RAY CUNHA
BRASÍLIA, 20 DE JULHO
DE 2025 – Despeito, ou ressentimento, é um sentimento comum em pessoas
frustradas. Por exemplo: já vi machões irritados com mulheres lindíssimas
porque elas estão dando para todo mundo, menos para eles, aí, eles as
desmerecem, comentando que não são lá essas coisas.
Isso lembra o caso da raposa e as uvas, fábula de Esopo. Uma
raposa tenta alcançar um belo cacho de uvas no alto de uma videira, mas não
consegue. Puta da vida, desiste e sai desdenhando-as, resmungando que as uvas
estavam verdes e, portanto, azedas, quando azeda era a sua incapacidade de degustá-las.
Moral da história: há quem não saiba lidar com a frustração e desvaloriza
aquilo que não pode alcançar, ou perde.
Ressentimento, ou mágoa, ou rancor, causam tristeza e
tristeza mata. O ressentido revive constantemente a ofensa e, assim, sofre de
forma crônica. Mas esse é um problema facilmente resolvível, basta perdoar o
ofensor. Para isso, é necessário o ofendido identificar a causa do
ressentimento e procurar entender o que desencadeou a ofensa.
Quem não consegue perdoar contrai a síndrome da viuvez, a perda
de alguma coisa muito valorizada, passando a apresentar quadros de depressão,
ansiedade, insônia, choro, ranger de dentes e infarto.
No fim da semana passada, o presidente Donald Trump cassou o
visto de entrada nos Estados Unidos de oito ministros do Supremo Tribunal
Federal (STF), de um senador da República e de dois policiais federais, além
dos núcleos familiares de todos eles, acusando-os de abusos contra os direitos
jumanos, perseguição política e censura a cidadãos americanos, e de apoiarem o
presidente Lula da Silva, que alinhou o Brasil a ditaduras e a Estados terroristas,
inimigos dos Estados Unidos.
A suspensão dos vistos veio junto com um tarifaço de 50%
sobre todos os produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos, a partir
de 1 de agosto.
O ministro Alexandre de Moraes ironizou: “Tranquilo. O
Mickey vai ter que superar minha ausência”.
Ao jornal Valor
Econômico um ministro, que o jornal não quis identificar, enviou à redação,
em resposta a Trump, a frase: “Sempre teremos Paris” – dita no filme Casablanca (1942), de Michael Curtiz,
com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.
Porém, Trump ameaça com mais sanções. A Lei de
Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky pode ser uma delas. A
Magnitsky permite ao governo dos Estados Unidos sancionar funcionários de
governos estrangeiros implicados em casos de abusos de direitos humanos em
qualquer país do planeta, impedindo-o de fazer transações financeiras em
qualquer banco, pois quem controla o sistema financeiro mundial são os Estados
Unidos. Assim, quem for atingido por essa lei estará financeiramente morto.
A União Europeia é aliada dos Estados Unidos e poderá acompanhá-los
nas sanções contra o Brasil, de modo que nem Paris será segura.
Mas o maior despeito, mesmo, foi do conterrâneo e líder de Lula da Silva no Senado, Randolfe Randolfe Rodrigues nas redes sociais: "Caríssimo ministro Alexandre de Moraes e demais ministros do Supremo Tribunal Federal, o nordeste brasileiro tem as praias mais lindas do mundo, os nossos pampas e nossas serras gaúchas ou paulistas não ficam devendo aos Alpes Suíços ou de qualquer outro lugar. Nosso sertão, com seus cactos únicos e sua paisagem de deserto belíssima. Nosso cerrado tem requintes fantásticos e, aqui no meu Amapá, estamos no coração da Amazônia para ver a maior reserva de água doce do planeta. Tenho certeza que os senhores não ficarão preocupados por não poder ver o Mickey, o Pato Donald e o Pateta. Além do mais, se precisarem tem outros 192 países do mundo inteiramente à vossa disposição. De minha parte, toda solidariedade. Acreditem, não serão chantagens e ameaças que curvarão a coluna da soberania do Brasil".
Quem sabe, depois dessa, os sem visto irão a Macapá dar um mergulho no Rio Amazonas.
Quanto aos Estados Unidos, todos querem conhecê-los pessoalmente, pois virtualmente todos os conhecem, devido principalmente à sua literatura e ao seu cinema. Embora haja muita gente despeitada com os Estados Unidos, como os comunistas, os abusadores dos direitos humanos e ditadores.
Os Estados Unidos da América, localizados no Hemisfério
Norte e banhados pelos oceanos Atlântico e Pacífico, são o quarto maior país em
área total, 9,37 milhões de quilômetros quadrados, e o terceiro em população,
com mais de 330 milhões de habitantes.
Trata-se da maior economia do mundo. Seu produto interno
bruto (PIB) é estimado em mais de 27,36 trilhões de dólares, 26.1% do PIB
mundial. E são detentores do maior poderio militar do planeta.
Em tempo, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e
famílias que não poderão mais visitar Mikey Mouse são:
1 – Alexandre de Moraes – Rasgou a Constituição,
desautorizou o Congresso Nacional, mantém presos políticos, instituiu a censura
e mandou prender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, o maior líder da
Direita brasileira, acusando-o de um fantasioso golpe de Estado.
2 – Luís Roberto Barroso – Presidente do STF, defendeu o
terrorista italiano Cesare Battisti, declarou que o STF derrotou o bolsonarismo
e é autor da frase: “Perdeu, mané” – dita, com sarcasmo, a um manifestante
pró-Bolsonaro.
3 – Dias Toffoli – Dá perdão e libera a bandidagem em geral,
principalmente os condenados pela Lava Jato.
4 – Cristiano Zanin – Foi advogado de Lula da Silva.
5 – Flávio Dino – Comunista confesso. Sumiu com os vídeos
que provam cabalmente que o “golpe de Estado de 8 de janeiro” é uma farsa.
6 – Cármen Lúcia – Disse que 213 milhões de brasileiros são
pequenos tiranos, referindo-se à liberdade que se tem nas democracias de se
criticar autoridades nas redes sociais.
7 – Edson Fachin – Liberou Lula da Silva da condenação por
vários juízes e desembargadores em todas as instâncias de 12 anos de cadeia.
8 – Gilmar Mendes – É acusado por crime de responsabilidade
no Brasil e investigado em Portugal pelo líder da Direita, deputado André
Ventura.
Também perderam o visto o PGR (Procuradoria-Geral da República) Paulo Gonet, aliado de Alexandre de Moraes; o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que, durante sua passagem pela presidência do Senado, esteve de quatro para Alexandre de Moraes; o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o delegado da PF, Fábio Schor, da polícia pretoriana de Alexandre de Moraes.
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