Carmen Monarcha no Teatro da Paz, em Belém do Pará
RAY
CUNHA
BRASÍLIA, 9 DE FEVEREIRO DE 2024 – JAMBU será autografado dia 2 de março, um sábado, no restaurante Belém Belém Amazônia, da empresária Mira Jatene. Santuário da cozinha paraense no Rio de Janeiro, o Belém Amazônia fica na Avenida Rainha Elisabeth da Bélgica 122, Loja A. Essa via liga as avenidas Atlântica, em Copacabana, à Vieira Souto, em Ipanema.
A sinopse de JAMBU é a seguinte: Durante o Festival Gastronômico do Pará e Amapá, o jornalista João do Bailique escreve as matérias que comporão uma edição especial da revista Trópico Úmido sobre a Questão Amazônica e investiga um traficante de crianças e de grude de gurijuba.
Em JAMBU, personagens de ficção se misturam com pessoas reais, vivas ou mortas. Uma dessas pessoas é a cantora lírica Carmen Monarcha, por duas razões. Além de paraense da gema, Carmen é filha de um grande amigo, um dos gurus que me ajudaram a aprender a ler a bússola da vida: o poeta e cineasta luso-manauara José Pereira Gaspar.
Fui apresentado a ele pelo jornalista e líder negro Nestor José Soeiro do Nascimento. Na época, 1976, eu assinava a coluna semanal No Mundo da Arte no jornal A Notícia, em Manaus. Gaspar e eu batíamos papo de varar a madrugada. Ele revisou alguns contos meus e me mostrou alguns dos seus raros poemas.
Mais adiante, casou-se com a cantora lírica belenense Marina Monarcha e aí nasceu Carmen Monarcha, em 27 de agosto de 1979. Carmen aprendeu a tocar violoncelo e piano ainda muito cedo e aperfeiçoou sua voz. Estudou no Conversatorium Maastricht, nos Países Baixos, e lá foi contratada como vocalista pelo maestro holandês André Rieu, da Johann Strauss Orquestra, pela qual Carmen Monarcha participa de turnês desde 2003. No Brasil, venceu o Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão.
Em JAMBU, Carmen Monarcha canta Waldemar Henrique, em uma homenagem do Festival Gastronômico ao grande compositor lírico belenense, de quem um folder registrava um curto perfil biográfico: “O pianista, maestro, compositor e escritor Waldemar Henrique nasceu em Belém, no dia 15 de fevereiro de 1905, onde foi sepultado em 29 de março de 1995.
“De ascendência portuguesa e indígena, foi educado em Portugal. De volta ao Brasil, em 1918, viajou amplamente pela Amazônia. Começou a fazer sucesso com Minha Terra, de 1923. Em 1929, aos 24 anos, começa a estudar no Conservatório Carlos Gomes, em Belém, e recebe o incentivo do professor e maestro italiano Ettore Bosio. Mas seu pai não queria vê-lo músico e o empregou em um banco.
“Porém, em 1933, Waldemar Henrique muda-se para o Rio de Janeiro, para estudar piano, composição, orquestração e regência. Nunca mais faria outra coisa na vida. Compôs mais de 150 canções, além de peças para piano solo, coro, orquestra e música para novela, teatro e filmes. É autor da primeira versão musical, em 1958, do poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto.
“Waldemar Henrique se apresentava em rádios, teatros e cassinos do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, e excursionou por várias cidades do Brasil e pelo exterior – Argentina, Uruguai, França, Espanha e Portugal. Por mais de dez anos, dirigiu o Theatro da Paz, em Belém”.
Foi um show de duas horas, encerrado com Uirapuru. Após aplausos intermináveis,
Carmen Monarcha repetiu Boi Bumbá.
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