quinta-feira, 14 de agosto de 2025

As mulheres exalam maresia e Dom Perignon

Ray Cunha: à mulher cafuza, linda como jambo maduro

RAY CUNHA

O som de respiração ofegante e odor de suor enchiam o quarto. Alesão media 1,67 metro e pesava 49 quilos. Chegaram ao apartamento de Alex antes das 22 horas, pois, naquela noite, deixaram cedo a Trópico. Começaram bebericando Mateus Rosé, mordiscando queijo do reino e ouvindo Dámaso Pérez Prado, começando por Patrícia. Alesão ensaiou alguns passos de mambo. Beijaram-se. Um beijo interminável. Ele lambeu o rosto dela.

– Vou ao banheiro – ela disse.

– Vou pegar toalha e um roupão para você!

Enquanto ela tomava banho ele continuou bebericando vinho e mordiscando queijo do reino, ouvindo o japonês Akira Miyagawa, que combinou a Quinta Sinfonia de Beethoven com o Mambo Número Cinco, de Pérez Prado. Havia selecionado várias gravações do Rei do Mambo; a próxima foi April in Portugal, também chamada The Whisp'ring Serenade, conhecida no Brasil como o fado Coimbra, com música de Raul Ferrão e letra de José Galhardo, de 1947, um dos grandes sucessos da portuguesa Amália Rodrigues. A letra na versão inglesa foi escrita por Jimmy Kennedy. Aí, a seleção pulou para Sirtaki, ou Zorba, o Grego, de Mikis Theodorakis. Sempre que ouvia essa música entrava imediatamente no romance Zorba, o Grego (1946), de Nikos Kazantzakis, e também no filme homônimo (1964), dirigido por Michael Cacoyannis, com Anthony Quinn. A canção seguinte foi o Concerto de Aranjuez (1939), para violão e orquestra, do compositor espanhol Joaquín Rodrigo, durante a qual ela entrou no quarto, dentro do alvo roupão, descalça. Pôs-se entre a cadeira onde ele se sentara e a cama, e deixou o roupão deslizar pelo seu corpo. Reinaldo já vira toda espécie de beldade, mas aquela superava tudo o que já experimentara. Degustou, devagarinho, a visão, a fragrância das magnólias, o cantar dos pássaros e o jorrar dos chafarizes na primavera, não dos jardins do Palácio Real de Aranjuez, mas a visão da cafuza ruiva. O concerto estava no segundo movimento, Adagio, esculpido em melodia suave e ritmo lento, uma conversa, tão íntima que só poderia se desenrolar na alcova, entre violão, fagote, oboé e trompa. Ela tomara o cuidado de não molhar os cabelos, que deslizavam como uma cascata de fogo, lambendo-a até a cintura. Tinha os olhos enormes, verde-água, nariz ligeiramente arrebitado, rosto oval e simétrico, e lábios grandes e carnudos. Os seios erguiam-se volumosos, sem serem excessivos, firmes como colunas de mármore, lembrando pequenos vulcões, pois as auréolas dos mamilos eram enormes e rosadas. O umbigo era uma pequena fenda na barriga de tábua e o púbis, ruivo como o sol se pondo. Do púbis, deslizou o olhar ao longo das pernas de jambo maduro, até os graciosos pés, com unhas pintadas de rosa. Ela deu um giro de 180 graus. A cascata de fogo cobria-lhe parcialmente as costas e descia-lhe até as ancas de potra, como um triunfo do escultor renascentista Gian Lorenzo Bernini. Ele a conduziu para a cama e pôs-se a beijá-la. Sentia-se cair, lentamente, em um abismo. O adagio agonizava. Sentiam-se agora em outro plano da vida, onde a sensação psicológica do tempo não existia. Estaria em que mundo, se o espaço-tempo parara de existir? As sensações eram, agora, mais sublimes do que as dos cinco sentidos – visão, tato, olfato, audição, paladar e o sexto sentido se fundiram em um só sentido, fluindo para algum lugar inexistente na expansão infinita do Universo. Sentia, como descreveu Ernest Hemingway em Por Quem os Sinos Dobram, um latejar da Terra no espaço, uma vibração apenas no início. Desceu para os vulcões; ora sugava colostro de um, ora de outro, ávido como um bebê que já se sente senhor de si, isto é, que já sabe o caminho das pedras, ou seja, dos seios. Ela começou a gemer baixinho. Sonhava os sonhos mais ousados. Ele se demorou na barriga.

Ouvia-se, agora, o Concerto Para Piano e Orquestra, em Ré Menor, de Mozart. Da barriga, ele desceu para os pezinhos, fitou-os, beijou-os, lambeu-os, e foi subindo, vagarosamente, até chegar ao púbis, onde imergiu em um mergulho paciente, embora a paciência fosse tensa, naquele ponto em que o equilíbrio se desequilibra e surge o caos do prazer. Ela gemia alto, agora, a cada sugada mais forte dele, imerso no cheiro das virgens ruivas, de rosas esmigalhadas nas fábricas de perfume, misturado ao odor dos jasmineiros nas noites de agosto, em Macapá, cidade da Amazônia atlântica seccionada pela Linha Imaginária do Equador, e misturado ao sabor de Mateus Rosé, à visão do mar de cobalto de Angra dos Reis e à abertura, allegro, do Concerto Para Piano e Orquestra, em Ré Menor, de Mozart. O primeiro movimento foi um voo vertiginoso até a borda do Universo, quando ele a encaixou, sem pressioná-la, sem pressa, ao ritmo do segundo movimento, romanza, sereno, sonhador, um diálogo entre o piano e a orquestra, um contraponto, a intimidade que descobrimos em certas composições dos Beatles. O hímen rompeu-se no início do rondó, com a primavera ocupando todo o éter da consciência. Estavam os dois, agora, cavalgando um dragão de elétrons, além das galáxias, onde só se sentia o azul da eternidade. Os gemidos dela enchiam o quarto, muito, muito mais sublimes do que a música de Mozart, durante toda uma eternidade, até se diluírem, quase em choro, em silêncio. Ele descansou um pouco. Depois a pôs de lado e penetrou-a de novo, instruiu-a a ficar numa posição em que ele pudesse cavalgá-la, seguro nas ancas esculpidas por Benini, ele, o próprio dragão, leão de asas, relinchando como garanhão, um lamento alto de tanto prazer, batizando-a para sempre, iniciando-a em outra fase da sua vida, pois acabara de promover mudanças na sua roupa carnal, a despertar novos sentidos, não nominados pela ciência, mas que sabemos, pela intuição, que existem. O sol já se erguera quando, exaustos, adormeceram profundamente.

Acordaram às 10 horas da manhã e ela estava ainda mais linda do que na noite anterior. Levantaram-se e foram para o banheiro, onde demoraram-se, e só foram fazer o desjejum, que ele preparou, lá pelo meio-dia. Nesse meio tempo, ela projetou, indiretamente, todo um noivado e casamento; ele era capaz de ouvir, enquanto comiam a macarronada que ele preparou, a Marcha Nupcial de Mendelssohn, da peça Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare, e a de Wagner, do coro nupcial da ópera Lohengrin. No meio da tarde, ela se foi, ao som da Tocata e Fuga em Ré Menor, de Johann Sebastian Bach.

Do livro O CLUBE DOS ONIPOTENTES.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Missa para J.R. Guzzo reúne jornalistas em BH

J.R. Guzzo deixou sua marca no jornalismo brasileiro

Missa de sétimo dia em homenagem ao jornalista José Roberto Guzzo reuniu jornalistas na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, na Praça da Assembleia, bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte/MG, sexta-feira 8 de agosto, às 19 horas. Guzzo faleceu sábado 2 de agosto, aos 82 anos, em São Paulo/SP, de infarto fulminante.

Segundo o jornalista José Aparecido Ribeiro, editor do Conexão Minas, "muito provavelmente consequência da indignação que todo cidadão de bem sente ao ver o Brasil sendo governado por tiranos e gângsteres; nunca antes na história deste país, em um mesmo período, as instituições que governam o Brasil foram ocupadas por gente tão cínica, incompetente e desqualificada".

Para José Aparecido, o Brasil atual é "uma reunião do que existe de pior na sociedade, governando um trem descarrilado cheio de bandidos, preocupados com os próprios interesses, com o aval e cumplicidade da imprensa; um festival de aberrações que levaram a maior potência militar e econômica do planeta a reagir e impor sanções a membros do judiciário que praticam violações de direitos humanos e atos de corrupção, episódio inédito na história das relações entre Brasil e Estados Unidos".

Para José Aparecido, "J.R. Guzzo foi síntese e antítese para o jornalismo; seus arranjos textuais amarravam os fatos e não deixavam brechas para contestações. A razão foi o seu norte, a lógica e a criatividade, parceiras do verbo, verdadeiro alento para quem não consegue transformar sentimentos em palavras. Foi destemido, corajoso e preciso nas análises, sempre implacáveis e justas".

Segundo Aparecido, Guzzo "conheceu as redações de grandes veículos de comunicação, que antes da pandemia cumpriam papel relevante para a democracia, fazendo jornalismo, e não assessoria de imprensa, como se vê hoje, escandalosamente. A imprensa foi reduzida a um consórcio que repete jargões encomendados, a exemplo da militância sindical, que faz piquete em portas de fábricas".

A iniciativa partiu da jornalista Jussara Ribeiro, que integra grupo que está fundando uma associação nacional de jornalistas independentes, com viés conservador, a AJOIA – Associação de Jornalistas Independentes e Associados.

Estive presente ao evento, juntamente com Jussara Ribeiro, Alexandre Siqueira e José Aparecido Ribeiro, que tiveram a iniciativa da criação da AJOIA. Aparecido é presidente do Conselho da Abrajet/MG (Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo). Alexandre Siqueira é articulista do Jornal da Cidade Online e membro da diretoria da Abrajet/MG. Minha presença em Belo Horizonte foi precisamente para a primeira reunião da AJOIA.

Trilogia tem como enredo a tentativa de assassinato de Bolsonaro. Conseguirão?


RAY CUNHA

BRASÍLIA, 13 DE AGOSTO DE 2025 – Comecei a trabalhar a trilogia que tem como fio da meada a tentativa de assassinarem o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro com O CLUBE DOS ONIPOTENTES (Clube de Autores, amazon.com.br, 2022, 278 páginas) e, na sequência, O OLHO DO TOURO (Clube de Autores, amazon.com.br, 2025, 275 páginas). Trabalho, atualmente, no terceiro volume, a ser lançado em 2026.

Os três títulos têm o estilo de Agosto, de Rubem Fonseca, uma trama de ficção, mas, nos nove décimos do iceberg, descortina-se o drama que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas. Assim é a trilogia deste autor que vos escreve, neste momento. Há personagens de ficção que perpassam toda a trilogia, cruzando com pessoas de carne e osso, vivas ou mortas.

Bolsonaro é jurado de morte por uma organização que começa a ser deslindada principalmente por jornalistas como Allan dos Santos e Paulo Figueiredo, e pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP), com ajuda fundamental do presidente americano Donald Trump e pelo homem que mais domina a tecnologia da informática no planeta: Elon Musk.

O que se apurou é que o presidente Lula da Silva está tentando instalar uma ditadura comunista no Brasil, mas, até agora, só conseguiu instalar a ditadura da toga, com ajuda do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Lula sofre de demência e se aliou a uma predadora e Alexandre de Moraes recebeu um golpe de bigorna: a Lei Magnitsky. Porém continuam com o plano de assassinar Bolsonaro.

De certa forma, já conseguiram isso. Juiz de Fora/MG, 6 de setembro de 2018. O deputado federal Jair Messias Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL/RJ), participa de um comício em campanha eleitoral para a presidência da República.

Como vinha acontecendo nas suas aparições públicas, o capitão reformado do Exército atraía centenas de milhares de apoiadores, pois representava a esperança de que o Brasil, finalmente, se livraria das garras da corrupção, que o exauria, como um gigante minado por microrganismos. Invariavelmente, a multidão acabava por carregá-lo nessas aparições.

Em Juiz de Fora, enquanto era carregado, no meio daquele mar de pessoas, Bolsonaro sentiu uma espécie de soco, muito potente, no baixo ventre, e instantânea falta de ar. Porém não fora um soco, mas um golpe de peixeira, que quase o transfixa. Adélio Bispo de Oliveira, o autor do golpe mortal, foi preso em flagrante por agentes da Polícia Federal que acompanhavam Bolsonaro.

Prevendo uma ocorrência como essa, os agentes já vinham planejando rotas para hospitais a cada encontro do candidato com as multidões, de modo que Bolsonaro foi transportado rapidamente para a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Ao chegar à sala de cirurgia, Bolsonaro já perdera metade do seu sangue. A facada atingiu a veia mesentérica superior e os intestinos grosso e delgado.

No dia seguinte, foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em estado desesperador. Após várias cirurgias, 23 dias depois do atentado, em 29 de setembro, Bolsonaro voltou para casa.

Junho de 2019. Após dez meses de investigações, a Polícia Federal concluiu seu relatório: Adélio Bispo agiu sozinho. Não houve mandante. No dia 14 daquele mês, o juiz federal Bruno Savino converteu a prisão preventiva de Adélio em internação por tempo indeterminado na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Mas o relatório é apenas uma peça de ficção.

Bolsonaro ganhou as eleições, mas passou quatro anos sendo perseguido, dia e noite, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pela imprensa de balcão de negócios, capitaneada pela TV Globo, pelos comunistas instalados no Congresso Nacional e por generais-melancia. O plano, que tem mandante, continua.

Como a facada debilitou Bolsonaro, a ideia é prendê-lo e deixá-lo sem a devida assistência médica, até ele morrer de inanição. Por hora, Bolsonaro está preso na casa dele.

Vários presos políticos estão morrendo e sendo espancados, e Lula e Alexandre de Moraes continuam fodendo com milhões de brasileiros. Urge ação, Trump!

terça-feira, 12 de agosto de 2025

JAMBU: um sabor literário da Amazônia

Marcos Machado*

Ray Cunha nunca decepciona quem busca mais do que paisagens e folclore ao tratar da Amazônia. Em JAMBU, o autor apresenta um romance-documentário que mistura crônica política, denúncia social e pinceladas de realismo fantástico, com o dom raro de transformar a floresta em personagem, cúmplice e testemunha. O título de seu livro (JAMBU) remete a um ingrediente típico da região, mas também sintetiza o efeito do livro: não precisa ter vivido a Amazônia para sentir seu gosto intenso, estranho e viciante.

A narrativa é conduzida com ritmo jornalístico, sem perder a densidade literária. A crítica é clara e corajosa: Ray desmonta discursos oficialistas sobre a causa indígena, expõe o tráfico humano, a exploração sexual de crianças e adolescentes, e o saque institucionalizado das riquezas naturais, com uma crueza que incomoda (e precisa incomodar). Nada escapa à sua lupa: das ONGs supostamente salvacionistas ao descaso das autoridades, o autor revela um cenário em que a floresta serve de biombo para práticas antigas de poder e conivência.

JAMBU não é só denúncia, é também fascínio. Os capítulos sobre a Operação Prato, missão militar brasileira para investigar fenômenos ufológicos no Pará, dão ao livro um tom misterioso e provocador, lembrando que a Amazônia continua sendo um território de enigmas geográficos, humanos e cósmicos. Ray Cunha sabe equilibrar o real e o insólito, sem jamais cair no sensacionalismo barato. Sua escrita é sóbria, certeira, e tem gosto de verdade.

No fim das contas, JAMBU é uma obra para ser saboreada com curiosidade e coragem, como o prato que lhe dá nome: tacacá.

JAMBU, o livro e o prato, não se consomem apressadamente. Ambos exigem tempo, entrega e um certo apetite pelo inusitado. Ray Cunha nos oferece isso com generosidade: uma Amazônia que não cabe em panfletos turísticos nem em mapas oficiais. Uma Amazônia para ser lida, pensada e, por que não, degustada.

Adquira JAMBU no Clube de Autores, amazon.com.br e Uiclap

*Jornalista profissional diplomado, editor do portal Do Plenário, escritor, psicanalista, cientista político ocasional autoproclamado, analista sensorial, enófilo, adesguiano, consultor de conjunturas e cidadão brasileiro protegido (ou não) pela Constituição Brasileira, observador crítico da linguagem e da liberdade

sábado, 2 de agosto de 2025

Alexandre de Moraes, o oitavo passageiro

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 2 DE AGOSTO DE 2025 Alien, o Oitavo Passageiro é um filme britânico-estadunidense de 1979, dirigido por um dos maiores cineastas britânicos, Ridley Scott. Trata-se de ficção científica. O roteiro de Dan O'Bannon conta a história de um alienígena que persegue e mata a tripulação da nave espacial rebocadora Nostromo, em sua viagem de volta do planeta Thedus para a Terra, rebocando uma refinaria e 20 milhões de toneladas de minério, com sete tripulantes. Ao receber uma transmissão de um planetoide vizinho, a tripulação, obedecendo ordens de seus empregadores, desanexa a Nostromo da refinaria e aterrissa no planeta, danificando a nave.

É descoberta a origem do sinal, que vem de uma nave alienígena abandonada, onde tripulantes da Nostromo encontram os restos de uma criatura alienígena e, em uma grande câmara, vários ovos, um dos quais lança uma criatura que se prende ao rosto de um dos tripulantes, que é carregado para a Nostromo. A nave é consertada e a tripulação continua sua viagem de volta à Terra, até que uma criatura alienígena sai do peito do tripulante atingido, mata-o e se esconde na nave. Começa a caçada.

Alexandre de Moraes é o oitavo passageiro do clube dos onipotentes; os tripulantes mortos são os presos políticos que estão morrendo e o ninhal de ovos é o Foro de São Paulo. Não há Predador neste filme. Há o próprio major Alan Dutch Schaefer, encarnado por Arnold Schwarzenegger, simbolizando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Turmp despachou para o Brasil seu maior porta-aviões, o USS Gerald Ford, que aportou no Lago Paranoá, em Brasília, para pegar o ET. Foram disparados dois mísseis: a supressão de visto para entrar nos Estados Unidos e a Lei Magnitsky. O Brasil ainda não digeriu a Lei Magnitsky.

Um dos sem-visto, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia – indicada pelo presidente Lula da Silva ao cargo de ministra do Supremo, em 2006 – é o maior emblema de como o Brasil ainda vive na primeira metade do século XX, logo depois da Segunda Guerra Mundial. Ela é um exemplo de como o Brasil não conseguiu digerir a Lei Magnistky, aplicada contra seu colega Alexandre de Moraes. E não vai digerir, o que causará diarreia.

Para ela, o ministro Alexandre de Moraes será lembrado na História por sua atuação nas eleições gerais de 2022. Com efeito, Moraes amordaçou o candidato Jair Bolsonaro (PL) e deixou o presidiário recém-liberado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à vontade para mentir. Depois, acusou Bolsonaro de liderar um fantasioso golpe de Estado e está prestes a prendê-lo. Segundo Bolsonaro, querem prendê-lo para assassiná-lo de modo que pareça morte natural, o que na prisão isso será facilitado.

– Esta Justiça Eleitoral segue fazendo o que é seu dever: observar e aplicar a Constituição do Brasil e as leis da República brasileira, como fizeram os magistrados que nos antecederam – discursou, então, Cármen Lúcia.

Será que ela tem consciência de que Alexandre de Moraes, segundo cem por cento dos juristas, jogou a Constituição em um vaso sanitário e puxou a descarga? Só que a Constituição brasileira é um calhamaço esfingético que não desceu com a descarga. Ficou encharcado. Inchou e obstruiu a descida de merda.

A Lei Magnitsky, criada pelo Congresso dos Estados Unidos, em 2012, é aplicada contra autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos e corrupção em larga escala, como terroristas, por exemplo. Ela foi aplicada a Alexandre de Moraes. E daí? Alexandre de Moraes quer que o STF suspenda qualquer efeito da Lei Magnitsky em território brasileiro e os petistas zurram acusando os Estados Unidos de ameaçarem a soberania brasileira.

Alexandre de Moraes deveria estar preocupado. Quanto aos jumentos, não têm noção do que é soberania. Moraes deveria estar preocupado porque a Lei Magnitsky mata financeiramente seus alvos. O sistema financeiro do mundo livre, capitalista, é, todo ele, controlado pelos Estados Unidos, tanto pelo dólar quanto pela tecnologia. Assim, Alexandre de Moraes não poderá ter sequer cartão do Banco do Brasil, por exemplo, a menos que o Banco do Brasil, acatando uma ordem do Supremo, decida enfrentar os Estados Unidos. Aí, terá que fechar as portas.

Os jumentos dirão: não pode! O Banco do Brasil é do Brasil e o Brasil tem soberania. Os Estados Unidos não podem mandar no Brasil. Não, não pode. Mas podem mandar no dólar e em tecnologia de ponta, que só eles dominam.

Há muita gente enquadrada na mira do USS Gerald Ford. Lula, por exemplo, que se aliou à China e à Rússia com o objetivo de quebrar o dólar, e se aliou ao Irã, que está em guerra contra os Estados Unidos e Israel, com a intenção de varrer do mapa os Estados Unidos e Israel. Para a China, já deu de presente até mina de urânio e para o Irã despachou seu diplomata mais microbiano do que ele próprio: Geraldo Alckmin, o Picolé de Chuchu.

Outros que estão aguardando o cepo: o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que está sentado com seu rabo gordo sobre dezenas de pedidos de impeachment de Alexandre de Moraes, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, que pôs o rabo sobre dezenas de pedido de impeachment de Lula. Cada um desses pedidos de impeachment é um dossiê com crimes inacreditáveis.

Hoje, 3 de agosto, o país vai parar pelo impeachment de Alexandre de Moraes e de Lula da Silva. Vamos ver no que dá.

É improvável que em Macapá/AP, minha cidade natal e também de Davi Alcolumbre, haja muita gente nas manifestações. É que Macapá é pequena e a família de Alcolumbre controla as comunicações locais e a cidade, de onde não há para onde correr, pois Macapá é a capital mais isolada do país. Para piorar, é conurbada com o Porto de Santana, de onde, especula-se, saem parte das drogas que matam a juventude americana e torianita para o Irã.

Alcolumbre é judeu, mas como apoia Lula e Lula quer varrer Israel do mapa, é duplamente traidor: ao proteger Moraes está traindo a democracia brasileira e ao se aliar a Lula apoia o fim do seu próprio povo. Por quê? Cabide de emprego? Emendas? Negócios?

Hollywood produz longa-metragem sobre perseguição a Bolsonaro. Tema é o fio condutor de trilogia com dois volumes já publicados

Capa da edição da amazon.com.br de O OLHO DO TOURO

RAY CUNHA

BRASÍLIA, 2 DE AGOSTO DE 2025 – Hollywood já começou a produção de um longa-metragem que terá o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro como protagonista. Conhecido como Mito, Bolsonaro é um dos maiores líderes da Direita mundial, ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e vem sendo incansavelmente perseguido desde 6 de setembro de 2018, quando, em Juiz de Fora/MG, o militante da Esquerda, Adélio Bispo de Oliveira, enfiou um facão no baixo ventre de Bolsonaro, que só escapou com vida porque tem resistência bubalina.  

Atualmente, o regime vigente no Brasil, que tenta instalar uma ditadura comunista no país, acusa Bolsonaro de liderar um fantasioso golpe de Estado, por causa de uma manifestação espontânea da população, em 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, contra a posse de Lula da Silva, tirado da cadeia e posto na Presidência da República pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde julho passado, por determinação do Supremo, Bolsonaro é monitorado por tornozeleira eletrônica e é obrigado a estar em casa entre 19 horas e 7 horas, além dos fins de semana. Ele já declarou que tentam prendê-lo para o assassinarem e parecer morte natural, já que sua saúde ficou fragilíssima depois que o evisceraram.

A previsão de estreia do longa é 2026. O filme é provisoriamente intitulado Dark Horse, que quer dizer outsider, ou azarão, aquele cavalo pelo qual não se dá nada e que, surpreendentemente, vence a corrida.

Durante a semana passada foram testados atores para os papéis dos filhos de Bolsonaro: Flávio, Carlos e Eduardo, e da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Os candidatos assinaram contratos de confidencialidade. O filme será dirigido por Cyrus Nowrasteh e produzido por Michael Davis. As filmagens de Dark Horse deverão começar em outubro, com locações no Brasil e na Argentina.

A escolha do elenco está a cargo da diretora Ricki G. Maslar, que trabalha em grandes produções de Hollywood. Atenção, Ricki, Rodrigo Santoro é um dos maiores atores brasileiros e ele está aí em Hollywood.

O roteiro do longa se concentra nas eleições de 2018, quando o azarão Jair Bolsonaro conquistou a Presidência do Brasil. A sinopse define Bolsonaro como “um homem corajoso e determinado, impulsionado pela carreira política após a decepção com os rumos do seu amado país”. O atentado à faca contra Bolsonaro será um dos principais momentos do enredo.

Em 2022, publiquei o primeiro volume de uma trilogia com o mesmo tema de Dark Horse, O CLUBE DOS ONIPOTENTES, seguido, em 2025, de O OLHO DO TOURO, e que se encerrará, em 2026, quando darei por encerrado o terceiro volume.

Dica para o roteirista de Dark Horse: O CLUBE DOS ONIPOTENTES e O OLHO DO TOURO estão à venda na amazon.com.br e no Clube de Autores, estão sendo lidos pelo brasileiro Maurício Galante, autor de E se o meu paraquedas não abrir?, um dos mais lúcidos comentaristas sobre geopolítica e política brasileira e internacional, empresário nos Estados Unidos e no Brasil, e vereador em Arlington, Texas, EUA.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O que se diz ou escreve é um raio X da alma. Bom dia a “todes”. Quem matou o português?


RAY CUNHA

BRASÍLIA, 1 DE AGOSTO DE 2025 – O presidente Lula da Silva recebeu título Doutor Honoris Causa (por causa de honra) por dezenas de universidades brasileiras e estrangeiras. É semialfabetizado e só fala merda. Mas pode, ainda, entrar para a Academia Brasileira de Letras (ABL), hoje, com menos escritores e mais comunistas. Talvez evite isso porque Janja, sua esposa, também vai querer, e, aí, o escândalo será grande demais, principalmente porque seria um telhado de vidro para seu projeto de ditadura. Já lhe basta o pedregulho intransponível que surgiu no seu caminho diabólico: Donald Trump.

O poder no Brasil é dividido entre o molusco e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que escreve despachos usando “mais” no lugar de “mas”. Se os donos do poder não sabem escrever, imagine o resto do país, vítima do sistema educacional mais estupidificante do planeta. No Brasil, poucos leem com regularidade e quase ninguém é capaz de desenvolver, à mão, uma página de texto com começo, meio e fim.

A escrita é a maior invenção da Humanidade. É o registro da vida. O ser humano vive por intermédio do verbo pensado e a escrita é o verbo grafado. Toda a cultura humana está nos livros, nas bibliotecas, nas livrarias, na internet. Mas, para que isso se dê, independentemente do idioma, é necessário que haja um conjunto de regras para que todos entendam o que está escrito ali e compreender o significado. Se essas regras são subvertidas, é impossível compreender o texto, muito menos o contexto.

Uma tática comum dos chefões comunistas escravizarem o povo para melhor dominarem-no é estupidificar a população. Assim, em vez de dizerem “bom dia a todos”, que abarca homens e mulheres, diz “bom dia a todes”, que não quer dizer nada, não existe na gramática. Outro exemplo: os chefões comunistas pregam maconha à vontade. Maconha destrói os neurônios, a memória, de modo que os viciados acabam se lembrando de apenas uma palavra: “só!”

É nesse contexto que um carioca, o jornalista, editor do site Do Plenário, Marcos Machado, acaba de publicar na amazon.com.br um livro que, assim que acabar esse regime infernal de censura, estupidificação das massas e presos políticos por emitirem opinião, precisa ser imediatamente distribuído pelo Ministério da Educação (MEC) a todo o Brasil: Quem matou o português?

– Este livro não é um inquérito policial, mas um convite à reflexão. Não basta buscar respostas se não nos dispusermos a compreender o problema e, mais ainda, a enfrentá-lo. O idioma é mais que ferramenta: é identidade, é pensamento, é ponte entre gerações. Matar a língua é matar o que somos, ou o que poderíamos ser – diz Marcos Machado, no prólogo do seu livro.

– Convido você a seguir por entre os escombros da linguagem, analisando não só as causas e consequências do crime, mas, sobretudo, buscando maneira de reverter a situação. Que este não seja o último capítulo da história do português no Brasil – diz o autor.

Aqui, nesta bananal tupiniquim, até pet tem telefone celular, mas as bibliotecas públicas são, em regra, estantes de bolor, as cadeiras de literatura das universidades se concentram mais em ideologia e a Lei Rouanet é o resultado da divisão do assalto à burra entre artistas medíocres ou em fim de carreira.

De modo que o português, no Brasil, é réu confesso. Porém, ele não está nem aí. É como os chefões do narcotráfico, assassinos e estupradores, que saem do tribunal pela porta da frente, rindo, pois na Venezuela do Sul vige a impunidade, mesmo que se cague na Constituição.

A língua portuguesa é, provavelmente, a mais profunda entre todas as outras, pela história dos lusitanos, seus criadores, e a abertura que ela teve no Brasil, colorindo-se ao sol do Trópico e enriquecendo-se com o tupi, línguas africanas e estrangeirismos. Os grandes escritores, como Machado de Assis, Euclides da Cunha, Guimarães Rosa, Dalcídio Jurandir, para ficar em pouquíssimos de uma legião, são capazes de criar mundos com palavras, mundos em que a identidade brasileira irrompe em toda a sua nudez.

Nossos filhos e netos já não leem livros e não escrevem nem bilhete. Escrevem ao celular em uma linguagem, limitada, que somente grupos entendem. Mas isso acontece no Brasil. Nos países de Primeiro Mundo todo mundo lê. Basta pegarmos o faturamento das editoras e livrarias no Primeiro Mundo para constatar que a venda de livros aumenta de ano para ano. Na Inglaterra, por exemplo, há escritora bilionária, em dólar: J. K. Rowling. No Brasil, temos o carioca Paulo Coelho, com 500 milhões de dólares, mas porque é traduzido e vende muito em todo o planeta.

Atualmente, relincha-se muito no Brasil que os Estados Unidos estão se metendo na soberania brasileira. Que soberania é essa? Analfabetismo, corrupção, censura, violência, inflação, fome, miséria? Os intelectoides brasileiros precisam aprender a ler. É a única maneira de deixar de ser estúpido.

Adquira Quem matou o português? no Clube de Autores e na amazon.com.br