quarta-feira, 6 de julho de 2022

Amapá mergulha cada vez mais na sua tragédia. Inauguração da BR-156 é um sopro de esperança

Traçado da BR-156, no Amapá, ligando o Brasil à França

RAY CUNHA 

BRASÍLIA, 6 DE JULHO DE 2022 – Além de assaltar estatais, incluindo bancos, e fundos de pensão, o PT emprestou trilhões de reais a ditadores a fundo perdido, garantindo propina bilionária, e aparelhou o Estado com cabides de emprego que parecem fungo em um assalto que durou uma década e meia e rendeu pelo menos um trilhão de dólares às hienas vermelhas, PIB que poucas nações possuem. Também saqueavam a burra por meio de obras, que iniciavam e jamais concluíam, mas mamavam até o último centavo do dinheiro reservado para elas. 

Em 2019, Jair Messias Bolsonaro assumiu e não deixou ninguém roubar, e vem podando os cabides de emprego. O presidente pegou a grana que vinha sendo desviada e começou a concluir e ampliar as milhares de dezenas de obras inconclusas, visando criar infraestrutura moderna ao país, hoje, o maior produtor de alimentos do planeta. 

Resultado: mesmo com a pandemia do vírus chinês e com a sabotagem do establishment, o Brasil é um dos países que mais se desenvolvem em um planeta acossado por hiperinflação e estagnação econômica. Desde 2019, o Governo Federal já entregou mais de 5 mil obras concluídas em todo o país. 

Um dos exemplos mais emblemático foi a transposição do rio São Francisco. Essa obra era a bacanal predileta do PT e do MDB. Bolsonaro acabou com a farra e hoje o Nordeste nada a braçadas nas águas do rio São Francisco, de poços artesianos e do mar, dessalinizada. 

Na Amazônia, a obra mais simbólica não é petista, pois foi inclusive ignorada pelos petistas, e está à espera de ser concluída. É emblemática por características que costumam ocorrer em obras na Hileia. 

O Amapá é o mais setentrional estado litorâneo, fazendo divisa com a Guiana Francesa. O Porto de Santana, na Região Metropolitana de Macapá, a capital, a sudeste do estado, deveria estar ligado pela BR-156 à Caiene, a capital da Guiana Francesa. Santana foi construído para embarcar o melhor manganês do mundo, o de Serra do Navio/AP, para os Estados Unidos, onde foi estocado como reserva estratégica. Depois que ficaram satisfeitos com a quantidade de manganês exportado fecharam o negócio e o porto foi municipalizado. 

Acontece que Santana pode receber qualquer cargueiro transoceânico e é o porto brasileiro mais próximo, simultaneamente, dos mercados dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia, desta, via Canal do Panamá, e pode receber todas as commodities da Amazônia por hidrovias; do Centro-Oeste, por estradas e hidrovias; e do Sudeste e do Sul, por rodovias e hidrovias. 

Mas enquanto o PT preferiu construir um porto gigantesco em Havana, Cuba, com dinheiro pilhado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Porto de Santana é subutilizado; serve para o embarque e desembarque de ribeirinhos e o comércio de banana, em vez de também receber e despachar commodities destinadas a todo o planeta, principalmente minérios, via cargueiros transoceânicos; as commodities destinadas à América Central poderiam seguir pela BR-156, que liga o porto à Caiena e de lá para toda a América Central e do Norte. 

O governo federal planejou a construção da BR-156 há 80 anos e vem gastando dinheiro com ela desde então, e nunca foi concluída, um espantoso recorde mundial dos governadores locais, de irresponsabilidade, preguiça e desprezo para com os amapaenses e, de quebra, para com a Amazônia, a teta mais cobiçada pelos comunistas globais; o Amapá é o mais comunista dos estados amazônicos. 

A rodovia termina na cidade de Oiapoque, no norte do Amapá, separado da Guiana Francesa pelo rio Oiapoque. Em 2008, começaram a construir uma ponte binacional, que ficou pronta em 2011, mas não foi inaugurada porque a BR-156 não estava pronta; tornou-se um enfeite até 20 de março de 2017, quando finalmente foi inaugurada, pois a BR-156, mesmo inacabada, é a única via de exportação utilizada por caminhoneiros. 

Quanto à rodovia propriamente dita, no inverno amazônico há trechos que se transformam em atoleiro e, no verão, em um inferno de poeira. O pior é que se ficar ilhado na rodovia não há a quem pedir socorro, pois o Amapá é um dos estados mais selvagens do país, e, Macapá, uma das cidades mais violentas do Brasil, abrigo das facções que aterrorizam todo o país, rota do narcotráfico e paraíso de contrabandistas e de piratas em geral. 

Os amapaenses não veem a hora de o Exército concluir a pavimentação da BR-156 e de o Itamaraty dar um jeito na utilização prática da ponte Oiapoque/AP-Saint-Georges-de-l'Oyapock/França. Quanto à violência em Macapá, a Polícia Federal que o diga. A costa do Amapá, rica em todo tipo de criaturas do mar, é invadida por piratas internacionais. 

Com ou sem BR-156, o comércio de crianças amapaenses e paraenses é intenso na Guiana Francesa e no Suriname, principalmente em cidades como Kourou, onde fica a base francesa de lançamento de satélites, e os balneários de Montjoly e Saint Laurent. Meninas e meninos amapaenses e paraenses são bastante apreciados para bacanais, corrompidos por promessas de casamento com franceses ou pela possibilidade de ir para a Europa, onde imaginam que possam ganhar até 100 euros, cerca de R$ 500, por programa, escapando, assim, da miséria. 

Dos 200 mil habitantes da Guiana Francesa, pelo menos 50 mil são brasileiros ilegais, amapaenses em sua maioria, que fogem do Amapá, estado assolado pela miséria social, roubalheira de colarinho branco, nepotismo, corrupção endêmica e imigração insuportável. 

A capital, Macapá, é reflexo do desleixo administrativo. Cidade sem esgoto, cheia de ruas esburacadas, com fornecimento precário de energia elétrica e água encanada, apesar de se situar na margem do maior rio do mundo, o Amazonas, a cada dia fica mais inchada e violenta. 

Antes de as meninas seguirem para as três Guianas, passam, geralmente, por um estágio em Oiapoque. Boates locais são internatos de meninas e meninos para o abate. Assim, guianenses que atravessam o rio Oiapoque atraídos por sexo são recebidos na cidade de braços abertos – inúmeros bares nos quais o lenocínio prospera, de manhã à noite, açougues onde é possível comprar crianças de, em média, 13 anos.

No Amapá, cidades como Laranjal do Jari, Tartarugalzinho, Calçoene e Santana, esta, na zona metropolitana de Macapá, são, como Oiapoque, vitrines de carne infantil. O jornal O Liberal, de Belém, o mais influente da Amazônia, contém, no seu banco de dados, várias reportagens que confirmam o que eu estou dizendo, com nomes, lugares e datas. 

O Amapá precisa da presença da União, pois além de fazer divisa com a colônia francesa na Amazônia por meio de um dos maiores rios do planeta, o Oiapoque, é uma espécie de paraíso para o contrabando e o narcotráfico. Suas costas são das mais piscosas do planeta, e sempre cheias de piratas pescando tudo o que podem. 

Uma BR inteiramente pavimentada, com postos da Polícia Rodoviária e de combustíveis, além de restaurantes, ao longo do seu trajeto, e uma política aduaneira decente na ponte Brasil-França, poderá fortalecer a presença do Estado brasileiro em uma região onde os políticos costumam baixar as calças para os barões do paraíso marxista.

Não se ouve nenhum chamado vindo daquelas bandas, pois o povo tem medo de se manifestar. Contudo, o Exército continua trabalhando, com o afinco de sempre, na BR-156. Quem sabe Bolsonaro apareça por lá.

Meu último romance, O CLUBE DOS ONIPOTENTES, é a história de um jornalista, Alex, que foi um príncipe russo em uma encarnação passada e que planejou com sucesso a morte de Raspútin, um dos responsáveis pela Revolução Russa. O príncipe reencarna como Alex, que agora vai lutar novamente contra os magos negros do comunismo, em especial o molusco de nove ventosas e seu clube de nove cabeças togadas e saltitantes. Tudo a ver com o Amapá.

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