quinta-feira, 31 de março de 2022

O dia em que conheci Ernest Hemingway pessoalmente. A Festividade do Santuário Hoozo. Existe alma desde a concepção

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 31 DE MARÇO DE 2022 – A sexagésima sexta Festividade do Santuário Hoozo, do japonês arca do tesouro, será realizada virtualmente pelo canal da Seicho-No-Ie do Brasil no YouTube, no dia 10 de abril. No próximo ano, será novamente presencial. Na virada do século, enviei para o Santuário Hoozo, da Academia Espiritual de Ibiúna/SP, o registro espiritual de Ernest Miller Hemingway, escritor americano, Nobel, que se suicidou. À noite, sonhei com ele. Um sonho nítido, colorido. A coisa se passou no antigo cine Palácio, em Belém, na Avenida Presidente Vargas. 

A plateia do cine Palácio tinha dois andares, sendo que o segundo andar ia só até mais ou menos um terço do comprimento do andar inferior. Eu estava no segundo andar e no palco do cinema desenrolava-se um evento com a presença de Hemingway já velho, de cabelos e barbas brancos. Mas a seguir Hemingway aparecia jovem, como quando ele morava em Paris, e cruzávamos o olhar; nisso, ele agradecia por eu ter enviado o registro espiritual com seu nome para o Santuário Hoozo. 

Era como se eu estivesse conversando com ele, de tão nítida foi minha impressão e sentimento desse curto diálogo com o autor de O Velho e o Mar. Passei o dia seguinte com a sensação de ter conhecido em vida um dos escritores mais geniais da literatura universal, revolucionário, porque utilizou, pela primeira vez, que eu saiba, linguagem jornalística na sua ficção, oxigenando-a, tornando-a coloquial sem perder a poesia, a profundidade. 

Venho tentando fazer isso. A diferença entre a literatura de Hemingway e a minha é que no meu trabalho entra também o plano espiritual, não apenas no nível metafísico, mas material, mesmo, como, por exemplo, nos romances A CASA AMARELA e JAMBU, nos quais personagens de ficção e reais, vivos e mortos, convivem e conversam, e a própria Casa Amarela, e a Seringueira que há no quintal, no livro, têm sentimentos. 

No Santuário Hoozo, as almas de antepassados, familiares e parentes falecidos, nominados nos registros espirituais, recebem orações diariamente, cinco vezes ao dia. Os registros espirituais são como números telefônicos que servem para sintonizar espíritos. Anualmente, a Festividade do Santuário Hoozo recebe milhares de pessoas com o objetivo de orar pelas almas de seus antepassados. 

Há também a Cerimônia em Memória dos Anjinhos Anônimos, milhões de embriões e fetos que foram abortados e esquecidos. Por isso, erigiu-se o Monumento dos Anjinhos Anônimos da Ibero-América e África Latina. Médiuns videntes veem, nesses eventos, milhares de anjinhos em toda parte do Santuário Hoozo. 

A Vida tem início no momento da concepção. Por isso, quando ocorre aborto, provocado ou espontâneo, é importante reconhecer esses anjinhos como membros da família e orar por suas almas, para que se sintam acolhidas no lar em que iriam nascer. A Cerimônia no Monumento aos Anjinhos Anônimos ocorre logo após a cerimônia principal da festividade.

Em caso de morte trágica o espírito fica inconsciente, perturbado, com dificuldade de ouvir o seu nome, assim, ele é chamado diversas vezes, ouvirá seu nome e terá oportunidade de despertar, ou seja, compreenderá que desencarnou e que precisa de cuidados dos irmãos do plano astral. Penso que foi o que ocorreu com Hemingway. Fique em paz, meu amigo!

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