terça-feira, 18 de outubro de 2022

Uma exumação de Lula. Mesmo fedendo a carniça o ladrão quer instalar uma ditadura comunista no Brasil e saquear novamente o país

E-book de O CLUBE DOS ONIPOTENTES: uma necrópsia de Lula

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 18 DE OUTUBRO DE 2022 O CLUBE DOS ONIPOTENTES é um romance ensaístico com personagens de ficção e reais, vivas, mortas e mortas-vivas, como no romance de Rubem Fonseca, Agosto, que tem como pano de fundo o suicídio do ditador Getúlio Vargas. O CLUBE se debruça na gênese do comunismo e seu principal agente no Brasil: Lula, que, em uma década e meia, saqueou o país e aparelhou profundamente o Estado. Lula quer voltar à cena do crime, agora, em 30 de outubro, mesmo fedendo a carniça. O trecho de O CLUBE, a seguir, traça um perfil avassalador da história de Lula e sua missão diabólica de destruir o Brasil. 

Na América Latina, os comunistas tiveram inicialmente um obstáculo: a maioria dos trabalhadores era composta de católicos praticantes, que não aceitavam o ateísmo contido no Marxismo. Assim, os comunistas foram se infiltrando primeiramente nos países com menor resistência religiosa: Argentina e Chile, e, em 1922, era fundado o Partido Comunista do Brasil (PCB), após os PCs da Argentina e do Chile. 

Lênin morreu em 1924 e seu sucessor, Josef Stalin, no fim da Segunda Guerra Mundial, abocanhou quase todo o Leste Europeu e um terço da Alemanha. Stalin também viria a criar uma camuflagem para as atividades revolucionárias mundo afora: cada partido comunista, nos diversos países capitalistas, deve adotar diferentes nomes, como partido trabalhista, partido marxista etc. Para Stalin, o nome não era importante, e sim a missão deles, considerando as características de cada país. Foi quando partidos e outras organizações comunistas em todo o mundo começaram a se apresentar com outros nomes, enganando os desavisados. Assim, um partido de trabalhadores, ou um sindicato, poderia muito bem ser de orientação comunista sem denunciar-se. Era o disfarce ideal aos lobos comedores de ovelhas, disfarçarem-se de ovelha, caso do Partido dos Trabalhadores, o PT. A esse tipo de guerra entre comunistas e capitalistas foi que o escritor George Orwell chamou, em 1945, de Guerra Fria, a guerra não declarada da URSS contra seus vizinhos europeus e contra os EUA, tencionada pelo receio de uma Terceira Guerra Mundial, nuclear, o Armagedom. Mas essa tensão, que se concentrou entre a União Soviética e os Estados Unidos, a partir de 1947, foi aliviada, em 1991, com o desmoronamento da União Soviética, simbolizado pela queda do Muro de Berlim, até então com parte da cidade dominada pelos soviéticos. Mas nesse meio tempo os soviéticos conquistaram Cuba, no Caribe, a poucos quilômetros dos Estados Unidos, por meio da revolução comandada por Fidel Castro, que acabou seduzido pelo marxismo-leninismo, transformando a ilha caribenha em uma ponta-de-lança da União Soviética na Ibero-América, fomentando revoluções armadas nos países da região. Resultado: diversos países com forças armadas de formação anticomunista instalaram regimes autoritários, incluindo o Brasil, para se defender de um exército de milhares de revolucionários e militantes de organizações marxista-leninistas que pegaram em armas para instalar a ditadura do proletariado, embora muitos deles aleguem cinicamente que lutavam pelo retorno da democracia. Alguns poucos desses militantes comunistas, mais honestos, desmentem essa inverdade e assumem que seu objetivo era instalar um regime comunista sob orientação da URSS, da China ou de Cuba, de acordo com a organização a que pertenciam. Assim, existe um grande engodo por parte de muitos comunistas, que, com receio ou vergonha do passado assassino de sua ideologia, apresentam-se como se fossem socialistas fabianos, algo mais palatável. 

O argentino Ernesto Che Guevara criou um pensamento redondo sobre isso: “Nós, socialistas, somos mais livres porque somos mais perfeitos; somos mais perfeitos porque somos mais livres”. Disse mais: “Na verdade, se o próprio Cristo estivesse no meu caminho, eu, como Nietzsche, não hesitaria em esmagá-lo como um verme”. 

Os crimes do comunismo não são segredo para mais ninguém, exceto para quem faz ouvido mouco e fecha os olhos para a liberdade. Portanto, os que o apoiam ou omitem – seja por ingenuidade ou ignorância, sentimentalismo, convicção ou pelo genuíno desejo dos jovens de transformar o mundo – são cúmplices morais desses crimes e de seus executores. Diz o cientista político Max Weber: a política não é lugar para quem não tem uma perspectiva adequada da realidade. Muito pior do que demonizar o bem é santificar o mal. 

Em 2 de abril de 1989, o líder soviético Mikhail Gorbachev desembarcou em Havana, onde disse para Fidel Castro que a União Soviética não poderia mais pôr no seu bolso os 10 bilhões de dólares que há décadas vinha pagando à Cuba, para manter o enclave soviético nas costas dos Estados Unidos. A União Soviética agonizava, vítima do próprio comunismo. Fidel empalideceu, pois se acostumara a mamar, tornando-se, graças ao comunismo, em um dos maiores playboys do mundo. E agora, como sustentar seu vidão, com sua máfia sediada em Cuba, a Disneylândia das esquerdas na América Latina? Fidel Castro não demoraria a descobrir: acobertado pela celebridade internacional do seu nome, como o revolucionário que desafiou os Estados Unidos, fez um pacto com traficantes de cocaína da Colômbia para que Cuba se tornasse o principal entreposto comercial da droga rumo os Estados Unidos. Mas foi desmascarado pela Drug Enforcement Administration (DEA, órgão do Departamento de Justiça dos Estados Unidos responsável pelo controle e combate das drogas); vários cubanos detidos confessaram como o esquema operava. As investigações da DEA conduziram ao Cartel de Medellín e ao governo cubano. John Jairo Velásquez, o Popeye, homem de confiança tanto de Fidel como de Pablo Escobar no Cartel de Medellín, fez um relato minucioso sobre o envolvimento dos irmãos Castro com a droga de Pablo Escobar à jornalista Astrid Legarda, que escreveu o livro El Verdadero Pablo. Popeye assegura que Raúl Castro, irmão do ditador de Cuba e que o sucederia na chefia da ditadura cubana, era quem recebia os carregamentos de drogas, pois era então o comandante das Forças Armadas. Eram embarcados de 10 a 15 toneladas de droga em cada operação. 

O historiador britânico Richard Gott, em seu livro Cuba – Uma Nova História, confirma a razão que levou Fidel e Raúl Castro a se envolveram no tráfico de cocaína com Pablo Escobar, do Cartel de Medellín. Segundo ele, Cuba estava em crise por causa do afastamento da União Soviética. Assim, para se livrarem da prisão nos Estados Unidos, os irmãos Castro acusaram o general Arnaldo Ochoa, herói da revolução cubana e um dos militares mais condecorados da história do país, além de ser um dos grandes líderes militares de Cuba, e que temiam ameaçar o controle total dos cubanos, de ser o comandante das operações de narcotráfico com Pablo Escobar e condenado por “alta traição à pátria e à revolução”. Assim, os irmãos Castro matavam dois coelhos com uma só cajadada: livrava a dupla de uma invasão americana e sua prisão e de afastar o general da sucessão de Fidel. Ochoa foi preso, em 1989, dois meses depois da visita de Gorbachev, sob a acusação de comandar as operações de tráfico de drogas do Cartel de Medellín, e foi fuzilado. 

Mario Riva, ex-tenente-coronel do Exército cubano e que hoje vive em Portugal, afirma que Arnaldo Ochoa foi usado como bode expiatório, que Fidel aproveitou para se livrar dele devido às críticas que vinha fazendo ao regime. Arcou com o narcotráfico autorizado pelo regime possivelmente para salvar a vida de seus familiares. Riva disse ao jornal Diário de Notícias, de Portugal, em sua edição de 13 de julho de 2009, que Tony La Guardia, também executado, estava envolvido no tráfico. Tony: “Eu tinha conhecimento dos aviões que aterravam em Cuba vindos da América Central, mas Ochoa não”. No livro El Magnífico — 20 Ans au Service Secret de Castro, Juan Vivés, ex-agente do serviço secreto cubano, afirma que Raúl Castro era o chefe do acordo com Pablo Escobar. Vivés revelou, também, que Raúl mantinha relações com narcotraficantes das Farc e que os sandinistas da Nicarágua também estavam envolvidos com o tráfico, por meio do capitão cubano Jorge Martínez, subalterno de Ochoa e contato entre Raúl Castro, o ex-presidente nicaraguense Daniel Ortega e Pablo Escobar. 

Fidel Castro, “um homem dominado pela febre do poder absoluto e pelo desprezo ao povo cubano”, segundo o cubano Juan Reinaldo Sánchez, guarda-costas de Fidel por 17 anos, precisava pensar em novo meio de manter sua boa vida. E que tal sua própria União Soviética? A solução: o sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, também ególatra, narcisista e ávido por poder e fama, e que, se bem trabalhado, tinha potencial para se tornar presidente do Brasil, o celeiro do mundo e maior país da Ibero-América, um continente que poderia se tornar a União Soviética tropical, um grande puteiro das esquerdas. Era só criarem um organismo que, a exemplo do Comintern de Lênin, serviria para apoiar movimentos comunistas em todo o continente, para o que só precisariam criar uma base de apoio confiável e com gente confiável: o Brasil de Lula. E assim foi criado o ninho das serpentes: o Foro de São Paulo. 

Disse Winston Churchill: “A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações”. O companheiro brasileiro de Fidel Castro, Lula, e seus principais assessores do PT, principalmente seu arquiteto político, José Dirceu de Oliveira e Silva, eram os demagogos perfeitos. Quando Lula foi empossado presidente da República, em 2003, o chefe da Casa Civil, José Dirceu, deixou escapar que eles tinham um projeto de poder que iria ser desenvolvido por no mínimo 30 anos, quando o Brasil já seria, então, uma potência comunista. Fidel não perdeu tempo e começou a financiar a besta de sete cabeças, dez chifres, nove dedos, o Anticristo. A besta, que parece um homem comum, é um molusco, lula ou calamar cefalópode, com nove tentáculos com ventosas. Mestre do mimetismo, muda de cor como camaleão, camuflando-se e fazendo-se passar por cordeiro. É venenosa. Sua origem é a miséria e a ignorância, e seu destino, servir, como instrumento sob medida, para a instalação do comunismo na Pátria do Cristo. 

A missão de Grigori Yefimovich Raspútin – o lobo que se escondia na pele de cordeiro –, lançar as bases para a instalação do comunismo, foi um sucesso. Despojado do seu corpo, Raspútin reencarnaria no Brasil, onde começaria um encosto em uma criatura sem caráter. 

Luiz Inácio Lula da Silva, nasceu Luiz Inácio da Silva, mais conhecido como Lula, em 27 de outubro de 1945, em Caetés, Pernambuco, até 1963 um distrito do município de Garanhuns. Foi o sétimo dos oito filhos dos lavradores Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Melo. A poucos dias para Eurídice dar à luz, Aristides foi tentar a vida em Santos/SP, levando consigo uma prima de Eurídice, Valdomira Ferreira de Góis, com quem teve mais 10 filhos, que, somados aos 12 que teve com Eurídice, são 22 filhos conhecidos. 

Lula tinha 7 anos, em dezembro de 1952, quando Eurídice foi atrás de Aristides, que morava no distrito de Vicente de Carvalho, então denominado Itapema, no município de Guarujá, onde as duas famílias se acomodaram. Mas Eurídice não aguentou muito tempo se mudou para um casebre perto de Aristides e, em 1954, mudou-se para a capital, São Paulo, para um cômodo atrás de um bar na Vila Carioca. Lula e seu irmão José Ferreira de Melo, o Frei Chico, continuaram com o pai, até 1956, quando se mudaram também para São Paulo. Lula foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias, no Guarujá, apesar de seu pai, analfabeto, achar que seus filhos não deveriam ir à escola, mas apenas trabalhar. Aristides morreu em 1978 e foi enterrado como indigente. 

Depois de fazer todo tipo de biscate, em 1961, Lula conseguiu concluir um curso de tornearia mecânica no Senai Conde José Vicente de Azevedo, no bairro do Ipiranga. Aos 16 anos, conseguiu emprego em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde, em 1964, esmagou seu dedo mindinho esquerdo em um torno mecânico. Teve que esperar horas pelo dono da fábrica para levá-lo a um médico, que optou por amputar o dedo. Foi indenizado com 350 mil cruzeiros e deixou a empresa com 11 meses de casa. Com o dinheiro comprou um terreno para si e móveis para sua mãe. Voltou a viver de bicos, até 1966, quando foi admitido nas Indústrias Villares, metalúrgica em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. 

Em 1968, seu irmão José Ferreira da Silva, o Frei Chico, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, convenceu Lula a filiar-se ao Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, no ano seguinte, a integrar a chapa vitoriosa para a diretoria do sindicato, como suplente. Em 1972, Lula se elege primeiro secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, assumindo, depois, a Diretoria de Previdência Social e FGTS, cessando, a partir de então, suas atividades de operário. Em 1973, fez um curso sobre sindicalismo nos Estados Unidos. Em 1975, é eleito presidente do sindicato e, em 1977, ganha projeção nacional ao liderar a reivindicação de reposição salarial pelo índice de inflação de 1973, após o governo reconhecer que aquele índice havia sido maior do que o inicialmente divulgado. Era a Ditadura dos Generais (1964-1985) e vigia o Ato Institucional número 5, o AI-5, e o governo não cedeu ao pleito. Reeleito em 1978, Lula já era conhecido como líder absoluto das negociações salariais e as greves de metalúrgicos do ABC, que recrudesceram. 

Em 1980, no governo do general João Batista Figueiredo, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo sofreu intervenção durante uma greve no ABC paulista e Lula foi detido por 31 dias nas instalações do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) paulista, e, em 1981, condenado pela Justiça Militar a três anos e meio de detenção por incitação à desordem coletiva. Recorreu no ano seguinte e foi absolvido. Nesse meio tempo, ele já pensava em fundar um partido político. Foi assim que se juntou a sindicalistas, intelectuais e representantes dos movimentos sociais e católicos militantes da Teologia da Libertação para criar o Partido dos Trabalhadores (PT), do qual se tornou dono. 

Em 1982, Lula se candidatou ao governo de São Paulo e perdeu. Foi naquele ano que alterou judicialmente seu nome de Luiz Inácio da Silva para Luiz Inácio Lula da Silva, pois a legislação vigente proibia o uso de apelidos pelos candidatos. Em 1984, tornou-se uma figura popular, ao lado de Ulisses Guimarães, Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Suplicy, Tancredo Neves, entre outros, na campanha Diretas Já, pelo fim da Ditadura dos Generais e eleições presidenciais diretas. Em 1986, elege-se deputado federal por São Paulo, com a maior votação para a Câmara Federal até aquele momento, e participa da elaboração da Constituição Federal de 1988, e para a qual é favorável à estatização do sistema financeiro, à limitação do direito de propriedade privada, ao aborto, à criação de um fundo de apoio à reforma agrária e ao rompimento de relações diplomáticas com países que adotassem políticas de discriminação racial. 

Em 9 de novembro de 1989, um acontecimento abalou o mundo comunista: a queda do Muro de Berlim, o fim da Guerra Fria e a reunificação da Alemanha, em outubro de 1990. O muro foi demolido literalmente durante os dias e semanas seguintes a 9 de novembro, em toda a fronteira das duas Alemanhas. O Portão de Brandemburgo no Muro de Berlim foi aberto em 22 de dezembro de 1989, ocasião em que o chanceler da Alemanha Ocidental, Helmut Kohl, atravessou o portão e foi recebido pelo primeiro-ministro da Alemanha Oriental, Hans Modrow. Em 1 de julho de 1990, a Alemanha Oriental adota a moeda da Alemanha Ocidental. Em 1992, o muro todo desapareceu, reunificando as Alemanha. 

Também em 1989, foi realizada a primeira eleição direta para presidente da República desde o golpe militar de 1964. Lula se candidatou e ficou em segundo lugar, perdendo para Fernando Collor de Mello, do Partido da Renovação Nacional (PRN). O mais influente jornalista à época, Paulo Francis, chamou Lula de “ralé” e “besta quadrada”, profetizando que se ele chegasse ao poder o país viraria uma “grande bosta”. Mas Lula se tornou mais conhecido ainda do povão e solidificou sua liderança no PT, além do prestígio internacional que granjeou com a fundação do Foro de São Paulo, em São Bernardo do Campo, em 1990, a galinha de ovos de ouro de Fidel Castro. 

Tudo começou com o Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe, organizado pelo PT, de 1 a 4 de julho de 1990, no extinto Hotel Danúbio, na cidade de São Paulo, com representantes de 48 partidos e organizações de 14 países latino-americanos e caribenhos, visando debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim e elaborar estratégias face ao embargo dos Estados Unidos a Cuba. Estava criado o ninho das serpentes. No ano seguinte, o encontro foi realizado na Cidade do México, com a participação de 68 organizações e partidos políticos de 22 países. Na ocasião, o encontro se tornou conhecido como Foro de São Paulo. Em 1993, já em Havana, o encontro reunia 30 países e várias organizações de esquerda. As reuniões são realizadas a cada um ou dois anos, em diferentes países da América Latina. A Declaração de São Paulo, documento aprovado no fim do primeiro encontro, ressalta que o objetivo do foro é avançar na luta anti-imperialista e popular no após queda do Muro de Berlim. 

Reunido em Havana, em julho de 1993, o Foro de São adotou uma orientação fundamental naquele momento: a concentração de esforços para eleger Lula presidente da República, para o Brasil dar suporte à futura União das Republiquetas Socialistas da América Latina (Ursal), denominação criada pela socióloga Maria Lucia Victor Barbosa, para criticar a ideia ao fazer uma analogia à URSS. Ou a Pátria Grande, denominação dada por Manuel Ugarte para designar a união dos países hispano-americanos com base nas ideias de José de San Martín e Simón Bolívar, das quais Hugo Chávez se apossou pensando numa América do Sul comunista. Lula achou tudo isso ótimo. Não lhe interessava como ia se tornar presidente do Brasil; muito menos o preço que os brasileiros pagariam. Tinha certeza de uma coisa: estava disposto a tudo; tudo mesmo. Duda Mendonça, responsável pelo marketing do PT e preso por receber dinheiro do Petrolão, ensinou: “Em comunicação, gente, o importante não é o que a gente diz, é como as pessoas compreendem o que a gente diz”. Lula sempre prometeu combater a corrupção, o desrespeito às leis, mas, enquanto político, jamais respeitou o que quer que fosse; nunca soube o que é ética. O ex-ministro de Lula e de Dilma, Antônio Palocci, condenado a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato, confirmou à revista Veja de 7 de dezembro de 2017 que o PT recebeu 1 milhão de dólares do ditador líbio Muamar Kadafi, morto em 2011, para a campanha de Lula, em 2002. Kadafi foi um dos mais sangrentos ditadores, e todo mundo sabia disso. “Eu e Palocci somos unha e carne. Tenho total confiança nele” – disse Lula, em entrevista coletiva, em 29 de abril de 2005. Lula era fá de Kadafi, Fidel Castro e Mao Tsé-Tung. Também a revista Veja denunciou que a campanha eleitoral de Lula recebeu 3 milhões de dólares de Cuba entre agosto e setembro de 2002. Quando o PT assumiu o governo, chegou a hora do Brasil se transformar na burra de Cuba. Lula importou milhares de médicos cubanos, a maioria deles nem médico era, mas quase todos eram agentes disfarçados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) começou a financiar obras faraônicas em Cuba, que jamais pagou um centavo sequer ao financiamento do banco. A revista Veja, edição de 12 a 16 de abril de 2002, publicou o artigo “Os tentáculos das Farc no Brasil”, assinado pelo jornalista Policarpo Junior, o mesmo que denunciou o dinheiro cubano para a eleição de Lula, em 2002. Policarpo se refere a documentos produzidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que mostravam as ligações das Farc com militantes petistas. Um desses documentos, de 25 de abril de 2002, informa que no dia 13 de abril de 2002, em reunião de esquerdistas solidários com as Farc, nos arredores de Brasília (no Clube dos Onipotentes?), o padre Olivério Medina anunciou que sua organização, as Farc, estava fazendo uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos do PT. Ao todo, são seis documentos que comprovam as relações entre as Farc e o PT; três deles faziam menção à doação dos 5 milhões de dólares, e um deles que o dinheiro sairia de Trinidad e Tobago e chegaria às mãos de cerca de 300 empresários brasileiros, que repassariam o dinheiro ao PT. Esse assunto rolou pelos serviços de inteligência, segurança e Congresso Nacional, mas o PT declarou que a matéria de Veja não passava de um monte de mentira e ficou por isso mesmo. 

O Foro de São Paulo pretende refundar, na América Latina, o que foi o Comintern, o responsável pelo Movimento Comunista Internacional de Lênin, na antiga União Soviética, com o objetivo de coordenar as ações das esquerdas no Continente. Em um dos encontros daquela entidade, o ditador Fidel Castro, ao lado de Lula, pronunciou uma frase emblemática: “Vamos reconquistar na América Latina aquilo que perdemos no Leste Europeu” – o que seria uma resposta ao fim do comunismo na URSS e nos demais países-satélites. 

Enquanto Fidel via nisso a oportunidade de realizar seu antigo sonho de comunizar toda a América Latina, o megalômano Lula vislumbrava a sua chance de ser uma personalidade internacional liderando a América Latina ao lado do seu ídolo e guia ideológico que, conhecendo sua megalomania, havia lhe inculcado essa ideia para usá-lo como “idiota útil”. 

Mas as maiores denúncias contra o Foro de São Paulo vieram do filósofo Olavo de Carvalho, um conservador radical que atacou permanentemente aquela entidade em seus artigos e vídeos. Anticomunista radical, Olavo de Carvalho escreveu o livro O mínimo que você precisa saber para não ser idiota, uma coletânea de artigos e ensaios organizados por Felipe Moura Brasil e que foram publicados em diversos veículos da imprensa brasileira entre 1997 e 2013, nos quais ele denuncia as estratégias das esquerdas comunistas para a tomada e manutenção no poder, e o perigo que elas representam para as democracias. 

Lula voltou a se candidatar à presidência em 1994, quando foi derrotado, ainda no primeiro turno, pelo candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Fernando Henrique Cardoso, um Fabiano letrado. Em 1998, Lula foi derrotado pela terceira vez à presidência da República, no primeiro turno, por FHC. Nas eleições de 2002, Lula praticou um discurso capitalista, e foi apoiado, na surdina, por FHC, que não pôde mais se perpetuar no poder, e assim foi eleito presidente, derrotando o candidato do PSDB do próprio Fernando Henrique Cardoso, o ex-ministro da Saúde e senador paulista, o Fabiano José Serra. 

Em 1982, após anos de militância sindical, se junta a intelectuais e militantes da Teologia da Libertação para criar o Partido dos Trabalhadores (PT), do qual foi o primeiro presidente e se tornou dono, entra nas eleições para o governo de São Paulo e perde. Em 1984, participa ativamente da campanha Diretas Já, pela redemocratização do país, então sob o regime da Ditadura dos Generais (1964-1985). Em 1986, elege-se deputado federal por São Paulo com votação histórica. Na elaboração da Constituição Federal de 1988, é favorável à limitação do direito de propriedade privada, ao aborto e à estatização do sistema financeiro. Em 1989, candidata-se a presidente da República e fica em segundo lugar, perdendo para Fernando Collor de Mello. Em 1994 e em 1998, volta a concorrer ao cargo de presidente, mas em ambos os pleitos perde para Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, elege-se presidente da República, e, em 2006, reelege-se. Em 2002, a impressão que ficou é a de que Fernando Henrique Cardoso, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), um PT disfarçado, foi mais cabo eleitoral de Lula do que de José Serra, candidato do PSDB. FHC foi, ao lado de Lula, um dos idealizadores do Foro de São Paulo. 

Lula foi presidente da República de 1 de janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2011. Assim que se viu no Palácio do Planalto, ficou claro o plano de Lula: aparelhar o Estado, desarmar a população e destruir a família, para instalar uma ditadura comunista, nos moldes do que fizeram Fidel Castro em Cuba e Hugo Chávez e Nicolás Maduro na Venezuela. Nem a Operação Lava-Jato o fez parar. Em 2008, ao investigar o doleiro Alberto Youssef, no Posto da Torre, de combustíveis, no centro de Brasília, a Polícia Federal começou a desenrolar o novelo do maior esquema já visto no planeta, de roubo, propina, corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, organização criminosa, obstrução da Justiça, operação fraudulenta de câmbio e recebimento de vantagem indevida. A coisa era tão grande que envolvia as mais altas autoridades de todo o país e repasse de dinheiro até do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ditadores em todo o planeta. De Alberto Yousseff, passaram para Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e a outro ex-diretor da estatal, Nestor Cerveró, que delatou outros quadrilheiros, até chegar às maiores empreiteiras do país, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, e a um sujeito que raspou a burra do estado do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral, e a seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e dos ex-ministros da Fazenda, Antonio Palocci e Guido Mantega, do megapublicitário João Santana, do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, eminência parda de Lula, do bilionário Eike Batista, até chegar a Lula. Lucas calculava por alto o rombo em cerca de 13 trilhões de reais, sendo que muito desse dinheiro estava emperrado em paraísos fiscais, aguardando que Lula, ou o PT, voltasse a dar as cartas no Palácio do Planalto. O negócio era tão sinistro que o relator das ações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, morreu em um misterioso acidente aéreo. Em 7 de abril de 2018, Lula foi preso, acusado de corrupção. Mas em novembro de 2019 foi solto pelo Supremo Tribunal Federal, que, para isso, liberou centenas de milhares de bandidos condenados em segunda instância. 

Lula é ignorante e preguiçoso, completamente burro, mas tem intuição para o mal, é faminto pelo poder e absolutamente deslumbrado. Não chegou ao poder por mérito próprio, mas sempre foi usado, e se beneficia disso, como agente de pessoas que sabem manipular o poder, como Fidel Castro. Hoje, Lula é um papagaio que repete a mesma ladainha que aprendeu como títere, sem se dar conta do quanto é extemporâneo. Ele é tão alienado que em julho de 1979, ainda presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista e trabalhando na criação do Partido dos Trabalhadores (PT), deu uma entrevista à revista Playboy na qual revelou-se fã de Hitler, o monstro nazista que pretendia dominar o mundo, e de Khomeini, líder da revolução xiita mulçumana, legando conflitos bélicos que duram até hoje e atentados terroristas. A Folha de São Paulo de 21 de abril de 1994 registra também a admiração de Lula pelo assassino em série Che Guevara, o sanguinário Fidel Castro e o demônio chinês Mao Tsé-Tung. Atualmente, quando alguém pergunta a Lula sobre essas declarações ele se faz de mouco. O historiador Marco Antônio Villa, em artigo publicado em 9 de maio de 2017 no jornal O Globo, intitulado “Adeus Lula”, diz: “Na Presidência, ele adotou como lema ter como princípio não ter princípio, repetindo o método de dirigente sindical”. Lula é uma construção que se deslumbrou e acabou acreditando que tem vida própria. Desmoraliza tudo em que põe seus nove dedos, e, se o ex-presidente José Sarney é tido como o maior patrimonialista do país, Lula o deixa no chinelo; quando saiu do Palácio da Alvorada furtou o que pode e levou até as panelas. Discursando em comício no estado do Rio de Janeiro, em 10 de dezembro de 2017, Lula deixou estupefatos até ladrões declarados. Disse, referindo-se aos ex-governadores fluminenses Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, o seguinte: “Eu tô (sic) triste com o que está acontecendo no Rio de Janeiro. O Rio não merece a crise que está vivendo. O Rio de Janeiro não merece que governadores que governaram este estado, que foram eleitos democraticamente pelo povo, estejam presos porque roubaram o povo brasileiro e o dinheiro do povo. Eu nem sei se isso é verdade, porque não acredito em tudo o que a imprensa fala”. Para Jorge Bessa, “Lula acredita que o fato de uma pessoa ter sido presidente da República automaticamente a torna uma pessoa especial e inimputável. A crença de que os políticos pertencem a uma classe especial de pessoas é decorrente de uma visão elitista e autoritária, em que ele se imaginava acima das leis por ser presidente e não o contrário, que era escravo das leis. É inesquecível a defesa que ele fez do ex-presidente José Sarney, em 2009, por ocasião do escândalo dos atos secretos do Senado, que levou à condenação pela justiça os ex-diretores daquela casa por improbidade administrativa. Sarney escondeu atos administrativos que configuravam nepotismo e a extensão de assistência odontológica e psicológica vitalícia a cônjuges de ex-parlamentares, violando a Lei 8.429, de 1992, que trata da improbidade no serviço público, classificando como contrária aos princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, entre eles o de negar publicidade aos atos oficiais”. Lula disse que “Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum”. Antes disso, Lula saiu em defesa do Congresso Nacional no escândalo da farra das passagens aéreas, e revelou que usava a cota de seu gabinete, quando era deputado, para levar sindicalistas para Brasília. 

O Ato Falho revela erros na linguagem escrita, falada e lida, esquecimentos, tropeços e quedas, erros que, por sua vez, revelam falhas sem significado, como, por exemplo, Chaves, o da televisão, quando diz: “Foi sem querer, querendo”, ou seja, é inconsciente, sem querer, e consciente, querendo. Então, o ato falho é um erro, mas também um acerto. Assim, a mente consciente se abebera na mente inconsciente, um reservatório de sentimentos, pensamentos, impulsos e memórias, subjacentes ao consciente. Nas suas investigações, Sigmund Freud notou que o inconsciente influencia nosso comportamento e experiência, apesar de não percebermos isso, ao ponto de perder a dimensão do que é realidade e do que é fantasia, o que pode gerar mitomania, uma compulsão por contar mentiras. Esse tipo de paciente não consegue se controlar, mentindo até sobre coisas insignificantes, movido pela necessidade urgente de ser admirado e respeitado. Por sua vez, isso revela sentimento de inferioridade. Lula é useiro e vezeiro de atos falhos. Ao analisar a personalidade de Lula, o psicanalista Jorge Bessa o classifica como narcisista, comportamento associado à vaidade, ao orgulho, à ganância, à dominação e ao egoísmo. Lula: “Tem hora em que estou no avião e, quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo, crescendo... Tem hora que ocupo, sozinho, três bancos com o ego” – disse, durante a cerimônia de posse de ministros, em 31 de março de 2010. Quando a revista americana Time o indicou como um dos líderes mais influentes do mundo, Lula comentou que se continuassem com o assunto seu ego “não iria caber dentro das calças”. 

O perigo é que o narcisismo está ligado a outras patologias, como a necessidade de dominar os demais e o sentimento de superioridade, acreditando, piamente, ser superior aos demais e até que é imortal. É o caso de Lula, que gosta do superlativo “nunca antes na história desse país”, para autoqualificar-se como o maior estadista brasileiro e mais honesto até do que Jesus Cristo. Lula: “Cansei de viajar o mundo falando mal do Brasil, gente”; “Eu mentia mesmo, falava números que não existiam”. Jorge Bessa: “Em depoimento ao programa Papo de Graça, de 3 de novembro de 2015, o pastor Caio Fábio faz revelações sobre sua convivência de quase dez anos e dos muitos encontros que teve com Lula e manifesta a sua indignação e a tristeza que sente hoje por ter ajudado a elegê-lo, ao convencer uma parcela considerável da comunidade evangélica de que ele não era o satanás que todos pensavam, pois, segundo Caio Fábio, 95% dos evangélicos tinham uma total aversão a Lula, achando que era um homem do diabo. Em certo trecho da entrevista, Caio diz que, em maio de 1998, foi procurado por Lula para mais um encontro – eventos que se realizavam amiúde há mais de dez anos – dizendo que precisava de sua ajuda para trazer um dossiê forjado contra o PSDB de Miami para o Brasil e um amigo o indicou como alguém que poderia fazer isso. Mas o mais surpreendente foi quando Lula propôs: “Pelo amor de Deus, eu tenho 35 milhões de dólares pra internar no Brasil, que o Kadafi (o falecido ditador da Líbia) quer me doar e eu não tenho quem traga o dinheiro pra dentro (do país). Será que um amigo seu, um empresário, não faria isso por mim, reverendo?” Caio Fábio: “Foi tão avassalador que cheguei à conclusão, muito antes do Mensalão acontecer, que eu estava lidando com uma quadrilha totalmente abandidada e que tinha um discurso pra consumo em determinados nichos de interesse, enquanto tinham uma articulação de natureza muito mais extensa e que visava um projeto de dominação e de controle mesmo, a ponto do José Dirceu ter me dito: “No dia que nós conseguirmos emplacar o Lula pela primeira vez na presidência da república a gente não sai mais de lá e, se sair com brevidade, sairemos 24 anos depois, após deixarmos tudo aparelhado”. Aparelhar o Estado significa instalar um “companheiro” de partido ou ideologia em cargos públicos importantes, com a exclusiva missão de atender apenas aos interesses do partido, como corromper, roubar e matar. 

Na sua carreira, Lula não consultava ninguém ao tomar decisões, pois seu objetivo foi sempre pôr os nove dedos na burra. O PT é sua quadrilha. Destruiu todos os adversários dentro da própria quadrilha, impedindo que surgissem líderes autênticos. O resultado é que o PT não tem mais ninguém para concorrer à presidência da República. Dilma Rousseff, que é uma morta-viva, só se elegeu presidente pela influência de Lula, e acabou enterrando o próprio Lula, porque padece de um tipo de loucura diferente à de Lula, o completo caos mental. 

E por que um ser tão primitivo como Lula chega ao poder? – Alex perguntou-se. Bom, ele foi usado por outras pessoas, como Fidel, mas isso só foi possível por uma razão: a pobreza política brasileira. Alguns escolheram, para sua própria projeção e sobrevivência, a subserviência, ou, mesmo que discreta, colaboração com Lula, pois não tinham coragem de manifestar-se contra ele. Jorge Bessa diz, em Marxismo: O Ópio dos Intelectoides Latino-Americanos: “Hélio Bicudo, Cesar Benjamim, Vladimir Palmeira, Fernando Gabeira, Heloisa Helena, Paulo Delgado, Plínio de Arruda Sampaio, a lista é interminável. Mas esses se deram conta do logro e dele se afastaram. Mas o que dizer de uma parcela da população brasileira que, ou por fanatismo, ou por ignorância, continua a apoiá-lo e a tê-lo como o grande herói nacional?” 

Lula lembra Hitler, que era mais uma representação, uma impostura, do que uma personalidade, uma realidade, e levou a Alemanha à destruição, assim como Fidel Castro destruiu Cuba e Hugo Chávez Maduro, a Venezuela. Paul Joseph Goebbels, o ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, fanático por Adolf Hitler, assumiu controle absoluto da imprensa, da arte e da informação na Alemanha, e endeusou Hitler. No Brasil, Lula comprou o filé da imprensa, ensaiou várias vezes mantê-la sob censura, mas nunca conseguiu comprar nem censurar a banda boa da mídia, constituída por jornalistas patriotas e competentes. 

Mas como é que um sujeito ignaro, sem a menor expressão, se torna presidente da República? Seria porque Lula foi também construído pelo general Golbery do Couto e Silva, o principal pensador do movimento militar de 1964? Se um líder da esquerda fosse, no futuro, alçado à Presidência da República, desde que não fosse um Leonel Brizola, líder comunista capaz de levar o país a uma guerra civil, mas um líder de esquerda igual a uma nulidade, o Brasil, embora com uma Constituição e um Supremo Tribunal Federal (STF) esquerdistas, estaria livre de uma guerra civil. Só que a nulidade, no caso, era um ególatra e ladrão, muito, muito ambicioso. Durante o Ato Institucional número 5, Lula liderava greves à vontade, sem ser incomodado. Só foi preso anos depois, já sem motivo, tornando-se “mártir da ditadura”. Leonel Brizola disse no programa Roda Viva, de 20 de julho de 1994: “O Lula está dentro do sistema; sua mente está dentro do sistema econômico”. Mas ficou identificado como vítima do antigo regime, combatente pela democracia. Isso é falso. Lula fazia qualquer negócio. Foi informante do delegado e depois senador da república Romeu Tuma, quando este chefiava o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante o governo militar. No livro Assassinato de Reputações: Um Crime de Estado, Romeu Tuma Júnior, Tuminha, confirma que Lula foi de fato informante do Dops durante o regime militar, conhecido pelo codinome Barba. Em entrevista à revista Veja disse que Lula passava informações para o seu pai, o delegado Romeu Tuma. “O que conto no livro é o que vivi no Dops. Eu era investigador subordinado ao meu pai e vivi tudo isso. Eu e o Lula vivemos juntos esse momento. Ninguém me contou. Eu vi o Lula dormir no sofá da sala do meu pai. Presenciei tudo. O Lula era informante do meu pai no Dops.” Na mesma entrevista, Romeu Tuma Jr. denunciou outra faceta obscura do governo Lula, do qual foi secretário de Justiça: a fabricação de dossiês contra adversários. Conta que recebeu ordens para criar dossiês contra vários inimigos políticos do PT, entre os quais o governador de Goiás, Marconi Perillo, que foi quem avisou Lula sobre o Mensalão. O senador cearense Tasso Jereissati também foi alvo de Lula, que o considerou adversário político perigoso. Segundo Tuminha, Lula, e o PT, instalaram uma fábrica de dossiês. “Sempre refutei essa prática e mandei apurar a origem de todos os dossiês fajutos que chegaram até mim. Por causa disso, virei vítima dessa mesma máquina de difamação.” Tuminha virou perseguido quando descobriu uma “conta do Mensalão” nas Ilhas Cayman, operada pelo então ministro da Casa Civil, o famigerado José Dirceu. Tuminha denunciou também uma operação para grampear todos os ministros do STF, denúncia feita anos atrás pelo então deputado Roberto Jefferson, o homem que denunciou o Mensalão e acusou Dirceu de chefiar a fábrica de dossiês fajutos. Isso deixa claro que Lula instalou um estado policial, visando se perpetuar no poder. Também Lula se tornou íntimo de ladrões famosos, como dos ex-governadores de São Paulo, Paulo Maluf, e do Rio, Sérgio Cabral. 

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, publicada em junho de 2005, o então deputado federal e presidente do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Roberto Jefferson, revelou a existência de um esquema de pagamento de mesada de 30 mil reais por mês a deputados de vários partidos, o que ficou conhecido depois como Mensalão, chefiado por José Dirceu, ministro da Casa Civil, para votarem só o que Lula quisesse. O esquema era operado pelo então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, dirigentes do Banco Rural e o empresário e publicitário Marcos Valério. O dinheiro jorrava da verba publicitária das empresas estatais, canalizados pela agência de publicidade DNA Propaganda, de Marcos Valério. Mas Lula já tinha comprado também o eleitor, com o programa Bolsa-Família, a mídia, com bilhões de reais, e mentia sobre a economia da forma mais inacreditavelmente descarada, e assim foi reeleito em 2006. 

Em 11 de abril de 2006, o procurador Geral da República denunciou 38 quadrilheiros, acusados de formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta e evasão de divisas. Em julho de 2008, descobriu-se que uma das principais fontes de recursos do Mensalão foi o Banco Opportunity, que repassava o dinheiro para os deputados por meio da Brasil Telecom, controladora da Telemig e da Amazônia Telecom. A Brasil Telecom injetou 127 milhões de reais nas contas da DNA Propaganda, de Marcos Valério. Esse era o Valerioduto. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) só começou o julgamento dos 38 réus em 2 de agosto de 2012. Na sua acusação, o ex-procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, classificou o Mensalão como uma “sofisticada quadrilha”, com a missão de comprar apoio de partidos para o projeto político do PT e de Lula. O procurador Geral seguinte, Roberto Gurgel, chamou o Mensalão de “o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil”. 

Em 12 de agosto de 2005, em pronunciamento à televisão, Lula colocou a culpa no PT: “Fui traído. O PT tem que pedir desculpas”. 

O julgamento do Mensalão no Supremo foi de agosto de 2012 a março de 2014. Conclusão: confirmada a existência de um esquema de compra de votos de parlamentares no primeiro mandato de Lula; 20 pessoas condenadas à prisão e quatro a prestação de serviços. A cúpula do PT foi em cana: o deputado federal licenciado e ex-presidente do PT, José Genoíno; o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu; e o tesoureiro Delúbio Soares. Em 1 de abril de 2007, durante o Terceiro Congresso Nacional do PT, o então presidente Lula declarou: “Ninguém neste país tem mais autoridade moral, ética e política do que o PT”. Em 10 de janeiro de 2010, o jornal O Estado de São Paulo publica em manchete: “Lula desafia TCU e coloca dinheiro em obras da Petrobras sob suspeita”. A suspeita do Tribunal de contas da União era quanto a superfaturamento em vários empreendimentos bilionários em dólares. Em 2013, a Polícia Federal entrou no caso, a Operação Lava-Jato, que ficou conhecido como Petrolão, que quase leva à bancarrota a maior empresa brasileiras, a Petrobras. Lula estava pensando na Ursal. 

Em 2010, Lula já havia eleito Dilma Vana Rousseff, que, durante a Ditadura dos Generais, foi assaltante de banco para os comunistas. Como Dilma era incapaz de formular sequer uma frase que fizesse sentido, Lula achava que ela seguraria a cadeira no Palácio do Planalto até ele voltar, em 2014. Só que Dilma começou a acreditar que fora eleita por competência própria e se recusou a devolver o trono ao seu tutor, que não teve outra saída senão trabalhar novamente como cabo eleitoral. Deu certo de novo. Mas foi o início da derrocada do PT e de Lula. Dilma fez tanta asneira, que, em 2016, acabou defenestrada, levando com ela o PT. Assume o vice, Michel Temer, político profissional do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido profundamente comprometido com Fernando Henrique Cardoso e Lula. 

– Os comunistas, desde a criação da União Soviética, estão de olho no Brasil, assim como qualquer nação hegemônica, pela mesma razão: o Brasil é, de fato, o país melhor aquinhoado pela natureza em todo o planeta; tem tudo, tudo, do bom e do melhor. Só que no caso dos comunistas eles agem igual os aliens de filme de ficção: escravizam o povo e pilham tudo, comem tudo, não produzem nada. Vão comendo até que tudo se acabe. Aí, procuram os povos que estão se recuperando e começam tudo de novo. Sua filosofia é a de terra arrasada. No fundo, querem destruir a obra de Deus. São anticristos – disse Bond. – E há sempre um chefão, um capo di tutti capi, ou capo dei capi, o chefe de todos os chefes, como se diz na máfia siciliana, ou na Cosa Nostra americana. 

– Um dragão negro! Eles são muito poderosos e comandam os magos negros encarnados aqui na Terra – reiterou Alex. 

– O regime político mais, digamos, humano, que conseguimos criar é a democracia, que, aliás, devemos aos gregos clássicos, e temos hoje na Suíça algo parecido – Bond continuou. – No Brasil, os comunistas tentam um golpe por meio da democracia, aparelhando tudo, principalmente o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, já que não conseguiram tomar o poder por meio da revolução. Só não combinaram com as Forças Armadas, a casamata do conservadorismo – Bond aplicou a última bocada no seu pão. Morava também na Quadra 103, Bloco H. Vivia só, com seus livros e parafernália eletrônica, em um apartamento de quatro quartos. Sua ex-mulher, um filho e duas filhas, todos casados, e netos, moravam no Rio. 

Lula, no seu discurso de diplomação: “E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país”. Estava pronto para tirar a barriga da miséria e dividir o butim com Fidel Castro. Assim que assumiu a presidência da República, Lula começou a aparelhar o Estado e a roubar utilizando-se dos mais diversos expedientes. 

– Muita gente importante foi assassinada no Brasil, neste início de século – disse Alex. 

– Sim! E há mandante! – disse Bond. – Você se lembra do Caso Celso Daniel? Acho que foi a primeira vítima dessa sequência de assassinatos políticos. Pois bem, trabalhei nele, como pesquisador da corrupção no Brasil. Como você sabe, Celso Daniel, do Partido dos Trabalhadores, tinha 50 anos quando foi assassinado, em 18 de janeiro de 2002, e era prefeito de Santo André/SP pela terceira vez. Ele foi sequestrado na noite de 18 de janeiro ao sair de uma churrascaria na região dos Jardins, em São Paulo, a bordo de um Mitsubishi Pajero blindado, dirigido pelo empresário Sérgio Gomes da Silva, conhecido como Sombra. Segundo a imprensa, o carro de Daniel foi perseguido por outros três veículos: uma Blazer, um Santana e um Tempra. No bairro da Vila Vera, Distrito do Sacomã, Zona Sul de São Paulo, na altura do número 393 da Rua Antônio Bezerra, o prefeito foi fechado e dispararam nos pneus e dos vidros traseiro e dianteiro do Mitsubishi. Então abriram a porta do carro e levaram Celso Daniel. Não tocaram no Sombra – disse Bond, que tinha memória fotográfica e lembrava-se de tudo o que lia e via, com nitidez, como se estivesse lendo ou vendo naquele momento. – Na manhã do dia 20 de janeiro, um domingo, o corpo de Celso Daniel foi encontrado na Estrada das Cachoeiras, na altura do quilômetro 328 da Rodovia Régis Bittencourt, a BR-116, em Juquitiba, no bairro do Carmo, crivado de bala. Dois meses depois, em 1 de abril, a Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito sobre a morte do prefeito. No relatório apresentado pelo delegado Armando de Oliveira Costa Filho, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), consta que o crime foi cometido por seis membros de uma quadrilha da favela Pantanal, na Zona Sul de São Paulo, entre os quais um menor de idade, que confessou ter sido o autor dos mais de 10 disparos que atingiram o prefeito. Aí, a história começa a ficar delirante. Segundo os bandidos, Daniel teria sido sequestrado por acaso, já que a quadrilha teria perdido de vista seu alvo, um empresário, de identidade não revelada. No dia 19 de janeiro, os bandidos souberam pelos jornais que tinham sequestrado o prefeito de Santo André, ficaram com medo de serem descobertos e resolveram se livrar da vítima. Depois que mataram Celso Daniel, foram assassinadas mais sete pessoas, todas potenciais testemunhas ligadas ao caso, incluindo Carlos Delmonte Printes, legista que atestou marcas de tortura no corpo de Celso Daniel, que teria se suicidado por causa do fim de seu casamento, ingerindo um coquetel de medicamentos no seu escritório, em São Paulo, em 12 de outubro de 2005. Um dos promotores no caso exibiu uma foto de Celso Daniel ao menor que alegou ter assassinado o prefeito e o menor não conseguiu reconhecer a vítima. A família de Celso Daniel, insatisfeita com tanta fantasia, conseguiu que em 5 de agosto de 2002 o Ministério Público de São Paulo reabrisse as investigações. Em 2005, os promotores Roberto Wider Filho e Amaro José Tomé, do Ministério Público de Santo André, pediram a reabertura das investigações policiais; foram atendidos, mas o caso ficou em banho maria. Em agosto de 2010, a promotora Eliana Vendramini, responsável pela investigação, conduzia um veículo blindado em uma via expressa de São Paulo quando seu automóvel foi atingido várias vezes por outro carro e capotou três vezes. Foram oito anos de avisos claros. Segundo o oftalmologista João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel, o prefeito foi eliminado porque detinha um dossiê sobre corrupção na prefeitura de Santo André, um esquema de desvio de dinheiro público para o Partido dos Trabalhadores, envolvendo também empresários do setor de transportes. Empresários de ônibus da região do ABC Paulista confirmaram que o Sombra coletava mensalmente nas empresas valores que variavam entre 40 mil e 120 mil reais, em troca de vantagens, como concessões. E em 2012, o operador do Mensalão, Marcos Valério, declarou, tentando firmar um acordo de delação premiada, que o ex-presidente Lula e ex-ministro Gilberto Carvalho estariam sendo extorquidos por criminosos envolvidos no caso Celso Daniel. Quem mandou matar Celso Daniel? Quem mandou matar Jair Messias Bolsonaro? – disse Bond, limpando a boca. 

Em 2012, Lula foi substituído na Presidência por sua marionete Dilma Rousseff, usada na guerrilha contra os militares para assaltar banco e matar. Dilma, que conta com apenas um neurônio, como denuncia o jornalista Augusto Nunes, foi eleita para esquentar a cadeira de Lula, que deveria voltar em 2015, conforme planejado. 

Mas em 17 de março de 2014, a Polícia Federal (PF) dispara a Operação Lava Jato, para investigar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina. A operação, coordenada, depois, pelo então juiz Sergio Moro, terminou em 1 de fevereiro de 2021, com final melancólico, mas eviscerou o maior esquema de corrupção e roubalheira da história do país, envolvendo presidentes da República, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, governadores de estados, políticos dos maiores partidos do país, a cúpula da Petrobras e grandes empresas brasileiras. Segundo levantamento feito por peritos da Polícia Federal, em janeiro de 2017, todas as operações financeiras fraudulentas investigadas na Operação Lava Jato somaram oito trilhões de reais. 

Lula foi preso no dia 7 de abril de 2018, condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz federal de primeira instância Sergio Moro, no dia 12 de julho de 2017, pena que na segunda instância foi ampliada para 12 anos e um mês e, em abril de 2019, foi reduzida pela Quinta Turma do Supremo para 8 anos e 10 meses, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula cumpriu pena em Curitiba, no prédio da Superintendência Regional da Polícia Federal, no Paraná. Mas a prisão não durou muito tempo. Em 8 de março de 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo, anulou, singelamente, as condenações de Lula no âmbito da Lava Jato e devolveu ao mago negro seus direitos políticos. Agora, era só contar com os idiotas úteis. 

Os comunistas cunharam o termo “idiota útil” referindo-se às pessoas cheias de boa vontade, mas vazias de conhecimento sobre as cínicas estratégias do marxismo-leninismo para chegar ao poder. No início da Revolução Russa, quando Lenin buscava desesperadamente apoio interno e externo para manter a sua revolução, valeu-se de um grupo seleto de propagandistas, especializados em doutrinar essas pessoas a pensarem como um comunista. Uma variante desse termo foi cunhada pelo economista austríaco Ludwig Heinrich Edler von Mises, em seu livro Caos Planejado, de 1947: “inocentes úteis”, dirigindo-se aos economistas liberais que se deixavam influenciar pelas propostas comunistas quase que inconscientemente. O jornalista Roberto Barricceli definia o idiota útil como “o militante manipulado dos esquerdistas, que age de acordo com uma cartilha baseada em ideologias coletivistas incoerentes e impraticáveis”. A cartilha: 

1 – O idiota útil utilizará o que acredita serem argumentos irrefutáveis, baseados no emocional, e que são a base de tudo que ele acredita. Portanto, deve-se estudar muito a sua ideologia e a dele, pois o idiota útil tem a capacidade de criticar tudo aquilo que ele não estudou e defender o que não entendeu, mas gostou. 

2 – O idiota útil, quando atacado, tentará ganhar no grito e repetirá chavões e frases até cansar, cabendo ao interlocutor desconstruir essas frases. 

3 – O idiota útil deverá acusar o interlocutor de ser aquilo que ele mesmo, o idiota útil, é. Nesse caso, mostre-lhe que o nazismo, o fascismo e o racismo são característicos da esquerda, demonstrando os semelhantes tipos de governo e ações. 

4 – O idiota útil vai se enfurecendo devido à desconstrução lógica e clara que você fez do mundinho perfeito e utópico em que ele acredita. E, nesse caso, partirá para o contra-ataque, criticando a pessoa com a qual debate e não os argumentos dela, tentando abalá-lo. Então, mostre-lhe que ele critica o que não conhece e aproveite para lhe explicar a sua ideologia, refutando-o com argumentos e exemplos. 

5 – Por fim, o idiota útil desistirá, mas não sem dizer que “não é possível manter um debate com alguém que mente, calunia e blá-blá-blá”, ao que você responderá que foi ele, o idiota, quem buscou esse caminho, dizendo-lhe que “mentir é desonestidade intelectual (esse termo enraivece o idiota útil, pois ele sabe que é verdade e nenhum deles gosta da verdade)”, e o idiota útil tem necessidade de enganar a si mesmo o tempo todo, buscando, sem parar, a aprovação dos outros. 

Barricceli é muito otimista, pois é muito difícil, mesmo para padres e pastores, conseguir manter por muito tempo uma conversa civilizada e inteligente com esse tipo de militante. Se alguém conseguir chegar até a fase final por ele preconizada, parabéns! 

Há um tipo de idiota útil especial, o coitado. No seu livro O Código da Inteligência, Augusto Cury explica: “O coitadismo é a arte de ter pena de si mesmo. O coitadismo é o conformismo potencializado, capaz de aprisionar o Eu para que ele não utilize ferramentas para transformar sua história. Vai além do convencimento de que não é capaz, entra na esfera da propaganda do sentimento de incapacidade. Não tem vergonha de dizer: – Sou desafortunado! Sou um derrotado! Nada que faço dá certo! Não tenho solução! Ninguém gosta de mim! 

Todos aqueles que não conseguem realizar sua ascensão social são transformados pelos lobos em pobres vítimas inocentes do sistema capitalista explorador e da burguesia insensível, daí a necessidade do regime de cotas, em relação aos negros, e um pretenso resgate de uma suposta dívida histórica para com eles, o que acaba por dar uma justificativa a todas as vitimizações, inclusive desculpa para crimes, pois toda a culpa é do sistema, razão pela qual deve-se criar políticas de bem-estar social para amparar esses desvalidos. Uma rápida investigação mostrará que esses coitados não passam de aproveitadores, avessos ao trabalho; quanto mais benefícios puderem ter, e pelo mais longo tempo, melhor. Muitos desses coitados nunca fizeram esforço para superar suas dificuldades, admitindo serem sustentados pela família. Em muitos casos, funcionam como idiotas úteis e mimados, preguiçosos, que jogam suas frustrações nas costas largas do Estado e do sistema capitalista. O coitado é hipócrita, dissimulado, que se diz defensor dos pobres e advoga revoluções salvadoras, mas que não sabem dirigir nem suas próprias vidas. Assim, em vez de se empenhar para que a economia crie vagas e trabalho dignos, os comunistas desenvolvem nas pessoas o sentimento de revolta contra o sistema, culpando o capitalismo por todas as suas mazelas e incentivando o parasitismo social, a voracidade pelos benefícios sociais e por mais e mais direitos, e sem deveres, de modo que o ódio contra a sociedade e a inveja contra os que construíram algum patrimônio acabam se transformando em votos para os fabianos. 

O historiador Walter Scheidel, da Universidade de Stanford, apresenta, no seu livro The Great Leveler: Violence and the History of Inequality from the Stone Age to the Twenty-First Century (O Grande Nivelador: Violência e a História da Desigualdade da Idade da Pedra ao Século XXI) estudos comprovando que a diferença de renda entre ricos e pobres através dos tempos só diminui em caso de acontecimentos desastrosos, períodos de terror, grandes guerras, revoluções totalitárias, pragas, desastres naturais, eventos ultraviolentos, que levaram a sociedade a um nível de destruição e recomeço. 

Outra arma do mago negro, pronta para ser usada, pois afiou-a durante décadas, é o populismo, implementando, no seu planejado futuro governo, medidas que possam criar e manter um eleitorado dependente, o voto de cabresto, como o Bolsa-Família, paralelamente à ampliação, ad infinitum, do cabide de empregos, para aparelhamento do partido, ampliando os votos para militantes, seus familiares e idiotas úteis conquistados pelos militantes, com constantes aumentos de salário. 

Segundo o médium Benjamin Teixeira de Aguiar existem três tipos psicológicos de pessoas que se veem ou se declaram inferiores. No primeiro grupo estão “aquelas que apenas parecem humildes, mas que alardeiam limitações pessoais com o intuito de mascarar a preguiça, a covardia e a irresponsabilidade que as governam, afastando-as do espírito de serviço e de compromisso com deveres assinalados por suas consciências. São caracteres defeituosos e prenhes de vícios morais, cegos pelas ilusões do sentimento de vítima e da presunção, egoísmo e narcisismo a que se acolhem. No segundo grupo encontram-se os indivíduos que sofrem com a percepção lúcida da condição humana de falibilidade inexorável, mas que, dentro de suas possibilidades psicológicas, empenham-se, sincera e sistematicamente, em oferecer o melhor de si ao mundo. “São personalidades mais amadurecidas, que se enxergam com mais senso de justiça e integridade, menos enganadas pelas idealizações malévolas e infelicitantes do ego.” Finalmente, existem as raras criaturas cuja aguda perspicácia moral, a despeito de seu avançadíssimo estágio de desenvolvimento, as faz sofrer com complexas e profundas exigências ético-morais em relação a si próprias. Benjamin alerta para o cuidado que se deve ter com o cinismo comodista que tudo relativiza, com apelo a argumentos pseudointeligentes, criando justificativas para a indesculpável fuga do esforço pessoal urgente, permanente e intransferível de escolher a sintonia com o bem, ou acabaremos nos tornando, inapelavelmente, um joguete usado e abusado pelas potestades do mal. Muitos desses aliam-se àqueles que buscam unicamente o poder e que, para isso, utilizam-se dessas pessoas em um perfeito casamento de interesses. 

Em agosto de 2004, Lula encaminhou ao Congresso um projeto de lei que previa a criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ), que teria poderes para “orientar, disciplinar e fiscalizar” o exercício da profissão e a atividade de jornalismo, inclusive com poderes de punir jornalistas. Outra função do CFJ seria a de “zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe”. Seria o fim da democracia. Não passou. Mas em 2018, voltou ao tema. O jurista Ives Gandra alertou que quando o Estado cerceia a liberdade de imprensa estamos à beira de uma ditadura. Lula ameaça até hoje: “Trabalhem pra eu não voltar. Porque se eu voltar vai haver uma regulação dos meios de comunicação. A gente não pode continuar permitindo que meia dúzia de famílias sejam donas dos meios de comunicação”. 

Na questão financeira, os comunistas brasileiros seguem a orientação do zumbi Fidel Castro. A TV Record entrevistou a jornalista espanhola Cristina Seguí, que acusa o Partido dos Trabalhadores e partidos de esquerda na América Latina e na Espanha de terem ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e com o narcotráfico através do Foro de São Paulo, e de terem recebido dinheiro daquela organização narcotraficante colombiana. Além da Venezuela, o esquema envolveria o Brasil, Argentina, Portugal e Espanha. 

Cristina explicou como os partidos de esquerda se deixaram infiltrar pelo narcotráfico latino-americano em busca de financiamento para suas campanhas. Suas afirmações estão baseadas nas declarações do general venezuelano Hugo Carvajal, antigo chefe da contrainteligência militar da Venezuela no governo de Hugo Chaves, preso em Madri/Espanha sob a acusação de envolvimento com o narcotráfico e tentando um acordo de delação premiada para evitar sua extradição para os Estado Unidos, onde pesam contra ele as acusações de ter participado de atividades de narcotráfico com as Farc e, em 2011, ter coordenado o embarque de 5,6 toneladas de cocaína da Venezuela para o México, com destino aos Estados Unidos. O general era o encarregado de “fornecer segurança armada para proteger os carregamentos de drogas” da Venezuela para os Estados Unidos. As autoridades norte-americanas dizem que ele se aproveitava de seu cargo como diretor de contrainteligência militar para realizar suas atividades criminosas com o narcotráfico e o crime organizado. Ele também faria parte de uma organização batizada de Cartel de Los Soles (Cartel dos Sóis), termo usado para descrever grupos criminosos dentro das forças armadas da Venezuela que traficam cocaína. Compõe-se principalmente por altos oficiais militares que estão estreitamente vinculados ao crime organizado internacional, participando em atividades criminosas como narcotráfico. 

Documento secreto datado de 25 de abril de 2002 dá conta de que no dia 13 de abril de 2002, em reunião com um grupo de esquerdistas solidários com as Farc, realizada nos arredores de Brasília, o ex-padre Francisco Antônio Cadenas Collazzos, conhecido como Olivério Medina ou Padre Medina, tido como embaixador das Farc no Brasil, fez o anúncio de que sua organização guerrilheira estava fazendo uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos do PT. Isso a seis meses das eleições que acabariam por colocar Lula na presidência da República. Além da Venezuela, Lula recebeu dinheiro também da Líbia e de Cuba, segundo o ex-chefe da contrainteligência e contraterrorismo do Brasil, Jorge Bessa. 

Uma fonte de informações incontestável sobre as Farc e suas relações com partidos e organizações políticas no exterior são os arquivos do laptop que pertenceu a Raul Reyes, chefe do Comitê Internacional das Farc (Cominter), que as autoridades colombianas conseguiram recuperar, durante uma invasão por forças daquele país em um campo das Farc no Equador, em março de 2008. Em uma clamorosa falha de segurança, o computador daquele guerrilheiro continha centenas de arquivos de sua correspondência particular e que foram decodificados e deixados em texto claro. 

Esses arquivos mostram o perfeito entrosamento entre as forças de esquerda da América Latina e o verdadeiro pacto de apoio mútuo – inclusive com apoio financeiro – a candidatos à Presidência da República em diferentes países ligados ao Foro de São Paulo. Em um deles, há a informação de que o ex-presidente do Peru, Ollanta Moisés Humala, que conquistou a presidência do Peru em 5 de junho de 2011, recebeu dinheiro do falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em sua campanha para a presidência. 

Um vídeo divulgado pela agência Associated Press (AP) e que foi encontrado com um membro da guerrilha, apontava que as Farc também haviam financiado a campanha eleitoral do presidente equatoriano Rafael Correa, em 2006. No vídeo, Raul Reyes lê uma declaração do falecido líder das Farc, Manuel Marulanda, que confirma as doações à campanha de Correa. 

Em seu livro Bumerán Chávez, Emili J. Blasco descreve como o governo do presidente Hugo Chávez “expandiu a corrupção a níveis sem precedentes” corrompendo o Ministério Público, o sistema judicial e as forças armadas.  Aquele país seria responsável por 90% da cocaína enviada para os Estados Unidos e a Europa e Chaves teria outorgado imunidade legal a oficiais implicados em narcotráfico para manter o poder e sua lealdade. 

Em 2007, baseados em documentos encontrados nos arquivos de Raul Reys, as autoridades colombianas denunciaram que Hugo Chávez ofereceu pagamentos de mais de 300 milhões de dólares às Farc para criar “laços financeiros e políticos respaldados durante anos”. Documentos mostravam rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia solicitando assistência venezuelana para a aquisição de mísseis terra-ar, demonstrando que Chávez realizou encontros pessoais com estes líderes rebeldes. 

O resultado disso é exatamente o que denunciou o almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul dos EUA, em um encontro anual com líderes militares sul-americanos realizado em agosto de 2021, quando citou que a corrupção e a crise na Venezuela estão entre os maiores desafios da América do Sul. Faller recebeu os chefes militares de Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Suriname e Uruguai no quartel-general do Comando Sul, em Doral, próximo a Miami, para discutir os desafios das Forças Armadas sul-americanas. “Existem organizações criminosas transnacionais que operam em toda a região e prosperam na corrupção, e, em muitos casos, essas organizações têm um financiamento maior do que muitas das forças de segurança que enfrentam” – disse Craig. Sobre a Venezuela, o almirante americano afirmou que a crise naquele país “afeta inevitavelmente todo o hemisfério”. 

Carvajal tem muito a revelar sobre as relações criminosas entre as esquerdas sul-americanas e europeias com o crime organizado e o narcotráfico.

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