única linguagem que eles entendem: a do inferno.

Não importa o que pensem, digam e divulguem no exterior, se a situação ficar insustentável as Forças Armadas terão que intervir, pela sobrevivência do próprio país. Será a grande oportunidade de uma erradicação em escala da praga. Já temos vírus demais à solta.

Repórter investiga tráfico de crianças e descobre complô com o objetivo de eliminar Bolsonaro

Edição da amazon.com.br: conseguirão eliminar Bolsonaro?

RAY CUNHA*

Edição clubedeautores.com.br

BRASÍLIA, 26 DE MAIO DE 2022 – Ao investigar tráfico de crianças em Brasília repórter descobre indícios de que essas crianças, depois de servirem sexualmente até morrerem, são queimadas e seus restos misturados a compostagem utilizada nos jardins públicos de Brasília. Também descobre um complô do establishment para eliminar o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e sua família.

O Partido dos Trabalhadores (PT) chegou ao poder, pelas garras de Lula, em 1 de janeiro de 2003, e foi defenestrado pelo neurônio único Dilma Rousseff, em 2016. Planejava instalar uma ditadura tipo a de Cuba, porém não combinara com as Forças Armadas. Mas conseguiu desviar trilhões de reais e aparelhar o Estado. 

Bolsonaro se candidatou à presidência, prometendo estancar a roubalheira e a partilha dos ministérios, e investir na infraestrutura do país. Quando viram que ele ia ganhar tentaram matá-lo. O assassino aplicou um facão nas vísceras de Bolsonaro que mataria um búfalo, mas ele resistiu e conseguiu assumnir a presidência da República. Vem fazendo tudo o que prometeu. Agora, o complô é para que ele não se reeleja, ou não seja reempossado. 

É esta a sinopse de O CLUBE DOS ONIPOTENTES, meu último romance, que mistura personagens de ficção com a história política recente do país. Bolsonaro morrerá? Será preso? O clube dos onipotentes rirá por último? No último capítulo, o repórter sai atrás de um pato no Cerrado. 

Leia O CLUBE DOS ONIPOTENTES. Você pode adquiri-lo no: 

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RAY CUNHA e o grafite sobre tela Tuiuiú Crucificado, de Olivar Cunha

*RAY CUNHA é jornalista, escritor e terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa. Natural de Macapá/AP, trabalhou nos grandes jornais da Amazônia e de Brasília/DF, onde mora. é autor dos romances: JAMBU, FOGO NO CORAÇÃO, HIENA, A CONFRARIA CABANAGEM e A CASA AMARELA

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Sete graus no Parque da Cidade, Brasília em chamas, o diabo chupando manga verde no despautério do mundo e o garanhuense do AP

Ray Cunha e seu último livro, O CLUBE DOS ONIPOTENTES:
thriller político ambientado na ditadura da toga e a permanente
tentativa de eliminarem o presidente Bolsonaro e sua família

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 20 DE MAIO DE 2022 – Hoje é aniversário da minha amada, Josiane Souza Moreira Cunha. Namoramos há 34 anos. Nosso namoro é como uma viagem no dorso da luz e que se passa sempre agora. Poesia é isso, uma queda para cima, um corte em profundidade, o azul, tão azul que sangra. 

Ontem, saí para caminhar logo após às 7 horas. Caminho, geralmente, no Parque da Cidade, que faz divisa com meu bairro, o Sudoeste. Fazia 7 graus centígrados. Para mim, a temperatura ideal é 21 graus. Estava agasalhado, é claro. Pensei que mesmo assim Brasília está em chamas, especialmente a Praça dos Três Poderes. Vivemos a ditadura da toga. 

Quando penso na expressão “Brasília em chamas” lembro imediatamente do livro de contos de Ruan Rulfo, Chão em Chamas, e do meu conto Almoço de Trabalho no Porcão, do meu livro O Casulo Exposto, pois me remetem à Esplanada dos Ministérios, ao Museu da República, de Oscar Niemeyer. Em agosto, meio-dia, o concreto de Niemeyer chega aos 60 graus e qualquer ponta de cigarro na palha do gramado pega fogo. 

Mas o fogo, agora, é outro. Bolsonaro se elegeu prometendo erradicar a quadrilha dos gafanhotos e está fazendo isso. Os gafanhotos sabem que se ele se reeleger jogará um Saara de cal sobre os comunistas brasileiros e, de quebra, da Ibero-América. 

Quando caminho sem a companhia da minha gata, geralmente atravesso o Parque da Cidade até os Setores Comercial e Hoteleiro Sul. Gosto de observar o hall dos grandes hotéis e sentir o cheiro dos cafés. Quando caminhamos todo o nosso corpo é mobilizado, inclusive a glândula pineal, que conecta o espírito ao corpo físico. É quando recebo mensagens dos meus mentores espirituais. 

Romances inteiros já surgiram nas minhas caminhadas. As personagens vão nascendo e as que já existem conversam comigo, e, assim, a trama vai nascendo. Em recente conversa com o escritor Fernando Canto, enquanto degustava uma cuia de tacacá no restaurante Delícias do Pará, na Rua Hamilton Silva 1499, no Centro, praticamente já no bairro de Santa Rita, em Macapá, conversamos sobre isso. 

Quando escrevemos um romance não seguimos nunca um esquema. Não dá certo. Esquema é para ensaio. Escrevemos apenas. Depois que os personagens disseram tudo o que tinham a dizer e fizeram tudo o que tinham a fazer, temos uma trama. Aí, é hora dos cortes, da lapidação, até a joia aparecer em todo o seu esplendor. 

Falando em Macapá, minha cidade natal, sou pouco conhecido lá. Apenas alguns artistas, amigos da juventude, me conhecem, mas o fato de que sou conservador os afastaram. Li que a Academia Amapaense de Letras (AAL) elegerá dez novos sócios, deliberação tomada em reunião de diretoria realizada no dia 9 de maio. O edital do concurso deverá ser publicado na próxima semana, com vigência até 18 de junho. Acho que eu não teria a menor chance. 

A propósito, a Academia Brasileira de Letras (ABL) integrou recentemente um compositor, Gilberto Gil, e uma atriz, Fernanda Montenegro. Gilberto foi ministro da Cultura de Lula e Fernanda Montenegro participou da campanha eleitoral de Lula e de Sérgio Cabral. 

Que dirá o Amapá, que elegeu Jegue Sarney senador vitalício! A grande obra do autor de Marimbondos de Fogo foi anexar o Amapá ao Maranhão. A propósito, Jegue é da ABL. Já deve ser também da AAL. O Amapá elegeu ainda senador o coordenador da campanha de Lula, Randolfo Rodrigues, conterrâneo de Lula, natural de Garanhuns/PE. 

Randolfe foi condecorado pela França com a Legião de Honra “como reconhecimento por sua atuação em assuntos como meio ambiente e ao combate à pandemia”. O atual governo francês é comunista e faz coro a Randolfe e Leonardo DiCaprio de que Bolsonaro está incendiando a Amazônia. Mentira. Bolsonaro está resgatando a Amazônia. Lula e seus antecessores no Palácio do Planalto é que desde 1986 estavam entregando a Amazônia para a grilagem internacional. 

A Amazônia Legal é o sertão brasileiro. Os governadores de lá mandam em tudo, vigiam tudo, mantêm seus currais eleitorais igual o Partido Comunista Chinês mantém os chineses na linha. Deus livre alguém de compartilhar uma notícia comigo contra um capo di tutti capi do Amapá. 

Quanto à pandemia do vírus chinês, a única coisa que Randolfo fez foi a encenação da CPI da covid-19. Foi uma coisa melancólica aquilo, o Harry Potter de Garanhuns, o cara de capivara do Amazonas e o Lampião do brejo de Alagoas. 

Acredito que antes de agosto a queda de braço entre o Supremo e Bolsonaro chegue ao fim. Não vejo meio termo nisso. Um dos dois lados poderá ser estripado, ou golpeado na saboneteira, com uma katana. Isso é simbólico, é claro. O fim mesmo só se dará com a reeleição de Bolsonaro é um novo Senado, que cumpra seu papel com patriotismo.

De uma forma ou de outra, ainda este ano vamos ver o diabo chupando manga verde no despautério do mundo.

Quem deseja a eliminação do presidente Jair Messias Bolsonaro? Ninguém sabe. Ou sabe?

O CLUBE DOS ONIPOTENTES na edição do clubedeautores.com.br

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 20 DE MAIO DE 2022 – Jornalista investiga tráfico de crianças e se depara com conspiração para matarem, prenderem, ou, de alguma maneira, eliminarem o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

Em 2018, ainda candidato, Bolsonaro prometeu que se fosse eleito não permitiria que ninguém roubasse no Executivo; que se alguém fosse flagrado em roubo seria demitido e despachado para a Justiça. Também prometeu que não lotearia seu ministério, que seus ministros seriam técnicos.

Quando viram que ele seria eleito, mesmo fazendo campanha sem dinheiro e sem tempo na televisão, contando apenas com os que acreditavam nele e um telefone celular, enviaram um assassino para matá-lo. Adélio Bispo, ex-Psol, eviscerou Bolsonaro, o facão quase vara o mito em formação. Até ser socorrido na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora/MG, Bolsonaro perdeu metade do seu sangue. Mas, forte como um búfalo sobreviveu, e continuou fazendo campanha na cama. Foi eleito e tomou posse.

Desde então, tentam matá-lo, prendê-lo, ou, de alguma forma, acabar com ele e seus familiares, filhos, incluindo uma menina, e sua esposa. Sua mãe já se foi, por morte natural.

Mas quem deseja a morte de Bolsonaro? Ninguém sabe. Ou sabe?

Mudando de assunto, o Partido dos Trabalhadores (PT), clube pertencente a Lula, se instalou no poder de 2003 a 2016. Nesses 13 anos, foram desviados trilhões de reais da burra, inclusive do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e principalmente da Petrobras, que, finalmente, Bolsonaro, se não for morto ou eliminado de alguma maneira, privatizará.

Os petistas pretendiam se perpetuar no poder, até a instalação definitiva de uma ditadura tipo a de Fidel Castro em Cuba e Hugo Chávez Maduro na Venezuela. Como todos sabem, Dilma Rousseff implodiu o PT, mas já haviam aparelhado profundamente o Estado.

É este o cenário do meu último romance, O CLUBE DOS ONIPOTENTES, um trhiller político com personagens de ficção e reais, vivas e mortas. Mostra como surgiu o ovo da serpente, o mago negro de nove cabeças e nove garras de urubu. 

É leitura para uma noite, ou nos intervalos do trabalho. Adquira O CLUBE DOS ONIPOTENTES no: 

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terça-feira, 17 de maio de 2022

Clube dos togados e príncipes do Senado criam maçonaria. O Harry Potter de Garanhuns conseguirá culpar Bolsonaro pela frente fria?

José Maria Trindade, de Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, um dos
maiores analistas políticos do jornalismo brasileiro está lendo
O CLUBE DOS ONIPOTENTES, de Ray Cunha, thriller político no estilo
de AGOSTO, de Rubem Fonseca. Em O CLUBE jornalista investiga
tráfico de criança e se depara com um complô contra Bolsonaro

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 17 DE MAIO DE 2022 – Brasília está cada vez mais parecida com Sodoma e Gomorra: as bacanais políticas ocorrem a céu aberto, como se diz. A última conspiração que paira no ar cada vez mais intoxicante de Brasília foi uma reunião, que deveria ser secreta, na casa da senadora Katia Abreu (PP/TO), quarta-feira 11, à luz de velas, reunindo a nata do país: senadores e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa notícia já é de conhecimento até das calçadas bombardeadas de Brasília. 

O Supremo foi representado pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes, este, é aquele que prende todo mundo; só não prendeu ainda Bolsonaro por três razões: o mito é escravo da Constituição, o povo o adora e as Forças Armadas o apoiam. 

Por parte do Senado, reuniu-se uma fauna que faz inveja a qualquer circo: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), e os senadores Jaques Wagner (PT/BA), Randolfe Rodrigues (Rede/AP), Renan Calheiros (MDB/AL), Marcelo Castro (MDB/PI), Tasso Jereissati (PSDB/CE) e Weverton Rocha (PDT/MA), e o ex-governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). Kátia participou ou só entrou com a boia? 

Acertaram um plano, uma frente em defesa do Supremo, que se acha atacado. Por quem? Como assim atacado? Defenderam com unhas e dentes as urnas ridículas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Pacheco jurou que não deixará o STF sozinho, que o defenderá com todas as armas. 

O senador Renan Calheiros disse à Folha de S.Paulo que os próximos passos do clube será definir uma agenda e pedir ajuda a outros parlamentos do planeta; para exatamente o que, ele não disse. 

– O grupo não tem nome ainda – Calheiros explicou, com seu gracioso sotaque de capiau de Alagoas. – Não sabemos quantos somos; sabemos somente desse grupo menor que participou do jantar da Kátia e de outras reuniões. Tem que ver pelo perfil, quem defende a Constituição e está disposto a se entregar a essas tarefas de fazer a relação com outros parlamentos do mundo, atrair observadores para a eleição, fortalecer o Supremo, que é o poder da vez que está sendo contestado, não deixar o STF solitário. – Parece que o negócio é sério. 

Não se tem notícia de que Randolfe Rodrigues tenha dado faniquito durante o repasto. Conterrâneo de Lula, natural de Garanhuns/PE e eleito senador pelos amapaenses, que também adoram Jegue Sarney, que anexou o Amapá ao Maranhão, Randolfe é coordenador da campanha de Lula e odeia profundamente Bolsonaro. 

Randolfe põe a culpa de qualquer coisa que acontece em Bolsonaro. Queixou-se ao Supremo que Bolsonaro seria a causa da pandemia do vírus chinês e o Supremo lhe deu uma CPI, que, é claro, só fez ridicularizar ainda mais o Harry Potter de Garanhuns. 

Agora, Bolsonaro deverá ser acusado da frente fria que vem aí. A Defesa Civil Nacional alerta para massa de ar frio da Antarctica que desde domingo 15 avança pela Região Sul e atingirá o Sudeste, o Centro-Oeste e chegará até a Região Norte. No Sul, nevará, e em Brasília poderá cair até geada. O frio se dissipará até 23 de maio.

Bolsonaro que se cuide, pois ainda não desistiram de estripá-lo. Como não conseguiram matá-lo à facada, os comunistas deixaram de lado a revolução e querem acabar com o mito pela democracia mesmo. Só não combinaram com o povo, com as Forças Armadas e com a Constituição.

domingo, 15 de maio de 2022

Minha namorada

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 15 DE MAIO DE 2022 – Quinze de maio de 1988 foi um domingo como hoje, ensolarado. Naquele dia, há 34 anos, comecei a namorar minha gata, Josiane Souza Moreira Cunha. Ela tinha 19 anos. É a cafuza mais linda que já vi na galáxia. Pode ser que em outra galáxia haja uma ainda mais charmosa, mas não na Via Láctea. Eu já ia pelos 33 anos; 19 anos só de álcool, 17 do meu batismo de fogo como escritor e 13 de jornalismo – um gato escaldado. E ela, uma ninfeta. 

Naquele dia, levei-a para ver O Último Imperador da China, de Bernardo Bertolucci, no Cine Márcia, um cinema antigo, enorme, que havia no Conjunto Nacional. Naquela noite, embarquei na nave da gata e nunca mais paramos de viajar, de nos beijar, de namorar. Só não saímos ainda da galáxia porque é muito grande. 

Hoje, tomamos café juntos, bem juntinhos, torteletes de morango e o blend que eu preparo, com café gourmet do sul de Minas, encorpado, misturado a um arábica mais torrado. Depois, fomos caminhar no Parque da Cidade, dentro da manhã azul do outono de Brasília. Mais tarde, bem, mais tarde há um mundo de perspectivas para nós dois. Sempre houve. 

Ela e eu vivemos intensamente, porque agora. Nem o passado nem o futuro nos interessa. Curtimos tudo agora. Sempre foi assim. Aqui, no planeta, cavalgamos a luz; as viagens estelares são movidas em velocidade quântica e energia tântrica. 

De modo que é como se nos conhecêssemos agora, sempre agora. Estamos permanentemente em sintonia, nossos espíritos, e nem reparamos nos nossos corpos, a não ser para viajarmos neles para um plano onde só há luz, jardins infinitos, fadas e animais fantásticos. Um mundo como o primeiro beijo.

 

O primeiro beijo que me deste explodiu

Como relâmpago na minha alma

Feriu-me, doce como brisa,

Pétalas pousando no púbis de um anjo

 

Desde então, flor da minha vida,

Voo na tua dimensão

Grávido de ti, como um abismo,

Mulher amada!

 

Segue-me, pois te mostrei quase nada

E tenho a chave dos sonhos

Que conduzem à eternidade

 

À fogueira do nosso amor, minha namorada,

Ao voo vertiginoso

Da luz movida a acme

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Adeus, amigos!

Ray Cunha e O CLUBE DOS ONIPOTENTES: a ditadura da
toga e a tentativa de assassinarem Jair Messias Bolsonaro

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 13 DE MAIO DE 2022 – Amigos são as criaturas que amamos e que nos amam. Geralmente, os grandes amigos são nossos pais. Lembro-me de quando eu era criança, nos momentos de dor, doença ou tristeza nada era mais redentor do que a presença da minha mãe ou do meu pai. Nossos irmãos também são grandes amigos. Todos os meus irmãos são muito importantes para mim, vivos e mortos. E nossos companheiros e filhos são anjos que nos acompanham. 

Daí que quando um amigo deixa de nos amar e se ausenta é como se arrancassem um pedaço da gente. Tive um amigo com quem eu batia papo durante horas e nunca esgotávamos nossa conversa. Um dia, escrevi que Lula fora enjaulado e meu amigo rompeu comigo formalmente, por e-mail. Senti sua falta, mas minha vida é intensa demais; não produz espaço para vazios. 

Sou muito rico, pois tenho amigos que nunca me deixam, principalmente no plano espiritual. Aqui na Terra, conto com grandes amigos, especialmente meus irmãos. E há os velhos amigos, como o escritor Fernando Canto. Não sei, e nem me interessa saber, a ideologia do Fernando Canto; o que é bom na nossa velha amizade são os papos, não de horas, mas de dias, que eu mantenho com ele, regados a muita comida e bebida. Ele é uma das pessoas mais cultas de Macapá e isso é muito, muito bacana. 

Também tenho amigos como Ernest Hemingway, Gabriel García Márquez, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Antoine de Saint-Exupéry, Machado de Assis, e tantos outros, com quem me reúno no plano astral. Há, ainda, na minha estante, tantos amigos, como Stieg Larsson, Mario Vargas Llosa, são muitos. E há as personagens que eu criei, que são vivas, e com quem converso de vez em quando. 

Tenho as madrugas e rosas ofertadas pelo poeta Isnard Brandão Lima Filho, manhãs azuis como poemas da Alcinéa Maria Cavalcante, o fluir da tarde, que corre como um rio para a noite prenhe do perfume dos jasmineiros chorando. Tenho Mozart, Beethoven, Pérez Prado, Nino Rota. E o Sudoeste, meu bairro.

Os amigos que se afastam de mim fazem muito bem, pois, assim, não se violentarão nem me magoarão, pois a liberdade é sempre o melhor caminho.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Mulheres que querem ser mãe e não conseguem

FOGO NO CORAÇÃO em edição da amazon.com.br

RAY CUNHA* 

BRASÍLIA, 11 DE MAIO DE 2022 – Ao planejarem os corpos humanos os engenheiros siderais projetaram a mulher para servir de casulo a novos corpos, os bebês, mas algumas ou nasceram com algum defeito, ou seu aparelho reprodutor sofreu danos, ou seu homem não conseguem engravidá-las, de modo que sentem dificuldade a um desejo feminino nato: ser mãe. 

A medicina avançou muito no século passado e avança cada vez mais acelerada. Hoje, os médicos pesquisadores têm um conhecimento razoável do funcionamento do útero, órgão importante do aparelho reprodutor, e desenvolveram a fertilização in vitro (FIV), técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na união do espermatozoide com o ovócito em ambiente laboratorial (in vitro), em mulheres que não conseguem engravidar naturalmente. 

A fertilização in vitro pode ser realizada pela inserção de um único espermatozoide no ovócito ou pela deposição de 50 mil a 100 mil espermatozoides ao redor dos ovócitos. Assim, o óvulo é fecundado fora do corpo. Somente depois que o embrião começa a se formar é inserido no útero. Aí, começa a gravidez. O sucesso ocorre em 45% dos casos. Em 2002, o alemão Wolfgang Paulus publicou o resultado de seus estudos mostrando que a acupuntura, em casos de fertilização assistida, dobra a chance de sucesso da gravidez. 

Como coadjuvante, a Medicina Tradicional Chinesa, mais conhecida no Brasil como acupuntura, pode preparar a mulher como um todo, holisticamente, para fortalecer o útero e ela toda, tanto fisicamente como psicologicamente, para engravidar e dar à luz um bebê saudável. 

O primeiro bebê de proveta nasceu em 1978, no Reino Unido, em trabalho realizado pelos médicos ingleses Patrick Steptoe e Robert Edwards. Hoje, esse sonho de muitos casais é realizado com frequência. As primeiras mulheres que se submeteram à fertilização in vitro sofriam de obstrução nas trompas; atualmente, a FIV atende mulheres que não ficam prenhas porque seu homem não consegue engravidá-las, por defesa imunológica baixa, endometriose etc. 

Há também uma causa que a ciência não aborda: a espiritualista. Mas isso é para outro artigo. 

A ciência chegou à conclusão de que um casal com a mulher em torno de 35 anos é considerado com problemas de fertilidade quando não consegue a gravidez naturalmente ao longo de doze meses. As causas podem ser inúmeras. Por exemplo: baixa concentração ou espermatozoides defeituosos, vasectomia, doenças venéreas, obstrução das tubas uterinas, laqueadura, endometriose, pouca quantidade ou baixa qualidade de óvulos, doenças genéticas, tudo isso pode impedir a gravidez. 

Se for o caso de impedimento de ambos, mas a mulher desejar gestar uma criança, os óvulos e os espermatozoides podem ser de doadores. 

Feita a inseminação, a mulher segue o protocolo do médico. A Medicina Tradicional Chinesa pode entrar como coadjuvante, para fortalecer a mulher e garantir que seu bebê nascerá. O tratamento com acupuntura deve ser iniciado de um a dois meses antes do tratamento e continuar durante três meses após a transferência de embriões, com sessões uma ou duas vezes por semana. Deve-se também realizar uma sessão no dia da inseminação ou um dia antes e um dia depois. 

A acupuntura garantirá o necessário fluxo de sangue para o útero e a redução de ansiedade e do risco de aborto. São trabalhados especialmente o Mar do Ying, ou meridiano do Vaso da Concepção e os canais do baço-pâncreas e do rim, este, responsável pela geração e crescimento do embrião e do bebê.​

 

RAY CUNHA é formado em Medicina Tradicional Chinesa pela Escola Nacional de Acupuntura (Enac), jornalista e escritor, autor de FOGO NO CORAÇÃO

terça-feira, 10 de maio de 2022

Comissão de Assuntos Sociais do Senado debate a regulamentação da profissão de acupunturista

O trabalho de conclusão de curso de Ray Cunha na Escola Nacional de
Acupuntura (Enac) foi um inusitado romance ambientado em Brasília

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 10 DE MAIO DE 2022 – O Senado debaterá a regulamentação da profissão de acupunturista nesta quinta-feira 12, a partir das 10 horas, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), localizada próximo ao restaurante. O autor do requerimento para a realização da audiência é o senador Eduardo Girão (Podemos/CE). 

Atualmente, qualquer pessoa pode praticar Acupuntura, que é uma terapia da Medicina Tradicional Chinesa, sem problema algum. Os médicos sempre quiseram fazer reserva de mercado, mas Medicina Alopática é uma coisa e Medicina Tradicional Chinesa é outra coisa. Começa que Medicina Ocidental não reconhece o espírito e Medicina Chinesa o reconhece; aquela, trabalha com matéria e, esta, com energia, vibração. 

Segundo Sohaku Bastos, presidente da Federação Brasileira das Sociedades de Acupuntura e Práticas Integrativas em Saúde (Febrasa), doutor em Acupuntura e diretor para o Brasil da World Federation of Acupuncture and Moxibustion Societies (WFAS), “a acupuntura é um recurso terapêutico da Medicina Tradicional Chinesa, que possui uma doutrina terapêutica própria e uma inusitada racionalidade em saúde, não sendo propriedade exclusiva de nenhuma profissão da saúde no Brasil. 

“Para evitar equívocos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou as Diretrizes para o Treinamento Básico e Segurança em Acupuntura, nas quais é clara a autonomia dos profissionais de acupuntura. 

“Em que pese a inexistência de cursos de graduação superior em Acupuntura no país, até o presente momento, reiteramos a existência de massa crítica científica e acadêmica, além de uma expressiva presença do profissional de acupuntura no mundo da assistência em saúde de nosso país, tanto na esfera privada quanto na esfera pública, caracterizando uma forte influência dessa cultura assistencial na sociedade brasileira. 

“É dever da Febrasa, enquanto instituição que defende a prática, o ensino e a pesquisa da Acupuntura e da Medicina Tradicional Chinesa, no Brasil, informar a todos os alunos, profissionais e professores de acupuntura, que não há impedimento legal na realização das atividades laborais nessa área do saber em nosso país”. 

Aprovado pela Câmara em 2019, o Projeto de Lei 5.983/2019, que será debatido no Senado, define acupuntura como um conjunto de técnicas e terapias, a estimulação de acupontos mediante o uso de agulhas apropriadas, com a finalidade de manter ou restabelecer o equilíbrio das funções físicas e mentais do corpo humano. 

O PL assegura o exercício profissional de acupuntura ao portador de diploma de graduação em nível superior em Acupuntura, expedido por instituição de ensino devidamente reconhecida; ao portador de diploma de graduação em curso superior similar ou equivalente no exterior, após a devida validação e registro do diploma nos órgãos competentes; aos profissionais de saúde de nível superior portadores de título de especialista em Acupuntura, reconhecidos pelos respectivos conselhos federais; ao portador de diploma de curso técnico em Acupuntura, expedido por instituição de ensino reconhecida pelo governo; e aos que, embora não diplomados, venham exercendo as atividades de Acupuntura, comprovada e ininterruptamente, há pelo menos cinco anos. 

O evento será interativo: os cidadãos poderão enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal eCidadania, que poderão ser respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário. 

De ampla cobertura e eficácia terapêutica, a acupuntura é reconhecida pela OMS e foi incluída na lista de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, durante a V Sessão do Comitê Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 17 de novembro de 2010. 

A Acupuntura começou a ser praticada na China clássica. Os chineses já sabiam que além dos sistemas cardiovascular e linfático, há uma teia de meridianos corporais, ou de acupontos, um delgado sistema tubular, nos quais circula a energia vital.  

Até o século 19, supunha-se que esses meridianos eram imaginários, mas nos anos de 1960, o cientista coreano Kim Bong Han injetou isótopo de fósforo em um acuponto e observou a absorção da substância pelo organismo, por meio de microrradiografia. Resultado: o isótopo percorreu o clássico traçado daquele meridiano. 

Experiências semelhantes foram realizadas por outros cientistas, como os franceses Jean-Claude Darras e Pierre de Vernejoul, e os norte-americanos James Hurtak e Roberto Becker. O resultado foi o mesmo obtido por Kim Bong Han. 

A Medicina Tradicional Chinesa é tão extraordinária que aproveito, aqui, para narrar um caso que atendi há alguns anos de um paciente sem o intestino grosso que se curou com Acupuntura. 

Quando atendi o sr. V, já era a trigésima terceira sessão dele no Centro Espírita André Luiz, em Brasília, onde atendo aos domingos de manhã, como voluntário da equipe coordenada pelo acupunturista, jornalista e professor José Marcelo. O sr. V estava com 70 anos e sua grande queixa era a extração do intestino grosso. 

No André Luiz, os pacientes são atendidos de acordo com a ordem de chegada e pelo terapeuta que estiver disponível. Naquela manhã, era a terceira vez que coincidia de eu o atender. Peguei sua ficha e fiz a revisão, como sempre faço, da queixa original, que, além da retirada do intestino grosso, registrava também dores lombar, sacral, cervical e nos braços, insônia, prisão de ventre e úlcera gástrica. 

Eu começara, então, a desenvolver uma técnica que chamo de acupuntura dos corpos vibracionais – físico, etéreo, astral e espiritual –, e, naquele momento, passei a ver o caso do sr. V sob novo ângulo. Conversei com ele; contou-me que todas as semanas baixava hospital, sofria de diarreia crônica e tudo o que comia lhe fazia mal. Observei-lhe a língua e senti seus pulsos; suas energias esvaíam-se. 

 – O senhor sabe que ainda tem seu intestino grosso, não sabe? – perguntei-lhe, olhando-o nos olhos. Então os olhos dele brilharam, numa interrogação. – O senhor continua com o seu intestino grosso, só que no corpo etéreo, que liga o corpo carnal ao corpo astral, este, conhecido também como perispírito, porque liga o corpo físico ao espírito, e o espírito é imortal, não pode adoecer, não com as doenças que conhecemos aqui, neste plano. Seu intestino grosso foi extraído do corpo físico, mas ele continua intacto no corpo etéreo. 

Ele entendeu na hora, e o brilho dos seus olhos continuou, como duas pequenas lanternas. Eu podia ver o brilho dos seus olhos, e percebi também que ele sorria. 

– Bem, como o senhor não perdeu nada, muito menos o intestino grosso, vou fazer a limpeza do canal do intestino grosso – disse-lhe, explicando-lhe, rapidamente, sobre os meridianos que atravessam o corpo como um feixe de fios. Na Medicina Chinesa, limpar um canal quer dizer aplicar agulhas no primeiro acuponto daquele canal e cruzar com o último acuponto. Então apliquei agulhas no IG 1 esquerdo, que fica no leito ungueal radial do dedo indicador, e o IG 20 direito, no ponto de encontro entre a linha nasolabial e a lateral da asa do nariz. 

Apliquei mais o estômago 36 bi, para fortalecer a energia Qi e o sangue, aumentar o Yang e minorar dores epigástricas, náusea, vômito, má digestão, tontura, fadiga e fortalecer o corpo e a mente, além do estômago 25, para equilibrar o baço, estômago e intestinos, pondo fim à diarreia. Apliquei ainda o vaso concepção 12, para tonificar estômago e baço, e o yintang, para extirpar ansiedade e disciplinar os pensamentos, acalmando, assim, a mente, o que acaba melhorando o sono. 

Pouco mais de 20 minutos depois foram retiradas as agulhas do sr. V. Orientei-o a tomar pelo menos dois litros de água por dia e a cortar leite, frutas, salada e legumes crus antes de dormir e a passar a alimentar-se, à noite, de alimentos quentes, principalmente abóbora e raízes, como batata, cará, inhame e mandioca. 

Notei que ele saiu do ambulatório com vivacidade, “pois agora” – pensei – “ele sabe que seu intestino grosso está lá com ele”. Orientei-o também a me procurar no domingo seguinte. Uma semana depois ele voltou e me disse que não baixou hospital. Outro terapeuta o atendeu e repetiu o protocolo da semana anterior. 

Alguns meses depois, recebi a notícia: o sr. V se deu alta. 

Atendemos no André Luiz médiuns que trabalham no centro, muitos deles com todo tipo de doenças. São ilusões passadas a eles por espíritos em estado de ilusão. Digo-lhes que precisam, ao orarem, à noite e de manhã, agradecer aos seus antepassados, especialmente aos pais; a perdoarem e a enxergarem no próximo, mesmo que sejam drogados, raivosos, cancerosos, tenham sido estuprados, nos que gritam de dor, só e somente só luz. As agulhas precisam de luz.

Mas esses médiuns veem também que nós, da equipe do José Marcelo, estamos cercados de mestres vindos do mundo espiritual, que nos orientam, vigilantes, para que o amor triunfe ali naquele ambulatório. Foi por isso que o sr. V pôde se dar alta.

domingo, 8 de maio de 2022

Gritos e sussurros

Ray Cunha e o thriller político O CLUBE DOS ONIPOTENTES

RAY CUNHA

A tarde desmaiava, assaltada por flocos negros, invisíveis, acamando-se na cidade, e logo os anúncios luminosos, as luzes dos postes e os faróis dos carros começaram a povoar as ruas. Dentro do bar, a vida recomeçava. Podia ver parte do Setor Hoteleiro Sul, o Pátio Brasil e alguns prédios do Setor Comercial Sul, fazendo fundo para o que o anoitecer me ofertava, o passa-passa de mulheres tão lindas que certamente eram miragens. Lá fora, o tempo estava seco e quente como um soco na boca do estômago, mas dentro do bar o ar refrigerado e o umidificador funcionavam ajustados como um foguete tripulado.

– Conseguirão assassinar Bolsonaro? – meu amigo, velho jornalista, que não conseguiu se adaptar aos novos tempos, perguntou. Também eu logrei resistir a treinamento motivacional, coaching, como se diz, uma técnica voltada para o que eu chamo de “escravidão mansa”. Lembrei-me de William Faulkner: “É uma vergonha que haja tanto trabalho no mundo. Uma das coisas mais tristes é que a única coisa que um homem pode fazer durante oito horas diárias, dia após dia, é trabalhar. A gente não pode comer, beber ou fazer amor durante oito horas diárias: só o que se pode fazer, durante oito horas, é trabalhar. Eis aí a razão por que o homem torna a si próprio e a todos os demais tão miseráveis e infelizes”. Não sei se Faulkner disse exatamente “fazer amor”. Acho que ele deve ter dito “fornicar” e o tradutor achou que seria mais palatável “fazer amor”. Sempre achei que a expressão “fazer amor” não traduz exatamente “fornicar”. Talvez fique melhor “transar”. Cheira mais a suor.

– Ele joga tão bem xadrez e é tão aclamado pelo povo e admirado pelos militares que nem Klark Kent conseguiria se aproximar dele sem ser notado – disse-lhe.

Uma jovem entrou no bar do hotel. Remetia imediatamente a jambo maduro, com sua alva pele cafuza e longos cabelos de índia descendo-lhe como ervas daninhas até a garupa de DNA africano. Trajava vestido de seda branco, estampado de amarelo e vermelho. Foi direto ao balcão e se aboletou em um tamborete, os quadris maravilhosos enchendo meus olhos, e os do meu velho amigo jornalista, que perdeu, de repente, o interesse por Bolsonaro. Duas jovens europeias, com suas peles brancas, rosadas, quase vermelhas, inflamadas pelo sol tropical, também olharam para a cafuza, que deixou um rastro de jasmineiros chorando em noites tórridas em Macapá, cidade que flutua na boca do maior rio do mundo, o Amazonas. A cafuza pediu água tônica. Inadvertidamente, levei minha água tônica à boca. Gelada, refrescante, a bebida assumiu sabor de Caribe, ao som da voz da mulher improvável, que tinha sotaque francês. “Será da Guiana Francesa?” – pensei, referindo-me à colônia que os franceses mantêm vizinha ao estado do Amapá, que o senador vitalício Zé Sarney, o dos Atos Secretos, anexou ao Maranhão. 

Meu velho amigo jornalista suspirou. Parecia o último suspiro de décadas de álcool, cigarro, noites indormidas, desregramento.

– Produto genuíno do trópico – cochichou-me, quase babando.

Fiz sinal ao garçom para que levasse mais uma garrafa de água tônica para mim e uma Cerpinha para meu amigo. Cerpinha é a melhor cerveja do mundo. Quando eu ainda bebia e ia a Belém, começava a degustar Cerpinha enquanto tomava banho e depois observando a cidade pela janela do quarto de hotel, de modo que ao mergulhar nas veias da Cidade Morena já estava pronto.

– É da Guiana Francesa – disse-lhe. – Ou de Macapá; há muito tempo morando em Caiena.

– Conheci uma assim no Acre – confidenciou-me.

De repente, lembrei-me de Gabriela, Cravo e Canela. A mulata, a mulher cor de canela, a negra, a índia, mulheres produzidas para a libidinagem dos europeus e brasileiros de sangue azul. Um paradoxo. Mesmo com 10 mil anos de polimento, levado ao paroxismo em países como a Grã-Bretanha, a natureza masculina conserva o animal irracional que a habita. Se queres conhecer a verdadeira personalidade de um homem lança-o à guerra, ou enche-o de cachaça, ou observa seu comportamento ao assalto de uma mulher fatal. Na guerra, é pior. Neste momento mesmo, na Ucrânia, pode ter soldados russos estuprando crianças.

– Temos mulheres assim em toda a Amazônia – comentei, pois sabia que meu amigo conhece a Hileia tanto quanto eu, o que quer dizer que ambos já mergulhamos na alma da mulher amazônida, e sentimos o mundo girar, a mesma experiência de tomar tacacá às 6 horas da tarde na banca do Colégio Nazaré. Jambu! Jasmineiros chorando! Cerpinha! O céu tão azul que sangra! Maresia! O balanço de uma rede! Leite da mulher amada! Jambo, doce como seios! Jambu!

A cafuza fazia, agora, anotações em um caderno tipo Moleskine, e vi que era da Tilibra. Seria jornalista também? Ou secretária executiva de algum bilionário do ramo dos hotéis? Seja lá o que for, era tão linda que causava dor. Eu estava tão concentrado nela que a mulher improvável se voltou para mim. Só então vi seus olhos, de clorofila, duas pedras preciosas a me engolirem, e percebi que o olhar da cafuza fora ocasional, que ela sequer me viu. Ao sair, deixou um banzeiro de romance e aventura no bar. Meu amigo e eu ficamos calados. Eu sabia o que estava pensando e ele também sabia perfeitamente o que eu sentia. Logo depois saímos. A noite era um relicário de joias. Mais tarde, em outro bar, ouvi, quase inaudível, vindo de algum lugar, Zorba, o Grego, de Mikis Theodorakis.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Bolsonaro só não se reelegerá e tomará posse se for assassinado. Está tudo lá, no thriller político O CLUBE DOS ONIPOTENTES, de Ray Cunha

Ray Cunha e O CLUBE DOS ONIPOTENTES, edição do Clube de Autores

BRASÍLIA, 6 DE MAIO DE 2022 – Antes de se tornar filósofo, Karl Marx foi poeta e dramaturgo, escrevendo sobre um assunto obsessivo: a destruição de Deus e das religiões, assumindo o lugar de Deus ele mesmo, Karl Marx. É isso mesmo. Basta quem se interessar por isso fazer uma pesquisa que encontrará os poemas de Marx e suas peças. Literariamente muito ruim. 

Passada essa fase, Marx começou a pôr no papel como seria o mundo se ele fosse Deus, ou seja, sua religião. Chamou-a de comunismo. Para confundir, também a chamou de socialismo e, depois dele, chamaram-na de fabianismo. Mas é tudo a mesma coisa: um Estado em que ninguém pode ter mais do que o outro, pois tudo é de todos, não há mais religião, o espírito não existe e o Estado pode tudo, especialmente os líderes da revolução. O resto são robots, escravos. 

Em 1917, o russo Vladimir Lênin, aproveitando-se da débâcle do kzar Nicolau II na Primeira Guerra Mundial e com financiamento alemão, liderou a revolução russa e instalou o comunismo na Rússia. Lênin afirmou para os trabalhadores que eles é quem dariam as cartas. Acreditaram e se lascaram. Hoje, todos sabem no que deu. 

O segundo passo dos comunistas foi pretender dominar todo o planeta. A cereja do bolo era, e é, o Brasil. Melhor ainda: o Brasil é o próprio bolo, pois se trata da nação mais rica sobre a face da Terra. De modo que desde então agentes soviéticos se revezam no Brasil, prontos para sabotar e criar ambiente para convulsões sociais e revolução. 

Quando o Muro de Berlim ruiu, em 1989, o então kzar, Mikhail Gorbatchev, visitou Fidel Castro e o avisou que as torneiras estavam secas. Fidel, que sempre levou uma vida nababesca, começou imediatamente a traficar droga, mas, na iminência de ser pego pelos americanos, vislumbrou uma saída: tomaria para si a cereja soviética do bolo, o Brasil. Como? Por meio de Lula e do Foro de São Paulo. 

Deu certo. O Partido dos Trabalhadores de Lula deu as cartas no Palácio do Planalto de 2003 a 2016. Segundo José Dirceu, o Raspútin de Lula, o PT não sairia mais de lá, pois instalaria uma ditadura comunista utilizando a própria democracia. Seria um golpe de mestre. 

Mas não contavam com algo absolutamente inesperado. Um capitão reformado do Exército, deputado federal do baixo clero, pelo Rio de Janeiro, sem dinheiro, sem tempo na televisão, honesto e com um telefone celular ganhou as eleições para presidente, em 2018. 

Quando os comunistas viram que ele ia ganhar, despacharam um assassino para acabar com Bolsonaro. Adélio Bispo, ex-Psol, aplicou uma peixeira, que é um facão de eviscerar peixe, na barriga de Bolsonaro, que quase varou o candidato. Bolsonaro perdeu metade do seu sangue antes de ser atendido na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora/MG. Mas o homem é um búfalo. Aguentou firme, foi eleito, tomou posse e continua com saúde de ferro. Quanto a Adélio, a Justiça já quer soltá-lo. 

Bolsonaro foi eleito porque o povo não aguentava mais a corrupção comandada por Lula. Foram desviados trilhões de reais e o país estava ficando cada vez mais sucateado. Pior foi o aparelhamento do Estado. Lula colocou comunistas em todas as instituições, em toda parte. Nada escapou. Tanto que desde que Bolsonaro assumiu é incansavelmente perseguido, dia e noite, na tentativa de destruí-lo, seja de que forma for. 

2022, ano eleitoral. Sem poder roubar desde 2019, os comunistas estão secos, e desesperados, mas matar Bolsonaro se tornou mais difícil. Vivemos a ditadura da toga. O Supremo Tribunal Federal (STF) vem obrando na Constituição há tempo, prendendo políticos e jornalistas e soltando bandidos. Só não prenderam ainda Bolsonaro porque o povo foi para as ruas em apoio a ele e as Forças Armadas já deixaram claro como cristal que se o cocô for muito grande o inferno vai desabar. 

Lula estava preso, condenado em segunda instância, por um sem número de juízes e desembargadores, mas o Supremo soltou o bandido e lhe devolveu os direitos políticos. Agora, a besta de nove cabeças e nove ventosas quer voltar ao Palácio do Planalto. Mas ninguém acredita mais em nada do que diz, pois seu passado é negro como pena de urubu, além do que, como é burro que dói, só fala asneira, com uma voz asquerosa – mais parece o crocitar de ave de mau agouro. Hoje, Lula só conta com três classes de eleitores: bandidos, sindicalistas e universitários. 

Para completar a desdita do mago negro, ele colocou para coordenar sua campanha outra nulidade: Randolph Frederich Rodrigues Alves, mais conhecido como Randolfe Rodrigues, conterrâneo de Lula, de Garanhuns/PE, filiado à Rede Sustentabilidade da zumbi Marina Silva. Randolpe, que é líder da oposição ao governo Bolsonaro no Senado Federal, baba-se de ódio do presidente, que o chama de “fala fina”. Randolfe foi para o Amapá aos oito anos de idade e se formou em história pela Universidade Federal do Amapá. Passou pelo PT e depois pelo Psol. 

Ficou famoso como senador DPVAT, pela CPI da Covid-19 e porque dá chilique toda hora. Em 2019, Bolsonaro editou a Medida Provisória 904/2019, que extingue o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestre (DPVAT). Imediatamente Randolfe Rodrigues entrou no Supremo com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), defendendo que a MP era inconstitucional. Qualquer coisa que o senador apresenta no Supremo é acatada prontamente. Pois bem, o Supremo impediu a extinção do seguro e o povo continua pagando-o. 

Na CPI do vírus chinês o rapaz brilhou. A CPI, instalada com o objetivo de culpar Bolsonaro pela pandemia do vírus chinês não encontrou absolutamente nada que desabonasse o presidente. Tudo o que faziam, dia após dia, na CPI, era acusar Bolsonaro pelas mortes por covid-19, quando se não fosse Bolsonaro muito, mas muito mais pessoas teriam morrido. 

Randolfe não teve dificuldade em se tornar um dos senadores mais bem sucedidos de Macapá, capital do Amapá, estado sitiado pelos comunistas e honoráveis bandidos. O mais famoso deles foi Jeca Sarney, que anexou o Amapá ao Maranhão. Quando o Território Federal do Amapá virou estado, em 1988, Sarney, que não conseguiria mais se eleger pelo escaldado eleitor maranhense, se mandou para o Amapá, onde se elegeu senador perpétuo. Só largou a carniça porque morreu em vida, agarrado no título de segundo maior patrimonialista do Brasil, atrás, e bem atrás, de Lula. 

Outro que fez escola no amapá é João Alberto Rodrigues Capiberibe, Capi, ou Capiroto, nascido em Afuá/PA. Foi prefeito de Macapá, governador do Amapá de 1995 a 2002 e senador, de 2011 a 2019, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Lulista, quer voltar ao governo ou ao Senado. 

Mas atualmente quem dá as cartas em Macapá são Randolfe Rodrigues e o senador David Samuel Alcolumbre Tobelem, macapaense, comerciante, filiado ao União Brasil. Presidiu o Senado Federal e o Congresso Nacional entre 2019 e 2021, período em que se destacou unindo-se ao Supremo para perseguir Bolsonaro. Foi pego recentemente em rachadinha. Seu mandato termina agora. 

Voltando a Lula, Randolfe Rodrigues conseguirá eleger presidente o inimigo número um do Brasil? 

Tudo isso está no último livro de Ray Cunha, O CLUBE DOS ONIPOTENTES, à venda no site da Editora do Clube de Autores e na amazon.com.br e amazon.com. O CLUBE é no mesmo gênero de AGOSTO, de Rudem Fonseca, e A FESTA DO BODE, de Mario Vargas Llosa. Trata-se de um thriller político com personagens de ficção e reais ambientado na história política recente do país. A trama gira em torno de um plano para matar Bolsonaro.

Ray Cunha é de Macapá. Trabalhou nos maiores jornais da Amazônia e de Brasília/DF, é terapeuta em Medicina Tradicional Chinesa e autor dos romances: JAMBU, HIENA, A CONFRARIA CABANAGEM, A CASA AMARELA e FOGO NO CORAÇÃO.

terça-feira, 3 de maio de 2022

Comunistas da Ibero-América são financiados pelo narcotráfico, segundo O CLUBE DOS ONIPOTENTES, do jornalista e escritor Ray Cunha, do Amapá, estado que é rota da droga

Ray Cunha e a capa de O CLUBE em edição do clubedeautores.com.br

BRASÍLIA, 3 DE MAIO DE 2022 – “Em 2 de abril de 1989, o líder soviético Mikhail Gorbachev desembarcou em Havana, e disse para Fidel Castro que a União Soviética não poderia mais pôr no seu bolso os bilhões de dólares que há décadas vinha pagando à Cuba para manter o enclave soviético nas costas dos Estados Unidos. A União Soviética agonizava, vítima do próprio comunismo. Fidel empalideceu, pois se acostumara a mamar, tornando-se, graças ao comunismo, um dos maiores playboys do mundo. E agora, como sustentar seu vidão, com sua máfia sediada em Cuba, a Disneylândia das esquerdas na América Latina? 

“Fidel Castro não demoraria a descobrir: acobertado pela celebridade internacional do seu nome, como o revolucionário que desafiou os Estados Unidos, fez um pacto com traficantes de cocaína da Colômbia para que Cuba se tornasse o principal entreposto comercial da droga rumo aos Estados Unidos. Mas foi desmascarado pela Drug Enforcement Administration (DEA, órgão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos responsável pelo controle e combate das drogas); vários cubanos detidos confessaram como o esquema operava. 

“As investigações da DEA conduziram ao Cartel de Medellín e ao governo cubano. John Jairo Velásquez, o Popeye, homem de confiança tanto de Fidel como de Pablo Escobar no Cartel de Medellín, fez um relato minucioso sobre o envolvimento dos irmãos Castro com a droga de Pablo Escobar à jornalista Astrid Legarda, que escreveu o livro El Verdadero Pablo. Popeye assegura que Raúl Castro, irmão do ditador de Cuba e que o sucederia na chefia da ditadura cubana, era quem recebia os carregamentos de drogas, pois era então o comandante das Forças Armadas. Eram embarcados de 10 a 15 toneladas de droga em cada operação. 

“O historiador britânico Richard Gott, em seu livro Cuba – Uma Nova História, confirma a razão que levou Fidel e Raúl Castro a se envolveram no tráfico de cocaína com Pablo Escobar e o Cartel de Medellín. Segundo ele, Cuba estava em crise por causa do afastamento da União Soviética. 

“Assim, para se livrarem da prisão nos Estados Unidos, os irmãos Castro acusaram o general Arnaldo Ochoa – herói da revolução cubana e um dos militares mais condecorados da história do país, além de ser um dos grandes líderes militares de Cuba, e que temiam ameaçar o controle total dos cubanos – de ser o comandante das operações de narcotráfico com Pablo Escobar e condenado por “alta traição à pátria e à revolução”. 

“Desse modo, os irmãos Castro matavam dois coelhos com uma só cajadada: livravam Cuba de uma invasão americana e a prisão da dupla, e afastavam o general da sucessão de Fidel. Ochoa foi preso, em 1989, dois meses depois da visita de Gorbachev, sob a acusação de comandar as operações de tráfico de drogas do Cartel de Medellín, e foi fuzilado. 

“Mario Riva, ex-tenente-coronel do Exército cubano e que hoje vive em Portugal, afirma que Arnaldo Ochoa foi usado como bode expiatório, que Fidel aproveitou para se livrar dele devido às críticas que vinha fazendo ao regime. Arcou com o narcotráfico autorizado pelo regime possivelmente para salvar a vida de seus familiares. 

“Riva disse ao jornal Diário de Notícias, de Portugal, em sua edição de 13 de julho de 2009, que Tony La Guardia, também executado, estava envolvido no tráfico. Tony: “Eu tinha conhecimento dos aviões que aterravam em Cuba vindos da América Central, mas Ochoa não”. 

“No livro El Magnífico — 20 Ans au Service Secret de Castro, Juan Vivés, ex-agente do serviço secreto cubano, afirma que Raúl Castro era o chefe do acordo com Pablo Escobar. Vivés revelou ainda que Raúl mantinha relações com narcotraficantes das Farc e que os sandinistas da Nicarágua também estavam envolvidos com o tráfico, por meio do capitão cubano Jorge Martínez, subalterno de Ochoa e contato entre Raúl Castro, o ex-presidente nicaraguense Daniel Ortega e Pablo Escobar. 

“Fidel Castro, “um homem dominado pela febre do poder absoluto e pelo desprezo ao povo cubano”, segundo o cubano Juan Reinaldo Sánchez, guarda-costas de Fidel por 17 anos, precisava pensar em novo meio de manter sua boa vida. E que tal sua própria União Soviética? A solução: o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, também ególatra, narcisista e ávido por poder e fama, e que, se bem trabalhado, tinha potencial para se tornar presidente do Brasil, o celeiro do mundo e maior país da Ibero-América, um continente que poderia se tornar a União Soviética tropical, um grande puteiro das esquerdas. 

“Era só criarem um organismo que, a exemplo do Comintern de Lênin, serviria para apoiar movimentos comunistas em todo o continente, para o que só precisariam criar uma base de apoio confiável e com gente confiável: o Brasil de Lula. E assim foi criado o ninho da serpente: o Foro de São Paulo. 

“Disse Winston Churchill: “A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações”. O companheiro brasileiro de Fidel Castro, Lula, e seus principais assessores do PT, principalmente seu arquiteto político, José Dirceu de Oliveira e Silva, nem pensavam nas próximas eleições, muito menos nas próximas gerações, mas, sim, na perpetuação no poder. 

“Quando Lula foi empossado presidente da República, em 2003, o chefe da Casa Civil, José Dirceu, deixou escapar que eles tinham um projeto de poder que iria ser desenvolvido por no mínimo 30 anos, quando o Brasil já seria, então, uma potência comunista. Fidel não perdeu tempo e começou a financiar a besta cefalópode de 13 tentáculos e nove ventosas, um molusco, lula ou calamar, venenoso. Mestre do mimetismo, muda de cor camuflando-se e fazendo-se passar por cordeiro. Sua missão: servir  para a instalação do comunismo na Pátria do Cristo. 

A missão de Grigori Yefimovich Raspútin – o lobo que se escondia na pele de cordeiro –, lançar as bases para a instalação do comunismo, foi um sucesso. Raspútin incorporaria no Brasil encostando em uma criatura sem caráter.” 

O trecho acima, extraído do livro O CLUBE DOS ONIPOTENTES, aborda os antecedentes da criação, em 1990, do famigerado Foro de São Paulo, organização planejada por Fidel Castro, Lula, Fernando Henrique Cardoso, José Dirceu e a então cúpula do PT, com a missão de criar uma espécie de união das repúblicas socialistas da Ibero-América, reunindo comunistas financiados por narcotraficantes. 

O CLUBE DOS ONIPOTENTES é do gênero de Agosto, de Rubem Fonseca, e A Festa do Bode, de Mario Vargas Llosa, em que os autores misturam ficção com história real, personagens de ficção com pessoas reais, vivas e mortas. Ray Cunha ambienta O CLUBE na história política recente do país, tendo como gancho a permanente tentativa de destruírem o presidente Jair Messias Bolsonaro e trazer de volta o maior ladrão do planeta: a besta de nove cabeças supremas e nove tentáculos.

Ray Cunha é jornalista e ficcionista, natural de Macapá, Amapá, estado que se tornou rota de narcotraficantes do Caribe e Américas Central e do Sul. Com passagem nos maiores jornais da Amazônia, Ray Cunha é autor de vários artigos sobre o Trópico Úmido, além de romances e contos ambientados no Inferno Verde. É autor dos romances: JAMBU, HIENA, FOGO NO CORAÇÃO, A CONFRARIA CABANAGEM e ACASA AMARELA.