quinta-feira, 31 de julho de 2025

POEMA NOVO/Arquétipo


RAY CUNHA

 

Haverá alguma coisa mais linda do que a bunda de uma mulher?

Sim! A bunda de uma mulher lindíssima

Ao vento, a saia voando, desnudando-a, rindo

Ao balouçar de um barco, ao vento, na proa, posando

Tudo, nela, é lindo, intenso, eterno

Como o sol aquecendo a manhã

Os sons do mar

Os sonhos, e até possibilidades, que, de repente

Explodem no pensamento

Não, nenhuma obra de arte é mais bonita do que a bunda de uma mulher muito linda

Na proa de um barco, ao vento

Na cama, em repouso, de lado

Passeando o olhar nas curvas

É como se estivéssemos navegando, ou voando, em labirintos

Caindo em abismos para cima

Ou viajando para outra galáxia

Montado em uma nave movida a elétron

Um jorro de testosterona

Um esvair-se em porra

Mas, na verdade, é só pensamento que se dilui ao vento

quarta-feira, 30 de julho de 2025

Alexandre de Moraes é esmagado pela Lei Magnitsky. A redenção da democracia no Brasil está nas mãos de Davi Alcolumbre e Hugo Motta

Lula e Alexandre de Moraes jogaram o Brasil no Eixo do Mal

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 30 DE JULHO DE 2025 – Os Estados Unidos aplicaram, hoje, a Lei Magnitsky no ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acusado de rasgar a Constituição, censurar, torturar, de centenas de prisões políticas e de apoiar o presidente Lula da Silva, que se aliou à China, Rússia e Irã, com o objetivo de derrubar o dólar e, por conseguinte, os Estados Unidos.

A Magnitsky é aplicada pelo Estado americano aos mais virulentos criminosos estrangeiros, que conspiram contra os estadunidenses com violações de direitos humanos e corrupção, e põem a segurança do país em risco.

O visto americano de Alexandre de Moraes e de seus familiares mais próximos já havia sido tirado. Agora, com a Lei Magnitsky, Moraes se torna um leproso com as chagas à mostra para o sistema financeiro ocidental, que é controlado pelos Estados Unidos.

– Hoje, o Tesouro dos Estados Unidos está sancionando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que usou seu cargo para autorizar prisões preventivas arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão – comentou o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, no X (antigo Twitter). – Alexandre de Moraes é o responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados, inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos Estados Unidos e aqueles que impõem limites às nossas liberdades.

Também, hoje, o presidente Donald Trump confirmou o tarifaço de 50%, a partir de 1 de agosto, aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. Será uma quebradeira geral, desemprego e inflação. Até o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PA), pautar o impeachment do molusco e o PL da Anistia – o perdão aos réus e condenados pela manifestação de 8 de janeiro de 2023, que, para Alexandre de Moraes, foi um “golpe de Estado”.

Hugo Motta é completamente comprometido com o sistema, mas diante de uma Magnitsky terá que escolher entre enfrentar o cão ou o capeta.

O mesmo se dá com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP). Aliás, o caso de Davi Alcolumbre é pior do que o de Hugo Motta. Só Davi pode disparar o impeachment de Alexandre de Moraes, mas Moraes o mantém de quatro. Além disso, Alcolumbre apoia Lula, que se aliou ao Irã para varrer Israel do mapa, e Alcolumbre é judeu. Agora, terá de escolher, ou Alexandre de Moraes e Lula ou a Lei Magnitsky.

Fiel escudeiro do regime ora instalado no Brasil, Alcolumbre garante que não pautará o impeachment de ministros da Suprema Corte, porém está amoitado. Ou melhor, pôs a cabeça no buraco, mas deixou o traseiro à mostra.

O Brasil se encontra em uma encruzilhada: uma direção aponta para nos tornarmos um satélite da China. Na China, o povo não tem direito a nada, ou melhor, é escravo; o Estado mata qualquer cidadão do povo chinês a hora que quer. Lá, o povo não conta com internet nem religião, Mal tem direito a arroz. E com a poluição talvez nem inseto haja mais para comer. A China exibida para o mundo é o bolsão capitalista de onde o Partido Comunista tira seus trilhões de dólares.

A outra direção aponta para a democracia plena, para a economia de mercado, para o Estado enxuto, para uma reforma política profunda e para uma corte suprema com juízes de verdade, munidos de ética e justiça.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Alexandre de Moraes, que não pode mais entrar nos EUA, frita em fogo brando na Lei Magnitsky

Alexandre de Moraes, o todo-poderoso ministro do Supremo 

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 28 DE JULHO DE 2025 – 26 de outubro de 2014 – Dilma Vana Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), é reeleita presidente da República, perpetuando o PT no poder, mas só consegue chegar à metade do mandato. Quando a elite empresarial vê que ela está acabando com o país, mexe os pauzinhos e dão com o pé na bunda dela, em processo de impeachment. 

Assume o vice-presidente, Michel Temer, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que nomeia como ministro da Justiça e Segurança Pública o professor Alexandre de Moraes, em sinal de gratidão por Moraes ter impedido a publicação de fotos da jovem e bela esposa de Temer, Marcela, de lingerie. 

Durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o telhadista e hacker Silvonei José de Jesus Souza comprou, na Rua Santa Efigênia, epicentro do comércio eletrônico de São Paulo, um CD com informações sobre centenas de pessoas, entre as quais Marcela Temer, de quem invadiu o celular e localizou o telefone do irmão dela. 

Passando-se por Marcela, imitando seu estilo de texto, enviou uma mensagem ao irmão dela pedindo dinheiro emprestado para fechar um negócio. O irmão de Marcela respondeu que não tinha todo o dinheiro, mas que poderia transferir 15 mil reais, e fez a transferência. 

Aí, Silvonei descobriu que Marcela era a esposa do vice-presidente, prestes a se tornar presidente, e então fez contato diretamente com ela, exigindo 300 mil reais para não divulgar fotos íntimas dela e mensagens comprometedoras. Marcela gelou. 

Alexandre de Moraes, secretário de Segurança Pública de São Paulo, ordenou ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) que resolvesse o caso para ontem. Foi criada uma força-tarefa sob o comando do delegado especial Rafael Correa. 

Em 11 de maio de 2016, 40 policiais à paisana em 11 carros cercaram a casa de Silvonei, no bairro de Heliópolis, em São Paulo, e prenderam a mulher dele, no momento em que ela saía para levar o filho para a creche. Pegaram o telefone dela e enviaram uma mensagem a Silvonei, identificando sua localização, e o prenderam também. 

Ambos foram levados para a cadeia, após decisão do juiz que coordenava o Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo), Antônio Carlos Patiños Zorz, que escreveu, no mandado de prisão, que o casal mantinha uma “organização notável”, em uma cidade que é “fértil campo para que marginais da pior espécie disseminem o terror, a violência e a maldade”. 

O chantagista foi preso em 40 dias e as fotos de Marcela jamais vieram a público. O processo correu a mil por hora e a sentença foi exagerada: 5 anos, 10 meses e 25 dias no presídio de Tremembé, em regime fechado, condenado por estelionato e extorsão. 

Quando Silvonei foi preso, Michel Temer estava quase para assumir a Presidência da República, e, quando assumiu, foi grato a Alexandre de Moraes, dando-lhe o Ministério da Justiça e, depois, o Supremo Tribunal Federal (STF). Michel Temer e Alexandre de Moraes já eram velhos conhecidos, havia mais de 20 anos. 

Alexandre de Moraes foi promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, de 1991 a 2002; secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, nomeado pelo governador Geraldo Alckmin, de 2002 a 2005; e secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, de 2014 a 2016, nomeado novamente pelo governador Geraldo Alckmin. 

Em 12 de maio de 2016, Alexandre de Moraes assume o Ministério da Justiça. Em 2017, Temer indica Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga do ministro Teori Zavascki, que morrera em acidente aéreo desconcertante, em 19 de janeiro de 2017. 

Em 8 de janeiro de 2023, houve uma manifestação na Praça dos Três Poderes contra a volta de Lula da Silva (PT) à presidência da República, chancelada pelo STF e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e pela permanência do presidente Jair Messias Bolsonaro. Alexandre de Moraes classificou a manifestação como golpe de Estado e acusou Bolsonaro de liderá-lo. 

Em 4 de janeiro de 2024, em entrevista ao jornal O Globo, Alexandre de Moraes afirmou que a Polícia Federal desvendou três planos contra ele. 

– Após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição. Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão – declarou Alexandre de Moraes. 

Segundo o ministro, participantes da manifestação de 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, planejavam prender e matar Alexandre de Moraes, relator dos 1.345 processos criminais instaurados pela Polícia Federal na Operação Lesa Pátria, para investigar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, insatisfeitos com a “vitória” de Lula no segundo turno das eleições de 2022. 

– O primeiro plano previa que as Forças Especiais (do Exército) me prenderiam em um domingo e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia. Aí, não seria propriamente uma prisão, mas um homicídio. E o terceiro, de uns mais exaltados, defendia que, após o golpe, eu deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Para sentir o nível de agressividade e ódio dessas pessoas, que não sabem diferenciar a pessoa física da instituição – declarou, candidamente, Alexandre de Moraes, a O Globo. 

– Houve uma tentativa de planejamento. Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão. Tirando um exagero ou outro, era algo que eu já esperava. Não poderia esperar de golpistas criminosos que não tivessem pretendendo algo nesse sentido. Mantive a tranquilidade. Tenho muito processo para perder tempo com isso. E nada disso ocorreu, então está tudo bem – disse Alexandre de Moraes, com ar cândido, de garoto levado. 

– Se tivéssemos deixado mais pessoas em frente a quartéis, poderia gerar mais violência, com mortes e distúrbios civis no país todo. Se não houvesse a demonstração clara e inequívoca de que o Supremo Tribunal Federal não iria admitir nenhum tipo de golpe, afastaria qualquer governador que aderisse e prenderia os comandantes de eventuais forças públicas que aderissem, poderíamos ter um efeito dominó que geraria caos no país – disse Moraes, alucinado.

Dá para acreditar? 

– Quem planejou matar Moraes e quais são as provas desse plano? – questionou o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. A Lava Jato foi uma operação do Ministério Público e Polícia Federal que esviscerou o establishment, mostrando que estava podre, mas o Supremo repôs as vísceras no lugar e costurou. 

– Se o ministro era a vítima desses crimes, ele não deveria se declarar suspeito de julgar quem queria matá-lo? Essas novas informações não colocam o ministro sob suspeição para julgar todos os réus do 8 de janeiro, já que, segundo entendimento do próprio STF, todos estavam ali em turba com um único objetivo de dar um golpe? Como o ministro responde às críticas de que os réus do 8 de janeiro estão sofrendo abusos judiciais, como violação do juiz natural, ausência de conexão com pessoas com foro privilegiado, prisões preventivas alongadas, ausência de provas e de individualização de condutas e penas exageradas? – questionou Dallagnol. 

– Aliás, até hoje o STF não apresentou uma única pessoa com foro privilegiado que tenha participado dos atos do 8 de janeiro, a fim de justificar a conexão com os demais réus sem foro privilegiado. O ministro saberia dizer quem são as pessoas com foro privilegiado que atraem a competência da corte para julgar os demais réus do 8 de janeiro? – pergunta Dallagnol. 

– Por que o ministro não apreciou em tempo o pedido de soltura de Clezão, que tinha parecer favorável da PGR? Como responde às críticas de que a demora para decidir acarretou na morte de Clezão? Por que, logo após a morte de Clezão, o ministro soltou vários réus presos do 8 de janeiro que também tinham parecer favorável de soltura da PGR? Isso não é uma prova de que essas pessoas ficaram presas de forma excessiva e ilegal? Quando serão encerrados os inquéritos ilegais que tramitam no Supremo há mais de 5 anos? Como o ministro justifica a existência dos inquéritos após o fim dos prazos legais? E, por fim, dar entrevistas sobre casos em julgamento não gera a suspeição do juiz? Como o ministro responde a essa questão? – indagou Deltan Dallagnol. 

A Lei Magnitsky é como é conhecida a Revogação Jackson-Vanik da Rússia e Moldávia, ou Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky, de 2012, projeto de lei bipartidário aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos e sancionado pelo presidente Barack Obama, em dezembro de 2012, destinada a punir autoridades russas responsáveis pela morte do advogado russo Sergei Magnitsky, em uma prisão de Moscou, em 2009. Desde 2016, a lei autoriza o governo dos Estados Unidos a punir aqueles que violam os direitos humanos, congelando seus ativos e proibindo-os de entrar nos Estados Unidos. 

Em 2009, o advogado tributário russo Sergei Magnitsky morreu à míngua em uma prisão em Moscou, depois de investigar uma fraude de 230 milhões de dólares envolvendo autoridades russas. Da mesma forma como fazem os comunistas, o próprio Magnitsky foi acusado da fraude e detido. Na prisão, fizeram com que Magnitsky desenvolvesse cálculos biliares, pancreatite e colecistite, e, claro, não proporcionaram o tratamento médico adequado a ele. Após quase um ano de prisão, já bastante fraco, foi espancado até a morte. 

Bill Browder, empresário americano amigo de Magnitsky, tornou público e apresentou o caso aos senadores Benjamin Cardin e John McCain, com o objetivo de aprovarem uma legislação que sancionasse os russos envolvidos em corrupção. Em junho de 2012, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos relatou à Câmara o projeto Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky de 2012, visando punir as autoridades russas consideradas responsáveis pela morte de Sergei Magnitsky. 

Punir como? Proibindo a entrada deles nos Estados Unidos e o uso de seu sistema bancário. A lei começou a valer em 14 de dezembro de 2012. Em 9 de janeiro de 2017, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos Estados Unidos atualizou sua Lista de Nacionais Especialmente Designados e colocou Aleksandr I. Bastrykin, Andrei K. Lugovoi, Dmitri V. Kovtun, Stanislav Gordievsky e Gennady Plaksin na lista negra, congelando seus ativos e proibiu suas viagens aos Estados Unidos. Todo mundo quer fazer negócios ou ir aos Estados Unidos. É o país mais rico do planeta e a maior democracia do mundo. 

No seu afã de prender Bolsonaro, para, segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), assassinarem-no na prisão, Moraes censurou cidadãos americanos e envolveu o serviço de vistos dos Estados Unidos. Assim, o governo americano, visando acabar com a ditadura da toga de Moraes, cortou seu visto de entrada nos Estados Unidos, bem como de colegas e familiares, e, hoje, anunciou que Moraes não escapará da Lei Magnitsky. 

Isso significa que Alexandre de Moraes deixará, praticamente, de existir, pois não poderá sequer ter conta em banco, em todos os países aliados aos Estados Unidos. Os demais países geralmente estão sob sanção ou em guerra contra os Estados Unidos; então, neles, será pior ainda para Moraes e familiares.

Bolsonaro fará sua última motociata. Trilogia investiga a tentativa de assassinarem o Mito

Bolsonaro simboliza a democracia em um Brasil cada vez
mais sufocado pela corrupção, censura, violência e inflação 

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 28 DE JULHO DE 2025 – O presidente Jair Messias Bolsonaro, o Mito, participará de sua última motociata, nesta terça-feira 29, à tarde, em Brasília, com largada do Capital Moto Week, no Parque de Exposições da Granja do Torto, com o lema “Deus, Pátria, Família e Liberdade” e pelo fim da ditadura da toga.

Bolsonaro é um das centenas de presos políticos que há no país; no seu caso, está, ainda, com tornozeleira eletrônica e restrições como a proibição de dar entrevistas, acusado de liderar um golpe de Estado saído da cabeça delirante do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, testa de ferro do presidente empossado Lula da Silva, que está instalando, agora aceleradamente, uma ditadura comunista no Brasil, com apoio da China, a quem já entregou até mina de urânio.

Além do mais, Lula da Silva se aliou ao Estado terrorista do Irã, que quer varrer Israel do mapa e está em guerra contra Israel e os Estados Unidos. Também Lula tenta criar uma moeda que acabe com o dólar, com apoio da China e da Rússia. Enfim, além de instalar uma ditadura comunista no Brasil, Lula tenta destruir o que puder dos Estados Unidos. Mas será que os Estados Unidos vão permitir tudo isso, no seu quintal?

– Ele (Bolsonaro) tomou uma decisão daquelas doidas que ninguém segura ele. Ele não só vai comparecer ao evento, na terceira-feira, como ele vai fazer, provavelmente, a última motociata da sua vida – comentou o deputado federal Gustavo Gayer (PL/GO), amigo pessoal de Bolsonaro.

O Mito recebeu determinação médica para não andar de moto. Em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora/MG, o militante da Esquerda, Adélio Bispo de Oliveira, enfiou até o cabo um facão no baixo ventre de Bolsonaro, que quase o transfixa, furando-lhe os intestinos. Quando Bolsonaro chegou à Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora já tinha perdido metade de seu sangue. Só sobreviveu porque tem a constituição de um búfalo, mas ficou com sequelas graves. Mesmo assim participará da motociata.

Os brasileiros passam por momentos dificílimos. Desde 2003, quando o Partido dos Trabalhadores (PT), de ideologia comunista, chegou ao poder, o país foi aparelhado e assaltado, e, hoje, com ajuda da maioria dos ministro do STF; dos presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos/PB); e da Polícia Federal, não obedece mais a Constituição.

Para se ter uma ideia, o irmão do presidente Lula, Frei Chico, envolvido em assalto bilionário a aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), continua soltinho da Silva.

A violência no país recrudesceu, a inflação infla cada vez mais, a censura berra. Sem suportar mais o arrocho, o povo começou a ir para as ruas, com faixas “Fora, Lula” e “Fora, Alexandre de Moraes”, promovendo buzinaços e protestando nas redes sociais. As Forças Armadas estão em silêncio.

Diz-se que só não há solução para a morte. Mas não há nada que não tenha solução. A morte é a solução. Quanto à solução para extirpar a máfia comunista do Brasil e da Ibero-América ela vem do nosso mais tradicional parceiro, o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil, os Estados Unidos da América, que, por sinal, é o único país do globo capaz de promover a Pax mundial.

Os Estados Unidos, por meio da Lei Magnitsky, tornará Lula e seus aliados mortos-vivos, financeiramente falando, e aplicará sanções que paralisarão o governo de Lula, forçando-os a renunciarem ao projeto de ditadura totalitária.

Quanto à China, há muito tempo que Xi Jinping já se entendeu com Donald Trump. O que os comunistas chineses querem, como todos os comunistas, é dinheiro, e sem os Estados Unidos a China não tem como ganhar dinheiro de verdade, isto é, dólar.

O que descrevi, acima, é o fio da meada da trilogia que estou escrevendo. Os dois primeiros volumes já estão publicados, no Clube de Autores, na amazon.com.br e na amazom.com: O CLUBE DOS ONIPOTENTES, que vai de 2018 até 2022, e O OLHO DO TOURO, que vai de 2022 até a posse de Donald Trump, em 20 de janeiro de 2025.

O terceiro volume, a ser publicado em 2026, conterá o desfecho da tragédia que se abate sobre o Brasil, com censura, prisões e presos políticos morrendo. Das duas, uma: ou Lula da Silva se tornará ditador, como seu amigo Nicolás Maduro, da Venezuela, ou recuperaremos a democracia, com urnas auditáveis e Bolsonaro participando das eleições.

Fogo no Coração



RAY CUNHA
 

Como deve o acupunturista proceder nos casos das paixões avassaladoras?

Haverá agulha tão comprida, e fina, que atinja a alma?

Ou prescindiriam, os danados, de cura?

Pois os pacientes desse mal, ou bênção, sobrevivem nas trevas e na luz

São cinza e asas

E seus corações atingem a velocidade dos despenhadeiros

Do mergulho no maremoto

Do olho do furacão

Do desespero

Não será tamanho sentimento, em si mesmo, o triunfo?

Voo concedido a poucos?

Eterno porque agora?

Creio que descobri um mal – ou bênção?

Que a acupuntura não sana

Pois como apagar a luz com luz

Como ouvir o som da Terra no espaço

Se o coração não se inflama?


Do livro DE TÃO AZUL SANGRA



domingo, 27 de julho de 2025

Haverá manifestação pelo impeachment de Alexandre de Moraes em Macapá/AP?

Lula da Silva e Davi Alcolumbre, juntos no comunismo e
contra Israel (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 27 DE JULHO DE 2025 – O Brasil irá às ruas, neste domingo 3 de agosto, exigindo o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que, juntamente com o presidente Lula da Silva, tentam instaurar uma ditadura comunista no Brasil, com apoio da China.

Quem garante a permanência de Alexandre de Moraes é o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), que sentou seu traseiro gordo sobre 29 pedidos de impeachment de Moraes. Além de apoiar o atual regime instalado no Brasil, Alcolumbre, que é judeu, apoia Lula, que, por sua vez, apoia o Irã, que prometeu varrer o Estado de Israel do mapa.

A cidade de Alcolumbre, Macapá, a capital do Estado do Amapá, provavelmente não vai acompanhar o resto do país nas manifestações, pelo seguinte: Macapá, uma cidade de porte médio, é a mais isolada do país, pois não tem ligação rodoviária com o resto do Brasil, além de incrustada na selva amazônica, e a família Alcolumbre manda em Macapá, de modo que todo mundo que se manifestar pressionando Alcolumbre a dar início ao processo de impeachment de Moraes será identificada e poderá se tornar preso político, fazendo companhia às centenas dos presos políticos por Alexandre de Moraes.

E depois, Alcolumbre está de quatro para Moraes, pois tem rabo preso no STF, por isso nem muge nem tuge, pois, se mugir, ou tugir, se lascará. Embora, lascado já esteja, pois, além de boa parte dos senadores estarem na sua cola, quem está de olhou nele, também, é o presidente Donald Trump, que deverá tirar seu visto e de seus familiares para os Estados Unidos e aplicar contra ele a Lei Magnitsky, que o tornará um morto-vivo, financeiramente falando.

A partir de 1 de agosto, os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos serão taxados em 50%, o que significa que estamos fodidos. Além disso, Trump poderá romper com as Forças Armadas do Brasil, que já estão sucateadas e virarão ferrugem, além de cortar sinais de satélites para todo o território nacional e proibir aviões brasileiros no espaço aéreo americano.

Ah! Mas então a China tomará conta do Brasil mais facilmente. Não! A China não se mete a rabequista. O que a China quer é mercado, até porque ela não sobrevive sem o mercado americano, sem o dólar, sem as empresas americanas.

Em Macapá, a imprensa é majoritariamente adestrada, ou controlada, balcão de negócios, grande parte da população é de funcionários públicos e há muitos intelectoides, de modo que manifestações jogando Alcolumbre na parede é uma possibilidade remota.

Mas se os amapaenses, que enviaram Davi Alcolumbre para representá-los no Congresso Nacional, não podem se manifestar, pois podem ser massacrados como os manifestantes do 8 de Janeiro, o resto do Brasil patriota se manifestará, com a bênção de Trump e da democracia plena. Essa é a melhor herança que poderemos deixar para nossos filhos e netos.

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Eu ainda sou eu

RAY CUNHA 

Eu ainda sou eu e sempre serei eu, porque sou eterno

Mesmo em coma viajo em velocidade quântica

Hoje, estou aqui, e em Centaurus, agora mesmo

Posso, como os leões, passar dias namorando

Sentindo orgasmos que duram horas

Eu ainda sou eu e sempre serei eu, eterno porque agora

Meu corpo é energia condensada para uma experiência fugaz

Trajo espacial para viver aqui na Terra

Sou uma consciência que viaja na velocidade dos elétrons

Aqui, sou guiado pelas emoções, pelos sentidos

Meu combustível é amar, riso de crianças, gemidos da mulher amada

Eu ainda sou eu e sempre serei eu

Porque sou eterno e viajo pelas estrelas

Com o mesmo prazer de estar em Copacabana

Tentaram matar-me quando eu era criança e jovem

Adulto, tentaram tomar tudo de mim

Mas sempre fui protegido e nunca um desses ataques

Aniquilou-me completamente, nem me aleijou

De modo que ainda sou eu

Entendi, então, que nada é por acaso

Se eu fui preservado é porque minha missão só está começando

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Lula da Silva declara o fim da democracia liberal

Se os quatro falam sério terão muito a fazer nos seus países

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 21 DE JULHO DE 2025 – Os presidentes do Brasil, Lula da Silva; do Chile, Gabriel Boric; da Colômbia, Gustavo Petro; do Uruguai, Yamandú Orsi; e da Espanha, Pedro Sánchez, reuniram-se nesta segunda-feira no Palácio de la Moneda, em Santiago, em um encontro que denominaram de Democracia Sempre, para falar de “democracia relativa”, ou comunismo.

Segundo eles, discutiram um posicionamento em defesa da cooperação internacional, como se os países não vivessem, desde sempre, assinando acordos econômicos, de direitos humanos, militares e políticos. Agora mesmo os Estados Unidos aplicaram um tarifaço no Brasil justamente porque os direitos humanos por aqui foram para o espaço, com presos políticos e censura.

Pretendiam, também, fortalecer a democracia. Quanto ao Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, da suprema corte brasileira, praticamente fechou o Congresso Nacional, e até os aposentados da INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) foram roubados em bilhões de reais, inclusive pelo irmão de Lula, Frei Chico, que até agora não foi preso.

Também pretendem combater a desinformação e regulação de tecnologias. Ora bolas, se o país não investir em inteligência e tecnologia é claro que o povo acenderá fogo com duas pedras.

Segundo Lula, “733 milhões de pessoas passam fome todos os dias”, o que exige, pelo seu entendimento, que os super-ricos trabalhem pelo bem-estar comum. Ora, são os super-ricos e ricos que sustentam quem vivem de bolsa-miséria.

Lula acusou a Direita de flertar com o fim da democracia e das liberdades individuais. Até as galinhas sabem que isso é mentira, que são ditaduras comunistas, como a China, Cuba e Venezuela, que empurram mandioca no povo sem sequer cuspir.

Lula conclamou o povo e a mídia a defenderem o Brasil do que chamou de “práticas intervencionistas”, referindo-se ao tarifaço de Donald Trump, quando os brasileiros estão indo para as ruas pelo impeachment de Lula e dando graças a Deus que Trump existe. Quanto à grande mídia, é podre.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, defendeu ação conjunta contra o crime organizado. Será que ele não sabe que no Brasil há regiões urbanas onde a polícia não mete a cara, dominadas pelo narcotráfico?

O espanhol Pedro Sánchez ressaltou que “preservar e cuidar da democracia não é somente uma questão jurídica, é um dever moral, uma responsabilidade com as gerações passadas e também com as futuras”. No Brasil, a corrupção, antônimo de moral, come solta.

Para que não fique nenhuma dúvida de que foi o próprio Lula que decretou o fim da democracia liberal, leia seu discurso na íntegra:

“Este encontro no Palácio de La Moneda, ao lado dos presidentes Boric, Pedro Sanchez, Petro e Yamandu, tem uma simbologia especial. Aqui, a democracia chilena sofreu um dos atentados mais sangrentos da história da América Latina. Nossos países conhecem de perto os horrores de ditaduras que mataram, perseguiram e torturaram. O caminho para a reconquista da democracia e da liberdade foi longo. Democracias não se constroem da noite para o dia. Zelar pelos interesses coletivos é uma tarefa permanente.

“Vivenciamos uma nova ofensiva anti-democrática. Para reagir a esse movimento, Espanha e Brasil promoveram um encontro à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro do ano passado. De lá para cá, a situação no mundo se agravou. O quadro que enfrentamos exige ações concretas e urgentes. A reunião de hoje, organizada pelo presidente Boric, é um passo nessa direção”.

ATENÇÃO:

“A democracia liberal não foi capaz de responder aos anseios e necessidades contemporâneas. Cumprir o ritual eleitoral a cada 4 ou 5 anos não é mais suficiente. O sistema político e os partidos caíram em descrédito. Por essa razão, conversamos sobre o fortalecimento das instituições democráticas e do multilateralismo em face dos sucessivos ataques que vêm sofrendo. Concordamos sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais e do combate à desinformação, para devolver ao Estado a capacidade de proteger seus cidadãos.

“A chave para um debate público livre e plural é a transparência de dados e uma governança digital global. Liberdade de expressão não se confunde com autorização para incitar a violência, difundir o ódio, cometer crimes e atacar o Estado Democrático de Direito. Reconhecemos a urgência de lutar contra todas as formas de desigualdade. Não há justiça em um sistema que amplia benefícios para o grande capital e corta direitos sociais.

“O salário médio global de um presidente de multinacional é 56 vezes maior que o de um trabalhador. Políticas de austeridade obrigam o mundo em desenvolvimento a conviver com o intolerável: 733 milhões de pessoas passam fome todos os dias. A Aliança contra a Fome e a Pobreza lançada pela presidência brasileira do G20, no ano passado, busca superar definitivamente esse flagelo. A justiça tributária é outro passo para recolocar a economia a serviço do povo.

“Os super-ricos precisam arcar com a sua parte nesse esforço. Só o combate às desigualdades sociais, de raça e de gênero pode resgatar a coesão e a legitimidade das democracias. A crise ambiental introduz novas formas de exclusão, com impactos desproporcionais para os setores mais vulneráveis. Sem um novo modelo de desenvolvimento, a democracia seguirá ameaçada por aqueles que colocam seus interesses econômicos acima dos da sociedade e da pátria.

“Este encontro também foi um momento de reflexão sobre o estado da integração regional e do mundo. A América Latina e o Caribe são uma força positiva na promoção da paz, no diálogo e no reforço do multilateralismo. Com a Espanha e a Europa compartilhamos uma longa história e laços econômicos e sociais. Somos duas regiões incontornáveis na ordem multipolar nascente. Enfrentamos desafios semelhantes no enfrentamento da discriminação racial, da xenofobia e da mudança do clima. Também nos une a promoção e proteção dos direitos humanos.

“Neste momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa da democracia não cabe somente aos governos. Requer participação ativa da academia, dos parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado. Logo mais, participaremos de diálogo para aproximar nossa Iniciativa dos movimentos sociais, das ONGs, dos sindicatos, da academia e dos estudantes. Esta caminhada continuará em setembro, com outro evento em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU, envolvendo mais países latino-americanos, europeus, africanos e asiáticos. Muito obrigado”.

O que esses países vão fazer efetivamente pela democracia? Quanto ao Brasil, não há segurança nas ruas, nem jurídica. Turistas estrangeiros morrem a facada, na rua, os aposentados foram assaltados, as estatais estão arrombadas, a Amazônia está pegando fogo.

Só em 2024, foram assassinadas 38 mil pessoas no Brasil. A inflação está subindo. Os salários e penduricalhos na cúpula dos três poderes são estratosféricos, o nepotismo e os cabides de emprego são um deboche, há centenas de presos políticos apodrecendo e morrendo na prisão e a corrupção está descarrilada.

E agora, o que Lula vai fazer depois do seu discurso no Chile? Viajar? Comer jabuticaba? Todo mundo está cansado de saber que ele vai fazer a mesmice de sempre, como presidente da Brasuela, desde 2003.

domingo, 20 de julho de 2025

A síndrome da perda do visto dos Estados Unidos da América. Adeus, Mikey Mouse! A solidariedade de Randolfe Rodrigues

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 20 DE JULHO DE 2025 – Despeito, ou ressentimento, é um sentimento comum em pessoas frustradas. Por exemplo: já vi machões irritados com mulheres lindíssimas porque elas estão dando para todo mundo, menos para eles, aí, eles as desmerecem, comentando que não são lá essas coisas.

Isso lembra o caso da raposa e as uvas, fábula de Esopo. Uma raposa tenta alcançar um belo cacho de uvas no alto de uma videira, mas não consegue. Puta da vida, desiste e sai desdenhando-as, resmungando que as uvas estavam verdes e, portanto, azedas, quando azeda era a sua incapacidade de degustá-las. Moral da história: há quem não saiba lidar com a frustração e desvaloriza aquilo que não pode alcançar, ou perde.

Ressentimento, ou mágoa, ou rancor, causam tristeza e tristeza mata. O ressentido revive constantemente a ofensa e, assim, sofre de forma crônica. Mas esse é um problema facilmente resolvível, basta perdoar o ofensor. Para isso, é necessário o ofendido identificar a causa do ressentimento e procurar entender o que desencadeou a ofensa.

Quem não consegue perdoar contrai a síndrome da viuvez, a perda de alguma coisa muito valorizada, passando a apresentar quadros de depressão, ansiedade, insônia, choro, ranger de dentes e infarto.

No fim da semana passada, o presidente Donald Trump cassou o visto de entrada nos Estados Unidos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de um senador da República e de dois policiais federais, além dos núcleos familiares de todos eles, acusando-os de abusos contra os direitos jumanos, perseguição política e censura a cidadãos americanos, e de apoiarem o presidente Lula da Silva, que alinhou o Brasil a ditaduras e a Estados terroristas, inimigos dos Estados Unidos.

A suspensão dos vistos veio junto com um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos, a partir de 1 de agosto.

O ministro Alexandre de Moraes ironizou: “Tranquilo. O Mickey vai ter que superar minha ausência”.

Ao jornal Valor Econômico um ministro, que o jornal não quis identificar, enviou à redação, em resposta a Trump, a frase: “Sempre teremos Paris” – dita no filme Casablanca (1942), de Michael Curtiz, com Humphrey Bogart e Ingrid Bergman.

Porém, Trump ameaça com mais sanções. A Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky pode ser uma delas. A Magnitsky permite ao governo dos Estados Unidos sancionar funcionários de governos estrangeiros implicados em casos de abusos de direitos humanos em qualquer país do planeta, impedindo-o de fazer transações financeiras em qualquer banco, pois quem controla o sistema financeiro mundial são os Estados Unidos. Assim, quem for atingido por essa lei estará financeiramente morto.

A União Europeia é aliada dos Estados Unidos e poderá acompanhá-los nas sanções contra o Brasil, de modo que nem Paris será segura.

Mas o maior despeito, mesmo, foi do conterrâneo e líder de Lula da Silva no Senado, Randolfe Randolfe Rodrigues nas redes sociais: "Caríssimo ministro Alexandre de Moraes e demais ministros do Supremo Tribunal Federal, o nordeste brasileiro tem as praias mais lindas do mundo, os nossos pampas e nossas serras gaúchas ou paulistas não ficam devendo aos Alpes Suíços ou de qualquer outro lugar. Nosso sertão, com seus cactos únicos e sua paisagem de deserto belíssima. Nosso cerrado tem requintes fantásticos e, aqui no meu Amapá, estamos no coração da Amazônia para ver a maior reserva de água doce do planeta. Tenho certeza que os senhores não ficarão preocupados por não poder ver o Mickey, o Pato Donald e o Pateta. Além do mais, se precisarem tem outros 192 países do mundo inteiramente à vossa disposição. De minha parte, toda solidariedade. Acreditem, não serão chantagens e ameaças que curvarão a coluna da soberania do Brasil".

Quem sabe, depois dessa, os sem visto irão a Macapá dar um mergulho no Rio Amazonas.

Quanto aos Estados Unidos, todos querem conhecê-los pessoalmente, pois virtualmente todos os conhecem, devido principalmente à sua literatura e ao seu cinema. Embora haja muita gente despeitada com os Estados Unidos, como os comunistas, os abusadores dos direitos humanos e ditadores.

Os Estados Unidos da América, localizados no Hemisfério Norte e banhados pelos oceanos Atlântico e Pacífico, são o quarto maior país em área total, 9,37 milhões de quilômetros quadrados, e o terceiro em população, com mais de 330 milhões de habitantes.

Trata-se da maior economia do mundo. Seu produto interno bruto (PIB) é estimado em mais de 27,36 trilhões de dólares, 26.1% do PIB mundial. E são detentores do maior poderio militar do planeta.

Em tempo, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e famílias que não poderão mais visitar Mikey Mouse são:

1 – Alexandre de Moraes – Rasgou a Constituição, desautorizou o Congresso Nacional, mantém presos políticos, instituiu a censura e mandou prender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, o maior líder da Direita brasileira, acusando-o de um fantasioso golpe de Estado.

2 – Luís Roberto Barroso – Presidente do STF, defendeu o terrorista italiano Cesare Battisti, declarou que o STF derrotou o bolsonarismo e é autor da frase: “Perdeu, mané” – dita, com sarcasmo, a um manifestante pró-Bolsonaro.

3 – Dias Toffoli – Dá perdão e libera a bandidagem em geral, principalmente os condenados pela Lava Jato.

4 – Cristiano Zanin – Foi advogado de Lula da Silva.

5 – Flávio Dino – Comunista confesso. Sumiu com os vídeos que provam cabalmente que o “golpe de Estado de 8 de janeiro” é uma farsa.

6 – Cármen Lúcia – Disse que 213 milhões de brasileiros são pequenos tiranos, referindo-se à liberdade que se tem nas democracias de se criticar autoridades nas redes sociais.

7 – Edson Fachin – Liberou Lula da Silva da condenação por vários juízes e desembargadores em todas as instâncias de 12 anos de cadeia.

8 – Gilmar Mendes – É acusado por crime de responsabilidade no Brasil e investigado em Portugal pelo líder da Direita, deputado André Ventura.

Também perderam o visto o PGR (Procuradoria-Geral da República) Paulo Gonet, aliado de Alexandre de Moraes; o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que, durante sua passagem pela presidência do Senado, esteve de quatro para Alexandre de Moraes; o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o delegado da PF, Fábio Schor, da polícia pretoriana de Alexandre de Moraes.

sábado, 19 de julho de 2025

Fernando Brites é reconduzido na Associação Comercial do DF. Mikey: “Perdeu, mané!”

Fernando Brites vem modernizando a Associação Comercial (divulgação)

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 19 DE JULHO DE 2025 – O presidente da Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF), Fernando Brites, foi reconduzido, e a nova diretoria (2025-2028) tomou posse, ontem, no começo da noite, no auditório da ACDF, no Setor Comercial Sul de Brasília. Fundada em 1957, três anos antes da fundação de Brasília, a Associação Comercial reúne a nata empresarial do DF e, por isso mesmo, é o pilar político da capital, e Brites vem modernizando a entidade.

Um dos mais lúcidos líderes da Direita brasiliense, Fernando Brites desabafou durante a posse quanto à prisão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e a ditadura que ora se abate sobre o Brasil, com, praticamente, o fechamento do Congresso Nacional, no que foi longamente aplaudido pela plateia que lotou o auditório.

Saí da Associação Comercial antes de servirem o jantar festivo, em torno das 20h30, e deu uma olhada no YouTube, para ver se havia algo de novo na guerra entre Estados Unidos e Brasil. O presidente brasileiro, Lula da Silva, se aliou ao Brics com o objetivo de criarem uma moeda que derrubasse o dólar; se aliou ao Irã para destruir Israel; está entregando o Brasil à China, inclusive já vendeu à China uma mina de urânio no estado do Amazonas; e vem atacando o presidente americano, Donald Trump, que contra-atacou decretando um tarifaço de 50% aos produtos brasileiros a partir de 1 de agosto.

Mas o efeito foi imediato. A carne brasileira que devia seguir para os Estados Unidos ainda está estocada no Brasil e a Embraer entrou em parafuso. Enquanto isso, Javier Millei, presidente da Argentina, está negociando com Trump tarifa zero, e a Argentina tem bastante carne para vender.

Voltando ao YouTube, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, havia acabado de anunciar a suspensão do visto de entrada nos Estados Unidos de oito ministros da Suprema Corte brasileira, um senador e dois policiais federais, e de seus núcleos familiares.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) são:

1 – Alexandre de Moraes – Rasgou a Constituição, desautorizou o Congresso Nacional, mantém presos políticos, instituiu a censura e mandou prender o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, o maior líder da Direita brasileira, acusando-o de um fantasioso golpe de Estado. Alexandre de Moraes, seus colegas e famílias não poderão mais visitar Mikey Mouse.

2 – Luís Roberto Barroso – Presidente do STF, defendeu o terrorista italiano Cesare Battisti, declarou que o STF derrotou o bolsonarismo e é autor da frase: “Perdeu, mané” – dita, com sarcasmo, a um manifestante pró-Bolsonaro.

3 – Dias Toffoli – Dá perdão e libera a bandidagem em geral, principalmente os condenados pela Lava Jato.

4 – Cristiano Zanin – Foi advogado de Lula da Silva.

5 – Flávio Dino – Comunista confesso. Sumiu com os vídeos que provam cabalmente que o “golpe de Estado de 8 de janeiro” é uma farsa.

6 – Cármen Lúcia – Disse que 213 milhões de brasileiros são pequenos tiranos, referindo-se à liberdade que se tem nas democracias de se criticar autoridades nas redes sociais.

7 – Edson Fachin – Liberou Lula da Silva da condenação por vários juízes e desembargadores em todas as instâncias de 12 anos de cadeia.

8 – Gilmar Mendes – É acusado por crime de responsabilidade no Brasil e investigado em Portugal pelo líder da Direita, deputado André Ventura.

Também perderam o visto o PGR (Procuradoria-Geral da República) Paulo Gonet, aliado de Alexandre de Moraes; o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que, durante sua passagem pela presidência do Senado, esteve agachado para Alexandre de Moraes; o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o delegado da PF, Fábio Schor, da polícia pretoriana de Alexandre de Moraes.

A ausência na lista de Trump foi o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), a vergonha amapaense. Se Pacheco esteve agachado, Alcolumbre está de quatro para Alexandre de Moraes. Além de trair a democracia, Davi Alcolumbre traiu também Israel. Judeu, ele está de joelhos para Lula da Silva, que quer, junto com o Irã, varrer Israel do mapa.

Ao justificar a medida, Marco Rubio acusou os ministros de “caça política” contra Bolsonaro, mencionando a tornozeleira eletrônica que Alexandre de Moraes mandou os federais colocarem no tornozelo de Bolsonaro, ao que chamou de “táticas ditatoriais e antidemocráticas”, esclarecendo que o plano de perseguição a Bolsonaro viola  liberdades fundamentais e afetam também cidadãos americanos.

– O presidente dos Estados Unidos deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura da liberdade de expressão protegida nos Estados Unidos. A caça às bruxas política do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro, criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos. Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados na corte, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato – Marco Rubio declarou.

Referia-se ao fato de que na manhã de sexta-feira 18, o ministro Alexandre de Moraes enviou policiais federais à casa de Bolsonaro, determinou o uso de tornozeleira eletrônica, a entrega do seu passaporte e a proibição de deixar o país. Duas horas depois veio a resposta de Trump, que é amigo pessoal de Bolsonaro e vem acompanhando a tentativa de o eliminarem. Além disso, há a tentativa de Lula da Silva de destruir os Estados Unidos por meio do Brics.

Mas a coisa vai piorar para a ditadura brasileira. É cristalino para Trump que não há mais lugar para novas Cuba e Venezuela. Para a China e Rússia também. A China não apoia Lula, pois o que os chineses querem é se manter no mercado americano. Quanto à Rússia, está fodida.

Vem aí a Lei Magnytski, uma lei que os americanos aplicam sobre estrangeiros que querem destruir o Estado norte-americano, e que torna o alvo um morto-vivo, um zumbi. Todo o sistema financeiro do Ocidente depende dos Estados Unidos, assim, os americanos tem o poder de impedir que o alvo da Lei Magnytski faça qualquer negócio, em qualquer país do Ocidente, em qualquer banco.

Restrição do espaço aéreo. Os Estados Unidos poderão, também, impedir que aviões brasileiros sobrevoem o espaço aéreo americano.

Sanções da Otan. A Otan, aliada dos Estados Unidos, podem decretar sanções militares ao Brasil.

Suspenção do GPS e satélites. O GPS é um sistema de posicionamento global controlado pelos Estados Unidos. O mundo eletrônico é todo ele controlado pelo GPS. Se os Estados Unidos suspenderem o GPS no Brasil será o fim do país. Tudo vai parar! E se suspenderem os serviços de satélites, aí fodeu-se.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Sou um outsider, um estranho no ninho. Aos 17 anos, saí do rebanho e peguei o rio e a estrada

Sou como aquele cavalo com remota possibilidade de vencer

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 16 DE JULHO DE 2025 – Comecei a escrever, frequentar rodas de intelectuais e intelectoides em bares, beber, fumar e frequentar a casa do poeta e cronista Isnard Brandão Lima Filho, pai da minha geração de escritores, aos 14 anos de idade, em Macapá/AP. Hoje, aos 70 anos, dessas atividades só continuo a escrever. Vivi em Macapá até os 17 anos, quando parei no quarto ano ginasial – hoje, ensino fundamental –, peguei o rio e a estrada e fui parar no Rio de Janeiro/RJ. Quatro anos depois, aos 21 anos de idade, em Manaus/AM, comecei a sobreviver como jornalista. Hoje, moro em Brasília.

Devido a este blog, tenho alguns leitores em Macapá, muitos dos quais antigos conhecidos meus, a maioria deles de Esquerda, fãs de Fidel Castro e de Lula da Silva. Eles sabem que sou de Direita e alguns me cobram isso, como se eu estivesse traindo seu ídolo, Fidel Castro. Por conta disso, como escritor, a academia (universidade) e as instituições de cultura do Amapá simplesmente me ignoram. Só sou sócio correspondente em Brasília da Academia Amapaense de Letras por conta do ex-presidente da AAL, Fernando Canto. Respeitado e influente, Fernando Canto pôs meu nome em votação e fui eleito, por unanimidade, o primeiro sócio correspondente da instituição.

Em Brasília, um dos mais queridos amigos meus, com quem passava horas conversando, me demitiu por e-mail, porque, na época, acho que 2019, escrevi que Lula fora enjaulado.

Tudo bem. Gosto de ser outsider, um estranho no ninho, sair do rebanho. Caminhar fora do rebanho é seguir o próprio caminho e não apenas seguir a multidão, pensar por si mesmo e não seguir as opiniões alheias, procurar viver com sabedoria e justiça e não seguir cegamente o pastor, como aconselha a Bíblia. Caminhar fora do rebanho é a busca por uma perspectiva individual, ser fiel a si mesmo, ainda que seja preciso remar contra a corrente.

Para o filósofo Friedrich Nietzsche, caminhar fora do rebanho significa desapegar-se da moralidade convencional e da obediência cega a normas sociais, religiosas ou culturais. Uma busca da individualidade, da autoconsciência e da criação dos próprios valores. Para Nietzsche, o indivíduo deve tomar consciência do que é e questionar os valores impostos, buscando seu próprio caminho. O Super-Homem (Übermensch) representa o homem livre dos valores do rebanho, onde não há individualidade nem criatividade, nem espírito crítico, o que leva à mediocridade.

Tenho sido um estranho no ninho. Sei disso. Não que queira mal a alguém. Não. É porque me sinto bem comigo mesmo. Gosto da companhia dos outros. Sou daqueles que quando encontra alguém com interesses semelhantes aos meus converso durante horas. Desde cedo percebi que sou outsider, ou seja, um indivíduo que não pertence a um determinado grupo; no turfe, trata-se de um cavalo com remota possibilidade de vencer. É o meu caso. É claro que todos nós, escritores, desejamos, ardentemente, pagar as contas com dinheiro proveniente da venda de nossos livros, mas se tornar um escritor conhecido é como jogar no outsider.

Porém, curto minha vida do modo como dá. Mas sou feliz, porque sou fiel a mim mesmo. Minha igreja sou eu; oficio a missa, como a hóstia e bebo o vinho.

Isso eu sempre fiz. Curto adoidado. Também levo a vida com estoicismo. Nunca reclamo. Se alguém me ouvir gemer é porque estou à morte. Em 13 de novembro de 2019, sofri um infarto, mas consegui chegar andando no hospital e logo depois desmaiei. Também peguei o vírus chinês, várias vezes. Vivo tão loucamente, desde que nasci, em 7 de agosto de 1954, que não sei como ainda estou vivo. Aos 14 anos, chegava a desmaiar de tanta cachaça. Só não morri bêbedo porque há anjos que me salvam.

É claro, se me salvam é porque há uma razão para isso. Nada é por acaso. Hoje, como disse, não bebo mais; nem Cerpinha enevoada no sétimo andar de um hotel cinco estrelas.

Mas adoro ler. Desde os cinco anos de idade. Recentemente, li O Outsider – Minha Vida na Intriga, de Frederick Forsyth, que fez todo tipo de coisa que achou importante para ele mesmo, e sempre teve apoio do seu pai. Meu pai era ainda mais outsider do que eu, mas recebi dele coragem, aquele tipo de coragem que chega a ser ingênua; disciplina para trabalhar e responsabilidade para procurar, de alguma forma, defender os mais fracos. Meu pai também lia muito.

Na estrada, encontrei muita gente interessante. Quando somos jovens – jovens são sempre belos e imortais – todos querem ajudar, especialmente as mulheres. Assim, fui amado por deusas. Também encontrei homens que me apontaram algumas portas, que me ensinaram alguns truques e me ajudaram a entender uma coisa: ser outsider é chegar ao poder de oficiar a própria missa.

O outsider que vive em mim sente o perfume dos jasmineiros chorando nas tórridas noites de Macapá, ouve sons que vêm do Caribe e vislumbra uma negra de olhos verdes sob um vestido de seda branca – elas surgem assim, para mim, e tudo o que tenho a fazer é pô-las nas minhas histórias.

Às vezes, percebo vultos se movendo perto de mim; sei que são mortos; estão aqui para me ajudarem, para me apontarem a direção a tomar, o rumo que devo seguir, orientam-me na minha nova profissão de terapeuta, monge taoísta, iniciado em Medicina Tradicional Chinesa. Quanto ao jornalismo, faço como todo mundo; hoje, a comunicação social é pessoal e global ao mesmo tempo.

Forsyth viveu da intriga internacional. Foi jornalista até descobrir que tinha nas mãos material de primeira categoria para criar suas histórias, e foi o que fez. Britânico, cedo aprendeu também francês e alemão, e depois espanhol e russo, esteve em muitos lugares interessantes e conheceu muita gente influente. Isso fez dele um outsider de sucesso. Todos nós somos o que somos e temos o que conseguimos obter. Quanto a mim, recebi dos deuses as antenas que me conectam com o astral.

Posso ser o cavalo no qual ninguém aposte, que participa da corrida para fazer número, que está destinado a produzir sêmen ou virar charque, mas ainda estou no páreo, e no meu próprio caminho.

terça-feira, 15 de julho de 2025

A divina comédia brasileira e a festa do bode

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 15 DE JULHO DE 2025 – A Igreja Católica Apostólica Romana, que começou a ser estabelecida a partir do século IV d.C., criou o inferno, um lugar tenebroso. O poeta florentino Dante Alighieri (Florença, entre 21 de maio e 20 de junho de 1265 – Ravena, 13 ou 14 de setembro de 1321) recriou o inferno na primeira parte da sua epopeia A Divina Comédia.

Na Idade Média, a Igreja botou o inferno de Dante para funcionar com a Inquisição, que impunha o terror por meio das mais inimagináveis torturas. A mais comum era tocar fogo na pessoa viva.

Esse tipo de terror sempre foi praticado nas ditaduras. Qualquer uma. Nos antigos impérios e nos regimes totalitários a criatividade dos torturadores nos porões é ilimitada. Mulheres são estupradas, curradas, homens apanham nos ovos, são mutilados. Órgãos são retirados para venda. Presos são postos para lutar até um deles morrer, com apostas. Crianças são vendidas para escravidão sexual.

No império de Hitler, os crimes de tortura e assassinato ultrapassam até a imaginação do Marquês de Sade. Assassinaram, muitos deles postos vivos em fornos, 6 milhões de judeus, fora mestiços, homossexuais e tudo o que os alemães achavam que não eram arianos. Acho que não é preciso dizer que as casas dessas pessoas e todos os seus pertences simplesmente passam para as mãos de outros.

No seu livro A festa do Bode (La fiesta del chivo, Alfaguara/Objetiva, Rio de Janeiro, 2011, 450 páginas), do Nobel Mario Vargas Llosa, é uma reportagem sobre a ditadura de Rafael Leónidas Trujillo Molina, o Bode, de 1930 a 1961, na República Dominicana, país que divide com o Haiti uma das ilhas do Mar do Caribe, Hispaniola, primeiro território americano a ser descoberto por Cristóvão Colombo.

Se quiserem chamar A festa do Bode de romance, tudo bem. “Se o leitor preferir, considere este volume como um trabalho de ficção. Seja como for, ficção ou não, há sempre a possibilidade de que lance alguma luz sobre aquilo que foi escrito como matéria de fato” – escreveu Ernest Hemingway, no prólogo de Paris é uma Festa. O fato é que A festa do Bode disseca a mecânica da mente de um ditador, qualquer um deles.

Basicamente, perseguem o poder absoluto, poder que, paradoxalmente, será sempre seu inferno pessoal. Ditadores, e os que gostariam de sê-lo, têm em comum alguns traços: são, em potencial, populistas, nepotistas, patrimonialistas, mentirosos, profundamente covardes, ladrões, perversos, bestas crudelíssimas, torturadores, estupradores, assassinos, criaturas diabólicas. Como se diz em psicologia: psicopatas. Chegam ao poder porque são ousados, e maus, e porque se cercam de preguiçosos, ávidos por carniça, a quem alimentam, para se cercarem de zumbis dispostos a empalar a própria mãe por dinheiro.

A festa do Bode, ao descrever o ditador estuprando a filhinha de um assessor dele, com o consentimento do pai dela: “Ele a segurou pelo braço e deitou-a ao seu lado. Com movimentos de pernas e de cintura, montou sobre ela. Aquela massa de carne a esmagava, afundando-a no colchão; o bafo de conhaque e a raiva lhe davam náuseas. Sentia seus músculos e ossos sendo triturados, pulverizados. Mas nada disso impediu que notasse a rudeza daquela mão, daqueles dedos que exploravam, escavavam e entravam nela à força. Sentiu-se rachada, esfaqueada; um relâmpago percorreu seu corpo do cérebro aos pés. Gemeu, sentindo que ia morrer”.

– Grite, sua cadelinha, vamos ver se você aprende – cuspiu a vozinha ferina e ofendida de Sua Excelência. – Agora, abra-se. Deixe eu ver se está furada mesmo, se você não está gritando só de farsante que é.

Creio que foi em 2006 que visitei meu amigo Walmir Botelho, em Belém do Pará. Ele era um dos leitores mais sem limites que conheci. Recomendou-me que lesse A festa do Bode. Já em Brasília, procurei o livro de Llosa, mas estava esgotado. Em 2010, Llosa ganhou o Nobel; logo depois as livrarias exibiam montes de livros dele. Comprei A festa do Bode no dia 24 de dezembro de 2011 e terminei-o de ler no dia 11 de janeiro de 2012. Lia-o à noite, em casa, ou no ônibus a caminho do trabalho. Desde o início, não dormi mais direito, passando, às vezes, a noite em claro, ou entrecortada de pesadelos. Às vezes, lendo-o, eu era possuído de indignação, e também sentia meus olhos ficaram úmidos.

A festa do Bode: “Quando o castraram, o fim estava próximo. Não cortaram os testículos com uma faca, mas com uma tesoura, enquanto estava sentado no Trono. Ouvia risos hiperexcitados e comentários obscenos, de uns sujeitos que eram apenas vozes e cheiros ácidos, de axilas e fumo barato. Não lhes deu o prazer de ouvi-lo gritar. Eles lhe enfiaram os testículos na boca, e ele os engoliu, desejando que tudo aquilo apressasse a sua morte, coisa que nunca imaginou que pudesse desejar tanto”.

A festa do Bode: “Duas ou três semanas depois, em vez do habitual prato fedorento de farinha de milho, trouxeram para o calabouço uma panela com pedaços de carne. Miguel Ángel Báez e Modesto quase engasgaram, comendo com as mãos até se fartar. Pouco depois, o carcereiro voltou a entrar. Olhou para Báez Díaz: o general Ramfis Trujillo queria saber se não lhe dava nojo comer o seu próprio filho. Do chão, Miguel Ángel o insultou.

– Diga a esse filho da puta nojento que engula a língua e se envenene.

O carcereiro riu. Foi e voltou, mostrando pela porta uma cabeça juvenil que segurava pelos cabelos. Miguel Ángel Báez Díaz morreu horas depois, nos braços de Modesto, de um ataque cardíaco.

A festa do Bode será sempre um alerta contra as ditaduras, como, para ficar em dois exemplos pertos do Brasil, a de Fidel Castro e família, que fez de Cuba uma favela; e a de Hugo Chávez e Maduro, que, juntamente com suas famílias, roubaram tudo dos venezuelanos.

Mas por que essas serpentes não caem? Porque, como a metástase, contaminam quase todo o país, sobrevivendo do cadáver. Por isso é que não basta apenas eliminá-los – é necessário recomeçar tudo. O povo cubano, por exemplo, terá que enterrar, além dos ossos de Fidel Castro e quadrilha, também o comunismo cubano, que hoje é apenas nostalgia das viúvas do regime.

Ditaduras, sejam de esquerda (?) ou de direita (?), são uma coisa só: degradação humana. É nisso que o Brasil está se transformando?