sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Lei Magnitsky: a miratinga de Donald Trump

A Lei Magnitsky se parece com o cipó miratinga, da Amazônia 

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 26 DE SETEMBRO DE 2025 – O ano de 1917 é um divisor de águas na Humanidade. Foi quando Vladimir Lênin e sua gang, com ajuda do povo russo, derrubaram o Czar Nicolau II, que, juntamente com sua esposa e filhos, foi fuzilado, por ordem de Lênin. Em seguida, Lênin instalou um regime comunista e escravizou o povo. Quem resistiu foi fuzilado. Em 1922, Lênin criou a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), invadindo 14 países. Em 1991, a URSS caiu, mas a máfia comunista não, e, inclusive, já se infiltrou até nos Estados Unidos, a mais poderosa democracia do planeta.

Desde a década de 1930, o Partido Democrata se posiciona à Esquerda, enquanto o Partido Republicano se posiciona à Direita, pregando o liberalismo econômico e o conservadorismo social. O terceiro grande partido estadunidense é o Deep State, Estado profundo, subterrâneo, comunista, um governo secreto, Estado Paralelo, um Estado dentro do Estado, o aparelhamento e inchaço do Estado, igual Lula da Silva e seu PT (Partido dos Trabalhadores) fizeram no Brasil.

Criada em 1961, pelo presidente democrata John Fitzgerald Kennedy, a Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional – United States Agency for International Development) é a maior instituição oficial de ajuda humanitária do planeta e já despejou trilhões de dólares do contribuinte americano para ajudar mais de 100 países em dificuldade.

Os comunistas americanos, aninhados no Partido Democrata, foram, aos poucos, aparelhando a Usaid para usarem o gordo orçamento da agência, repassando verba para ONGs e agentes, em todo o planeta, visando à lavagem cerebral e ideologização nas escolas e universidades, compra de jornalistas, censura da Direita, promoção de identidade de gênero para crianças, promoção de aborto, desarme da população, destruição da família e das religiões, criar anarquia e instalar ditaduras comunistas.

A coisa começou a engrossar nos governos dos democratas Bill Clinton (1993-2001), Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025), que teria intercedido por Lula da Silva nas eleições à Presidência da República, em 2022. Em 16 de agosto de 2022, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 3 de junho de 2024, quando foi substituído pela ministra Cármen Lúcia. Foi nessa época que Xandão rasgou a Constituição e instalou a ditadura da toga.

E foi aí que começaram no Brasil censura e prisões políticas de jornalistas e parlamentares. O TSE costurou a boca de Bolsonaro e dos bolsonaristas. A imprensa, principalmente a TV Globo, fez campanha cerrada a favor de Lula, inventando tudo o que não presta contra Bolsonaro, que estava proibido de se defender.

Donald Trump tomou posse na presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro deste ano e convidou Elon Musk para chefiar um órgão temporário, o Departamento de Eficiência Governamental. Musk aceitou. Musk é o homem mais bem-informado do planeta. Ele conta com um sistema de telecomunicações que envolve milhares de satélites cercando a Terra, câmaras de leitura facial em toda parte e supercomputadores, e, de quebra, é o homem mais rico do mundo.

Não deu outra: Musk descobriu que os comunistas do Deep State usavam, desde sempre, a verba destinada à Usaid para derrubar democracias e instalar ditaduras mundo afora. Trump já bloqueou a sangria na Usaid.

Outra arma de Trump é a Lei Magnitsky, como é conhecida a Revogação Jackson-Vanik da Rússia e Moldávia, ou Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky, de 2012, projeto de lei bipartidário aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos e sancionado pelo presidente Barack Obama, em dezembro de 2012, destinada a punir autoridades russas responsáveis pela morte do advogado russo Sergei Magnitsky, em uma prisão de Moscou, em 2009.

Em 2009, o advogado tributário russo Sergei Magnitsky morreu à míngua em uma prisão em Moscou, depois de investigar uma fraude de 230 milhões de dólares envolvendo autoridades russas. Na prisão, fizeram com que Magnitsky desenvolvesse cálculos biliares, pancreatite e colecistite, e, claro, não proporcionaram o tratamento médico adequado a ele. Após quase um ano de prisão, já bastante fraco, foi espancado até a morte.

Bill Browder, empresário americano amigo de Magnitsky, tornou público e apresentou o caso aos senadores Benjamin Cardin e John McCain, com o objetivo de aprovarem uma legislação que sancionasse os russos envolvidos em corrupção. Em junho de 2012, o Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos relatou à Câmara o projeto Lei de Responsabilidade do Estado de Direito de Sergei Magnitsky de 2012, visando punir as autoridades russas consideradas responsáveis pela morte de Sergei Magnitsky. Punir como? Proibindo a entrada deles nos Estados Unidos e o uso de seu sistema bancário.

A lei começou a valer em 14 de dezembro de 2012. Desde 2016, a lei autoriza o governo dos Estados Unidos a punir aqueles que violam os direitos humanos, congelando seus ativos e proibindo-os de entrar nos Estados Unidos.

Em 9 de janeiro de 2017, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro dos Estados Unidos atualizou sua Lista de Nacionais Especialmente Designados e colocou Aleksandr I. Bastrykin, Andrei K. Lugovoi, Dmitri V. Kovtun, Stanislav Gordievsky e Gennady Plaksin na lista negra, congelando seus ativos e proibiu suas viagens aos Estados Unidos. Todo mundo quer fazer negócios ou ir aos Estados Unidos. É o país mais rico do planeta e a maior democracia do mundo.

Quem recebe a Magnitsky condena sua própria família ao inferno. Já vi caricatura de Trump segurando um taco de baseball no qual se lê Magnitsky. Mas acho a Magnitsky mais parecida ao cipó miratinga. O galho do cipó parece piroca. Cabocos da Amazônia se referem a ele como “pé de pica”.

Além da  miratinga, Trump conta ainda com a Pax Americana, um exército e arsenal que nem a China e Rússia juntas encarariam. A miratinga é para os que se assanham a virar ditadores e o fogo é para os carteis, tipo Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), que Trump considera terroristas e já autorizou o secretário de Defesa, Pete Hegseth, a cuidar deles.

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