domingo, 16 de outubro de 2022

Estão estuprando nossas crianças. Damares Alves denuncia escravidão sexual no Marajó

O autor e O CLUBE DOS ONIPOTENTES, edição do Clube de Autores

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 16 DE OUTUBRO DE 2022 – Recentemente, Damares Alves, senadora eleita pelo Distrito Federal, ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, trouxe à tona, novamente, a escravidão sexual de crianças na Ilha do Marajó, no Pará, fato documentado inclusive pela TV Record. A apresentadora Xuxa Meneghel não gostou. Compartilhou com seus fãs um abaixo-assinado pela cassação do futuro mandato de Damares Alves. Por que será que Xuxa ficou tão furiosa? Ela e outros famosos. 

Vamos a trechos do livro O CLUBE DOS ONIPOTENTES, que disseca o ventre do Partido dos Trabalhadores (PT) e de seu mentor, Lula, criador, juntamente com Fidel Castro, do Foro de São Paulo, um clube de narcotraficantes que pretende dominar toda a Ibero-América. 

A Alemanha é mesmo surpreendente. O site Conexão Política publicou matéria de Thaís Garcia sobre uma história inacreditável, revelada por um estudo da Universidade de Hildesheim. Em Berlim, por quase três décadas, projeto aprovado pelo Senado alemão entregou crianças sem teto a pedófilos. O projeto foi concebido pelo psicólogo, sexólogo e escritor alemão Helmut Kentler, em 1969. Para Kentler, que gozava de prestígio, os pedófilos são “pais muito, muito amorosos”. E pais amorosos foram presenteados com crianças de rua em Berlim Ocidental. 

“Nossas vidas foram destruídas” – disse Marco, um dos órfãos, que, aos nove anos de idade, recebeu abrigo de Fritz H., um criminoso perturbador. Marco foi estuprado por Fritz anos a fio. Na época, Kentler tinha um cargo de alto nível no Centro de Educação de Berlim. Acreditava que “o sexo entre adultos e crianças é inofensivo” porque “as crianças também são seres sexuais que têm o direito de experimentar sua sexualidade”. Com essa conversa, Kentler conseguiu convencer vários políticos a aprovarem seu projeto nefando, com o argumento central de “ganho mútuo”, com as crianças descobrindo sua sexualidade e os pais adotivos desenvolvendo o amor pelas crianças. 

De 1969 quase até a virada do século foi uma bacanal de estupros. Só Fritz H conseguiu pegar 10 meninos de rua. As autoridades de Berlim, quando souberam dos abusos contra as crianças, não intervieram. Por que? Porque havia uma rede de pedofilia que incluía autoridades e profissionais da educação. Havia, entre os pais adotivos das crianças de rua muitos homens solteiros e com altos cargos em universidades. 

Foi a política Sandra Scheeres, da Câmara Municipal de Berlim, quem coordenou a apuração do projeto Kentler. Ela qualificou essa história inimaginável de “inimaginável” mesmo. Carrascos como Helmut Kentler e Fritz H já morreram, e as bestas que ainda estão vivas ficaram livres de processo, pois o caso prescreveu. 

Thaís Garcia descobriu que também na Alemanha os comunistas alemães defendiam como normal o sexo com crianças. Jan Fleischhauer, do Spiegel, escreveu um artigo sobre isso. O negócio começou com estudantes do Instituto de Psicologia da Universidade Livre de Berlim, que criaram o que eles chamavam de pós-escola, para crianças de 8 a 14 anos, em Keuzberg. O nome da escola era Rote Freiheit, Liberdade Vermelha, porque o objetivo era moldar uma personalidade socialista nos alunos. 

Segundo Thaís Garcia, em 1970, Úrsula Besser, do Parlamento do Estado em Berlim, pelo partido conservador União Democrata-Cristã (CDU), pelo qual foi nomeada para o comitê de educação, encontrou uma pasta à porta da sua residência contendo relatórios diários datilografados sobre o trabalho educacional realizado na Liberdade Vermelha. 

O primeiro relatório data de 13 de agosto de 1969, e, o último, de 14 de janeiro de 1970. De acordo com os relatórios, quase que diariamente os alunos liam revistas pornográficas coletivamente e participavam de mímicas de relações sexuais, todos nus. Úrsula visitou então o Instituto de Psicologia em Berlim. No porão, encontrou dois quartos separados por um grande espelho unidirecional; em um deles havia um colchão. 

Um funcionário explicou que o porão era usado como “estação de observação” para estudar o comportamento sexual das crianças. Depois dessa visita, ela repassou os relatórios a um editor do jornal, Der Abend, de Berlim Ocidental, que publicou trechos do documento. Mas essa história de terror não ficou somente nisso. 

O Manual de Doutrinação Infantil Positiva, comunista, publicado em 1971, diz o seguinte: “As crianças podem aprender a apreciar o erotismo e as relações sexuais muito antes de capaz de compreender como uma criança é concebida. É valioso que as crianças abracem os adultos e que a relação sexual ocorra durante o aconchego”. 

Em 1980, o grupo pedófilo Comuna Indiana, de Nuremberg, compareceu à primeira convenção do Partido Verde, na cidade de Karlsruhe, no sudoeste da Alemanha, reivindicando “sexo livre para crianças e adultos”. Em 1985, durante convenção do Partido Verde, em Lüdenscheid, eles reivindicaram o seguinte: “As relações sexuais consensuais entre adultos e crianças devem ser descriminalizadas”. 

Atualmente, segundo Thaís Garcia, a Alemanha está investigando uma rede cibernética de cerca de 30 mil suspeitos de pedofilia só em Bergisch Gladbach, cidade na região administrativa de Colônia, estado de Renânia do Norte-Vestfália. 

No Brasil, durante a era do Partido dos Trabalhadores, o PT, de 2003 a 2016, os petistas tentaram descriminalizar a pedofilia através do Ministério da Educação (MEC). Segundo Thaís Garcia: “O objetivo da esquerda sempre foi a destruição da família. Através de investidas de uma mídia corrompida, da pedofilia disfarçada de arte e da doutrinação nas escolas, as crianças passariam a absorver gradativamente ideias contrárias aos seus valores tradicionais e seriam transformadas em um instrumento nas mãos do socialismo. 

Uma vez erotizadas, as crianças se tornam adultos não comprometidos em formarem família, prejudicando as suas percepções e seus convívios sociais. Em contrapartida, eleitores conservadores se uniram e conseguiram eleger um novo governo, também conservador e defensor da criança, livrando assim o Brasil da tentativa da esquerda em cometer um absurdo muito parecido com o ocorrido na Alemanha. E, dessa forma, a autoridade dos pais sobre a educação sexual dos filhos está, momentaneamente, segura. 

Os pais brasileiros precisam continuar alertas, a luta é constante e é preciso garantir à criança o direito de ser protegida, de brincar, estudar e ter a tranquilidade de um lar bem estruturado. Não é por acaso que o ensino no Brasil está repleto de teoria marxista. Uma vez que a teoria marxista é disseminada por professores e se espalhe entre milhões de estudantes, transforma-se, progressivamente, em realidade, e é assimilada pela sociedade. A técnica da Janela de Overton está sendo aplicada e invertendo os valores da nossa sociedade. Não perder a capacidade de discernir o bem e o mal é a única forma de sobrevivermos às investidas marxistas”. 

A Associação para a Prevenção e Reinserção da Mulher Prostituída (Apramp) dá conta de que o Brasil apresenta o maior número de mulheres traficadas para fins sexuais da América do Sul. Segundo a Pesquisa Nacional sobre o Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes (Pestraf), há 110 rotas nacionais e 131 rotas internacionais de mulheres para escravidão sexual no Brasil, 32 das quais levam à Espanha. 

A professora Telma Durães, da Universidade Federal de Goiás (UFG), durante pesquisa intitulada Tráfico Internacional de Mulheres: Goiás – Pensando a Prevenção, realizada ao longo de 2012 e 2013, identificou que Anápolis é a cidade goiana mais citada como origem das mulheres traficadas para Portugal e Espanha. Mas a prostituição corre solta em todo o Brasil, principalmente nas cidades costeiras e especialmente no Nordeste, onde, nas grandes cidades, é comum se ver enxames de turistas de olho nas crianças que andam ali pela praia, prostituindo-se por um prato de comida ou por cinco ou dois reais. 

A ilha de Marajó é maior do que a Jamaica, Porto Rico ou Trinidad e Tobago, no Caribe, ou do que a Córsega, na França mediterrânea, ou a ilha de Creta, no mesmo mar europeu-africano, e o arquipélago é rico: suas praias atlânticas são deslumbrantes; seus açaizais, imensos; seu rebanho bubalino é o maior do Brasil; sua cerâmica é exportada para o mundo inteiro, via Icoaraci, ou Vila Sorriso, bairro de Belém; e sua produção de pescados contribui para que o Pará seja um grande produtor de peixes. 

Mas neste arquipélago ratos d’água atacam casas de ribeirinhos, roubam e estupram as mulheres; curumins morrem devorados por verme, ameba, giárdia, malária, ou são estuprados dentro de carros enquanto balsas cruzam os rios e no interior de embarcações, silenciadas no seu sofrimento por comida; nas balsas que cruzam os rios do arquipélago crianças são empurradas aos mais torpes atos, às vezes a troco de querosene, para acender lamparinas. 

Quando as embarcações se aproximam, meninas partem em grupo em canoas e remam em direção a balsas, barcos e navios. É lançada uma corda para ajudar as “balseiras”, como são chamadas, a subir às embarcações, onde tentam vender produtos agrícolas. Mas os homens geralmente estão interessados em outra coisa, e as estupram a troco de pacotes de biscoito, leite em pó ou condensado, ou óleo diesel. 

Em declaração ao jornal Beira Rio, da Universidade Federal do Pará (UFPA), a pesquisadora Monique Loma explicou que as famílias não veem isso como exploração sexual, mas como “uma oportunidade para eles; além de gerar renda, os pais olham para a prática como uma chance de as meninas se casarem com algum marinheiro e terem uma chance melhor na cidade”. 

E revela: “Quando contamos à família o que está acontecendo, o que essa atitude gera, percebemos que eles não tinham noção sobre a legislação ou sobre os Direitos da Criança e do Adolescente. Jamais poderiam fazer uma ocorrência, pelo simples fato de aquilo ser o cotidiano deles, não um crime”. E o choque: “Foi uma surpresa ver que, para elas, aquilo era brincadeira. Algumas afirmaram estar procurando o príncipe encantado. A naturalidade com que elas falavam de tudo foi um choque. Como eu poderia falar de violência sexual, de exploração, se elas nunca tinham ouvido esses termos?” 

Segundo estudo produzido em 2018 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 50,9% dos casos registrados de estupro em 2016 foram cometidos contra menores de 13 anos de idade. Nesse contexto, há um florescente comércio de vídeos de menores sendo estuprados. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2011 e 2017, foram registrados 184.524 casos de violência sexual no país, 58 mil dos quais, ou 31,5%, contra crianças, inclusive bebês, e 83 mil, 45%, contra adolescentes; 70% dos casos aconteceram no lar das vítimas. 

Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública oito pessoas desaparecem, por hora, 192 por dia, no Brasil; só de crianças e adolescentes são 40 mil desaparecidos por ano. Causas: fuga de casa devido a conflitos familiares, transtornos mentais, alcoolismo, tráfico para venda de órgãos, trabalho escravo, prostituição e adoção ilegal.

Ainda há tempo de ler O CLUBE DOS ONIPOTENTES antes de 30 de outubro, em edição física ou em E-book.

Edição da amazon.com.br e amazon.com

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