quarta-feira, 9 de março de 2016

A confraria de Ray Cunha

Capa de A CONFRARIA CABANAGEM no Clube de Autores

LÚCIO FLÁVIO PINTO
Jornal Pessoal

A realidade da Amazônia pode ser tão bizarra, surrealista e paradoxal que sua tradução literária costuma ser feita através da paródia, do roman à cléf ou do folhetim. O picaresco combinado com a reconstituição de fatos, personagens caricatamente fictícios por detrás de máscaras de seres reais.

Capa do livro na Amazon.com
A CONFRARIA CABANAGEM (210 páginas, edição do autor), do jornalista e escritor amapaense Ray Cunha, se enquadra nessa categoria. O enredo: uma confraria contrata um detetive para impedir o assassinato de um senador, Fonteles (Paulo Fonteles), candidato ao governo do Pará. À medida que essa investigação avança, conduzida por Apolo Brito (Apolonildo Sena Brito), “as entranhas da Amazônia são reveladas”.

Os nomes reais são embaralhados, a ordem do tempo subvertida e a trama sai do enredo romanesco para se tornar uma colagem de material da imprensa. O leitor pode se divertir (sem se esclarecer muito) tentando identificar a inspiração (por vezes óbvia) para Alexandre Cunha Silva e Silva, Organizações Rio-Mar, Jarbas Barata, o Poste, Gilberto Soares Fonteles, o marqueteiro O Bezerro. Há nomes verdadeiros fora das suas biografias, como Batista Campos, Benedicto Monteiro, P.P. Condurú, Luiz Braga. É um autêntico pout-pourri. Uma lambada na ficção estrito senso.

A CONFRARIA CABANAGEM está à venda nos sites:


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