Capa de O OLHO DO TOURO na edição da amazon.com.br
RAY CUNHA
BRASÍLIA, 14 DE JULHO
DE 2025 – Logo depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
anunciou tarifa de 50% para produtos brasileiros, a partir de 1 de agosto, o
presidente brasileiro, Lula da Silva, miou, advertindo Trump de que ele deveria
respeitar a soberania brasileira e que usaria de reciprocidade.
Em carta de datada de 9 de julho, Trump explica a Lula: “Conheci
e tratei com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a
maioria dos outros líderes de países. A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente
Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato,
inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento
não deveria estar ocorrendo. É uma caça às bruxas que deve acabar
IMEDIATAMENTE!”
Trump se refere ao fato de que querem prender Bolsonaro,
acusado de um golpe de Estado que não houve. Como a saúde de Bolsonaro é
delicada, se for preso morrerá na cadeia.
Prossegue Trump: “Em parte devido aos ataques insidiosos do
Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de
expressão dos americanos (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal
Federal do Brasil, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS
a plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com multas de milhões de
dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de
agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todas e quaisquer
exportações brasileiras enviadas para os Estados Unidos, separada de todas as
tarifas setoriais existentes. Mercadorias transbordadas para tentar evitar essa
tarifa de 50% estarão sujeitas a essa tarifa mais alta.
“Além disso, tivemos anos para discutir nosso relacionamento
comercial com o Brasil e concluímos que precisamos nos afastar da longa e muito
injusta relação comercial gerada pelas tarifas e barreiras tarifárias e não
tarifárias do Brasil. Nosso relacionamento, infelizmente, tem estado longe de
ser recíproco.
“Por favor, entenda que os 50% são muito menos do que seria
necessário para termos igualdade de condições em nosso comércio com seu país. E
é necessário ter isso para corrigir as graves injustiças do sistema atual. Como
o senhor sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas dentro do seu país,
decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato,
faremos todo o possível para aprovar rapidamente, de forma profissional e
rotineira – em outras palavras, em questão de semanas.
“Se por qualquer razão o senhor decidir aumentar suas
tarifas, qualquer que seja o valor escolhido, ele será adicionado aos 50% que
cobraremos. Por favor, entenda que essas tarifas são necessárias para corrigir
os muitos anos de tarifas e barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil,
que causaram esses déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos.
Esse déficit é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança
nacional!
“Além disso, devido aos ataques contínuos do Brasil às
atividades comerciais digitais de empresas americanas, bem como outras práticas
comerciais desleais, estou instruindo o representante de Comércio dos Estados
Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da Seção 301
sobre o Brasil.
“Se o senhor desejar abrir seus mercados comerciais, até
agora fechados, para os Estados Unidos, e eliminar suas tarifas, políticas não
tarifárias e barreiras comerciais, nós poderemos, talvez, considerar um ajuste
nesta carta. Essas tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo,
dependendo do relacionamento com seu país. O senhor nunca ficará decepcionado
com os Estados Unidos da América.
“Muito obrigado por sua atenção a este assunto!”
Lula não entende nada de diplomacia, muito menos de
geopolítica. Joga para a manada. Assim, ganiu que o Brasil é soberano e
advertiu Trump a não se meter com o Brasil. Isso logo depois que foi à
Argentina exigir a soltura da ex-presidente Cristina Kirchner, presa por
corrupção.
Algumas nações são, realmente, soberanas, principalmente as democracias
ricas e que contam com a bomba atômica e meio para jogá-la sobre o inimigo. Não
é o caso do Brasil.
Em 1808, com a abertura dos portos brasileiros e a transferência
da corte portuguesa para o Brasil, as relações comerciais Brasil-Estados Unidos
deram um salto. Em 1822, com a independência do Brasil, começou uma intensa
relação diplomática entre os dois países, e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
fortaleceu os laços militares e econômicos entre as duas nações. Durante a Guerra
Fria, os laços entre Brasil e Estados Unidos se ampliaram ainda mais, por meio
de cooperação técnica e militar.
Durante a década de 1970, quando o Brasil experimentou forte
desenvolvimento econômico, a dependência de tecnologia e investimentos
americanos foi bastante ampliada. E hoje há um sólido comércio, investimentos e
parcerias entre ambos os países, especialmente nas áreas de tecnologia, ciência
e defesa.
Lula acredita que o Brasil não depende dos Estados Unidos
para nada. Não é verdade. Exemplo: o GPS (Global Positioning Satellite), que os
brasileiros usam diariamente para se locomoverem, é uma tecnologia de
posicionamento, navegação e geolocalização desenvolvida pelos militares americanos
e que está sob o controle da Força Aérea dos Estados Unidos. O GPS é
utilíssimo, sincroniza os semáforos das cidades brasileiras e é utilizado na
exploração de petróleo, na mineração, na agricultura, nos bancos etc.
Ora, se Lula quer se aliar à China, Irã, Rússia, Cuba,
Venezuela e outras ditaduras, todas querendo ver os Estados Unidos no buraco,
precisa, antes de tudo, tornar o Brasil realmente soberano. Basta cortar o GPS
para a economia brasileira parar.
O mesmo acontece com as Forças Armadas brasileiras, que
contam com tecnologia americana. Uma guinada radical para os braços da China
não pode acontecer da noite para o dia. E os militares sabem disso.
Temos o Centro Espacial de Alcântara (CEA), inaugurado em
1983. Localizado no paralelo 2º18′ sul da linha do Equador, fica em um ponto
privilegiado para lançamento de foguetes, por ser uma latitude na qual a
velocidade de rotação da Terra é maior, o que leva a uma economia de 30% de
combustível no lançamento de foguetes. Pois bem, o programa espacial brasileiro
depende dos Estados Unidos, com quem temos um acordo de cooperação.
Há muita coisa a ser feita no Brasil, principalmente
investimentos na área educacional, de pesquisa e de tecnologia, mas o que se vê
é dinheiro sendo distribuído a rodo para artistas e jornalistas sabujos do
sistema e viagens internacionais de Lula e sua esposa, Janja da Silva, assalto
até aos aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e chefões do
narcotráfico liberados pela porta da frente.
Soberania é isso?
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