quinta-feira, 7 de maio de 2020

A Nova Ordem Mundial


RAY CUNHA


BRASÍLIA, 7 DE MAIO DE 2020 – A Terra tem atualmente 7,7 bilhões de habitantes. Só a China tem 1,4 bilhão; a Índia, 1,3; e, em terceiro lugar, os Estados Unidos, com 329 milhões. A pobreza, a falta de saneamento básico em grandes regiões do planeta, a escassez de água tratada e a poluição tornam a nave terráquea cada vez mais infernal. O crescimento da população segue em ritmo muito mais acelerado do que o das pandemias, dos cataclismos e das guerras. Em alguns países, principalmente na China e na Índia, o Estado faz tudo o que pode para que as mulheres não engravidem. Há, inclusive, organizações internacionais que trabalham nesse sentido. Muitas das que engravidam, são estimuladas a matar o feto.

Inferno, do best-seller Dan Brown, lançado em maio de 2013, é ambientado na Itália, país que sediou o Império Romano e que foi devastado pela Peste Negra. A trama do romance se desenvolve em torno de um vírus desenvolvido por um cientista, que infectaria toda a população da Terra, modificando o DNA e deixando pelo menos um terço das pessoas inférteis. A tentativa de reverter o efeito do vírus provocaria danos genéticos mortais. Mas uma ideia dessas teria que partir de um líder com ambições mundiais e totalitárias, o que se convencionou chamar de Nova Ordem Mundial, um governo mundial totalitário, apoiado por uma elite poderosa e secreta, que seguiria uma agenda globalista: a de pôr fim às nações soberanas, por meio de mudanças políticas e econômicas radicais.

Isso não seria novidade, pois o Ocidente clássico já teve uma Nova Ordem Mundial: o Império Romano. Roma, com extensos domínios na Europa, África e Ásia, passou por 500 anos de república e 500 anos de império, o maior da antiguidade clássica, exercendo autoridade sobre mais de 70 milhões de pessoas, 21% da população mundial, em mais de 5 milhões de quilômetros quadrados.

No mundo ocidental moderno, a nova ordem foi fundada pelo Império Britânico, o maior do planeta em extensão de terras descontínuas, desde o fim do século XVI ao início do século XVII; em 1920, dominava cerca de 458 milhões de pessoas, um quarto da população mundial, à época, em um território de mais de 35,5 milhões de quilômetros quadrados, quase 24% da área total do planeta. Mas no fim da Segunda Guerra Mundial, a maioria dos territórios do Império Britânico se tornou independente, culminando, em 1997, com a devolução de Hong Kong à República Popular da China.

A Segunda Guerra Mundial foi causada por outro candidato a imperador: o austríaco Adolf Hitler, que lançou a Alemanha a uma aventura da qual até hoje ela se arrepende. Ele combateu tanto o capitalismo quanto o comunismo, e capitalizou-se apoderando-se dos bens dos judeus, dos quais massacrou 6 milhões, matando-os envenenados, de fome e queimando-os vivos. Eliminava também negros, homossexuais, aleijados e qualquer minoria que atravessasse seu caminho.

Em 1 de setembro de 1939, invadiu a Polônia, e depois começou a invadir toda a Europa, assaltando, matando e estuprando. Em meados de 1942, já ocupava boa parte da Europa, o Norte da África e quase um-quarto do território soviético. Mas, a partir de 1943, começou a perder a guerra, suicidando-se em maio de 1945. Este foi o fim do imperador daquela Nova Ordem Mundial.

Hoje, candidatos a imperador contam com armas biológicas, como a do livro de Dan Brown. A pandemia de Covid-19, por exemplo, que deixou o mundo inteiro perplexo, pois as populações de grande parte dos países foi obrigada a permanecer dentro de casa, abandonando até seus empregos. A doença, que mata por asfixia, é causada por vírus. Tudo começou em uma instituição científica da cidade chinesa de Wuhan, em dezembro de 2019. Em 11 de março deste ano, a Organização Mundial da Saúde declarou a pandemia. Até hoje, pelo menos 3.748.959 casos da doença foram confirmados em todo o planeta, com milhares de mortes.

Os Estados Unidos desconfiam que o coronavírus é uma arma biológica, pois enquanto a China debelou logo a doença o resto do mundo entrou numa crise econômica sem precedentes, com milhões de empresas fechando as portas, dezenas de milhões de desempregados e outros tantos milhões morrendo de fome. No Brasil, 125.218 casos já foram confirmados, com 8.536 mortes.

No caso do Brasil, os comunistas do Foro de São Paulo estiveram no poder de 2003 a 2018. A partir de 1 de janeiro de 2019, Jair Bolsonaro, o homem que não deixa ninguém roubar, assumiu a presidência da República. Formou-se, então, um estado paralelo, com a suprema corte e o Legislativo tentando derrubar Bolsonaro. Será o vírus chinês também comunista?

Os comunistas pregam a promoção de uma sociedade sem classes sociais e apátrida, sob medida para a nova ordem. Segundo seu mentor, Karl Marx, será uma revolução encabeçada pelos trabalhadores. Na antiga União Soviética, os trabalhadores acreditaram nisso e foram escravizados pelo imperador, Stalin e companhia. Na China, também. Morreram de fome mais de 100 milhões de soviéticos e chineses. Em Cuba, só restam ruínas da antiga economia local. Na Venezuela, Hugo Chávez Maduro está comendo na bala os venezuelanos que ainda não morreram de fome. No Brasil, não se sabe até quando Bolsonaro resistirá à Nova Ordem Mundial.

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