quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Romance de Ray Cunha é um mergulho no Rio de Janeiro em busca da identidade brasileira

Jornalista investiga a maior lenda urbana do Rio de
Janeiro: o Tesouro dos Jesuítas do Morro do Castelo

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BRASÍLIA, 2 DE OUTUBRO DE 2025 – O romance A IDENTIDADE CARIOCA, de Ray Cunha, é uma obra que mistura ficção histórica, crítica social e reflexão filosófica sobre o Brasil. Situado no coração do Rio de Janeiro, o livro recupera a memória do Morro do Castelo, espaço simbólico da fundação da cidade, ao mesmo tempo em que conduz o leitor por um enredo de mistério, busca e identidade nacional.

Ray Cunha utiliza a técnica narrativa de sobreposição de tempos: o passado colonial, marcado pela presença dos jesuítas e seus segredos, dialoga com o presente urbano e caótico da metrópole carioca. Nesse cruzamento, surge o tema central do romance: a procura pela identidade brasileira, condensada no próprio título. O Rio de Janeiro, com sua beleza e contradições, aparece como metáfora do país – exuberante, mas também corrompido, fragmentado e em luta por autocompreensão.

A narrativa é dinâmica, com personagens que transitam entre a pesquisa histórica, a investigação de um tesouro perdido e a experiência existencial. O Tesouro dos Jesuítas funciona menos como um artefato material e mais como símbolo de uma riqueza cultural e espiritual soterrada pelo esquecimento e pela especulação urbana. Assim, Ray Cunha denuncia a destruição da memória e a superficialidade das elites, ao mesmo tempo em que aponta para a necessidade de resgate das raízes históricas.

O estilo é marcado por frases ágeis, imagens poéticas e passagens reflexivas que lembram a tradição modernista de unir crônica e romance. O autor, amazônida, ao escrever sobre o Rio, coloca-se como um observador externo que decifra a cidade e, por extensão, o Brasil. Isso lhe dá a liberdade de apontar contradições sem perder a ternura pelo espaço retratado.

No conjunto, A IDENTIDADE CARIOCA é mais do que um romance de aventura ou mistério: é uma alegoria da nação brasileira, revelando a busca incessante por uma identidade que concilie diversidade, memória e futuro. A obra confirma Ray Cunha como um escritor que alia fôlego narrativo, consciência crítica e lirismo, inserindo-se na tradição de romances que pensam o Brasil a partir de suas cidades e símbolos fundacionais.

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