quarta-feira, 30 de abril de 2025

Donald Trump enfia facão até o cabo na bacanal comunista. República dos bananas estrebucha

Donald Trump e Jair Messias Bolsonaro: dois sobreviventes

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 30 DE ABRIL DE 2025 – A Internacional Comunista, ou Terceira Internacional, ou Comintern, foi fundada por Vladimir Ilyich Ulianov, mais conhecido como Lenin, líder da Revolução Russa de 1917 e do Partido Comunista da União das Repúblicas Socialistas soviéticas (URSS). Criada em 1919 e extinta oficialmente em 1943, visando acabar com as democracias e instalar o comunismo em todo o planeta, a Cominter continua firme, na verdade. Quer dizer, até Donald Trump assumir a presidência dos Estados Unidos. 

O filósofo marxista, escritor, teórico político, jornalista, linguista e historiador italiano Antonio Sebastiano Francesco Gramsci, membro-fundador e secretário-geral do Partido Comunista da Itália, foi o maior propagandista do comunismo e até hoje sua teoria de propaganda política é utilizada pela Esquerda. 

A teoria é simples e eficiente: abarrotados de dinheiro e drogas, os agentes comunistas se infiltram nas universidades, nos sindicatos de professores, na classe artística e entre os jovens, principalmente, promovendo uma lavagem cerebral que anule a cultura judaico-cristã e crie ódio de Deus, do espírito, das religiões, da família, do Estado democrático de direito e da ordem, promovendo o caos. Aí, entra o Estado, escravizando os estúpidos. 

No Brasil, foi criado O Foro de São Paulo, em 1990, reunindo líderes políticos de Esquerda, ditadores, narcotraficantes e guerrilheiros da América Latina e Caribe, com um fim: destruir os Estados Unidos e criar a União das Repúblicas Socialistas Tropicais (URST), tendo o Brasil como a cereja do bolo. Ou melhor, como o bolo, mesmo. 

Depois que a Direita tentou matá-lo várias vezes e ele ser derrotado em eleições suspeitas para a Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, do Partido Republicano, conseguiu eleger-se e tomou posse em 25 de janeiro deste ano. Até então, os Estados Unidos vinham sendo governados por presidentes do Partido Democrata. Trump convidou para assessorá-lo Elon Musk, magnata, gênio da tecnologia e telecomunicações. 

Em 1961, o presidente John Kennedy criou a Usaid, Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, United States Agency for International Development, para ajuda humanitária, com operações em mais de 100 países. Musk descobriu que o Partido Democrata está aparelhado pela Comintern, que, por sua vez, aparelhou a Usaid e desviou trilhões e trilhões de dólares da agência, enviando dinheiro para instituições e pessoas dedicadas a derrubar democracias em todo o planeta. Trump engessou a instituição e está investigando tudo com lupa. 

Autoridades americanas investigam as eleições as eleições brasileiras de 2022, quando o ex-presidente brasileiro Jair Messias Bolsonaro, que tentava a reeleição, foi manietado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disputando a Presidência contra Lula da Silva, que, condenado por corrupção em três instâncias foi retirado da prisão e teve sua extensa ficha criminal zerada. Bolsonaro não pôde fazer nada. Dinheiro da Usaid teria sido usado contra ele. 

Assim como aconteceu com Trump, quase assassinaram Bolsonaro. Agora, estão acusando-o de Golpe de Estado, devido a uma manifestação contra Lula, em 8 de janeiro de 2023. Bolsonaro está debilitado, devido a uma facada que quase o mata. Mesmo assim, querem prendê-lo. Se for preso nessas condições não durará nem uma semana na Papuda, a penitenciária de Brasília/DF. 

Para que a Esquerda brasileira mantenha o controle, empresas americanas de comunicação foram censuradas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o sistema de entrada de estrangeiros nos Estados Unidos fraudado. Tudo está sendo investigado com minuciosamente na Justiça americana. Além disso, o general venezuelano El Pollo, preso nos Estados Unidos, acusado de narcotráfico, começou a abrir o bico. Segundo ele, presidentes da América do Sul teriam recebido dinheiro do tráfico para se elegerem. 

Possivelmente, até 25 de julho, a ordem mundial seja outra e a Comintern um inferno lacrado sob um oceano de cal. 

Mas, por enquanto, neste terceiro mandato de Lula da Silva e quatro e meio do Partido dos Trabalhadores (PT), em breve o Brasil, a república dos bananas, estará parecido com a Venezuela, onde os venezuelanos já comeram seus PETs e lixo do pessoal gordo, da quadrilha de Nicolás Maduro. Estão roubando tudo, inclusive o dinheiro dos aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Há também o caso dos presos políticos. São centenas, incluindo velhinhos cadeirantes e donas de casa cheias de filhos, condenados a 17 anos de cadeia por participar de manifestação política e “crime” de opinião. Há também políticos e jornalistas presos, bem como registro de morte de preso político.

A esperança seria os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, mas os dois estão comprometidos até a medula com o sistema; estão de joelhos. Senão seus podres serão desarquivados. Que Deus se apiede dos seus pecados. Embora a lei do retorno seja implacável. 

Enquanto isso, narcotraficantes e ladrões da pesada são soltos e fazem plano de se candidataram ao Congresso Nacional, em 2026. Exemplo: o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, condenado a 425 anos de prisão, solto e rindo para as paredes. E Lula da Silva, claro. 

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sábado, 26 de abril de 2025

O nascimento do Brasil e a identidade nacional. Para onde estamos indo: ditadura totalitária ou o Coração do Mundo, Pátria do Evangelho?

A identidade carioca é revelada na resolução da maior lenda urbana do Rio de Janeiro: o paradeiro do Tesouro dos Jesuítas do Morro do Castelo

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 26 DE ABRIL DE 2025 – O mais importante livro sobre o nascimento da cidade do Rio de Janeiro é O Rio Antes do Rio (Relicário Edições, Belo Horizonte/MG, 2015, 469 páginas), do jornalista Rafael Freitas da Silva. Até a véspera da última passagem de século as livrarias só tinham em estoque historiadores brasileiros com visão ideológica e viés marxista. Na virada do século as livrarias começaram a pôr na vitrina livros de História com análises à luz de pesquisas incansáveis e trabalho de campo, escritos por repórteres da História, jornalistas dos bons. 

Vejam o caso de Laurentino Gomes, que se tornou o maior repórter da História do Brasil. Redator de primeiro time, aliou a técnica jornalística a uma pesquisa que lembra os ensaístas e biógrafos ingleses e americanos, que examinam até o tutano das personagens para apresentarem aos leitores o resultado de um exame cirúrgico, tanto físico quanto psicológico, e não perfis de personalidades históricas deformados por ideologia ou mentira. 

Em uma série de livros sobre a História do Brasil, incluindo uma trilogia de tirar o fôlego sobre o tráfico de escravos no Atlântico, Laurentino Gomes destrinça as entranhas históricas do país com um texto brilhante, que amolou até virar navalha nos tempos de ouro de Veja, e uma pesquisa inacreditável de tão extensa, minuciosa e alicerçada em centenas de publicações, além do trabalho de campo. 

Nesse rol, insiro um pesquisador que não é jornalista, Jorge Bessa. Graduado em Economia, especialista em assuntos relacionados à atividade de Inteligência e de planejamento estratégico, chefiou os Departamentos de Contra-Espionagem e de Contra-Terrorismo da antiga Secretaria de Inteligência da Presidência da República, atual Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e foi espião brasileiro em Moscou durante a Guerra Fria. 

Seu livro Marxismo: O ópio dos intelectoides latino-americanos mergulha nas entranhas do comunismo e traça um perfil psicológico perturbador do presidente Lula da Silva, bem como observa o ovo da serpente no ninho: Fidel Castro e o Foro de São Paulo. É autor também de Vladimir Putin: Um espião no poder, um perfil de um dos ditadores mais poderosos da atualidade. 

Tenho feito a revisão de alguns livros de Jorge Bessa, a pedido dele. Atualmente, estou lendo os originais de mais um livro seu sobre Putin. Bessa tem perfeito domínio do idioma russo e é um estudioso da grande nação eurasiana, passando pela sua história e literatura. Neste livro, ainda não publicado, Bessa mostra que Putin é um psicopata e está levando a Rússia para a ruína, da mesma forma que Lula da Silva está tocando fogo não somente na Amazônia, mas em todo o Brasil. 

Voltando a O Rio Antes do Rio, Rafael Freitas da Silva mergulha no Brasil antes de Cabral, não o ladrão carioca Sérgio Cabral, mas o português Pedro Álvares Cabral, quando o Brasil era território com predominância da etnia tupi. Os primeiros cariocas eram mamelucos de índias tupis com franceses da França Artártica. 

Nos meus últimos romances tenho misturado ficção com realidade, personagens de ficção com pessoas reais, vivas ou mortas. É assim com o thriller A IDENTIDADE CARIOCA. Neste livro, mostro como surgiu o Brasil, desde muito antes de Cabral, no que li não somente O Rio Antes do Rio, mas também Arariboia, também de Rafael Freitas da Silva, e, é claro, dezenas de outros livros, refazendo, de certa forma, o perfil de algumas personalidades históricas. Traçando perfis honestos, digamos. 

Para criar o suspense inerente a um thriller, a trama de A IDENTIDADE CARIOCA é a maior lenda urbana do Rio de Janeiro: o Tesouro dos Jesuítas do Morro do Castelo, 67 toneladas de ouro e uma imagem em tamanho natural de Santo Inácio de Loyola, também em ouro, com olhos de brilhantes e dentes de pérolas. 

Conforme a BBC News Brasil, 171,3 mil toneladas de ouro caberiam em uma sala quadrada com paredes de 20,7 metros de comprimento por 9,8 metros de altura, ou seja, o Tesouro dos Jesuítas do Morro do Castelo ocuparia uma sala com cada uma das quatro paredes, chão e teto medindo cerca de sete metros. É muita coisa para ser retirada do Morro do Castelo em uma época na qual ainda não se dispunha da tecnologia de hoje. Onde é guardado esse ouro? No subsolo do Banco Central, em Brasília/DF? Ou permanece, escondido, no Rio de Janeiro? A descoberta do local onde está o tesouro revela, também, a identidade carioca. 

Atualmente, o Brasil estrebucha em uma ditadura com presos políticos morrendo à mingua, censura, roubalheira desenfreada, inflação, com o narcotráfico tomando conta do Brasil, especialmente do Rio de Janeiro, e um Congresso Nacional acovardado. Ninguém sabe o que vai acontecer, se vamos mergulhar em um totalitarismo tipo China ou se algum acontecimento milagroso vai tirar do inferno o Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.

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A Esquerda não quer apenas eliminar Bolsonaro, mas enterrar todo o pensamento da Direita

A Esquerda, a máfia comunista, não quer apenas eliminar Bolsonaro, mas enterrar todo o pensamento, a ideologia, a organização da Direita, sufocando a democracia e instalando a ditadura totalitária!

Se você quer compreender a realidade do que está acontecento no Brasil de hoje, leia O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO! O terceiro volume desta trilogia será publicado em 2026!

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segunda-feira, 21 de abril de 2025

Brasília completa 65 anos com democracia meia-boca e a Papuda abarrotada de presos políticos

Capa do romance HIENA na edição da amazon.com.br

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 21 DE ABRIL DE 2025 – Brasília/DF, a capital do Brasil, atualmente com democracia meia-boca, completa, hoje, 65 anos de fundação. A Papuda é sua penitenciária, onde estão presos políticos, acusados de tentarem um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, armados de batom e pipoca. Seus arquitetos, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, eram comunistas e desenharam uma cidade comunista, que, de certa forma, parece um cemitério, mas sem alma. 

Ergue-se no Planalto Central, a 1.172 metros acima do nível do mar, na região Centro-Oeste do país, tem 2.817.381 habitantes, é a terceira cidade mais populosa do país e a maior cidade do mundo construída no século XX. Uma Babel de sotaques, predominando o mineiro, goiano, paulista e nordestino. Seus escritores defendem que a cidade, embora ainda em cueiros, já tem literatura própria. 

É uma cidade feita para quem tem automóvel e, embora planejada e tão jovem, é um três por quatro do país em dois quesitos: cheia de favelas, vendedores ambulantes, pedintes e moradores de rua; e deteriorada. Entre em um banheiro público, na Rodoviária Interestadual, por exemplo. Dá vontade de vomitar. E muitas das calçadas, quando as há, dá a impressão de que foram bombardeadas. 

Apesar de planejada, fora do Plano Piloto, que é o centro da cidade, a fiação elétrica é aérea, motivo pelo qual muitas árvores ficam com apenas uma banda, para não prejudicar a fiação. Quanto ao policiamento, trata-se de um problema federal, pois os policiais estão cada vez mais desarmados e ameaçados de eles mesmos serem presos e não os bandidos. 

Em 31 de janeiro de 1956, Juscelino Kubitschek toma posse. Vendo que não conseguiria chegar ao fim do seu mandato, em 31 de janeiro de 1961, se a capital continuasse no Rio de Janeiro, aproveitou uma ideia que começou no Brasil-Colônia, no século XVIII, de transferir a capital do Brasil para o interior do país. 

Um dos primeiros a pensar nisso foi Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Dom José I, entre 1750 e 1777. Pombal, um dos mais destacados representantes do despotismo esclarecido, responsável por reformas que catapultaram a economia do reino e das colônias, sugeriu, em 1761, que a capital do Brasil-Colônia fosse transferida para o interior do país, e contratou o cartógrafo italiano Francesco Tosi Colombina para estudar a geografia do Planalto Central, epicentro da imensa colônia. 

Em 1789, ano da Revolução Francesa, Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, também pensou em uma nova capital, mas em um país independente. Tiradentes nasceu na Fazenda do Pombal, próxima ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, disputado, à época, pelas vilas de São João del-Rei e São José del-Rei, no hoje município de Ritápolis/MG, e foi batizado em 12 de novembro de 1746. Dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político, foi um dos líderes da Inconfidência Mineira, conspiração separatista do Brasil-Colônia de Portugal. Tiradentes foi preso, julgado, enforcado publicamente, esquartejado e seu corpo exposto, em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro. 

Após o golpe da República, em 15 de novembro de 1889, os golpistas, visando criar uma identidade republicana e enterrar o império, tornaram Tiradentes herói nacional, patrono cívico do Brasil e das polícias militares e civis. O 21 de Abril é feriado nacional. Em Minas Gerais, a antiga Vila de São José do Rio das Mortes foi renomeada cidade de Tiradentes em sua homenagem. Mitificado, pintam-no à semelhança do Jesus Cristo hollywoodiano. A iconografia tradicional de Tiradentes é de um homem de cabelos e barbas longas, como Jesus Cristo, no cadafalso. Porém, como militar, o máximo que Tiradentes poderia ter no rosto seria um discreto bigode. Na prisão, onde esperou ser executado durante três anos, teve barba e cabelo raspados, para evitar piolho. 

Em 1808, dom João VI e sua corte fugiram da iminente invasão de Portugal pelo imperador francês Napoleão Bonaparte e foram para o Rio de Janeiro, então uma pequena cidade, incompatível para abrigar a corte de Portugal. Também, na época, a localização costeira do Rio de Janeiro deixava a cidade vulnerável a ataques estrangeiros pelo mar. No século XVI, os franceses conquistaram facilmente a Baía de Guanabara e instalaram a França Antártica. No século XVIII, corsários franceses tomaram o Rio e só o libertaram após dois meses, quando receberam um gordo troféu para deixarem a cidade. 

Em 1813, a interiorização da capital ganhou as páginas do influente Correio Braziliense, editado por Hipólito José da Costa, para quem a nova cidade deveria ser construída na capitania de Goiás, no ponto onde nascem “caudalosos rios que se dirigem ao norte, ao sul, ao nordeste e ao sudeste”. Segundo Hipólito, isso permitiria o contato fluvial da capital com todo o território brasileiro. O que não é verdade. 

Em 1823, o ministro e deputado José Bonifácio de Andrada e Silva (SP), conhecido como Patriarca da Independência, propôs à Assembleia Constituinte a transferência da capital para o interior e sugeriu que se chamasse Brasília. “Como essa cidade deve ficar equidistante dos limites do Império tanto em latitude como em longitude, vai-se abrir, por meio das estradas que devem sair desse centro como raios para as diversas províncias, uma comunicação e decerto criar comércio interno da maior magnitude. Vai-se chamar para as províncias do sertão o excesso da povoação sem emprego das cidades marítimas e mercantis” – propôs Bonifácio. 

Só que Dom Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte e a transferência da capital foi para a gaveta, tanto que na Constituição imposta pelo imperador, em 1824, não se fala nisso. 

Mas no reinado de Dom Pedro II, a campanha pela nova capital renasceu, encabeçada pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagen. Ele argumentava que a permanência da sede do Império no Rio significava a continuidade do atraso colonial, que a entrada do Brasil na modernidade dependia dessa transferência. 

Inspirado por Varnhagen, o senador (1838-1863/PE) Antônio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, Visconde de Albuquerque, apresentou um projeto de lei prevendo uma nova capital. Para ele, o sertão teria boa utilidade se fosse ocupado por plantações de café, então o motor da economia nacional. 

“O Brasil deve, em minha opinião, ser mais uma nação agrícola do que comercial. Ora, o desenvolvimento da agricultura em vasta escala não poderá conseguir-se senão promovendo-se a formação de grandes estabelecimentos no centro do Império. O meio mais óbvio que se antolha para realizá-los é a criação da capital nesse centro” – argumentou. Segundo ele, a cidade poderia ficar pronta em dez anos, usando como mão de obra escravos negros, que, aliás, construíram o Brasil debaixo de chicote, até a Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888, pela Princesa Isabel, quando os negros passaram a outra casta, de escravos para marginais; poderiam ser presos até por olharem nos olhos de uma autoridade, ou policial. A proposta foi para a gaveta e o Cerrado não foi ocupado por cafezais, mas, depois da inauguração de Brasília, em 21 de abril (Tiradentes) de 1960, por extensas plantações de soja. 

Em 1877, Varnhagen partiu para a ação. Embrenhou-se pelos sertões do Planalto Central para identificar o ponto onde seria construída a nova cidade, que se chamaria Imperatória, em homenagem ao imperador Dom Pedro II, e seria construída exatamente entre as lagoas Formosa, Feia e Mestre d’Armas. 

O tema foi desengavetado na Assembleia Constituinte de 1891, após a derrubada da Monarquia. O senador constituinte Virgílio Damásio (BA) apresentou uma proposta denominando a nova capital do Brasil de Cidade Tiradentes e argumentou que o Rio de Janeiro estava inchado, com 400 mil moradores; um barril de pólvora. 

“Nesta cidade populosa, falemos a verdade, encontram-se muitos que vivem entre a ociosidade e manejos ou expedientes poucos confessáveis. Essa grande massa de homens é uma arma, uma alavanca poderosíssima em mãos de agitadores. Uma cidade populosa não convém para capital” – disse. 

O deputado constituinte Thomaz Delfino (DF) concordou com Virgílio Damásio. “Uma capital não se sente muito bem no meio da multidão da vasta cidade, por sua natureza agitada e, de vez em quando, algum tanto revolucionária. É sabido que nos Estados Unidos da América do Norte os diferentes estados têm geralmente pequenas cidades por capitais. A sede do governo do estado de Nova York não é a riquíssima cidade desse nome e sim a insignificante Albany. Quando a capital da União Americana foi fixada em Washington, era esta apenas uma pequena cidade de 70 a 80 mil habitantes” – argumentou. 

Com efeito, a deposição de Dom Pedro II era um nervo exposto. Inclusive, dom Pedro II poderia ter resistido, pois teve todo o apoio necessário para isso, mas parece que ele queria mesmo era se aposentar, e a herdeira do Império, a princesa Isabel, era mais beata do que estadista. Havia a preocupação, por parte dos republicanos, de uma insurreição pela volta do Império. A minoria republicana que deu o golpe contra o Império não contava com respaldo popular; o Rio de Janeiro era monarquista. Durante os governos de Deodoro da Fonseca (1889-1891) e Floriano Peixoto (1891-1894), ambos militares, o Rio foi bombardeado por navios de guerra dos insurgentes da Revolta da Armada. 

Mas como a Constituição de 1891 previa a construção de um novo Distrito Federal no centro do Brasil, os dois primeiros presidentes da República, Deodoro e Floriano, seguiram a lei e criaram uma comissão de técnicos para delimitar, no interior de Goiás, o quadrilátero da futura capital. Em 1892, o belga Louis Cruls mapeou um território no Planalto Central para a construção da nova capital. 

Mas o sucessor de Deodoro e Floriano, e primeiro civil a ocupar a Presidência da República, Prudente de Moraes (1894-1898) engavetou o plano, argumentando que os cofres públicos não tinham dinheiro para a empreitada. Contudo, o motivo era outro. Quem então mandava no país eram as oligarquias nos estados, porque eram quem sustentavam o Estado, e eles não queriam que a capital saísse do Rio, embora o Rio estivesse fervilhando, inclusive Prudente de Moraes escapou por um triz de ser assassinado a espada, durante a cerimônia de boas-vindas às tropas que haviam massacrado Canudos. 

No governo de Rodrigues Alves (1902-1906), que sucedeu Campos Salles (1898-1902), o Rio foi depredado pelos cariocas na Revolta da Vacina. 

Em 1905, o senador Nogueira Paranaguá (PI) apresentou projeto de lei dando prazo para a mudança da capital, até 1921, cem anos da Independência do Brasil. Paranaguá argumentou que o Rio não espelhava o Brasil: “Esta é uma cidade cosmopolita por excelência. Aqui, há o elemento português, o italiano, o alemão, o espanhol e muitos outros. Os estrangeiros têm força preponderante. Os interesses desta cidade são muitas vezes antagônicos com o interesse nacional. Eu quero uma capital tranquila, verdadeiramente nacional, em que o brasileirismo seja predominante” – disse. Além disso, alegava que o clima do Rio não era bom: “Neste momento, estou a sentir um calor senegalesco. Eu estou transpirando, apesar destes ventiladores. Nós vemos que o próprio presidente da República se retira da capital durante alguns meses do ano por não poder ficar neste clima asfixiante”. E arrematou: “No Planalto Central, teríamos uma capital que reuniria todas as condições de salubridade”. 

Naquela época, não havia aparelho de ar-condicionado no Brasil, que só começou a utilizá-los na década de 1940. O Rio, cercado pela Baía de Guanabara, era rodeado de pântanos, ambiente propício para a disseminação de cólera, peste bubônica e febre amarela. Rodrigues Alves, o primeiro presidente eleito no século XX, executou uma reforma radical na região portuária do Rio para combater a insalubridade, demolindo cortiços e construindo amplas avenidas, praças e edifícios públicos, uma Paris tropical. Não queria nem ouvir falar em capital no Planalto Central. 

Mas, em 1922, é construído um obelisco na zona rural de Planaltina/DF, a mando do presidente Epitácio Pessoa (1919-1922). Em 1929, o intelectual Theodoro Figueira de Almeida publicou um plano da futura cidade, que teria ruas e praças com nomes que contariam a história do Brasil desde Pedro Álvares Cabral. Ainda em 1922, o tenente-coronel Luiz Mariano de Barros Fournier, professor da Escola Militar, apresentou ao Senado uma parceria público-privada que lhe permitiria liderar a construção da nova capital. O governo só teria que providenciar 67 mil contos de réis e o tenente-coronel entregaria a cidade pronta, em 1931. 

“O proponente permite-se assegurar-lhes que conhece perfeitamente o problema que se propõe resolver, que, educado em severo regime militar, tem inteira noção do que seja responsabilidade e que o exercício de suas funções no magistério militar é uma prova de que se acha em pleno gozo de perfeita razão” – negociou o tenente-coronel. Os senadores agradeceram a proposta e a engavetaram imediatamente. 

Durante os trabalhos da Assembleia Constituinte de 1934, o deputado Nero de Macedo (PSR/GO) lamentou: “As circunstâncias já têm demonstrado a necessidade de uma nova capital. Os governantes, porém, ou por pirronice, ou por inércia, jamais cumpriram o dispositivo constitucional. Nós conhecemos bem os costumes políticos, conhecemos bem o encanto que tem o Rio de Janeiro”. 

A Revolução de 1930 enfraqueceu as oligarquias estaduais e a transferência da capital para o Planalto Central voltou com força à Constituição de 1934. Foi nesse clima que o diretor do Serviço de Informações e Estatísticas do Ministério da Educação, Mário Augusto Teixeira de Freitas, propôs ao governo de Getúlio Vargas a transferência da capital para o interior, aos poucos. Assim, Belo Horizonte, a capital mineira, planejada e fundada em 1897, tornar-se-ia a capital provisória do país, até que as obras da nova capital, Cabrália (em homenagem a Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil) fosse construída em Goiás. Teixeira de Freitas não conseguiu nada com Getúlio Vargas, mas, em 1938, ajudou a fundar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que endossou o projeto em duas etapas da nova capital. 

Na Assembleia Constituinte de 1946, convocada após a queda da ditadura do Estado Novo, os parlamentares acharam que em vez de Belo Horizonte a capital seria Goiânia, inaugurada em 1942. 

“Não vemos como se possa realizar, nos próximos decênios, a obra ciclópica da nova capital do Brasil, que deve ser projetada com a maior perfeição e caprichosamente executada, para não prejudicar o futuro do país. Planificada e construída em moldes moderníssimos, é Goiânia a cidade ideal, entre todas as suas irmãs, para sede provisória do governo da República. Ela já está ali à nossa vista, ao nosso alcance” – propôs o deputado constituinte Diógenes Magalhães (PSD/GO). 

Os constituintes da bancada de Minas Gerais reagiram a Diógenes Magalhães e ofereceram o Triângulo Mineiro para o novo Distrito Federal, inclusive o deputado Juscelino Kubitschek (PSD/MG): “Trago ao conhecimento dos senhores representantes um magnífico trabalho de autoria do secretário de Viação do estado de Minas Gerais. Nele, além de sugerir a mudança da capital para o pontal do Triângulo Mineiro, são estudados os variados aspectos do problema e apontada uma solução que satisfaz os partidários da ideia da mudança da capital” – discursou Juscelino, em 1946. 

Durante o governo Nereu Ramos (1955-1956), em 1955, foi enviada nova missão ao Planalto Central, a qual recomendou que o Distrito Federal fosse criado no mesmo local, em Goiás, já delimitado na época de Floriano Peixoto, e que a futura cidade fosse chamada de Vera Cruz, um dos nomes dados ao Brasil logo depois do Descobrimento. 

Em 1955, Juscelino Kubitschek, fruto de uma coligação entre o Partido Social Democrático (PSD) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ambos ligados ao ditador Getúlio Vargas, disputou a Presidência da República. Na campanha, sentiu que se fosse eleito não chegaria ao fim do seu mandato se a capital continuasse no Rio de Janeiro. Assim, prometeu construir Brasília. Empossado, em 1956 (até 1961), dedicou seu governo à sua promessa. Abriu um concurso para o Plano Piloto da nova cidade, vencido pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa, de modo que a construção de Brasília faria com que ele se ausentasse amiúde daquele barril de pólvora e mantivesse seu nome aceso em nível nacional. 

“Juscelino poderia ter descumprido a promessa. Nada o obrigava a cumpri-la. Ele não seria o primeiro político a não cumprir a totalidade do seu programa eleitoral. O que ocorreu foi que Juscelino, um herdeiro do getulismo, se elegeu com apenas 35% dos votos, e setores conservadores da política e das Forças Armadas, os mesmos que haviam levado Getúlio ao suicídio, questionaram essa vitória. No fim de 1955, houve duas tentativas de golpe de Estado para impedir a posse de Juscelino. No início de 1956, uma revolta militar tentou derrubá-lo. Nesse ambiente hostil, Juscelino percebeu que a transferência da capital tinha a capacidade de mobilizar o imaginário da nação e colocá-la ao seu lado. Foi por isso que levou a ideia adiante” – analisa o historiador francês Laurent Vidal, autor do livro De Nova Lisboa a Brasília (Editora UnB). 

Para Vidal, os brasileiros desconhecem a história de todas as Brasília imaginadas, de modo que JK conseguiu criar para si a imagem do mito que fez tudo sozinho: “É importante que os brasileiros conheçam a história completa de Brasília para que, assim, conheçam a si próprios. A ideia de uma nova capital no Planalto Central apareceu de tempos em tempos, sempre em momentos de crise e ruptura, como forma de reaglutinar o país dividido. Foi assim após a Independência, após a Proclamação da República, após a Revolução de 1930, após a ditadura do Estado Novo. A nova capital sempre trouxe essa ideia de progresso, de modernidade, o que mexe forte com o imaginário das pessoas. Mas, na avaliação dos governantes, bastava formular o projeto. Não era preciso ir até o fim. Por 150 anos, o importante foi apenas superar as crises”. 

Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960. Os militares adoraram. Em 1964, deram um golpe. Em Brasília, naquela época, não existia a possibilidade de protesto popular. Nem povo Brasília tinha, ainda. A Ditadura dos Generais durou até 1985. 

E há o mito de que São João Bosco, italiano, fundador da Congregação dos Salesianos, teria sonhado com Brasília, em 1883, e profetizado a construção da cidade, segundo o livro Memórias Biográficas de São João Bosco, de seu assistente, padre Lemoyne. Em agosto de 1883, Dom Bosco sonhou que fazia uma viagem à América do Sul, onde jamais esteve. No sonho, visitou um território que ia da Colômbia ao sul da Argentina. Segundo ele: “Entre os graus 15 e 20 havia uma enseada bastante longa e bastante larga, que partia de um ponto onde se formava um lago. Disse então uma voz repetidamente: – Quando se vierem a escavar as minas escondidas no meio destes montes aparecerá aqui a terra prometida, de onde jorrará leite e mel. Será uma riqueza inconcebível”. 

Diz-se que o lago mencionado por Dom Bosco é o Lago Paranoá. A primeira obra de alvenaria erguida na nova capital foi a Ermida Dom Bosco, uma pequena capela piramidal projetada por Oscar Niemeyer, às margens do Lago Paranoá, construída em 1957, em homenagem ao santo, que se tornou padroeiro de Brasília, juntamente com Nossa Senhora Aparecida, e os Salesianos foi a primeira ordem religiosa a chegar a Brasília, em 1956, atuando nos acampamentos dos candangos. 

Vim para cá em 1987. Ia para o Rio de Janeiro. A caminho, hospedei-me na casa de um casal de amigos, o jornalista Walmir Botelho e sua esposa, Deury Farias. O Walmir tinha acabado de assumir a diretoria de redação do jornal Correio do Brasil e me convidou para ajudá-lo no fechamento da capa, prometendo que dali a três meses conseguiria vaga para mim no Jornal do Commercio do Rio, pois o diretor de redação do Jornal do Commercio era amigo do Walmir. 

Acabou que em vez de vaga começaram a demitir no Jornal do Commercio, eu casei e nasceu minha princesinha. Até hoje estou em Brasília. Em 1987, quando cheguei aqui, logo depois o governador Joaquim Roriz começou o que eu chamo de segunda fase da construção de Brasília, que era ainda o quintal de São Paulo. Hoje, é uma cidade grande, com sotaques de todo o Brasil, as embaixadas estrangeiras, restaurantes com todo tipo de comida, e a sensação de que estamos em Minas Gerais e em Goiás. Não à toa seu fundador, Juscelino Kubitscheck, era mineiro, e o Distrito Federal é um naco de Goiás. 

Quanto aos cariocas, têm um bairro quase só de cariocas, o Cruzeiro, sede da maior escola de samba de Brasília, a Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (Aruc), e os cariocas estão em toda parte na administração federal e distrital, afinal, a capital era deles. 

Brasília tem bons shoppings, cinemas, restaurantes, bares, cafés, padarias, livrarias, feiras, clubes para todos os gostos e bolsos, e, claro, pamonharias. O Parque da Cidade é ótimo para caminhadas e o Lago Paranoá, uma beleza. O Sudoeste, que fica ao lado do Parque da Cidade, é o melhor bairro da cidade, onde se come bem e a noite demora a terminar. 

O romance HIENA e o livro de contos TRÓPICO, deste autor, revelam as duas Brasília: a de Oscar Niemeyer e a do Congresso Nacional, para onde os brasileiros de todos os rincões enviam seus mais destacados cidadãos, mas também os mais perigosos bandidos. Tanto um como o outro estão à venda no Clube de Autores, amazon.com.br e amazon.com

domingo, 20 de abril de 2025

Uma visão geopolítica e turística do Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho

Tuiuiú Crucificado, acrílica sobre tela de Olivar Cunha, artista plástico do Estado do Amapá: a Baía de Guanabara, que aqui simboliza todo o Brasil, afogada em esgotos

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 20 DE ABRIL DE 2025 Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho (Federação Espírita Brasileira, 1938), livro do espírito de Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier, fala de um país espiritualista, ético, fraterno e celeiro de alimentos. Em termos geopolíticos, trata-se do país mais bem posicionado no globo. Senão vejamos. 

Com 8.510.417,771 quilômetros quadrados, o Brasil abarca de 5 graus ao Norte a 33 graus ao Sul, e do Atlântico à fronteira com o Peru, que o separa do Pacífico. Está localizado, portanto, em regiões equatorial, tropical e temperada. Seu interior tem dezenas de serras, onde se localizam cidades com clima ameno. Trata-se do país com os maiores rios do mundo e o maior volume de água doce superficial do planeta. No seu litoral, com 9.200 quilômetros, estão as mais paradisíacas praias da Terra. E tem a Amazônia. 

No caso de uma terceira guerra mundial, que poderia explodir no Hemisfério Norte, a própria Terra se revoltaria e a guerra, já devastadora, seria seguida por cataclismos fatais, que, associados à irradiação nuclear, tornariam inabitável o Hemisfério Norte, gerando êxodo em massa para a América do Sul, Austrália e sul da África. 

O Brasil seria dividido em quatro nações distintas, e somente uma quarta parte do território permaneceria com os brasileiros: a Região Sudeste, o estado de Goiás e o Distrito Federal. Os europeus ocupariam a Região Sul, o Uruguai, a Argentina e o Chile; os asiáticos, principalmente chineses, japoneses e coreanos, ocupariam Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraguai, Bolívia e Peru; o Nordeste seria ocupado pelos russos e povos eslavos; e os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocupariam Venezuela, Colômbia e Amazônia brasileira, segundo Humberto de Campos (leia JAMBU). 

Com seu clima, praias, montanhas e rios, o Brasil é, potencialmente, a Meca do turismo internacional. Daí que, apesar da censura de pensamento e presos políticos, o país continua a crescer no setor. No primeiro semestre de 2024, faturou 95,3 bilhões de reais, o que já dá para pagar as despesas do presidente Lula da Silva e da primeira-dama, Janja da Silva, no seu eterno turismo fora do Brasil, pois só ficam em hotéis com diárias de dezenas de milhares de reais, além da comitiva de dezenas de assessores e convidados. 

O Brasil é privilegiado. Trata-se do país mais rico do mundo em etnia – branco, índio, negro, mulato, mameluco e cafuzo – e, por conseguinte, cultura, gastronomia e religiões. E que também é o segundo maior produtor de alimentos do globo (atrás dos Estados Unidos), fabrica até aviões, já começou sua corrida espacial e conta com usinas nucleares. 

O Brasil lidera, na América do Sul, no ranking de turismo. Em 2024, faturou 207 bilhões de reais. Só em janeiro de 2025, faturou 20,5 bilhões de reais. Ano passado, 118 milhões de pessoas transitaram pelos aeroportos do país. De janeiro a setembro de 2024, 5 milhões de turistas estrangeiros entraram no Brasil, que já ocupa o vigésimo sexto lugar entre os países no setor turístico, de acordo com o Índice de Desenvolvimento de Viagens e Turismo 2024, do Fórum Econômico Mundial. 

O Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, tornou-se a Meca da bandidagem, com o crime organizado e o narcotráfico tomando conta até dos bairros mais chiques. Apesar disso, ainda é a cidade do Hemisfério Sul que mais recebe turistas, de tão linda que é. Só em janeiro deste ano, faturou 1,5 bilhão de reais. No primeiro trimestre de 2025, o estado do Rio de Janeiro, que tem as mais belas praias de todo o planeta, recebeu 744.071 turistas internacionais, 51,4% a mais que o mesmo período de 2024. 

Além do Rio, os turistas adoram também cidades como, por exemplo, São Paulo, Belo Horizonte, Santa Catarina, que disputam, na América do Sul, com cidades como Cusco, Peru; Bogotá e Cartagena, Colômbia; Quito, Equador; Buenos Aires, Argentina; e Lima, Peru. 

O Brasil só precisa, além de democracia plena, de segurança pública eficiente (nunca o crime organizado e os chefões do narcotráfico internacional estiveram tão à vontade), infraestrutura básica, cuidados com o meio-ambiente e mais e melhores aeroportos. A Amazônia, por exemplo, está pegando fogo e carece de mais aeroportos. A Bahia de Guanabara, um dos cartões postais mais belos do país, está poluída. Falar no Rio, já imaginaram o metrô ligando a Praça XV, no Rio, à Praça Arariboia, em Niterói, sob a Baía de Guanabara? 

Estamos fundando a seccional do Distrito Federal da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet), sob a liderança do jornalista e escritor Wílon Wander Lopes. Brasília, a capital da República, onde se localizam as embaixadas, tem uma rica história, excelente rede hoteleira e é a terceira praça gastronômica do país, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. É também a terceira maior cidade do país. Daí a importância da Abrajet/DF, que poderá contribuir não somente para com o turismo distrital, como também fazer ponte da Abrajet com o Congresso Nacional e ministérios de Estado.

sábado, 19 de abril de 2025

Um porta-aviões ancorado no Lago Paranoá

Capa de O OLHO DO TOURO da edição da amazon.com

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 19 DE ABRIL DE 2025 – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em perfil assinado pelo jornalista Jon Lee Anderson e publicado segunda-feira 7 na revista americana New Yorker, teceu a metáfora mais imbecil do atual festival de besteiras que assola o país: a pressão dos Estados Unidos só fará efeito se “porta-aviões chegar até o Lago Paranoá”, em Brasília. 

Xandão, ou Big Alex, quis dizer que não tem medo de Donald Trump e de Elon Musk, que vai continuar censurando e prendendo. Que Donald Trump não se meta a besta. Nem a Espanha. Aliás, Trump está no mato sem cachorro, pois o presidente Lula da Silva também já disse para a imprensa adestrada que não tem medo da carantonha de Trump; que Trump manda lá nas branquelas dele. 

– Se eles mandarem um porta-aviões, aí a gente vê. Se o porta-aviões não chegar até o Lago Paranoá, não vai influenciar a decisão aqui no Brasil – disparou Xandão, referindo-se ao lago de Brasília, descortinado do seu gabinete no STF. 

Xandão é alvo de ações na Justiça dos Estados Unidos, acusado de determinar a remoção de contas de influenciadores de direita em redes sociais americanas.

A incontinência verbal do ministro não ficou somente nesse febeapá. 

– Se Goebbels (ministro da propaganda de Hitler) estivesse vivo e tivesse acesso ao X (ex-Twitter) estaríamos condenados. Os nazistas teriam conquistado o mundo – declarou à New Yorker. 

Suponhamos que os Estados Unidos tivessem realmente de invadir o Brasil. É claro que a ocupação seria extremamente difícil, dado o tamanho do país, o exército de selva brasileiro, considerado o melhor do mundo, e o sentimento nativista de grande parte da população, mas o poder de dissuasão do Brasil seria completamente imobilizado nos primeiros momentos. 

Bastaria um porta-aviões americano para destruir instalações militares, parques industriais e usinas hidrelétricas, o USS George Washington, estacionado, digamos, ao largo de Belmonte, cidade da Bahia, localizada nos mesmos 15 graus de latitude sul de Brasília. Entre os aviões a bordo do GW há caças F-35C Lightning II e seus mísseis atingem longas distâncias. 

Conta com dois lançadores de mísseis antiaéreos Sea Sparrow e atinge velocidade superior a 56 quilômetros por hora, movido por dois reatores nucleares Westinghouse A4W e quatro hélices de cinco pás cada uma. Pode navegar mais de 5,6 milhões de quilômetros sem ser reabastecido. 

O USS George Washington (GW) é um porta-aviões nuclear da Marinha dos Estados Unidos de 333 metros de comprimento, 78 metros de largura e 74 metros de altura, com capacidade para 90 aeronaves e convés de voo de 18 mil metros quadrados, com quatro elevadores de 360 ​​metros quadrados cada um para mover aviões entre o convés de voo e o hangar. 

O GW desloca cerca de 97 mil toneladas, pode acomodar 6.250 tripulantes, produzir 1,5 milhão de litros de água potável e servir 18 mil refeições por dia. Tem mais de 2.500 compartimentos a bordo e capacidade de ar condicionado suficiente para resfriar mais de 2 mil residências. 

Quanto ao sentido figurado usado por Xandão, de que a Justiça dos Estados Unidos (porta-aviões) não o alcançará (Lago Paranoá), está errado. Para esse tipo de conflito Trump conta com tecnologia muito superior e mais eficiente do que um porta-aviões nuclear e um general especial: Elon Musk. 

Jon Lee Anderson traçou um perfil de Alexandre de Moraes e eu mostro o que está acontecendo hoje no Brasil, com todos os protagonistas, vivos ou mortos, deste teatro de horror, nos livros O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO, à venda na amazon.com, amazon.com.br e Clube de Autores.

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Bate-papo com Galicíssimo na cafeteria Kopenhagen do shopping Conjunto Nacional

TRÓPICO é um raio-X do Brasil. A capa deste livro de contos é o grafite sobre tela Tuiuiú Crucificado, de Olivar Cunha: a Baía de Guanabara, um dos mais emblemáticos ícones do Brasil, em eterna poluição galopante

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 18 DE ABRIL DE 2025 – Minha cafeteria predileta é a Kopenhagen, no segundo piso do Conjunto Nacional. Espresso de arábica, atendimento agradável, móveis de palinha e um excelente mirante para o passa-passa de todo tipo de gente; um laboratório. Naquela tarde, encontrei-me com Galicíssimo, um velho amigo belenense que também se domiciliou em Brasília. Jornalista dos bons. 

Baixinho – deve ter um metro e sessenta, mais ou menos –, magricela, estrábico e de cabelos grisalhos. Mas isso é compensado por epiderme maravilhosa, lisa e rosada como a pele de um bebê. Sua expressão é a de uma criança perdida, despertando nas mulheres o instinto materno. Contudo, o que lhe originou o apelido, Galicíssimo, foi seu talento para lidar com as mulheres. 

Pode-se, neste caso, aplicar-lhe perfeitamente o ditado que reza: não há mulher difícil; há mulher mal cantada. Em outras palavras, não há mulher que resista a sentir-se princesa; isso as enlouquecem completamente, torna-as reféns absolutamente indefesas e as leva a cometer qualquer crime. 

Basta meia hora de papo para as vítimas grudarem, literalmente, em Galicíssimo, que possui o dom de dissecar a alma feminina com a mesma eficiência de um anatomista que vasculha o corpo humano em busca de compreender melhor a posição dos órgãos, ossos, músculos, tendões, artérias, toda sorte de tecido, já tão estudados e catalogados. 

Ele foi educado em um meio bastante parecido ao de Gabriel García Márquez. Teve um avô como ponto de referência e o resto da casa eram mulheres. Tornara-se, assim, um observador, um analista, um especialista em mulheres, adivinhando os mais recônditos desejos “dessas crianças grandes, dessas criaturas divinas, dessas flores tão delicadas, que se defendem, quando muito, munidas apenas de miseráveis espinhos”. 

Todas buscam, pura e simplesmente, consolo, por uma razão da qual não podiam escapar: são todas inconsoláveis. É então que Galicíssimo dá o pulo do gato, exibindo um instrumento insuspeito, magnífico, que transforma mulheres tristes em tarântulas subindo pelas paredes e se voltando para encarar o surpreendente membro fálico. 

Mas não foi por isso que Galicíssimo me convidou para tomarmos um café. Seu maior problema é com relação à prosperidade. Ele ganha muito bem, na proporção do seu talento. Às vezes, escreve discursos, artigos ou projetos para políticos por 10 mil reais, pagos na hora, ou ganha em campanhas políticas grana suficiente para comprar um apartamento de quatro quartos no Sudoeste, mas gasta na mesma proporção. 

Ele não me procurou para me tomar dinheiro emprestado. Sabe que não tenho. Mas para me pedir conselho. As pessoas prudentes, como eu, costumam ser procuradas para dar conselhos. Ele queria saber como é que, ganhando tanto dinheiro, não tinha sequer um travesseiro decente. 

– É porque tu rasgas dinheiro – disse-lhe. 

– Bom, mas tenho um alto padrão de vida e curto a vida adoidado – ele disse. 

– O teu travesseiro é o símbolo do teu alto padrão de vida e tu curtes mais a doidice do que a vida – disse-lhe. 

Ele ficou calado.

– Na minha vida adotei três pilares para a minha prosperidade – recomecei a falar. – Em primeiro lugar, vem a gratidão. Sou grato a tudo e a todos. A gratidão é uma vibração que promove prosperidade e saúde, e abre portas. Contudo, é preciso observar que o fato de sermos gratos a tudo e a todos não quer dizer que concordemos com tudo e com todos, nem que baixemos a cabeça para quem quer nos ferrar. Eu não dou sopa para espertalhões. A eles, meu muito obrigado é uma bicuda no escroto. 

Galicíssimo sorriu, ouvindo-me e acompanhando com os olhos uma gata capaz de levantar defunto passando. 

– E o segundo pilar? 

– Em segundo lugar, ação. Em vez de ficar preocupado, pensando em dívidas, brigas, alimentando medo, agir é o meio mais sensato. Tu não disseste que curtes a vida adoidado? Pois bem, para mim, curtir a vida adoidado é agir. A ação é sempre agora e sempre resolutiva. Assim, não há dívidas, nem medo, mas ação. 

Galicíssimo parou de acompanhar as mulheres lindas que passam o tempo todo por aquela esquina do shopping e prestou mais atenção. 

– Em terceiro lugar – voltei a falar –, jamais prejudique o próximo; nunca ofenda ninguém, nunca humilhe. Jamais case por dinheiro. Nunca se venda. Dinheiro é maravilhoso, mas não representa, em si, a felicidade. Ele é uma espécie de azeite. Mas, atenção, isso não quer dizer que tu te tornarás um vegetal, ou um anjo de candura. Veja bem, se tiveres que entrar em uma floresta, pedes licença aos donos daquela floresta, dizendo: licença, donos desta floresta. Assim, mesmo. Mas se mesmo assim uma cobra venenosa te atacar e para se defender tiveres que matá-la, mata-a, sem dó nem piedade. A mesma coisa com alguém que tente te ferrar. Ferras o bicho sem dó nem piedade. 

– Mas isso não vai aumentar o meu dinheiro – Galicíssimo argumentou. 

– É claro que não. Do jeito que tu gastas, teu dinheiro nem existe de fato. Só podemos ter dinheiro utilizando-o com sabedoria – eu disse. 

– E como é que a gente faz isso? – ele perguntou. 

– Gastando com as coisas que realmente precisemos e guardando um pouco para os tempos de vacas magras – respondi. – Tu precisas usar menos o mastro e mais a cabeça.

– Acho que vou promover essa mudança na minha vida a partir de agora. Estou trabalhando em uma reportagem que vai me render uma grana, sobre uma coisa que a imprensa em geral ainda não se deu conta: o STF (Supremo Tribunal Federal) vem soltando chefões do crime e narcotraficantes em fila, e há indícios de que políticos de altíssimo escalão receberam dinheiro do narcotráfico internacional para suas campanhas, além de que parte da droga do pessoal que vem sendo solto entra nos Estados Unidos. Descobri que os Estados Unidos estão estudando uma maneira de intervir em tudo isso. 

– Donald Trump sabe muito bem que a manutenção da hegemonia dos Estados Unidos depende da Pax Americana e, esta, de prosperidade. Os Estados Unidos vêm sendo atacados de todas as maneiras nas últimas décadas, principalmente pela China, que usa a escravidão para produzir e inundar o mundo com produtos produzidos por escravos. Trump já está estimulando financeiramente os industriais americanos a saírem da China. Esta é a lei da prosperidade que diz que não devemos dar sopa para o inimigo, mas cacete. 

Galicíssimo era aficionado por café e pedira outro curto. 

– Acho que tenho de dar férias para o mastro. 

– Nem tanto. Elas só querem ser tratadas como princesas e ter nas mãos, durante algumas horas, uma ferramenta grande e rija. E a segurança de que aquilo será um segredo eterno. Não querem dinheiro. Até porque tuas vítimas, quero dizer, os anjos que tu conquistas, são mulheres financeiramente definidas. Querem, no fim das contas, ser amadas. 

– Interessante! – ele exclamou. – Escrevo sobre política, às vezes meandros complexos, mas não tenho olhos para enxergar coisas práticas. 

– Nasceste com o dom de um texto maravilhoso e de enxergar claramente a alma das mulheres. Aproveitas para ganhar dinheiro com o texto e para fazer as mulheres felizes. A propósito, quando vai começar aquele livro sobre o ditador? 

– Rapaz, foi bom falares sobre isso. Já tenho provas inquestionáveis sobre ele e já comecei o livro. Vai ser um furor editorial. 

– É bom porque também tens bastante material sobre o narcotráfico e políticos da América do Sul, e já farás também a tradução para o inglês – disse-lhe. 

Paguei os três expressos, um deles pingado de leite, pois sou muito sensível a café à tarde, e saímos. 

Galicíssimo virou personagem de ficção no conto Almoço de Trabalho no Porcão, do livro TRÓPICO, à venda na amazon.com.br e no Clube de Autores

quarta-feira, 16 de abril de 2025

O cronista amapaense Edevaldo Leal, outono em Brasília, Feira do Guará e fundação da Abrajet

O cronista amapaense Edevaldo Leal no seu metiê em Belém

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 16 DE ABRIL DE 2025 – O escritor amapaense Edevaldo Leal disse, no Facebook, que anda com a síndrome do cronista. Anota tudo o que pode render uma crônica. Edevaldo foi meu primeiro copy desk. Desde os 5 anos de idade eu já sabia que seria escritor, mas comecei a escrever seriamente aos 14 anos, quando passei a frequentar a casa do poeta e cronista Isnard Brandão Lima Filho. Escrevia, então, poemas e crônicas, que levava para o Edevaldo Leal copidescar. Anos mais tarde, ele me disse, rindo, que as minhas primeiras crônicas eram de arrepiar, de tão ruins. Hoje, há até quem as leia. 

O escritor americano Ernest Hemingway dizia que devemos anotar as boas ideias, mas não se apegar a elas, pois, se ficarmos preocupados com as anotações elas amarram a nossa criatividade. Ele tem razão. Até porque se não fizermos as anotações literárias esquecemo-las a seguir. Sei disso por experiência própria. Assim, anoto tudo, mas sem me apegar as elas, de modo que, às vezes, anoto uma coisa e escrevo crônicas inteiras sobre outra coisa, mas o gancho é a anotação. 

Edevaldo Leal é da escola de Rubem Braga. É elegante na construção das frases. Apenas a experiência de um é completamente diferente da vivência do outro. Quanto a mim, sofri mais influência de Hemingway, pois meu texto é mais enxuto do que o de Rubem Braga. Certa vez, o escritor Fernando Canto, ao ler um conto meu, perguntou se aquilo era literatura ou jornalismo. Foi a partir daí que procurei separar melhor as duas coisas. 

Falar em Fernando Canto, deixou-nos excelentes crônicas. Suas crônicas imergem sempre pelo realismo fantástico, e recriam, mais do que seus contos, a Amazônia, especialmente o Amapá, o dia a dia de Macapá, presente também nos seus poemas e ensaios. 

Eu também vivo a síndrome do cronista, permanentemente. Às vezes, dou-me conta de que pareço um cientista vendo o mundo por meio de um microscópio. Olho tudo detidamente, procurando utilizar ao máximo meus seis sentidos. 

É outono em Brasília. Gosto do outono e do inverno. Os dias são nublados e a temperatura é de cruzeiro, 21 graus centígrados. As barrigudas explodem em flores. Barrigudas são árvores com o tronco semelhante a mulheres grávidas. Há muitas em Brasília. De madrugada, levanto-me para escrever. 

As madrugadas, no outono, começam a ficar mais frias e quando chega o inverno preciso de casaco. Às vezes, passo o dia de casaco e entro pela noite. Quando preciso sair, ponho meu casaco azul, que me protege do frio do inverno, quando a temperatura fica em torno dos 15 graus, nas frentes frias. 

A queda de braço política continua na Praça dos Três Poderes, onde armaram a pior armadilha para prender Bolsonaro, e, segundo ele mesmo, matarem-no na prisão, envenenando-o. Envenenar um homem preso pode ser feito até com comida estragada. No caso de Bolsonaro, já o esfaquearam nos intestinos, de modo que basta um pouco de comida estragada para o enviarem desta para melhor. Querem vê-lo no além porque ele, quando foi presidente, estancou a roubalheira inacreditável a que este bananal vem sendo submetido pelo crime organizado. 

Um punhado de jornalistas, liderados por Wílon Wander Lopes, vem tentando fundar a seccional do Distrito Federal da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet). Temos reunião decisória na próxima semana. De vez em quando, escrevo sobre turismo. Venho escrevendo sobre a inevitável legalização dos cassinos. Todo o Primeiro Mundo tem cassinos. Quem diz que isso é coisa do diabo deve ter o inferno na mente. Mas defendo cassinos em uma democracia, a legítima, não a relativa. 

Hoje, é quarta-feira. A Feira do Guará funciona de quarta a domingo. É a melhor do DF. Na minha opinião, claro. Às vezes, vou lá só para tomar um segundo café da manhã, com empada de camarão ou bolo de mandioca (os daqui levam trigo; os de Macapá e Belém são feitos com macaxeira, açúcar, manteiga e coco – são os melhores do planeta). Aqui e ali, passo no quiosque da dona Zenaide, amapaense, para tomar açaí de Belém do Pará. De vez em quando, almoço na feira, geralmente rabada ou mocotó com arroz e macarrão. 

Sou caseiro. Quando estou em casa, passo muito tempo no meu escritório. Adaptei o quarto de empregada para escritório e biblioteca. Quando vivia me mudando de casa dei milhares de livros. Hoje, minha biblioteca se resume a uns 300 ou 400 volumes, pelo menos 30 dos quais ainda não li. A biblioteca do escritor e jornalista Maurício Melo Júnior, no Park Way, é uma das maiores de Brasília, um salão com estantes repletas de livros do chão ao teto. Uma beleza. Ele também integra a Abrajet/DF. 

Bom, esta crônica está parecendo vídeo, que é a crônica moderna. Sou jurássico. Um ou outro leitor lê o que eu escrevo até o fim. Já ouvi comentários de que sou prolixo. É verdade que ser lido causa prazer ao escritor, que, afinal, está sendo ouvido, mas o ato de escrever é superior a ser lido. Não estou nem aí se vou ser lido ou não; estou mais interessado em escrever, pois recriar é como se estivéssemos vivendo de novo. Um clássico do chique no último.

terça-feira, 15 de abril de 2025

O Brasil todo assiste em horário nobre na poltrona as hienas devorando Bolsonaro vivo

Devorado vivo, Bolsonaro se sente cansado, mas não desiste

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 15 DE ABRIL DE 2025 – Há um documentário aterrorizante e nauseante sobre hienas. Um filhote de gnu pasta afastado do rebanho quando duas hienas se aproximam dele, como quem não quer nada, até que uma delas morde uma das pernas do gnu. Ele corre. Começa uma perseguição. Após certo tempo, uma delas o alcança e acerta uma mordida no escroto do gnu. Ele reduz ainda mais a velocidade. Adiante, cai. Então uma das hienas morde o baixo ventre do gnu e o rasga. O gnu se levanta, as vísceras escorrem. Ele fica em pé, as vísceras penduradas, as hienas mordendo as vísceras e puxando-as. O gnu cai. As hienas, exaustas, se deitam ao lado, descansam um pouco e atacam. Vão comendo o gnu vivo. O animal não emite nenhum som. O câmera faz um flash dos olhos do gnu. A dor, o sofrimento, o desespero estão todos nos olhos.

É assim que estão fazendo com Jair Messias Bolsonaro. Só que no caso de Bolsonaro são muitas hienas. Não é só com Bolsonaro, mas com todos os presos políticos no Brasil. Estão morrendo à mingua, sob os aplausos dos esquerdistas, da mídia podre, especialmente o Grupo Globo, e de todos os eleitores que enviaram para o Congresso Nacional o que há de mais pestilento no país. 

Bolsonaro e os presos políticos são submetidos a um processo que envergonharia até psicopatas como Fidel Castro e Che Guevara, assassinos frios, capazes de executar a própria mãe. Franz Kafka escreveu um monumento literário, O Processo, que é ficção pura, e eu estou escrevendo uma trilogia sobre um processo, mas misturando ficção com realidade. 

Já estão à venda dois volumes: O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO. O terceiro volume será publicado em 2026. O enredo é a Via Sacra pela qual Bolsonaro está passando. Qual será o destino do maior líder da Direita brasileira e o presidente da República mais amado que este país já viu? Poderá ser preso e morrer à mingua na prisão, envenenado por comida estragada até morrer. Mito em vida, assassinado, será mártir. 

O Brasil está destinado a ser o Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. O meu romance JAMBU diz que em uma terceira guerra mundial a própria Terra se revoltaria, e a guerra, já devastadora, seria seguida por cataclismos fatais, que, associados à irradiação nuclear, tornariam inabitável o Hemisfério Norte, gerando êxodo em massa para a América do Sul, Austrália e sul da África. O Brasil seria dividido em quatro nações distintas, e somente uma quarta parte do território permaneceria com os brasileiros: a Região Sudeste, o estado de Goiás e o Distrito Federal. Os europeus ocupariam a Região Sul, o Uruguai, a Argentina e o Chile; os asiáticos, principalmente chineses, japoneses e coreanos, ocupariam Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraguai, Bolívia e Peru; o Nordeste seria ocupado pelos russos e povos eslavos; e os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocupariam Venezuela, Colômbia e Amazônia brasileira. 

Contudo, a Pax Americana está garantindo, até agora, que não haja guerra com artefatos nucleares. As ameaças de Vladimir Putin não passam de encenação; ele sabe que a hora em que ele disparasse um petardo nuclear grande parte da Rússia seria varrida do mapa. Então, o Brasil tem potencial para se tornar uma nação hegemônica, ao lado dos Estados Unidos. Bolsonaro estava conduzindo o país nesse rumo. Só que a Internacional Comunista, com ajuda do Partido Democrata dos Estados Unidos, estava instalando ditaduras mundo afora. Mas agora o planeta conta com Donald Trump, presidente americano e líder mundial da Direita, para pôr ordem na casa. 

O atual momento indica que o fim da trilogia que estou escrevendo pode ser com a prisão seguida de assassinato de Bolsonaro, mas Donald Trump, e seu principal assessor, o gênio das telecomunicações e homem mais rico da Terra, Elon Musk, estão, como John Wick, com raiva, com muita raiva das hienas.