quarta-feira, 11 de maio de 2022

Mulheres que querem ser mãe e não conseguem

FOGO NO CORAÇÃO em edição da amazon.com.br

RAY CUNHA* 

BRASÍLIA, 11 DE MAIO DE 2022 – Ao planejarem os corpos humanos os engenheiros siderais projetaram a mulher para servir de casulo a novos corpos, os bebês, mas algumas ou nasceram com algum defeito, ou seu aparelho reprodutor sofreu danos, ou seu homem não conseguem engravidá-las, de modo que sentem dificuldade a um desejo feminino nato: ser mãe. 

A medicina avançou muito no século passado e avança cada vez mais acelerada. Hoje, os médicos pesquisadores têm um conhecimento razoável do funcionamento do útero, órgão importante do aparelho reprodutor, e desenvolveram a fertilização in vitro (FIV), técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na união do espermatozoide com o ovócito em ambiente laboratorial (in vitro), em mulheres que não conseguem engravidar naturalmente. 

A fertilização in vitro pode ser realizada pela inserção de um único espermatozoide no ovócito ou pela deposição de 50 mil a 100 mil espermatozoides ao redor dos ovócitos. Assim, o óvulo é fecundado fora do corpo. Somente depois que o embrião começa a se formar é inserido no útero. Aí, começa a gravidez. O sucesso ocorre em 45% dos casos. Em 2002, o alemão Wolfgang Paulus publicou o resultado de seus estudos mostrando que a acupuntura, em casos de fertilização assistida, dobra a chance de sucesso da gravidez. 

Como coadjuvante, a Medicina Tradicional Chinesa, mais conhecida no Brasil como acupuntura, pode preparar a mulher como um todo, holisticamente, para fortalecer o útero e ela toda, tanto fisicamente como psicologicamente, para engravidar e dar à luz um bebê saudável. 

O primeiro bebê de proveta nasceu em 1978, no Reino Unido, em trabalho realizado pelos médicos ingleses Patrick Steptoe e Robert Edwards. Hoje, esse sonho de muitos casais é realizado com frequência. As primeiras mulheres que se submeteram à fertilização in vitro sofriam de obstrução nas trompas; atualmente, a FIV atende mulheres que não ficam prenhas porque seu homem não consegue engravidá-las, por defesa imunológica baixa, endometriose etc. 

Há também uma causa que a ciência não aborda: a espiritualista. Mas isso é para outro artigo. 

A ciência chegou à conclusão de que um casal com a mulher em torno de 35 anos é considerado com problemas de fertilidade quando não consegue a gravidez naturalmente ao longo de doze meses. As causas podem ser inúmeras. Por exemplo: baixa concentração ou espermatozoides defeituosos, vasectomia, doenças venéreas, obstrução das tubas uterinas, laqueadura, endometriose, pouca quantidade ou baixa qualidade de óvulos, doenças genéticas, tudo isso pode impedir a gravidez. 

Se for o caso de impedimento de ambos, mas a mulher desejar gestar uma criança, os óvulos e os espermatozoides podem ser de doadores. 

Feita a inseminação, a mulher segue o protocolo do médico. A Medicina Tradicional Chinesa pode entrar como coadjuvante, para fortalecer a mulher e garantir que seu bebê nascerá. O tratamento com acupuntura deve ser iniciado de um a dois meses antes do tratamento e continuar durante três meses após a transferência de embriões, com sessões uma ou duas vezes por semana. Deve-se também realizar uma sessão no dia da inseminação ou um dia antes e um dia depois. 

A acupuntura garantirá o necessário fluxo de sangue para o útero e a redução de ansiedade e do risco de aborto. São trabalhados especialmente o Mar do Ying, ou meridiano do Vaso da Concepção e os canais do baço-pâncreas e do rim, este, responsável pela geração e crescimento do embrião e do bebê.​

 

RAY CUNHA é formado em Medicina Tradicional Chinesa pela Escola Nacional de Acupuntura (Enac), jornalista e escritor, autor de FOGO NO CORAÇÃO

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