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Trump e Bolsonaro sabem o que é escapar de ser assassinado |
RAY CUNHA
BRASÍLIA, 7 DE JULHO
DE 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, postou na sua rede
Truth Social, ontem, uma advertência bastante clara sobre a perseguição
política a que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro vem sofrendo desde que
quase foi assassinado, em 2018. Durante seu mandato, de 2019 a 2022, Bolsonaro acabou
com a roubalheira no Orçamento e compôs um ministério enxuto e técnico.
Candidato à reeleição, Bolsonaro foi impedido de fazer
campanha e assim perdeu as eleições para Lula da Silva, que foi tirado da
cadeia para disputá-las. Em 8 de janeiro de 2023, Bolsonaro foi acusado de
golpe de Estado e deverá ser condenado e preso pelo Supremo Tribunal Federal
(STF). Se for preso, pegará uma pena de pelo menos 15 anos de cadeia, que é o
que o ministro Alexandre de Moraes vem dando a presos políticos.
Mas Bolsonaro não cumpriria 15 anos de cadeia; morreria bem
antes. Do jeito que está sua saúde, depois que foi esfaqueado quase até a
morte. Segundo seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro, que está refugiado nos
Estados Unidos, para não ser preso, seu pai “seria preso para que pudessem matá-lo
de modo que parecesse natural, e não um assassinato”.
Trump: “O Brasil está fazendo uma coisa terrível em seu
tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eu tenho assistido, assim como o
mundo, como eles não fizeram nada além de ir atrás dele, dia após dia, noite
após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto por
ter lutado pelo POVO.
“Eu conheci Jair Bolsonaro e ele foi um líder forte, que
realmente amava seu país – também, um negociador muito duro em COMÉRCIO. Sua
eleição foi muito apertada e agora ele está liderando nas pesquisas. Isso não é
nada mais, nada menos, do que um ataque a um oponente político – algo que eu
sei muito sobre! Aconteceu comigo, vezes 10, e agora nosso país é o “MAIS
QUENTE” do mundo!
“O Grande Povo do Brasil não vai tolerar o que eles estão
fazendo com seu ex-presidente. Estarei de olho à CAÇA ÀS BRUXAS de Jair
Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores, muito de perto. O único
julgamento que deveria estar acontecendo é um julgamento pelos eleitores do
Brasil – chama-se eleição. DEIXE BOLSONARO EM PAZ!”
Trump não diz “deixem” Bolsonaro em paz, mas “deixe”
Bolsonaro em paz. Estará se dirigindo a uma pessoa?
Trump publicou também uma mensagem ameaçando taxar em 10% os
países que apoiarem o Brics em ações antiamericanas. Horas depois da divulgação
da declaração final da cúpula do Brics no Rio de Janeiro, o presidente Donald
Trump ameaçou aplicar tarifas extras de 10%, a partir de 1 de agosto. Essa
taxação poderá chegar a 100%.
Após a publicação das mensagens, Lula da Silva chamou Trump
de “irresponsável” e afirmou que “o mundo não quer imperador”.
– Eu não acho uma coisa muito responsável e séria um
presidente da República de um país do tamanho dos Estados Unidos ficar
ameaçando o mundo através da internet. Não é correto. Ele precisa saber que o
mundo mudou. Não queremos imperador – disse, em entrevista coletiva, após o
encerramento da esvaziada cúpula do Brics, no Rio de Janeiro. – Somos países
soberanos. Se ele achar que ele pode taxar, os países têm o direito de taxar
também. Existe a lei da reciprocidade. As pessoas precisam aprender que
respeito é muito bom. A gente gosta de dar e gosta de receber, e é preciso que
as pessoas leiam o significado da palavra soberania. Cada país é dono do seu
nariz.
É verdade que cada país é dono do seu nariz, mas também cada
governo é responsável pelo que está fazendo. A comunidade internacional
democrática não pode se calar, muito menos cruzar os braços, diante de
aberrações como, por exemplo, os sistemas de China, Coreia do Norte, Irã,
Rússia, Cuba e Venezuela.
– Eu não vou comentar essa coisa do Trump e do Bolsonaro.
Tenho coisa mais importante para comentar do que isso. Este país tem lei. Este
país tem regras e este país tem um dono chamado povo brasileiro. Portanto, dê
palpite na sua vida e não na nossa – disse Lula a Trump.
O fato é que o povo brasileiro é o que menos é dono do
Brasil, pois foi desarmado, amordaçado e sufocado por impostos e inflação; até
os aposentados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram
assaltados; o Congresso Nacional está de quatro; e o porão está cheio de presos
políticos.
Lula afirmou durante a Cúpula dos Brics que Israel estaria cometendo genocídio na Palestina e violando a integridade territorial do Irã. A resposta a ele veio em nota da Federação Israelita do Estado de São Paulo:
"Aos que realmente buscam a paz, é preciso ter coragem para apontar os verdadeiros culpados. A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) manifesta profunda indignação diante das recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sessão Paz e Segurança e Reforma da Governança Global do Brics, neste domingo (6). Ao voltar a acusar Israel de genocídio e defender que a solução do conflito passa exclusivamente pelo fim da "ocupação israelense", o presidente ignora, mais uma vez, a realidade dos fatos, escolhendo o caminho da retórica ideológica, e não da responsabilidade diplomática.
"Desde o massacre promovido pelo Hamas, em 7 de outubro de 2023, Israel vive sob ataque. Famílias foram destruídas. Mulheres foram estupradas. Crianças foram executadas. 50 pessoas seguem sequestradas há mais de 630 dias em Gaza, sendo vítimas diárias de tortura física e psicológica. No entanto, para o presidente da República, esse horror parece invisível.
"Lula não menciona o Hamas. Não exige a libertação dos reféns. Não condena os mísseis lançados sobre civis israelenses. Mas condena Israel, a única democracia do Oriente Médio, por defender sua população.
"Ao falar em "genocídio", o presidente desrespeita mais uma vez a memória das vítimas do Holocausto e banaliza um dos crimes mais graves da história da humanidade. Sua fala não é apenas falsa, é perigosa. Ela legitima o terrorismo, estimula o antissemitismo e isola o Brasil no cenário internacional ao colocá-lo ao lado de regimes ditatoriais que sufocam liberdades.
"A recente reportagem da revista The Economist classifica com precisão a atual política externa brasileira como "incoerente" e "hostil ao Ocidente". Um país que condena ataques a instalações iranianas, ignorando o fato de que o Irã financia o Hamas e reprime brutalmente mulheres e minorias, não está promovendo a paz. Está escolhendo lados. E escolheu o lado errado.
"Lula se aproxima da Rússia, da Venezuela e do Irã, mas se afasta de democracias e ignora o sofrimento de civis israelenses. Participa de cúpulas ao lado de ditadores, mas não aperta a mão do presidente dos Estados Unidos. Se diz mediador da paz, mas só aponta o dedo para um lado do conflito. Isso não é neutralidade. É cumplicidade.
"A Federação Israelita do Estado de São Paulo reafirma que Israel e os judeus ao redor do mundo desejam, sim, um Estado Palestino, mas livre do terrorismo do Hamas e sem o financiamento antissemita do Irã. O Hamas não quer dois Estados. Não quer coexistência. Quer destruição. E, diante da paz, o terror perde sua razão de existir.
"O presidente da República deve lealdade ao povo brasileiro, não aos regimes que patrocinam o terror. Em nome das vítimas do 7 de outubro, dos reféns ainda vivos e da verdade histórica, exigimos responsabilidade, equilíbrio e humanidade por parte do chefe de Estado. O Brasil, que já foi referência diplomática no mundo, não pode ser porta-voz do ódio.
"Paz se constrói com verdade. E a verdade é que não há paz possível enquanto o Hamas existir".
Lula havia vomitado que o Brics é capaz de promover a paz, prevenir e mediar conflitos. Como assim? A Rússia invadiu a Ucrânia, o Irã é um Estado terrorista, o Brasil está cheio de presos políticos, Lula da Silva ataca sistematicamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a China, que é uma ditadura totalitária, vem invadindo a América do Sul, quintal dos Estados Unidos!
A perseguição a Bolsonaro é tema de uma trilogia de minha
autoria. Os dois primeiros volumes já foram publicados: O CLUBE DOS ONIPOTENTES
e O OLHO DO TOURO, à venda no Clube de Autores, amazon.com.br e amazon.com
O terceiro volume será publicado em 2026.
Trata-se de três romances ensaísticos, ou seja, misturo uma
trama fictícia com História política recente em torno da tentativa de
eliminarem Jair Messias Bolsonaro; personagens de ficção convivem com pessoas
de carne e osso, vivas ou mortas.
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